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História O Charme da Raposa - O Atentado


Escrita por: Koura

Notas do Autor


Postagem original em 25/10/16, "O Atentado".
Revisado e reescrito em 28/12/16.

Capítulo 2 - O Atentado


Ela já estava deitada a um bom tempo, o seu celular vibrava a cada minuto por causa  dos grupos que fazia parte, de vez em quando dava uma olhada para ver se tinha algo de interessante, mas nada lhe interessou, até pensou em estudar algum dos assuntos da prova que teria na próxima semana, mas a vontade passou no exato momento que pegou o livro para ler. Frustrada jogou o livro ao seu lado e fechou os olhos, momentos depois o seu celular tocou, ao ver de quem era a chamada quase desligou.

"Ahri!" o garoto soava bem animado.

"O que foi, Ekko?" a raposa deixou bem claro o seu descontentamento na fala.

"Ocupada?" o jovem comentou.

"Dependendo do que seja."

"Vai ter uma grande festa hoje a noite, afim?" o jovem perguntou.

"Vai ser aonde?"  a raposa perguntou curiosa.

O garoto passou o endereço e ela anotou em um pequeno papel.

"O que acha?" o jovem perguntou.

"Depois que eu resolver algumas coisas, talvez eu vá."

"Entendo." o jovem deu uma pequena pausa, alguém havia chamado a sua atenção, "Vou ter que sair aqui, te vejo mais tarde na festa." ele comentou e logo após desligou a chamada.

"Mas eu não disse que iria..." a raposa comentou enquanto colocava o celular ao seu lado.

A raposa ficou curiosa pelo convite,  mas ao mesmo tempo ficou desconfiada em relação a Ekko, nos últimos dias ele tem se mostrado bastante prestativo a ela, a principio os dois nunca foram muito amigos e nunca tinham muito contato, porém depois que a tecelã se mudou o comportamento dele ficou diferente.

Ela deu mais uma boa observada no endereço que havia anotado, o local ficava bem distante de  onde morava, normalmente não faria o esforço de ir para tão longe, mas como não queria passar o final de semana  presa dentro do seu quarto decidiu aceitar o convite. Minutos depois a garota já estava arrumada e a espera do transporte na frente do dormitório, como estava sem paciência para escolher alguma roupa optou por usar o seu uniforme, por sinal gostava muito dele. Não demorou muito até o seu transporte chegar, mas demorou até chegar ao local da festa.

Chegou no inicio da noite, o local ficava em uma região nobre da cidade de Demacia, quando saiu do carro deu de cara com uma imensa mansão, por alguns instantes ficou com duvida se esse era o local certo, andou um pouco até encontrar alguém que pudesse lhe dar a informação, para sua sorte havia dois guardas na frente da mansão, eles confirmaram que o endereço estava certo e que estava tendo uma pequena festa no local.

Enquanto a raposa adentrava a mansão, percebeu que as pessoas começavam a olhar, boa parte dessas eram  homens curiosos. Andou um pouco mais até dar de cara com o salão principal onde estava tendo música e bebidas, por alguns instantes observou para  ver se encontrava algum conhecido mas não teve sorte, nesse momento um garçom passou ao seu lado oferecendo um bebida.

"Obrigada." ela agradeceu.

Em seguida ela andou um pouco pelo salão até encontrar um pequeno espaço mais calmo, permaneceu quieta apenas observando e curtindo a música que tocava, não demorou muito até os garotos começarem  a se aproximar dela, sempre ofereciam uma bebida como convite para uma conversa, pacientemente ela  conversou com cada um deles, apesar disso nenhuma das companhias interessou a ela, no final das contas preferiu ficar sozinha.

O tempo passou e a festa começou a ficar chata para ele, puxou o seu celular do bolso para ver quanto tempo havia passado, ficou surpresa quando viu as horas.

"Hora de ir embora..." ela comentou.

Rapidamente ela em um gole só finalizou o resto da bebida e começou a se preparar para ir embora, nesse momento uma voz familiar lhe chamou a atenção.

"Ahri!"

A raposa virou a sua atenção na direção da voz, quando notou quem ficou frustrada.

"Ekko..."

"Tudo bem?" o garoto comentou enquanto se aproximava.

"Sim..."

"Desculpe a demora, estava com alguns amigos." ele comentou.

"Não precisa se desculpar." a raposa respondeu.

"Então, fazendo o que de interessante?" o garoto puxou conversa.

A raposa apenas mostrou o copo vazio como resposta.

"Encontrou alguém conhecido?"

"Não."

"Quer dançar um pouco?"

A raposa olhou surpresa pela proposta, mas recusou, não se sentia no clima para dançar.

"Passo."

"Certeza?" ele questionou.

"Sim."

Um silencio tomou conta dos dois até que o garoto cortou o silencio.

"Aceita uma bebida?"

A raposa olhou novamente para ele, desconfiada do comportamento dele, não que achasse ruim a atenção, mas ele não tinha motivos para fazer isso, pelo menos no ponto de vista dela.

"Porque está fazendo isso?" ela resolveu questionar.

"Isso o que?"

"Sendo atencioso e tudo mais." ela comentou, "Tem algum motivo em especial?" questionou sem seguida.

" Nenhum, ué..."

"Mentira, me diga o que é!" a raposa obrigou.

O garoto pensou um pouco antes de dar a resposta.

"Ela me pediu."

Por alguns instantes a raposa ficou confusa sobre quem era a pessoa, mas como se tratava de Ekko a resposta veio facilmente.

"A Taliyah?" ela comentou.

"Sim..."

Não estava muito surpresa com a situação, estava mais preocupada em descobrir porque a tecelã pediu essa favor a ele.

"Qual o motivo?"

"Ela pediu para que guardasse segredo..."

Bela forma de guardar um segredo, a raposa pensou, até veio a intenção de tentar descobrir qual era o motivo, mas resolveu deixar para outro momento.

"Bem, tenho que ir..." ela comentou.

"Tão cedo?"

"Semana que vem tenho prova, estudar." ela explicou.

Era verdade a questão da prova apesar dela não gostar da ideia, mas ela só usou essa desculpa para evitar que o garoto ficasse fazendo perguntas desnecessárias.

"Eu te acompanho até lá fora." o garoto respondeu.

A raposa apenas observou em silencio, a vontade que ela tinha era de tacar o copo na testa dele, ela estava querendo ficar sozinha, mas o garoto não percebeu. Minutos depois os dois estavam na frente da mansão esperando o transporte que a levaria para casa.

"Como vão as coisas?" a raposa quebrou o silencio, o garoto ficou bem surpreso pela atitude dela.

"Bem, porque?"

"Como vão as coisas entre você e a maluquinha?" ela questionou.

"Vão bem.... o único problema é que ela está com notas baixas..."

"Porque não ensina ela?" a raposa questionou novamente.

"Estou tentando, mas ela meio que é..."

"Burrinha?" a raposa chutou.

"Desinteressada..." o garoto comentou.

"Gosta dela?" ela perguntou, o garoto corou em resposta.

"Ela tem as suas qualidades..."

"Entendo..." a raposa apenas observou.

"E a Taliyah?"

O garoto olhou em surpresa mas logo a expressão voltou ao normal, como se ele já esperasse a pergunta dela, mas mesmo assim foi pego com a guarda baixa.

"Ela é legal... uma grande amiga..." ele respondeu com dificuldades.

"Você sabia que ela gostava de você?" ela foi mais direta.

"Sim... mas..." ele parou, mas a raposa já sabia o que significava.

"Você se apaixonou pela maluquinha..." ela comentou.

"Sim..."

A raposa permaneceu em silencio, tentando entender porque ele escolheu a Jinx ao invés da Taliyah, tentou imaginar o que ele viu nela que não viu na sua amiga.

"Eu sei que é meio estranho, mas..." ele tentou procurar por palavras para explicar, mas a raposa o interrompeu.

"Não precisa explicar."

Mais uma vez o familiar silencio tomou conta dos dois, para sorte dela o transporte havia chegado.

"Bem, tenho que ir." ela comentou.

"Certo!" o garoto respondeu nervoso.

Ao final a raposa entrou no carro deixando o garoto sozinho, agora a sua única preocupação era o tempo que levaria para voltar para casa. Para descansar se sentou no banco de trás do carro, era mais espaçoso caso precisasse deitar, enquanto o carro saia do local a raposa ficou pensando sobre a conversa de mais cedo, ficou se questionando do porque da escolha do garoto, como ela não entendia tentou se colocar na pele dele.

"Se eu fosse o Ekko, o que eu gostaria em uma garota?" se fez a pergunta, não se importou muito com o motorista já que ele era um robô.

Ela se esforçou no papel mas não deu nenhum resultado, então decidiu mudar o ponto de vista para o dela próprio.

"O que eu gosto em um homem?" se questionou novamente.

Levou um pouco de tempo para ela perceber os seus interesses, log o após procurou exemplos de seu dia a dia, pessoas que combinariam com as qualidades que ela procurava. Ao final ficou em duvida em quatro nomes, Yasuo, Graves, Garen e Lucian, então começou a observar as características que achava interessante para eliminar e escolher um único nome.

Yasuo, um andarilho ioniano, conhecido pelo seu excepcional uso da espada, forte e determinado, porém desconfiado de tudo e todos, ele não hesitaria em cortar alguém caso sinta-se ameaçado.

Graves, um criminoso que nasceu em Águas de Sentina, apesar de ser um homem forte, sua ganância é muito forte, seria capaz de entregar um amigo por uma generosa quantia de ouro em troca.

Garen por sua vez era uma figura extremamente imponente, sempre justo a causas nobres, um sinal de perfeição para Demacia, perfeição que era exagerada demais para a raposa.

E por ultimo Lucian, um caçador de mortos-vivos de demacia, pouco se sabe sobre ele, mas que possui uma determinação inigualável e uma presença muito forte, dizem que passou por um grande trauma no passado, mas não se tem informação sobre o que aconteceu.

Dos quatro nomes que ela separou, o que mais simpatizou foi o do purificador.

"Lucian... Hmm..." ela comentou um pouco surpresa da sua escolha.

Já havia se passado um bom tempo desde o dia do refeitório, apesar disso a raposa sempre se lembrava da data. Mas a cena que sempre vinha em mente era a do purificador saltando para protege-la, sempre a fazia sorrir, desde aquele dia ela passou a respeitar aquele homem, mas junto com o respeito veio a curiosidade em descobrir que tipo de homem que ele é, mas infelizmente nunca teve a chance, mesmo quando tentou conversar com ele nos corredores do Instituto, sempre estava ocupado e com pressa.

"Deve ser um homem bem ocupado..."

Fazia um bom tempo que ela não se interessava por alguém, principalmente um homem, ficou surpresa e curiosa pra saber no que isso a levaria.

A raposa continuou sonhando acordada no carro por algum tempo até que resolveu dar uma olhada para a estrada, para sua sorte a cidade não estava muito longe, mas ainda faltava um bom trecho de estrada. Com isso em mente ela se deitou no banco, para descansar até chegar ao dormitório. Alguns minutos se passaram até que algo lhe chamou a atenção, para ser mais exato uma sensação, como se algo ruim estivesse para acontecer, para seu azar ela sempre acertava. Calmamente se sentou novamente no banco do carro esperando algo acontecer mas nada aconteceu, porém a sensação não passava e permaneceu até chegar ao dormitório.

Entrando no prédio percebeu que as coisas estavam muito silenciosas, até demais para o seu gosto. Seu quarto ficava no segundo andar, então havia um pequeno caminho a percorrer, aproveitou para ver se encontrava algum sinal de vida, mas o dormitório continuou silencioso. Finalmente chegou a porta do seu quarto que ficava ao final do corredor, deu uma ultima olhada ao seu redor, mas não percebeu nada de diferente, cuidadosamente pegou a chave dentro do bolso e começou a abrir a porta do seu quarto, abriu a porta inteira mas não entrou no  quarto, de onde estava deu uma boa observada para ver se estava tudo bem.

"Tem alguém ai?" ela exclamou para o quarto vazio.

Por alguns instantes ela decidiu relaxar, talvez pela primeira vez a sensação estava errada, quando avançou com um pé para dentro do quarto um disparo foi ouvido e em seguida uma grande pancada no seu ombro, a força era tanta que fez com que perdesse o equilíbrio mas por sorte conseguiu se equilibrar novamente. Em seguida sentiu algo escorrendo pelo ombro que havia recebido a pancada, levou a mão para checar o que era.

"S-S-Sangue?!" ela exclamou surpresa e extremamente chocada, "O que está acontecendo?" ela  se questionou enquanto deixava a mão no local do ferimento.

O que chamou a sua atenção era que o barulho veio da direção do seu quarto, mas ela tinha certeza que tinha verificado que estava tudo bem, mas com uma olhada mais detalhada percebeu um pequeno buraco na cortina da sua janela, janela que dava de frente com a porta do seu quarto.

"Um atirador?" pensou,

Em seguida outro disparo foi efetuado, dessa vez na altura da sua barriga, dessa vez a força do disparo a jogou contra a parede do corredor, com dor ela caiu sentada sobre os joelhos.

"Mas o que está..." ela tentou formular uma frase, mas a dor não deixava.

Tentou se levantar, mas sentiu as suas pernas fracas devido aos sangramentos, se esforçou o máximo que pode, mas não tinha força o suficiente, desesperada tentou usar magia, mas no mesmo momento outro disparo foi feito, agora o alvo foi a sua perna esquerda. Agora a dor era insuportável, seu corpo começou a perder força e momentos depois dela caiu deitada, enquanto permanecia no chão percebeu que o sangramento estava aumentando, uma poça de sangue começou contornar o seu corpo. Pouco a pouco a sua visão começou a esmaecer, para seu desespero conseguiu sentir as suas lágrimas de dor escorrendo pelo seu rosto e se misturando ao sangue derramado.

"Eu vou morrer..." ela pensou.

"Eu não quero morrer... não assim..."

Depois disso ela apagou temporariamente, só conseguia ouvir sons, depois de um tempo nem conseguiu ouvir mais nada, mas depois de um tempo ela acordou novamente, porém seus sentidos estavam muito fracos, mas conseguiu perceber algo, estava sendo carregada por alguém, mais uma vez ela apagou e depois de um curto espaço de tempo acordou, dessa vez estava sendo colocada em um banco de um carro, se esforçou para ver quem era a pessoa mas o seu corpo não respondia aos seus comandos, momentos depois a pessoa se sentou no banco do motorista e preparou o carro para partir.

"Me me..." ela tentou pronunciar mas nada saiu.

"Me deixa em paz!" ela gritou com o restinho de força que sobrava.

O motorista percebeu e se aproximou dela.

"Você esta salva agora..." uma voz familiar avisou.

A voz era bem calma e serena, por sinal  era bem familiar, tentou se lembrar de quem era mas o esforço fez com que ela desmaiasse definitivamente.



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