História O Casamento Real - O Baile

Gente, por favor, leiam as notas finais inteiras. Preciso conversar com vocês, e se quiserem mais spoilers podem ler lá também por que o que farei será um jeito de nos comunicar melhor. Beijos espero que gostem.

Estava de manhã, Marinette estava deitada em sua cama, era o dia do baile. Ela sabia muito bem o que aconteceria nesse evento, Adrian a pediria em casamento. Ela não odiava mais a ideia, só ainda queria se casar com Nathaniel, não com Adrian. Ela se levantou, meio triste por ainda não ter terminado com ele ainda. Marinette se sentou na escrivaninha, pegou um pergaminho, pena e tinta. E começou a escrever uma carta para seu amado.

Paris, 3 de agosto de 1788.

Querido Nathaniel,

Faz alguns dias que estou presa nesse castelo e mesmo assim nenhum pensamento meu mudou. Sobre nada.  Eu estava pensando naquele dia quando tínhamos treze anos. Você queria participar da peça teatral da sua escola, e veio treinar comigo. E você disse que queria que eu fosse sua Julieta, só para me beijar no final. Lembro que você gostava de mim, e eu queria tanto ir para a escola, você não tinha noção. Eu lembro que hesitei em te beijar, mas foi o melhor beijo da minha vida. Lembra no último dia das bruxas que Paris teve? Lembra que eu me vestia de joaninha e ficava correndo para lá e para cá como super-heroína? Lembro de alguns meninos me encurralando e rindo de mim por estar me vestindo daquele jeito. Você foi para lá e me ajudou a me livrar deles, roubaram meus doces e você os pegou de volta. Não queria ter que te dizer isso, mas a rainha em breve me mandará enviar uma carta para você. Para terminarmos, eu não queria que fosse assim, mas infelizmente não sei o que fazer. Questionei o rei algumas vezes, e com sorte nada aconteceu. Mas não quero que se preocupe, estou bem. Já mandei cartas para minha família e para Sharon. Ah, adivinhe quem encontrei aqui? O Gus! O nosso amigo de infância. Eu te amo, ainda te amo. E espero que você encontre alguém melhor do que eu (vai ser difícil). Espero que se case, tenha lindos filhos, e tudo mais. Nesse baile que teremos aqui, será para Adrian me pedir em casamento. Então acho que esse é o fim da nossa relação, sinto muito ter que ser assim. Eu queria mesmo poder ficar com você, e ter filhos com você, mas não consigo sair daqui. Já tentei, mas não consigo. Espero que seja mais feliz sem mim.

Com carinho,

Marinette Dupain-Cheng.

Depois que escrevi a carta, selei e fui em direção à sala do carteiro. Cheguei na sala e para a minha grande sorte, encontrei Clarice.

- Bom dia, o senhor poderia entregar essa carta para mim? O endereço já está aí. – Disse olhando para o carteiro, quando ia entregar a carta, Clarice a tomou de minha mão. – Ei!

- Qualquer correspondência deve passar pela Vossa Majestade. – Disse Clarice, com frieza.

- Não é da conta do rei o que falarei com meus amigos! – Disse, tentando pegar a carta. Ela deu um tapa em meu rosto, o carteiro se assustou, e ela continuou falando.

- Você e os pobres são uma vergonha para Paris. – Ela se retirou, sem dizer mais nada. Meu sangue ferveu de raiva, queria pular em cima dela e mostrar quem é a pobre.

- Alteza, estás bem? – Disse o carteiro.

- Claro, obrigada. Um tapa dela não vai me machucar nem um pouco. – Disse, sem ironia. Me retirei, morrendo de raiva daquela freira maldita. Encontrei mais uma pessoa desagradável no caminho. Adam, ele é irritante, chato e idiota.

- Aí, neném, tá com raiva do quê? – Perguntou ele, colocando sua mão em meu queixo.

- Escuta, posso ser uma camponesa, mas não sou um bebê. – Disse, tirando sua mão de meu queixo com brutalidade.

- Own, ela tá com raiva.

- Não tenho tempo para perder com você, idiota. – Desviei-me dele e minha intenção era continuar andando, mas ele segurou meu pulso.

- Me respeite, posso não ser da realeza, mas sou um homem. E homens merecem a obediência das mulheres.

- Nos seus sonhos! Agora, tire suas mãos de mim. – Soltei-me com brutalidade e fui em direção ao meu quarto.

(Narradora)

Adam esperou Marinette sair e logo deu meia volta e disse:

- Adrian, pode sair daí agora. – Disse ele, pegando um cachimbo.

- Não acredito que disse a ela que “homens merecem a obediência das mulheres”.

- Ela é leal a quem vai se casar.

- Poderia ter respeitado mais ela. – Adrian disse. – E ela provavelmente deve ter feito isso para não ser torturada. Traição tem pena de morte e de tortura. Vamos, meu jogo favorito vai começar.

Os dois se retiraram do corredor e foram em direção aos jardins. Já estava no final da tarde e enquanto isso, o rei estava em seus aposentos, tomando vinho e duas prostitutas peladas dormindo ao seu lado. Ele se levantou, se vestiu e se retirou do cômodo. Estava indo em direção ao corredor do grande salão. Enquanto Marinette ajeitava seu vestido para o baile.

- A senhorita está linda, maravilhosa! – Disse Leonor, ajeitando a barra do vestido. Esse vestido era um lindo vestido vermelho escuro, um pouco aberto nas costas, saia rodada, a saia ia até o chão, alguns detalhes pretos no final do vestido e para completar; luvas vermelhas. Ela estava com um coque alto, e uma mecha da franja solta. Marinette pegou um colar com uma pedra azul, brilhante, colocou em seu pescoço.

- Obrigada, Leonor. – Disse ela, se olhando no espelho.

- Marinette, parece que vai chorar. Guarde as lágrimas para quando ele te pedir em casamento. – Disse Mirela, olhando no rosto de Marinette, terminando a maquiagem.

- Desculpe. É que isso tudo é muito... – Ela começou.

- Emocionante! – Leonor “completou”. Apesar de não ser isso que ela iria dizer.

- É, é... emocionante. – Disse ela, suspirando e se preparando para o dia que ela teria que aguentar. Ela respirou fundo, logo pode ouvir barulho de pessoas chegando no salão. Já era a hora de se preparar, ela abriu a porta e saiu pelo corredor. Viu o rei, a rainha, Chloe, Louis e Adrian esperando. Quando ela chegou, fez uma reverência e se posicionou ao lado de Adrian.

- Marinette? – Ela ouviu a voz de Gabriel, ela olhou para ele e ele continuou. – Sorria sempre, você está feliz por estar aqui. – Ele disse, como se fossem ordens, ele virou o rosto novamente para frente. As grandes e altas portas se abriram. Marinette começou a sorrir, e assim como Adrian. Quando entraram, todos no salão aplaudiram, só pessoas nobres para cima, já que não abririam o evento para o resto do povo. Depois que entraram no salão, Marinette foi para um canto do salão e se sentou na cadeira. Algo não estava certo, ela estava sentindo que algo estava errado. Adrian viu a garota, e foi até ela.

- Está tudo bem com você? – Ele perguntou, se sentando numa cadeira ao seu lado.

- Não, eu não me sinto muito bem. – Disse ela, olhando para o chão.

- Olha, eu sei que não queria se casar comigo, mas teremos que fazer um esforço. – Disse ele, pegando uma das mãos de Marinette, a fazendo olhar para ele.

- Não é isso que eu quis dizer, eu não estou me sentindo muito bem, só isso. – Disse ela, olhando novamente para o chão.

- Deveria me preocupar? – Perguntou ele,

- Não, pode curtir a festa, hoje é seu último dia solteiro.

- Quer dançar comigo?

- Não, não estou animada para isso. – Marinette olhou nos olhos de Adrian.

- Nem eu, mas temos que nos esforçar, meu pai quer que a gente convença o povo de que somos um casal apaixonado. Vem, vamos dançar. – Ele a puxou para o meio do salão, ela deixou ele a puxar, e então começaram a dançar. – Me desculpe por ter falado daquele jeito com você. – Disse ele, olhando nos lindos olhos azuis dela.

- O que foi aquilo? – Perguntou Marinette, inconformada.

- Sinto muito, mas eu descobri sobre aquelas suas aulas de etiqueta. Não deixei você ir porque já vi o meu pai te batendo uma vez, antes de você fugir. Ele já te bateu antes, ou fez pior?

- Ele só me bateu uma vez, e a freira nem sei. Mas... obrigada. – Disse ela, desviando o olhar.

- Marinette, tem noção do que terei que fazer hoje? – Perguntou ele, olhando para ela, novamente.

- Me pedir em casamento? Eu sei.

- Sabe quando? – Perguntou ele.

- Não, só sei que será hoje. – Os dois pararam de dançar, e então o rei se aproximou de Marinette e Adrian. E disse:

- Filho, será que eu poderia dançar com Marinette? – Disse ele, sorrindo. Adrian fez que sim com a cabeça, e lançou um olhar diretamente para Marinette, que estava completamente calma, sem expressão de medo nenhum. – Me concede essa dança?

- Como quiser, majestade. – Gabriel segurou sua mão e os dois começaram a deslizar pelo salão.

- Logo após a dança Adrian a pedirá em casamento. – Disse ele, olhando para Marinette.

- E se eu recusar o pedido? – Disse ela, olhando nos olhos do rei, quase como se fosse uma ameaça.

- Você morre.