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História O Caso Literário (4T EO5) - Shin Mina


Escrita por: BTSHunt

Notas do Autor


Biscoitinhoooooooooooossssss
Me desculpem, eu precisava desse tempo pra tirar todos os furos e deixar isso como eu queria. Juro que tá ótimo!
Apreciem ♥️♥️

Capítulo 10 - Shin Mina


Busan, Distrito, Sala Trinta, sexta-feira 08:25h

POV JIMIN

Chegar cedo para trabalhar era um hobbie, mas naquele dia especificamente, todos já estavam ali antes mesmo das oito da manhã, acompanhados de Jungkook que veio especificamente para nos ajudar com aquilo. O próprio Jeon havia convocado aquela reunião para nos entregar material suficiente para abordar a mulher naquela manhã.

— Bom dia — sorriu o mais novo de nós ao passar pela porta com algumas pastas nas mãos — Todos aqui?

Na sala estavam os quatro detetives, Chaerin, Ian e Bambam, todos aguardando o que o Jeon tinha para falar.

— Mesmo contra a minha vontade, sim — Chaerin olhou para o garoto Bam que apenas sorriu para ela.

— Ótimo. Eu consegui um dossiê completo da autora, seu nome verdadeiro, onde nasceu e, principalmente, todos os lugares que ela já viajou, uma quantidade razoável. Também tenho as pessoas mais próximas dela, uma ficha mais resumida — ele nos entregou algumas pastas amarelas.

— Tudo isso com alguns minutos de pesquisa? — perguntou Namjoon.

— Claramente meu sistema é muito bem otimizado — ele riu — Estão prontos?

— Manda — pediu meu marido.

— Shin Mina é o nome artístico de Shin Jimin, trinta e nove anos, escritora formada em letras pela faculdade de Seoul. Nos fóruns sobre suas obras descobri que “Mina” era o nome de sua melhor amiga que faleceu quando criança, afogada em um lago próximo da casa de campo da família. Shin começou a escrever muito cedo, porém, seus livros só fizeram sucesso no exterior, uma opção dela.

— Opção dela? — perguntei.

— Shin se mudou para a Europa com quinze anos, seus pais trabalhavam com produção musical e fecharam um bom contrato na Alemanha, local onde o primeiro livro foi lançado, em Berlim, quando ela já tinha vinte e oito anos. Mina nunca voltou definitivamente para a Coreia, ela sempre vem passar alguma temporada, mas nunca fica mais do que quatro meses.

— Ela praticamente fez a sua vida fora do país — comentou Bambam.

— Sim — concordou o Jeon — “Em Nome da Rosa” é seu primeiro volume, lançado em 2010, em Berlim. “Veneno Mortal” é de 2012, lançado oficialmente em Dezembro, na cidade de Amsterdã, local onde Mina se isolou para escrever. 2015 foi a vez de “Maçãs e Chocolate”, lançado em Lisboa, Berlim e Paris, simultaneamente. Em 2016 ela lançou “Sangue Sujo” em Berlim, Amsterdã, Paris, Lisboa, Nova Iorque e Cidade do México, simultaneamente. Apenas um ano depois, em 2017, ela também lançou “Lua Vermelha”, nas mesmas cidades já citadas; Mina fez uma pausa depois disso, voltando agora no final de 2020 com “Infame”.

— Ela já escreveu muitos livros — admirou-se Jin.

— Muitos. “Infame” foi lançado em Seoul, Paris, Lisboa, Amsterdã, Nova Iorque, Texas, Cidade do México, Buenos Aires e Berlim, várias cidades ao redor do mundo que receberam simultaneamente as cópias dos livros. Um detalhe: todos os exemplares enviados estão traduzidos para os respectivos idiomas, porém, os que vieram para Seoul são em inglês.

Muito interessante.

— Shin Mina anda sempre com a sua secretária pessoal, Moon Byul-yi, conhecida apenas por Moon. A moça tem trinta anos e é amiga de adolescência de Shin, também se formou em letras e é responsável por manter os prazos e revisar o conteúdo dos livros.

— Moon é um problema? — perguntou Namjoon.

— Acreditamos que não, porém, é sempre bom ficar alerta — comentou Jungkook — Perguntas?

— Quando vamos encontrá-las? — perguntei.

— Hoje à tarde — Chaerin se levantou — Mina já recebeu a intimação para depor e a assinou, virá acompanhada de sua advogada, seu depoimento está agendado para as 15:30h. Quem vai colher?

Estranhamente, todos olharam para o garoto Bam.

— Eu não vou colher — ele respondeu numa careta fofinha — Mas indico Jimin e Yoongi.

— Só queríamos uma indicação mesmo — Chaerin sorriu — Por que eles?

— Ahn… — ele pareceu ponderar.

— Só manda, garoto — eu pedi, segurando o riso.

— As chances delas se sentirem oprimidas são menores. Apesar de Jin e Namjoon serem muito mais gentis ao colher um depoimento, eles são grandes e aparentam sua força. Em um mundo machista como estamos inseridos, as mulheres costumam se sentir intimidadas em casos onde estão em minoria ou em desvantagem física.

— Eu tenho uma coleção de suculentas e pego caranguejos na praia! Como assim eu intimido as pessoas? — perguntou Namjoon, o ultraje em sua voz era claro. Meu marido cruzou os braços, a blusa de lã de gola alta era azul clara e evidenciava os músculos do peitoral definido que ficou ainda mais saltado com o movimento.

— Você continua sendo uma geladeira inox, meu amor. — Jin bateu levemente contra seu peito, o que o fez rolar os olhos.

— Todos concordam que Jimin e Yoongi são as melhores opções? — perguntou Chaerin.

— Tudo bem, Jimin realmente parece inofensivo — comentou Yoongi.

— E você? — perguntei para ele.

— Eu pareço com sono o tempo todo, não sou considerado uma ameaça — Yoongi deu de ombros, era verdade, afinal.

— Eu estou de acordo. Vamos preparar a sala e esperar, Bam pode ficar do outro lado do vidro, analisando as duas enquanto vocês conversam com elas — indicou Chaerin.

Logo finalmente conheceríamos a tal escritora que era capaz de falar tão abertamente sobre todas aquelas crueldades.


Busan, Distrito, Sala de Interrogatório, sexta-feira 15:31h

POV YOONGI

Suspirei pesadamente ao pegar o copo de café que meu marido havia me trazido, eu estava com um mau pressentimento sobre tudo aquilo e ele sabia, tanto que segurou a minha mão gentilmente e sussurrou que tudo daria certo.

Apenas pela foto que recebemos, já era possível ver que ambas eram muito firmes e decididas sobre suas coisas, o que nos fazia imaginar que a colaboração não viria tão rapidamente.

— Vamos lá — chamou Jimin ao passar os dedos pelos cabelos rosa.

Concordei e segurei a pasta que Bambam havia nos entregado, entramos juntos na sala espaçosa que estava aquecida, onde eu pude observar três pares de olhos a voltarem-se para nós.

— Shin Mina? — Jimin perguntou e ela logo se levantou da cadeira.

— Sim, sou eu.

— O trigésimo Distrito de Busan agradece sua disponibilidade em vir nos prestar depoimento, mesmo que repentinamente.

— Oh, não por isso, eu sou uma cidadã coreana, é o meu dever — ela respondeu prontamente, a voz suave parecia gentil e calma, mesmo que ela mexesse nervosamente em sua corrente de ouro fina, presa ao pescoço.

— Meu nome é Park Jimin, detetive destacado para o caso, este é meu colega de profissão, Min Yoongi, estamos atuando juntos.

Segurei meu rosto impassível, mesmo que eu quisesse rir ao ser chamado de colega.

— É um prazer conhecê-los, lamento que em uma situação dessas. Eu trouxe comigo minha advogada Kim Camille e minha secretária e confidente Moon Byul-yi.

Ambas fizeram uma reverência formal e nada disseram.

— Todas as cartas que recebo passam pelas mãos delas, então fui orientada a trazê-las — continuou Mina.

— Tudo bem, não há problema algum — Jimin respondeu suavemente — Podemos fazer algumas perguntas?

— É claro.

Jimin colocou o copo de café sobre a mesa e se sentou em uma das pontas, longe de todas elas; eu fiz o mesmo, permanecendo próximo do rosado.

— Há quanto tempo escreve, noona? — Iniciou ele e somente aquela frase já causou uma reação diferente do habitual.

— Desculpa, como? — ela perguntou.

— Há quanto tempo escreve? Nos conte um pouco sobre a sua carreira.

— A-ah… — ela olhou para sua advogada que nada disse antes de voltar a olhar para nós — Eu escrevo desde muito nova, mas meu primeiro romance publicado foi em 2010.

— Há algum motivo para que seus livros não tenham sido publicados na Coreia? — perguntei, minha voz soando pela primeira vez naquele lugar.

— Não, eu… só acho que não é pra esse público — respondeu um tanto incerta.

— Peculiar você dizer isso — Jimin comentou — Logo você que acabou de sair de uma sessão de autógrafos que durou três horas a mais do que o esperado e vendeu 45% a mais do que os estoques que estavam ali.

— Poderia ir direto ao ponto, detetive Park? — pediu a advogada.

— É claro, me desculpe — ele sorriu — Estamos curiosos para saber o motivo de só agora a noona ter divulgado seus livros no país de origem, mesmo que não usando a sua língua materna. 

— Foi um erro meu — disse a loira.

— Moon, não precisa. Você sabe que não foi culpa sua — foi a vez de Shin intervir, com a voz cansada como se já tivesse dito aquilo várias vezes — Normalmente eu não divulgo nada na Coreia porque há muitos anos não é meu país de residência. Particularmente, não gosto daqui.

— Entendo — Jimin concordou.

“Sou uma cidadã coreana, é o meu dever.”. “Particularmente, não gosto daqui.”. Interessante.

— Eu posso saber exatamente por que eu estou aqui? — Mina perguntou um tantinho irritada.

— É claro. Tivemos um assassinato na semana passada, o assassino usou o modus operandi descrito em seus livros e nós queremos saber o que a noona acha disso.

— Que modus operandi?

— O descrito no primeiro livro — comentei — Corte cirúrgico, remoção de órgãos, rosas brancas no lugar. Você não viu nada na internet ou jornais?

— Não, eu mal tenho tempo de ver isso. Mas esse livro é de 2010 — ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha — Eu não tenho mais nenhum assassinato assim nos meus livros que justifique eu estar aqui.

— Em Nome da Rosa, de 2010, conta o assassinato brutal de duas jovens, onde as vísceras foram arrancadas e, no lugar, rosas brancas foram colocadas. Veneno Mortal de 2012, um médico cirurgião matou suas três esposas e, olha só, rosas brancas sobre seus ventres — contou Jimin.

Vi as mulheres cerrarem os olhos para nós.

— Em 2015, a noona lançou Maçãs e Chocolates, o modus operandi novamente se repete, com as mulheres sendo cortadas e seus órgãos removidos. Depois, um tipo de funeral é feito, com rosas brancas sobre suas barrigas. Sangue Sujo de 2016 e Lua Vermelha de 2017, ambos contavam sobre a vida de homens com distúrbios psicológicos que cortavam as suas vítimas. As rosas brancas estão em todos os volumes, assim como os assassinos e o fato de todos eles gostarem de objetos cortantes — tomei um gole do meu café — Não estamos dizendo que é a culpada, só queremos entender.

— A noona pode estar correndo perigo — Jimin explicou — Se há alguém que está usando de seus livros para cometer assassinatos, pode estar atrás de você também.

— Vocês leram? Leram todos os meus livros? — perguntou ela, curiosa.

— Sim — concordei.

— E qual gostaram mais? — ela apoiou o rosto nas mãos.

— Daquele em que não há assassinato — Jimin sorriu para elas — Lemos em pares, tínhamos pouco tempo, estávamos procurando pistas. Queremos a sua ajuda, Mina.

A mulher ficou encarando por um longo período, alternava entre Jimin e eu, os olhos castanhos adornados de uma maquiagem leve.

— Essas histórias só nascem em minha cabeça. Começou com um pesadelo, depois de um filme de terror, e então eu passei alguns anos da minha vida estudando e consumindo esse tipo de comportamento assassino. Academicamente, eu me tornei obcecada, passava dias lendo e vendo documentários sobre, até que eu surtei e me mandaram para uma clínica de reabilitação, eu estava muito estressada.

— Quando foi isso? — perguntou Jimin.

— Em 2018, logo nos primeiros meses. Mina ficou três meses internada, em Berlim — explicou Moon.

— Eu não copiei esse modus operandi de algum lugar, eu apenas o criei porque achei emblemático suficiente para chocar em meu livro. Minha amiga… minha melhor amiga de infância, foi enterrada com rosas brancas, depois de se afogar em um lago próximo da casa de campo da família. As rosas são um tributo à ela.

Mina parecia chateada com toda aquela conversa, Moon apoiou a mão em seu ombro e a confortou.

— Responderei todas as perguntas, detetives, não posso acreditar que alguém com más intenções use de uma memória boa dessa forma tão… depravada. Para o que precisarem, senhores, eu irei ajudar — disse Mina com convicção.

— Onde esteve na noite de sábado? — perguntei, já que ela parecia feliz em ajudar.

— Você não precisa responder isso — alertou a advogada rapidamente.

— Eu não tenho nada a esconder. Eu estava no hotel Mondrian, é um belo edifício em Itaewon.

— A noite toda?

— Fiz meu check in na quarta-feira, juntamente com Moon, visitei alguns lugares turísticos, alguns bares para beber um pouco, algumas instituições de caridade, tudo acompanhado de minha secretária. Na sexta bebemos no hotel, pedimos comida, nos deitamos depois da uma da manhã e eu só saí novamente às onze da manhã, para comer e fazer compras.

— É só isso? — perguntei.

— É o que perguntaram, certo? Depois do almoço, ainda andamos um pouco mais, voltamos para o hotel de onde só saímos à noite, por volta das dez horas da noite, para ir em uma boate em Itaewon. Chegamos em casa amanhecendo. Soap Seoul é o nome da balada

— Anotamos — Jimin concordou lentamente com a cabeça enquanto escrevia algo em seu celular — Você sabe que estar em uma balada coreana não é um bom álibi, não é?

— Há câmeras de segurança, vão confirmar que eu estive lá. Paguei minha entrada com meu cartão de crédito, vocês também podem conferir isso.

— E sobre sexta? — perguntei ao pegar o meu copo de café — Por que nos disse o que fez na sexta?

A mulher me olhou confusa, quase sem entender o que eu havia perguntado.

— Desculpe?

— Eu perguntei o que a noona havia feito na noite de sábado, você nos narrou primeiro a noite de sexta, se certificando de mencionar a madrugada e o horário que saiu no sábado de manhã. Só depois você nos disse o que fez no sábado à noite, um álibi bem menos convincente que o primeiro.

— Você não pode insinuar coisas sobre a minha cliente, detetive Min — me alertou a advogada.

— Eu não estou insinuando, senhorita, eu estou apenas constatando o que a sua cliente disse — respondi calmamente após beber um gole de café.

— Quando pretendiam ir embora da cidade? — perguntou meu marido.

— Pretendemos ir embora hoje — comentou Moon.

— Infelizmente, não é mais possível. Vocês duas são suspeitas de um crime e devem ficar na cidade até ser resolvido — alertei.

— O que? — Moon me olhou como se eu tivesse xingado-a.

— Exatamente — Jimin concordou ao levantar-se — Em momento nenhum dissemos “madrugada de sábado”, apenas perguntamos sobre a noite de sábado e Mina foi muito pertinente em dizer tudo sobre a sexta, de forma a deixar claro que não era uma suspeita.

— Não dissemos o horário que a vítima foi morta, Mina acertou que foi na madrugada ou ela sabia? Mina disse que não viu nada sobre o crime, isso realmente era verdade? Se não era, por que ela ocultou isso? — Tombei a cabeça para o lado, vendo aos poucos um leve pânico tomar conta de Mina.

— São acusações infundadas! — reclamou a advogada.

— Não estamos acusando, senhorita, estamos apenas notando um depoimento cheio de falhas — Eu sorri para ela — Não poderá sair da cidade até que a polícia permita e iremos chamá-la mais algumas vezes para conversar sobre isso, é bom que esteja disponível.

— Tudo bem — concordou Mina ao se levantar — Provarei que sou inocente e vocês dois ainda vão me pedir desculpas por esse ultraje — ela garantiu.

Eu já tinha as minhas dúvidas sobre isso.


Busan, Distrito, Sala Trinta, sexta-feira 17:47h

POV JIN

— Só eu que achei essa mulher muito esquisita? — perguntei ao me sentar em uma das cadeiras da sala trinta.

— Não faz sentido nenhum — Jimin suspirou e se sentou ao meu lado — Se ela é mesmo culpada, sabe que acabou se colocando em uma situação complicada e se não é… está escondendo alguma coisa.

— Não sou o Bam e nem especialista nessas coisas, mas havia alguma coisa de errado com elas. Com as três. A impressão que eu tive foi de um teatro, com todas elas interpretando um papel.

— Moon ficou quieta demais — Namjoon se encostou na parede e olhou o teto — Achei estranho quando ela disse que a culpa foi dela o livro ter vindo parar na Coreia do Sul.

— Isso chamou a minha atenção também — comentei ao me levantar; fui até a grande lousa e peguei uma caneta preta — Pensem comigo.

Os três rapazes vieram até mim e observaram a lousa enquanto eu escrevia o nome de Mina no canto dela, para não atrapalhar tudo que já tínhamos escrito. Depois disso, coloquei o nome de Moon ao lado dela e da vítima Soocho do outro lado.

— Ela é culpada — circulei o nome de Mina com uma caneta azul — e eu… sou cúmplice. Um álibi. Eu sei que Mina veio pra Coreia do Sul, eu sei que ela tinha uma vítima, eu sei que ela ia matar naquela noite, então ajudei a montar uma situação favorável para que Mina pudesse se livrar da acusação. Se eu sei, por que caralhos eu coloquei Seoul no roteiro?

— Pode ter realmente sido um erro — Yoongi comentou.

— Mas Mina se entregou — Jimin coçou o queixo — Praticamente colocou toda a polícia de Busan em seu pé e sequer vai poder voltar até o hotel para pegar suas coisas, a advogada terá que fazer isso.

— Um assassino no nível do que vimos não erra — Namjoon apontou para a foto do corte — Estamos esperando um assassino frio, calculista e do tipo que não cometeria esse tipo de deslize. Alguém que já cometeu tantos assassinatos assim não se entregaria dessa forma.

— Acha que não foi ela? — perguntei para meu marido.

— Acho que pode ser — ele ponderou — O problema é se ela realmente for.

— Se Shin Mina for a assassina, nós não temos ideia do tipo de abordagem que ela terá agora que estamos investigando sua vida — Yoongi bagunçou seus próprios cabelos cinzas — Não faz sentido ela ter criado tantas dúvidas sobre ela.

— Talvez ela quer que investiguemos algo a mais — Tampei a caneta e a deixei no aparador — Mina é esperta, se ela for a assassina em série que esperamos que seja, no mínimo ela vai querer provar que é mais inteligente do que nós todos e se livrar disso com maestria.

— O que torna tudo ainda mais perigoso — concordou meu primo — Vamos esperar um relatório formal do Bambam, até lá, podemos nos concentrar na massa de dados que Jungkook pegou pra gente.

— Falta apenas uma semana pro Natal — Namjoon suspirou, guardando as mãos dentro dos bolsos da calça — Se começarmos agora, conseguimos terminar isso até o dia vinte e quatro?

— Sim — Yoongi sorriu para o amigo — Vamos manter os planos da comemoração, só faremos algo a respeito se tivermos mais alguma surpresa.

Tínhamos combinado de passar o Natal juntos, em uma comemoração maior com todos os nossos amigos que passariam a data na cidade. Só queríamos que aqueles planos ficassem intactos.


Busan, Rua do Distrito, sexta-feira 18:02h

POV MINA

— O que foi aquilo, Mina? — perguntou minha advogada assim que ganhamos a rua, ao sair do Distrito.

— Aquilo o quê?

— Você desenvolveu amnésia por um acaso? — Moon rolou os olhos para mim — Por que você falou daquele jeito lá dentro? Agora sequer conseguimos sair da cidade!

— Isso tudo só aconteceu porque você colocou a Coreia do Sul naquela lista, Moon — respondi exasperada — E agora eu estou aqui, presa em Busan sem nenhum motivo!

— Eu já disse que não foi por querer — ela respondeu irritada — Se você fosse mais organizada com as suas coisas, não deixaria as passagens todas amontoadas.

— Agora não faz diferença! — minha advogada cortou nossas reclamações — Com aquele tom de voz, até eu teria impedido você de viajar, Mina. Vamos encontrar um hotel, eu vou até Seoul pegar as malas, vocês duas não podem sair da cidade.

— E eles vão saber se eu for até Seoul? — perguntei tentando não soar muito debochada.

— Faz o teste — Moon encarou as unhas polidas — Com sorte é um dos detetives bonitões que vai prender você.

— Parem com isso, parecem crianças — ralhou Kim — Vamos logo, acho que tem algum hotel nessa rua.

Rolei os olhos, se eu não fosse tão boazinha com a Moon, nada disso estaria acontecendo.



Notas Finais


E agora? O comportamento da Mina foi um tanto estranho, mas das outras duas também!
Palpites? Me deixem saber ♥️♥️

2beijo


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