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História O Capítulo Final - Caleb


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


QUE PERSONAGEM VOCÊ É DE ACORDO COM SEU SIGNO:

- Jessie (Capricórnio)
- Lucas (Câncer)
- Damon (Gêmeos)
- Symon (Leão)
- James (Sagitário)
- Chris (Touro)
- Nico (Virgem)
- Thomas (Áries)
- Felipe (Aquário)
- Hugo (Peixes)
- Bernardo (Escorpião)
- Liam (Libra)

Capítulo 28 - Caleb


Fanfic / Fanfiction O Capítulo Final - Caleb

POV Caleb

                                                                                                              

                — Parece que ele voltooou! – falei.

Pus meus pés em cima do sofá terminando a leitura da última página da 27º edição da Detective Comics. Eu realmente gostava de ler HQ’s do Batman, ele era um ótimo detetive, meio vingativo, rico, autoritário, inteligente... Merda, estava começando a me lembrar do meu irmão.

Fechei a revista enquanto a gosma entrava pela janela do apartamento e seguia caminho até o corpo do Liam, que estava quieto em um estado catatônico na poltrona à frente. Damon não ia gostar nada de ver só uma parte da gosma voltar, não depois de termos conseguido apenas uma morte com o ataque ao hotel.

Joguei a revista longe e fiquei de pé quando Damon apareceu pela porta. Ele estava com os olhos negros, vestia uma calça preta tactel e sem blusa. Ultimamente ele treinava bastante, desde que chegou não saia das máquinas de musculação e confesso que o corpo dele estava ficando legal. Se eu fosse um frutinha igual meu irmão até que eu ficaria interessado.

Vimos a gosma subir no corpo do Liam e entrar pela boca, abrir espaço pela garganta e continuar o percurso até entrar inteira e a boca se fechar automaticamente. Os olhos se abriram e Liam saiu do estado catatônico, abrindo os olhos e mostrando raiva. Aquele era seu semblante normal, sempre que despertava ficava com aquele mal humor terrível e saí de perto quando ele se levantou e ficou frente à Damon.

— Eles estão com o corpo do Liam – falou, e parecia tão confuso quanto eu. – Fiquei o dia todo espionando pelos dutos de ar, vi que as personalidades estão lá e que estão fingindo serem o Liam.

— Isso não me surpreende – disse Damon. – Mas eles não têm o corpo verdadeiro do Liam. Nós temos. E ele é todo seu, Destruidor.

Destruidor sorriu quando ouviu aquilo.

Seus olhos ficaram negros por um segundo e ele foi até a espada pendurada na parede, colocando a alça pelo ombro e sorrindo para nós.

— Se quiser vou até lá me livrar do outro corpo.              

— Não, não é necessário. Algum dos bruxos de lá deve ter tentado puxar as personalidades do Liam para fora da gosma, e como as personalidades não podem simplesmente andar pelo mundo real sem um corpo, a magia se encarregou de lhes dar carne e ossos. O estranho é que não consigo pensar em um bruxo com poder suficiente para criar uma cópia nesse estilo. É necessário muito poder, eles devem ter reforços agora.

— Então agora temos dois Liam’s andando de um lado para o outro – falei, rindo. – Isso é muito esquisito.

— Não temos dois Liam’s – falou o Destruidor, me fulminando com os olhos. – Eu matei o Liam. Esse corpo aqui é só meu. Naquele deve estar alguma personalidade de araque que precisa ser destruída.

— Só eu não vejo lógica nenhuma em alguém morrer e as personalidades que “ele” criou continuarem vivas? Não faz nenhum sentido o Liam ter morrido.

Destruidor me jogou contra a parede, me pegando pelo pescoço, e apertou forte.

— Não sou uma personalidade! – resmungou. – Sou muito mais poderoso do que todos eles.

— A-ahhá! Tanto faz – falei com dificuldade, até conseguir me soltar. – É incrível como você tenta, tenta, mas não consegue me dar medo.

— Chega disso – Damon falou para nós dois. – Caleb, continue a pesquisa dos cemitérios próximos. E Destruidor, é melhor não ameaçar ninguém aqui outra vez a não ser que queira ficar sem uma das mãos.

Destruidor assentiu, baixando a cabeça e eu fui para o banheiro onde estava a dona do apartamento, uma Kinnon com gosma saindo da boca que se contorcia amarrada dentro da banheira. Fechei a cortina e deixei ela lá dentro enquanto urinava.

Como não fechei a porta o Destruidor apareceu.

— Damon mandou você ir buscar os cemitérios.

— Pausa para o xixi. Sabe o que é isso, né? – balancei e dei a descarga. – Você consegue ser bem inconveniente às vezes, sabia?

— Não vai lavar as mãos?

— Não. Sou o cara mal, esqueceu?

Ele revirou os olhos e fomos para a sala de estar novamente. Peguei o notebook e nos sentamos um ao lado do outro enquanto eu pesquisava os cemitérios próximos.

— É engraçado, quando eu era criança meu orfanato ficava perto de um cemitério. Todas as crianças morriam de medo de chegar perto daquele lugar, exceto eu e meu irmão. A gente ia lá quando queríamos ficar sozinhos e conversar sobre a nossa situação e o futuro que esperava pela gente – suspirei. – Minha vida sempre foi uma merda.  

— Você é órfão? Não sabia disso.

— Pois é, matei minha mãe quando eu era pequeno e depois minha mãe adotiva. Acredite ou não tenho sérios problemas maternos.

— Sei como é, também matei meus pais.

Sorri para ele, gostando do assunto.

— E como foi? Para minhas duas mães usei uma faca.

— Também usei uma faca, mas a vadia não morreu na hora.

— Detesto quando isso acontece!

— Na hora precisei enforca-la. Coloquei o corpo no alto da escada para que quem entrasse pudesse vê-la. Foi MUITO engraçado.

— Ain, eu queria ter feito algo mais artístico, mas meu irmão sempre aparece quando mato alguém! Naquela época eu tive que fingir, aprendi a chorar assistindo aquelas séries antigas da televisão, bastava pensar no último episódio de A Família Dinossauro e as lágrimas já vinham facinho.

— Provavelmente se eu tivesse feito isso não teria sido preso por tanto tempo dentro de um adolescente gay.

— Ain, nem me fale. Os gays estão acabando com esse mundo. Vê o meu irmão e os amiguinhos dele? Se não fosse por eles tudo já teria se resolvido pra todos nós. O pior é que eles nem tem vergonha de serem essas aberrações.

— É isso ae, camarada. Esse mundo está perdido!

— Com certeza está.

Cliquei em alguns nomes de cemitério e usei o bloco de anotações ao lado do sofá para escrever os que eu acreditava serem os com menos segurança.

— Ai, ai. Vou sentir saudades de matar quando tudo isso acabar – falei, desanimado.

Destruidor olhou parar mim e sorriu de lado.

— Hum, que tal uma última morte para você, antes de acabarmos?

Pensei no assunto. Mordi o lábio e assenti.

— SERIA INCRÍVEL! – falei, indo até a cozinha e pegando uma faca. - Para onde vamos? Pro hotel?

— Não, não, o Damon não iria querer que a gente saísse.

— Então para onde a gente vai?

Ele sorriu de um jeito maquiavélico – adorava isso nele e no Damon – e pediu que o seguisse até de volta ao banheiro.

Ele arrastou a cortina do banheiro deixando à mostra a Kinoon.

— Ei, não podemos. Ela é uma das do Damon.

— E daí? Estamos sacrificando muito pelo Damon, então tenho certeza que ele não vai se importar se destruirmos um dos brinquedinhos dele.

Tudo bem que aquela era uma Kinoon que o Damon usaria para atacar o hotel, mas acabei cedendo à vontade de enfiar a faca em alguma coisa. Fiquei atrás do Destruidor quando ele abriu a boca e deixou um pouco de gosma escorrer de dentro dele. De nós eu era o único que não podia ter contato com a gosma, Damon precisava de mim puro para quando fôssemos ao cemitério e começasse o ritual para conseguirmos mais poder.

Destruidor pegou a gosma que escapou da sua boca e pingou algumas gotas sobre a fera que se rastejava tentando escapar das amarras na banheira. Bastou alguns segundos e aos poucos a gosma que a prendia começou a se dissolver, se desgarrando da pele da mulher que começou a aparecer, mostrando a dor daquele processo de reverter a mutação dos Kinoons. Os gritos dela logo começaram e Destruidor tapou sua boca para que ela não chamasse a atenção do Damon. A moça nua, com a pele suja de gosma e o peito subindo e descendo rápido por todo o pavor nos olhos esperando o pior.

— Fique bem quietinha, querida. Vamos te cortar só um pouquinho.

— Só um pouquinho não – ergui a faca, com meus olhos fixos nela. – Quero cortar essa vadia de cima a baixo.

Fui para golpeá-la e naquele instante me senti uma criança de novo.

No primeiro golpe acertei seu peito e ela gritou tão alto que nem as mãos do Destruidor foram inteiramente capazes de abafar o som. Vi a época em que eu era criança, quando minha mãe era uma vagabunda e trazia homens para casa, quando meu irmão era o favorito dela e o único que ela amava. Eu fui esquecido, deixado de lado, e um dia não aguentei mais aquilo.

Eu era uma criança e tinha derramado um copo de suco no sofá, por isso recebi um tapa na cara que quase me jogou no chão.

Chorei naquele momento, mas quando ela se virou a raiva me atingiu e corri até a cozinha para pegar a faca. Ela nem me viu chegando, a faca deslizava de uma maneira poética pela carne dela e o som da faca batendo na sua barriga me animava. Uma, duas, três, quatro, cinco facadas... Não queria parar. Quando reparei que a mulher já estava morta, a da banheira, continuei esfaqueando e passando a faca pelas suas tripas enquanto o sangue voava por toda a parte. Destruidor começou a rir, amando aquele jeito meu de lidar com o sangue.

Era tão bom, tão mágico!

As pessoas dizem que na primeira vez que você mata você sente um prazer inigualável. Não é tão verdade, a preocupação da primeira morte estraga tudo o que é bom. Você tem que preocupar-se em não ser pego, em fingir, em se esconder e por aí vai. O primeiro assassinato abre portas, por isso o segundo, terceiro e quarto se tornam cada vez melhores até que você pega o jeito.

Limpei a faca e a entreguei para o Destruidor, que começou a esfaquear a cabeça e pescoço da garota para desfigura-la.

Comecei a rir descontroladamente quando saí do banheiro, minhas mãos sujas de sangue fizeram uma bela sujeira no chão enquanto eu andava até uma parede para me escorar nela e pensar em tudo o que eu fiz desde que cheguei aqui.

Meus pais nunca me amaram. Meu irmão me abandonou e me prendeu em um sanatório imundo para que eu sofresse. Ele me deixou por uma família falsa, por um pai falso e por uma Força-Tarefa constituída por pessoas que ele considerava mais importantes do que eu.

Comecei a chorar, sabendo que eu estava sozinho naquele mundo e que não me restava nada. Nada a não ser destruir de uma vez a vida do Ivi.

— O que vocês fizeram? – perguntou Damon, inexpressivo, olhando para o sangue nas minhas mãos.

— Nada demais, matamos a garota do banheiro. Deveria ter sido mais legal, porém não deu para ouvir os gritos muito bem.

Limpei as lágrimas do meu rosto, sujando-o um pouco de sangue.

Damon olhou para mim, estranhando. Depois deu de ombros e foi embora.

Um sorriso nasceu nos meus lábios aos poucos e me levantei sabendo que as coisas mudariam e que eu teria meu lugar no mundo. Que faria algo importante e que toda aquela solidão e o buraco no peito deixariam de existir.

— DEIXE UM POUCO PRA MIM – gritei para o Destruidor, antes de entrar de volta ao banheiro. – Quero picar os órgãos para ver se ele escorrem pelo ralo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do especial!
Amanhã mesmo teremos um novo episódio, então fiquem de olho, não deixem de comentar, e bjssss!


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