História O Caso 56 (2T de EO5) - Amarelo

Ilha Jeju, Casa dos Min, 4 dias depois - Segunda-Feira 16:23h

POV YOONGI

- Os sanduíches estão prontos. - disse Jimin.

- Água, suco, tudo pronto também. A barraca está ali, já conferi os sacos de dormir também.

- Supondo que a gente vá sentir frio. - Jimin sorriu de forma pervertida e eu concordei com um aceno.

- Se sentir muito frio, senhor Park, eu posso esquentar você, até te fazer suar. - Pisquei para ele.

- Sem dúvida. - ele riu e levantou uma sobrancelha.

- Então temos comida, água, suco, uma barraca e dois sacos de dormir, isqueiro, marshmallow, álcool, tudo que precisamos para fazer uma fogueira. Podemos ir?

- Podemos.

Juntei as coisas com ajuda de Jimin e carregamos o carro, eu tinha dado a ideia de acampar, e é claro que o rapaz tinha topado o programa de índio comigo, porque ele era desses que não importava muito o lugar, e sim a companhia. Quando estávamos terminando o carro, meu celular tocou no bolso, era uma chamada de vídeo do Hoseok.

- Minnie! - Chamei o rapaz e atendi, coloquei na câmera frontal e saí do sol para poder ver melhor o chefe. - Boa tarde, senhor!

Brinquei, o que fez o rapaz rir. Quando a imagem abriu, um Hoseok de cabelos molhados e espetados apareceu, atrás dele, um mar invejavelmente azul claro e uma areia branca e finíssima. Hoseok? Na praia?

- Boa tarde, Suga-ah. Jimin está com você?

Eu fiz sinal para que Jimin viesse até mim e ele apareceu na pequena tela comigo, me abraçando.

- Alguém está tendo ótimas férias, está até bronzeado, Hoseok! O que aconteceu? - perguntou meu namorado.

Ele abriu a boca pra dizer algo, mas dois outros rapazes ocuparam a tela, os cabelos tão molhados quanto e Taehyung tinha um pouco de areia colada no corpo. Jungkook e o namorado sorriram e nos acenaram, um de cada lado do chefe, abraçando-o um pela cintura e o outro pelos ombros.

- Hey, Taekook! - eu os cumprimentei. - Só não tenho inveja de vocês porque estamos indo acampar.

- Quem quer acampar com o mar do Hawaii de frente pro seu chalé? - perguntou Hoseok, mostrando um pouco mais o lugar que estavam.

- Não sei, estamos em Jeju e queremos acampar.

Segurei Jimin e virei o corpo com o dele, mostrando a praia atrás de nós.

- Tão bem servidos quanto. - brincou Jungkook. - Conseguimos quinze dias com o Hoseok só pra gente!

- Prendam ele aí, antes que ele queira voltar ao trabalho mais cedo.

Eles riram, provavelmente fizeram isso, e no sentido pervertido do "prender".

- Falando em trabalho, Jimin, Lestrade mandou lembranças.

- Não quero. - ele respondeu rapidamente.

- Infelizmente, quer sim. O Caso 56 foi reaberto, eles precisam da ajuda de vocês. Prometi ajudar, e vocês sabem que a minha palavra vale muito. Vocês têm um mês de férias, Yoongi, aproveite para melhorar seu inglês, vocês partem no dia treze. Vão, resolvam o caso, e voltem, todos os quatro.

- Me comprou, Hoseok? - Jimin perguntou rindo.

- Eu tenho uma carta de uma pessoa que conhece uma pessoa que conhece a rainha. Você e seu primo são meus agora, e só vão ajudar em um caso, depois voltem pro meu distrito, a casa definitiva de vocês.

- Vi que não temos escolha. - Jimin fez uma careta fofinha.

- Não, liguei pessoalmente para dizer isso. Não têm escolha. Aproveitem, vejo vocês dia doze na minha sala.

Jungkook fez um coraçãozinho para nós e Tae mandou um beijo, Hoseok acenou com a mão e tapou a câmera com ela, assim a chamada se encerrou. Olhei para Jimin, apreensivo era pouco para descrever o humor dele agora. O rapaz entrou na casa e se sentou no sofá da sala.

- Tudo bem de voltar lá?

- Juro que se fosse pra ir somente com o Jin, eu não ia voltar. Mas eu tenho você, e eu preciso... que você esteja comigo, ou eu não vou aguentar.

Eu me sentei em seu colo, de frente para ele.

- Vou estar com você sempre. - Segurei sua mão que tinha a aliança e deixei um beijo sobre ela. - Jurei isso, e não me arrependo nenhum segundo. Conte comigo não importa se seja trocar uma lâmpada ou salvar a sua vida.

- É por isso que eu te amo, sabia?

Sua frase saiu tão espontânea que eu sorri sem sequer notar.

- Também te amo. Vamos ver se você vai continuar me amando enquanto tenta melhorar meu inglês, eu sou horrível nisso.

- I will always love you, sweetheart.

- I hope so.

- Me too.

Busan, Apartamento de Taehyung e Jungkook, 15 dias depois - Quinta-feira  19:48h

POV HOSEOK

O apartamento estava estranhamente quieto. JK e Tae nunca deixavam o lugar muito tempo quieto, normalmente uma música ou a própria voz de um deles - ou dos dois - preenchia lugar, o que não acontecia hoje.

- Taehyung? Jungkook?

Ouvi passos e logo Tae apareceu com um sorriso de lado, vestindo uma calça de moletom que deixava o elástico da sua cueca aparecendo.

- Por que tão quieto? - perguntei para ele, mas tudo que o rapaz fez foi me beijar da forma calma que ele sempre fazia.

- No quarto. - disse depois de encerrar o beijo. - Você quer brincar com a gente?

- O que estão aprontando?

- Sim ou não, Hobi-ah. - sua voz soou baixa e rouca, e me diz como dizer não a Kim Taehyung?

- Sim.

- Nesse caso… - ele deu a volta em meu corpo e tirou meu casaco e minha camiseta, levou minhas mãos para minhas costas e devagarinho senti o que parecia uma corda ser passada pelos meus pulsos.

- Serei preso? - pergunto num meio sorriso e ele concorda, mas a corda não ficou apenas nos pulsos, elas subiram pelos braços, imobilizando completamente. - Isso é…

- Com os cumprimentos de Jeon Jungkook, o melhor bondagista que você conhece.

Tae puxou alguma coisa e todos os nós apertaram, me causando um arrepio pelo corpo inteiro. Eu ri de forma quase incrédula, porque me lembrava muito bem da última vez que Jungkook me amarrou. Na verdade, amarrar daquela forma era uma punição; não era apenas os pulsos presos ali, era o braço todo com uma corda macia e torcida, o que deixava no corpo marcas por onde foram presas. Jungkook fez isso comigo uma vez, quando eu cheguei em casa muito, muito tarde, e estava exausto, tinha ficado mais tempo para terminar uma papelada que eles queriam me ajudar a fazer, mas não podia pedir mais trabalho para eles. Agora, eu só podia imaginar quem tinha desobedecido quem.

- Vem comigo. - pediu Tae e eu o segui para o quarto.

Sentado na cama, sobre seus joelhos, Jungkook estava nu e seu membro pulsava, a corda que Tae usou era vermelho-escuro e passava pelo corpo inteiro do Jeon, enrolada em suas coxas, presa em sua cintura, enrolada no peito e desciam pelos braços, presos nas costas; até mesmo seu pescoço tinha algumas voltas, e aquela corda específica deixava boas marcas pelo corpo. Jungkook? Seu maior fetiche era de longe ter o namorado preso como ele estava, e beijar cada parte que a corda marcasse, porque aquelas marcas o excitavam, mas o rapaz também gostava de estar submisso a ele, e um pouquinho mais quando era punido.

E exatamente agora, eu tinha descoberto um outro fetiche meu: Jeon Jungkook completamente amarrado na cama. Ele abriu os olhos e tombou a cabeça para o lado, o que fez uma gotinha de suor descer pela lateral do rosto.

- Ele pegou você também? - JK perguntou e umedeceu os lábios com a ponta da língua.

- Sim, ele me pegou. E eu queria pegar você.

- Estou sendo punido. - ele disse num sorriso pequeno. - E sabe o pior? - ele gemeu baixinho. - Da forma que eu disse que o puniria.

Tae riu baixinho e colocou uma cadeira de frente com Jungkook e me puxou para lá, tirou minha calça e a boxer, e depois me fez sentar na cadeira, de costas para ele.

- Kookie foi um garotinho mau. - Tae explicou enquanto pegava um vidro de lubrificante e despejava um pouco em sua mão, depois, lambuzou meu membro com ele. - E por isso ele está amarrado e tem um vibrador dentro de si.

- Que está me matando. - ele disse com a voz rouca.

- Primeiro, Hobie vai me foder e depois, nós dois vamos foder você.

Ouvi o rapaz rir baixinho, o que me fez imaginar que Jungkook era um tanto masoquista também; ele assistiria a nós dois, primeiro, e depois, revezaríamos. Ainda bem que era cedo e o rapaz poderia dormir muito depois disso.

Tae tirou suas roupas e sentou sobre meu colo, colocou meu membro lentamente dentro de si e começou a sentar sobre ele, num ritmo lento, forçando meu membro mais para dentro a cada vez. Ao pegar mais velocidade, ele segurou firme meus cabelos e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, com algumas mordidas fracas, sentia também a sua língua passar por ele. Seus gemidos começaram de forma tímida, mas ao que ele acertou seu próprio ponto mais sensível, um gemido mais alto que foi acompanhado por mim, e Jungkook pediu piedade baixinho. Tae o via o tempo todo, e conhecia o namorado do avesso para saber que podia fazer isso, e conhecia seus limites para saber que ele ainda não tinha chegado neles. Tae sentava com força no meu colo e eu sequer podia tocá-lo, e ouvi o rapaz chamar por mim e por JK. Ele apenas parou seus movimentos quando ouviu novamente a voz de Jungkook.

- Amarelo, Taehyung.

Tae parou tudo que estava fazendo e rebolou no meu colo, me fazendo arfar. Ele se levantou e puxou uma ponta da corda dos meus braços, que fez ela se afrouxar e cair; me levantei também e me sentei na cama ao lado de Jungkook que mal conseguia manter os olhos abertos. O loiro retirou o vibrador e o mais novo pode respirar mais aliviado, mas não por muito tempo, logo ele o virou na cama e sem sequer se preocupar em prepará-lo, Tae o penetrou com tudo, fazendo o rapaz gemer alto, mas não era de dor. Me levantei e fui para o lado de Taehyung, passei a mão pelas suas costas e segurei seus cabelos num aperto firme.

- Posso continuar o que eu estava fazendo?

- Por favor.

Me coloquei atrás do loiro e o penetrei como antes, sincronizamos nossos movimentos e agora eu podia ver nitidamente o rapaz amarrado abaixo dele, e porra, era a melhor visão do mundo. Tae queria castigá-lo, eu queria ajudá-lo, mas não queria ir contra o que o rapaz estava fazendo, afinal, eu não sabia qual era a falta que o mais novo tinha cometido. Agora, ele gemia cada vez mais alto, a ponto de colocar sua cabeça no travesseiro para que seus quase gritos fossem abafados.

- Isso… grita pra mim, amor.

Eu sorri com a frase do outro e atingi a próstata de Tae com força, o fazendo gritar também; segurei seus cabelos e sua cintura, atingindo o mesmo ponto e vi o loiro amolecer o corpo inteiro, ao ser atingido mais forte.

- Deixa nosso baby gozar, sim? - disse baixinho no ouvido de Taehyung, que com a mão trêmula segurou o membro do rapaz e começou a massageá-lo. - Jungkook… bem alto pra nós, vem.

Como se eu precisasse pedir; Jungkook estremeceu, seus gemidos ficaram mais intensos e ritmados, ele escondeu o rosto e num grito abafado, seu corpo tencionou e amoleceu alguns segundos depois; ele não conseguia se manter no lugar, então apenas se deitou e eu puxei Tae para mim, retirando ele do rapaz. Segurei sua cintura com força, cravando meus dedos nela e aumentei a velocidade, atingindo o mesmo lugar repetidas vezes, até que o senti me apertar violentamente dentro dele, e num gemido mais alto, seu líquido escorreu pelas costas e nádegas do rapaz preso, e um pouquinho depois eu o preenchi com meu próprio. Os três estavam exaustos.

Tae se deitou ao lado de Jungkook que ainda tentava respirar normalmente e eu me sentei ali, perto dele.

- Como o solto? - perguntei, e Tae me mostrou onde eu podia puxar; lentamente as cordas cederam e eu as retirei do mais novo.

Depois de solto e devidamente deitado na cama, quis perguntar o que ele tinha feito para merecer uma punição e inclusive ter que usar uma palavra de segurança, mas não precisei perguntar.

- Eu… juro que não esqueço mais…

- Eu sei.

Taehyung abraçou o garoto e deitou sua cabeça em seu ombro, e eu fiz o mesmo, do outro lado. Jungkook estava completamente marcado pelas cordas.

- O que esqueceu, Kookie? - perguntei.

- Íamos comemorar nossos dois meses juntos hoje. Tae organizou uma festa… e eu esqueci de fazer minha parte nos preparativos.

Eu me levantei parcialmente, rindo, e apoiei meu peso em meu cotovelo, olhando para eles.

- Sinceramente? Eu não vejo uma festinha melhor do que essa que acabamos de fazer.

- Eu disse que ele ia gostar de uma noite de sexo. - Jungkook respondeu já quase adormecendo.

- Mas eu queria comemorar da forma certa. - ele fez um bico olhando o teto que me fez rir.

- Sabe o que é mais importante pra mim? Saber que eu sou amado por vocês dois. E saber que vocês sabem o quanto eu amo vocês e o quanto eu quero protegê-los do mundo.

Tae sorriu retangular, e para mim, era o melhor da noite.

- Então me abracem, homens da minha vida, eu não aguento sequer mover meus braços. - Jungkook apenas os jogou abertos e nós nos aconchegamos a ele, rindo.

- Que por sinal, estão machucados. - Eu comentei, podia ver alguns vermelhos e esfolados enquanto passava meus dedos pelo seu braço.

- Eu tentei me soltar, mas quanto mais se tenta, mais se prende.

Fazia sentido. Sem conseguir mais manter os olhos abertos , segurei a mão de Tae, apoiadas sobre o coração de Jungkook, e assim, logo o sono nos venceu.