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História O Clube do Terror - Elevador assombrado


Escrita por: MarinaHinacha

Notas do Autor


Esse capítulo foi modificado no dia 17/04/2020

Capítulo 19 - Elevador assombrado


 

6 de julho de 2002

Konohagakure

 

É um homem de terno e gravata, pele bronzeada, barba e cabelo curto, olhos castanhos. Acompanha sua bela esposa e a filha de três aninhos no shopping do centro da cidade. Desenvolvia-se uma tarde agradável, contudo, há de se despedir delas, seu trabalho na empresa Jurota Kosugi exige quase todo o seu tempo.

— Você irá mesmo? Ontem quase não voltou pra casa. — Sua esposa fala rouca no ouvido dele evitando que sua filhinha escute. 

— É preciso, quanto mais rápido eu terminar, mais rápido conseguirei um dia livre. — Não diminui a voz, sua filha o veria partir de qualquer jeito. 

— Você está deixando o trabalho consumi-lo desde que subiu de cargo nessa empresa de automóveis. 

— Por que quer se despedir brava? Vim acompanhá-las pra aproveitar a promoção dos brinquedos, pela nossa filha!

— Grande favor, quer saber, vá logo Asuma, vá antes que eu me aborreça mais. Só tome cuidado pra tanto trabalho não  enlouquecê-lo. 

A menina no colo da mulher sacode o saco de pipoca já vazio, ela quer ir com o pai. 

Cabisbaixo Asuma anda ao elevador, acena em despedida pra pequena, ela faz biquinho com os olhos lagrimantes enquanto a mãe conserva a irritada expressividade.

Enfiado no meio do grupo de pessoas, ele assiste as portas do elevador fecharem, não olha ninguém diretamente, porém repara nas vestimentas, todos em estilo empresarial, não se sente sozinho, crer que foram arrastados por suas famílias para visitar aquele dia de promoção no shopping, e agora, assim como ele voltam pro trabalho com  a consciência pesada. 

O elevador desce e para no nono andar.

Quando as portas abrem, Asuma se espanta com a escuridão daquele andar, mesmo assim, as pessoas saem do elevador apressadas, elas começam a falar no celular ou umas com as outras a respeito de trabalho.

— Tá tudo escuro aí...pra onde vão? — Asuma perdido os pergunta. 

Nenhuma das pessoas responde, todas sumiram no escuro.

O som dos passos acaba até restar o silêncio.

Asuma encara a escuridão aguardando pra ver se alguma pessoa retorna. Então pensa que é impossível todas estarem tão distraídas e não notarem que aquele andar está imerso em escuridão.

— Querem brincar com a minha cara. — Quer se lembrar quais lojas têm no nono andar, crer que nunca parou ali antes. 

Dar de ombros, achando estranho, contudo, não tem nada com isso. As portas permanecem abertas, Asuma decide apertar o botão do térreo.

Só que uma pessoa entra no elevador, parando de costas pra ele, ficando na frente dos botões. É uma mulher. Cabelos castanhos lisos e brilhosos; chegando à altura dos ombros, usa chapéu e vestido comprido amarelo, seus pés não estão à vista, mas lembrando do som dos passos Asuma crer que ela esteja de salto alto. 

— Poderia apertar no botão do térreo primeiro? — Asuma pede.

A mulher continua imóvel na frente dos botões, tapando-os da vista do Sarutobi.

— Eu tenho pressa, senhorita. — Anda parando ao lado da mulher, aperta o botão com certa raiva. Vira seu rosto pra encarar as feições femininas. 

Medo

A mulher não tem rosto. 

É um manequim.

— O que...o que é isso, eu vi ela entrando, eu vi... — Não pode ter enlouquecido de repente. 

A mulher entrou no elevador, sozinha! Não tem dúvidas!

— É alguma pegadinha de elevador? Conheço muitas, conheço. — Nervoso toca no ombro dela, seu toque a faz cair no chão, o barulho que resultou é de um objeto qualquer caindo.

Já suando de medo, Asuma tem seus olhos quase saltando pra fora da cara. 

— PORRA! PORQUE O ELEVADOR AINDA NÃO FECHOU?!

Asuma volve-se aos botões, aperta o botão do térreo inúmeras vezes.

— Quem armou essa câmera escondida, já pode sair! — vira-se pra escuridão do andar.

Escuta passos...passos na direção dele...vêem do escuro.

— Quem é? Foi você que armou isso? — Asuma interroga, enfurecido.

Som de grito...alguém corre desesperado rumo ao elevador. O pânico mergulhado na voz. Parecendo um animal agonizante.

Tomado pelo medo do desconhecido, Asuma aperta o botão dando socos com o lado da mão, fitando na direção de quem grita, sem conseguir enxergar algo.

Consegue avistar a cor da camisa do estranho, um tom bem claro, quando falta poucos metros pro sujeito alcançar as portas do elevador....as portas se fecham.

PAH

PAH

Batidas do outro lado das portas seguida de um estrondoso choro. Asuma cerra os dentes, olha pro chão vendo o manequim permanecido ali. Seu medo vai esvaindo. 

 Pensa em sua esposa e o quanto ela estava certa sobre o quão o trabalho o sobrecarrega. 

O aparelho do elevador não registra mais o número do andar.

Asuma não liga, assim que o elevador chegar ao destino usará as escadas para voltar à sua família. Esse delírio que passou pelo elevador é um aviso pra ficar mais tempo com esposa e filha, acredita.

Sorrir ao ver as portas se abrindo, é um andar normal, está tudo iluminado. Sairá por ali mesmo, usará as escadas caso não seja uma loja do térreo.

Observa as roupas em promoção, e decide até comprar um vestido pra agradar a esposa, mas assim que pega a peça de tecido delicado, olha ao redor, a loja está vazia.

Abandona o vestido onde o encontrou, e procura pela porta de saída da loja, quando chega, vê que está fechada, o que é estranho, não é horário de encerramento de nenhuma loja do shopping.

Curioso se aproxima da porta de vidro, fechada com grossas correntes do lado de fora. O que é mais estranho. Olha pro corredor através do vidro. E acha esquisito as lojas do outro lado estarem fechadas também.

Fechadas e escuras. 

Na vidraçaria da loja que está de frente pra Asuma, ele distingue alguém tentando abrir a porta. Estando escuro, não consegue ver o rosto dele, só distingue ser uma pessoa que passar a querer quebrar o vidro. Ela empurra, dá socos e chutes. A pessoa parece que o avista e tenta desesperadamente fazer contato, acenando com os braços movendo-os pra cima e pra baixo. 

Num movimento repentino, a pessoa foi com tudo pra trás, os pés chegaram a voar do piso, algo muito forte havia levado-a. Algo forte e grande pra fazer tão facilmente isso com alguém.  

— O que foi isso? — Asuma recua dois passos. 

Uma das lâmpadas led tubular começa a piscar. A encara até o momento que ela apaga, atônito, decide retornar pro elevador, porém ao avistá-lo...o manequim está de pé, metade do rosto coberto pelo cabelo, um olho de longos cílios brilha, ela aperta um botão, e as portas começam a fechar.

— Não!!! — Asuma grita correndo na direção do elevador. Mas as portas fecham muito antes de ele chegar até elas:

— Deixe-me entrar, quero ir pra casa, quero ver minha família! —rapidamente, esqueceu o trabalho. Esmurra as portas. 

— Aproveite a promoção. — Voz feminina do lado de dentro do elevador. 

O elevador move-se, sabe lá se pra cima ou pra baixo, Asuma apenas tem certeza que foi embora

As lâmpadas, uma por uma foram se apagando, e o pobre homem de família se viu mergulhado em puras trevas.

 

CONTINUA



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