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História O Capítulo Final - Quem vai ficar com Nico?


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


Bom dia pessoal!
Aqui vai mais um capítulo lindo para vocês.

Boa leitura! E não deixem de comentar, porque estamos entrando em uma reta importante da história.

Capítulo 10 - Quem vai ficar com Nico?


Fanfic / Fanfiction O Capítulo Final - Quem vai ficar com Nico?

POV Bernardo

 

Estão todos conectados, senhor Bernardo - disse a voz de Rachel no auto falante.

Me virei para a câmara que antes estava vazia e apreciei quem agora estava em seu interior. Em pé, porém desacordado como todos os outros, estava um garoto bonito de pele pálida, pulsos marcados por algemas e correntes em seus pés. Ele tinha o cabelo negro assim como seus olhos escuros, olheiras volumosas e uma roupa preta que lhe dava um aspecto gótico. Olhei para ele vendo como parecia “humano”, desacordado daquela maneira.

Depois me virei para Oswald, o único bruxo em quem eu podia confiar cem por cento. Ele concordava comigo no que se referia que a magia deveria ser extinguida. Foi ele quem testou a primeira câmara que eu contruí, e por isso agora Oswald não tinha mais magia. Era humano assim como eu, e sabia da importância de tirarmos a magia de Damon.

Só nós tínhamos conhecimento dos poderes imensuráveis do Damon. E do que ele seria capaz de fazer se conseguisse matar o Lorde.

Oswald serviu de carcereiro do Damon durante bastante tempo, desde que o prendemos. Foi ele quem fez Damon confessar todos os assassinatos, entre eles a morte do Thiago. Sabíamos o quanto ele era ruim e desprezível, apenas não sabíamos o quanto...

O que estava em jogo naquele laboratório não era apenas a vida de quatro pessoas.

Era o destino do mundo inteiro…

— É verdade que todos eles podem morrer sem magia? - perguntou Oswald, indo para perto da câmara onde estavam Symon e James.

Symon era seu primo, os dois viveram juntos e devia ser difícil para ele fazer o que estávamos prestes a fazer. Respirei fundo antes de ir até ele e tocar seu ombro.

— É o certo a se fazer - falei. - O mundo está em perigo, Oswald.

— Isso de acordo com o Damon. Mas… Já sabemos o quanto ele é bom em nos manipular. E se tudo não passou de um plano dele? E se isso tudo isso acabar matando o Lorde. Não sabemos com que tipo de magia estamos lidando.

— Dentro dessas câmaras Lorde e Damon passarão pelos mesmos processos, então caso morreram, serão juntos, e o poder do Damon vai ser destruído como deve acontecer. Me entendeu? Não tem como perdermos dessa vez - e me afastei, indo para perto dos painéis. - Eu sempre jogo para vencer!

Oswald olhou para baixo, parecendo preocupado. Dava para ver que ele ainda estava com um pé atrás, eu não o tinha convencido, mas não podia perder tempo com ele. Em breve o efeito das drogas passaria e todos acordariam.

— Ben… - disse Oswald, esfregando o pescoço e depois passando a mão pela testa suada. - Acho que não quero. Não quero mais. É muito arriscado. E é da minha família que estamos falando.

— É do destino do MUNDO que estamos falando - quase gritei. - Ouça bem, Oswald, eu detesto que me atrapalhem. Você podia muito bem ter ficado fora disso tudo depois que soube dos planos do Damon, mas decidiu entrar nesse jogo em que nossas chances eram MÍNIMA. Eu fiz a minha parte, fiz todos acreditarem que estávamos aqui para salvarmos o Liam, quando na verdade tudo o que eu quero é impedir o Damon e matar o meu irmão. Magoei meu pai - a ÚNICA pessoa que amo nesse mundo - para poder vir ao Brasil. Então se me disser que desistiu, acabo com você, entendeu?

Vi raiva em seu olhar. Deu para perceber pelo seu semblante, mas Oswald não ousou dizer nenhuma palavra. Ele sabia que se pisasse no meu calo mais uma vez, seria a última.

— Rachel, - gritei para o alto, ignorando a baforada de raiva de Oswald. - Acorde-os e faça a análise.

Sim, senhor Bernardo.

 

POV Jessie

 

— Acho que isso não vai dar certo - falei, olhando para a madeira na mão de Thomas e me perguntando o que raios ele queria com aquilo. - Você só vai conseguir piorar a situação!
— Me dê uma ideia melhor então, senhor pau pequeno.

— Eu já disse que foi o frio! - reclamei, pela quinta vez. - E você tem que parar de me lembrar que me viu pelado.

— E vai dizer que não me viu?

Lembrei da cena, de relance, um pouco das cobertas se mexendo, e ele mostrando um pouco do que havia embaixo da coberta… Foi bem rápido, mas…

— Eu já vi o “Nico” pelado - aticei, enquanto ele batia no ar-condicionado com a madeira que tínhamos cortado da cama.

Thomas se atrapalhou com a madeira quando ouviu aquilo e a deixou cair.

— COMO É QUE É??? - ele disse, saindo de cima dos móveis e indo até mim. - Viu o meu namorado pelado?

— Sim, com certeza. Somos amigos, e com um monte de caras morando juntos na mansão do Ben…Digamos que a porta do banheiro não era trancada com frequência.

Ele ficou possesso. Vi seu punho se fechar e seu rosto ficar vermelho.

— Ah, e ele também já me viu pelado, sabia? - aticei ainda mais, curioso para saber até onde eu podia chegar antes que ele explodisse. - E pode acreditar que ele não achou nada pequeno.

Aquela foi a gota d´água. Confesso que posso ter exagerado, mas isso não foi nada comparada a dor do soco que o Thomas me deu assim que terminei de falar. Aquele lunático simplesmente se atirou contra mim e eu agi para me proteger, enforcando ele com a uma mão enquanto a outra tentava golpeá-lo.

Meti o pé no joelho dele e Thomas urrou de dor.

Fiquei em posição de combate e quis que ele viesse tentar me acertar de novo.

— Vem! Pode vir! Tô louco para quebrar a sua cara há MUITO TEMPO!
             — Aaaa, não tanto quanto eu!

Ele pegou a madeira e a arremessou na minha direção. Não consegui me afastar dela a tempo e aquilo acertou meu braço, rasgando minha manga e me arranhando. O facho de sangue ardeu um pouco, mas não foi nada demais. Aquilo me fez querer bater nele ainda mais! Fui para cima dessa vez, dei um soco em sua barriga e outro no peito. Thomas não pareceu sentir muita dor, virou o corpo e jogou o ombro contra mim, batendo no meu peito e me fazendo desequilibrar. Depois ele chutou minha cintura e eu caí em cima da cama. Foi quando ele veio por cima de mim, imobilizando uma das minhas mãos com o joelho e me socando no rosto. Seus socos estavam menos fortes dessa vez, pelo visto ele estava com medinho de me machucar de verdade. Usei isso ao meu favor e mordi seu ombro.

— Aiiiii! Filho da putaaaa! - ele gritou, saindo de cima de mim enquanto meu dente apertava sua pele.

Ele conseguiu se livrar do meu dente. Cuspi sangue e quis atacá-lo mais uma vez.

Thomas deu um pulo para trás e me parou com a mão estendida.

— Chega! Parou! - falou, cansado. - Estamos fazendo isso errado.

— Nasci numa gangue, idiota! Uso o golpe que eu quiser. Se eu quiser eu mordo até o seu…

— Não! Não! Não é da luta que eu tô falando. É disso - e apontou para o ar-condicionado. - Não deveríamos tentar desligar o ar. Deveríamos estar tentando destruir a porta.

Fiquei confuso.

Ele por acaso de esqueceu que a porra da porta estava muito bem trancada por conta do sistema de segurança da Rachel?

— Pensa comigo - ele disse. - Se a porta está conectada à Rachel é porque tem algum fio nela. Pegamos o fio, e provavelmente a porta se abre!

— Isso… Não me parece uma ciência exata.

— É a melhor chance que temos.

Eu tinha que concordar. Cortar alguns fios era melhor do que ficar se pendurando  no teto tentando desligar o sistema de ar.

— Pensou nisso tudo enquanto eu te mordia?

— Bem, na verdade eu pensei nisso quando atirei a madeira em você, mas não quis estragar o “nosso momento”.

Acabei rindo.

Okay, eu ainda não gostava do Thomas, mas pelo menos ele era inteligente.

Pegamos uma cadeira e fomos para perto da porta. Ele se sentou nela enquanto eu pegava a madeira e começava a bater na parede à procura de fios. Foi um trabalho rápido, conseguimos encontrar a ponta dos fios que estavam dentro de um forro de PVC, antes do concreto, e o puxamos. Thomas buscou por algo que pudesse nos ajudar a cortá-lo e o que encontramos foi uma tesourinha de unha. Aquilo tinha que servir para alguma coisa…

Entreguei a tesoura para ele e Thomas começou a analisar os fios, pensando em qual deveria cortar.

— Se conseguir eu vou ficar te devendo uma - falei, observando o que ele fazia de perto.

— Se eu conseguir, vai ficar me devendo mais uma luta. Dessa vez sem mordidas.

— Não vou pegar leve com você.

— Não espero menos por - ele suspirou. - Mas é sério, tenho que te falar isso senão não vou ter outra chance.

Ele não se virou para me olhar, continuou concentrado nos fios.

— Pare de tentar estragar minha relação com o Nico.

— Você não é bom o suficiente para ele - falei, sem rodeios.

— E você é?

Não entendi o que ele quis dizer com aquilo. Pensei que estivesse sendo irônico.

— O Nico é como um irmão para mim.

— Mentira! Eu vejo como você olha para ele. Sei muito bem que você ficaria com o Nico se pudesse, mas para a sua infelicidade eu cheguei primeiro! Ele gosta de mim! Entendeu? - aquilo me deixou tenso, mas não respondi. - Eu não bato no meu namorado. Eu nunca bati! O que a gente faz na cama não tem nada a ver com nenhum de vocês, então pare de tentar fazer a cabeça dele para terminar comigo, porque eu não vou mais aturar isso.

Thomas disse isso e minha cabeça ficou confusa. Eu já desconfiava que havia algo de diferente nas marcas de machucados no Nico. Agora lá estava Thomas me confirmando, jogando a verdade na minha cara, e eu apenas o detestava por isso.

— Eu já fui como você. Eu fazia “isso” com o Thiago - contei. E havia tempo que eu não compartilhava isso com alguém. - Eu levei meu marido para um lugar do qual ele não pode mais voltar. Não vou deixar que faça o mesmo com o Nico. - e acrescentei. - Essa relação de vocês tem de acabar.

— Parece que temos um impasse, então.

— Exato.

Thomas sorriu. Mordeu o beiço, concentrado em cortar os fios e então escolheu entre todos o da cor vermelha.

— Nesse caso, vamos deixar o destino decidir.

Falou isso e então cortou o fio.

Um estalo.

Algo como um “click”.

E então a porta se abriu alguns centímetros e a trava foi embora.

OMG. You did it! - comemorei, quase abraçando ele. - Você conseguiu!

— Agora vamos lá. Vamos sair daqui antes que a louca da Rachel volte.

 



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