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História O Cavaleiro Dracônico - Os mortos podem voltar...


Escrita por: YamadaToruko12

Notas do Autor


Oi! Como estão?
Seguinte, esse capítulo é mais curtinho, porque tô sem tempo e criatividade para escrever nesse fim de ano, então por favor dêem um desconto.
Obrigado e boa leitura.

Capítulo 3 - Os mortos podem voltar...


Seis dias haviam se passado desde o ataque. O barco que Astrid, Bocão e Perna-de-Peixe iriam usar para procurar o tal “Cavaleiro de Dragões” estava pronto. Sven colocou todos os homens que estavam à sua disposição para trabalhar nesse barco. Não apenas isso, mas com uma ferraria improvisada, Bocão conseguiu construir algumas poucas armas e ferramentas que seriam úteis na viagem. E agora, estavam todos no píer, para vê-los partir e desejar boa sorte.

- Perna-de-Peixe. – chamou Bocão – Pegue aquele cesto e traga pra cá. É nosso estoque de comida.

O garoto pegou o cesto, e viu que só tinha peixe nele.

- Bocão, nós vamos passar quase um mês comendo só peixe? – perguntou.

- E o que você esperava? – latiu o bronco – Todas as nossas reservas de comida foram destruídas naquele ataque. Demos sorte de Baldão e Estrume terem conseguido tantos peixes.

- Está bem... – Perna-de-Peixe certamente estava desanimado com isso.

- E nada de comer três cafés da manhã!! – Astrid avisou. E isso fez o garoto desanimar mais ainda.

- Não se preocupe Perna-de-Peixe. – consolou-o Estoico – vocês estarão de volta logo. E tem muitas ilhas cheias de fartura no caminho, tenho certeza.

Isso o animou um pouco. Tanto que agora trabalhava com mais empenho q antes.

- Bem, então creio que seja isso. – Bocão disse, entrando no barco.

- Tenham cuidado. – disse Estoico. Parecia genuinamente preocupado.

- Você se preocupa demais Estoico. – respondeu o amigo – Já enfrentei coisa pior que um montador de dragões.

- Espero que esteja certo Bocão.

Eles começaram a desatar os nós que prendiam o barco ao deque, e logo zarparam para o mar, acenando para as pessoas na ilha.

- Pois bem, acho que já estamos longe o suficiente. – disse Bocão enquanto ajustava as velas. Sua feição estava mais séria do que antes. Ele então se virou para Astrid, sentou-se no banco do barco, e perguntou:

- Agora podemos saber o que era tão importante assim?

Astrid fitou o horizonte por alguns segundos, enquanto Bocão a encarava.

Perna-de-Peixe parecia confuso. Não ficou sabendo de nada sobre o que falavam.

- Está bem. – disse a garota enfim – Mas Perna, sente-se também. Não queremos ter q pegar ninguém no mar.

Perna-de-Peixe obedeceu e se sentou. Astrid apoiou os cotovelos nos joelhos e juntos as mãos, quase em uma oração, enquanto olhava pro chão.

- Eu menti quando disse que não sabia quem era aquele homem. – revelou, assustando os outros dois – Mas não se preocupem, eu só o reconheci durante a luta q tive com ele. Antes disso não fazia a mínima ideia de quem ele era.

- E por que não contou ao chefe? – perguntou Perna-de-Peixe, ainda muito confuso – Talvez fosse alguém que o chefe conhecesse, e soubesse como encontrá-lo.

- Confia em mim, o chefe o conhece muito bem. Mas isso não ia ajudar em nada. – respondeu a garota – E se ele ficasse sabendo quem é, iria mudar tudo que aconteceu nos últimos anos.

Ambos os ouvintes ficaram quietos. Suas mentes trabalhavam em velocidades alucinantes. Alguém que o chefe conhecia, e o simples fato de Estoico descobrir quem havia atacado, afetaria a todos. Não havia ninguém assim, que qualquer um dos dois conhecesse.

Bocão direcionava todos os seus sentidos para Astrid, esperando um nome. Quando esse não veio, ele perguntou, num tom de voz grave e ansioso:

- Quem é o cavaleiro de dragões?

Astrid só pôde suspirar, olhar para os dois, e dizer:

- Soluço Haddock III.

Essas três palavras fizeram o enjoo do balanço do barco parecer irrelevante. Não importa o quão forte fosse, um viking não seria capaz de assimilar aquilo tão rápido.

Perna-de-Peixe estava perplexo, assombrado. Aquilo era impossível. Seu melhor amigo, que foi dado como morto três anos antes, estava vivo? Ele não era capaz de acreditar.

Mas com toda a certeza, o mais afetado com aquilo era Bocão. Não era possível definir o que o velho ferreiro estava sentindo. Ele estava imóvel, sem conseguir reagir. Sua cabeça passava agora por um turbilhão. Soluço estava vivo. O garoto que ele criou, educou e teve que aceitar partir antes dele, tinha voltado dos mortos. Ou melhor, nunca esteve com eles. Bocão ainda não era capaz de acreditar.

- V-Você tem certeza? – perguntou para a garota, como se esperasse ela dizer que era mentira. Mas ela apenas confirmou.

- Ele estava bem diferente do Soluço que conhecíamos. – contou ela – Mas os olhos verdes e o cabelo castanho eram inconfundíveis.

- E-Então, ele estava vivo esse tempo todo? – Bocão ainda não queria acreditar. Sentia uma mistura de felicidade, alívio, e raiva.

Astrid acenou com a cabeça novamente. Esse havia sido o único pensamento da garota por seis dias.

- Por que? – perguntou Perna-de-Peixe – Por que ele fugiu da ilha? E como ele fez isso?

- Aparentemente ele foi capaz de domesticar um dragão e montar nele. Isso também explica como ele tinha se tornado alguém tão bom nos treinos com dragões.

- Mas por que... – Bocão ainda estava inconformado. Queria entender tudo isso.

- Ele não me disse o porquê. – Astrid respondeu – Ele só me falou que ainda não era a hora de me contar isso.

- Então foi por isso que você pediu por mim e pelo Perna-de-Peixe quando apresentou a missão. – Bocão disse, quase num sussurro.

- Sim. – respondeu a garota

- O que ele tem feito por todo esse tempo? – perguntou Perna-de-Peixe – Pelo que deu pra ver, com certeza não foram amizades.

- Não faço ideia. – Astrid respondeu – Ele me disse que seríamos pegos no fogo cruzado, se negociássemos com o Greenborn.

- Nunca gostei desse homem. – comentou Bocão, com cara de desgosto – Ele nos disse que tinha uma inimiga que montava dragões, mas não falou nada do Soluço.

- Talvez ele não soubesse. – supôs o rapaz.

- Com certeza sabia – afirmou Astrid – Talvez soubesse até que o Soluço é berkiano. Por isso que deve ter nos colocado de escanteio com observação constante.

- Isso significa que devemos evitar qualquer base dos caçadores a qualquer custo. – disse Bocão.

- Exato.

Os três ficaram em silêncio, observando o deque e perdidos nos próprios pensamentos. Astrid passeava pelo turbilhão que estava na cabeça dela. Era um pensamento mais assombroso que o outro.

Primeiro: Soluço estava vivo. E não só isso, ele havia se tornado talvez o viking mais poderoso do arquipélago. Segundo: ele está irado com Berk. Quando um homem que controla um exército ilimitado de dragões se volta contra você, é melhor ficar com medo e pensar com calma.

- Vamos passar pelas ilhas do leste. – disse por fim Perna-de-Peixe – Elas são território neutro que Vigo não conseguiu conquistar, e odeiam dragões ao ponto de Soluço não ter poder para interferir.

- Isso não é ruim? – perguntou Bocão – Nós queremos encontrar o soluço.

- A única coisa que temos é a direção para a qual ele foi. – comentou Astrid – Vamos ter que investigar antes de qualquer coisa.

Bocão pareceu concordar e Perna estabeleceu a rota. Não havia como saber onde está Soluço, e ainda levaria muito tempo para descobrir.


Notas Finais


É isso. Ficou meio ruim, mas espero que gostem.
O próximo vai levar mais tempo pra sair, mas prometo fazer um capítulo melhor.
Até a próxima!


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