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História O começo de tudo - O jovem unicórnio


Escrita por: Kitty-Batsky

Notas do Autor


Olá a todos, desculpem pela demora a postar novos capítulos, mas sabem como é... aulas!
De qualquer maneira, tenho como benefício o facto de ter a 1ª fanfic toda escrita. Em tempo de aulas não consigo arranjar quase tempo para escrever.

*Imagem por Charmedstar07 (Devianart)

Capítulo 10 - O jovem unicórnio


Fanfic / Fanfiction O começo de tudo - O jovem unicórnio

Apesar de toda a minha determinação em realizar feitiços e em tornar-me uma feiticeira de renome, o destino não parecia querer colaborar. Os meses passavam e eu começava de novo a sentir aquele nervosismo que insistia em abater-me. Não voltei a desanimar e recuperei quase toda a minha personalidade alegre e simpática. Mas eu sentia que, apesar de tudo, era apenas um meio sorriso que se via da parte de fora. Sentia que faltava alguma coisa, que, para ser bem-sucedida, me faltava alguma motivação verdadeira, uma situação na qual não poderia simplesmente negar a minha magia. Como acontecera no penhasco! Salvara a vida num pleno ato de desespero, um feitiço intuitivo, do qual não me dera conta. Era disso mesmo que eu precisava. Claro que não seria doida ao ponto de me atirar de um penhasco mas não sabia o que fazer, a que ponto poderia pôr a minha vida em risco, sem estar verdadeiramente em risco.

Draco continuou, como sempre, a chatear-me, e eu voltei a replicar com as respostas que me ocorriam. No entanto, e isso era um pormenor que não me saía da cabeça, ele só voltou a discutir comigo quando viu que eu não seria expulsa e que aquela vez na biblioteca não me afetara sobremaneira.

Apesar dessa «gentileza», não conseguia parar de pensar que a primeira coisa que faria, assim que aprendesse a fazer magia, seria amaldiçoá-lo com a pior maldição que conseguisse encontrar, sentimento esse reforçado pelas longas tardes de domingo em que ficava a arrumar os livros da biblioteca como forma de detenção por ter «partido» a jarra da madame Pince. Aposto que quando acabar o período e a detenção nunca mais vou deixar um livro desarrumado. E o que piorava tudo eram os Slytherin que apareciam na biblioteca a qualquer hora para desarrumarem livros ao acaso e começarem com as piadinhas.

- Ei, empregada, há um livro no chão! Vai apanhá-lo!

E eu lá me abaixava para arrumar o livro sob pena de irem fazer queixa à madame Pince. Mas, juro, depois do primeiro pontapé, nunca mais fui ingénua o bastante para me voltar de costas para eles. 

Tenho a noção que se Draco aparecesse na biblioteca para gozar comigo assim como os outros, atirá-lo-ia ao chão e partia a nova jarra substituta na cabeça dele. Para sorte dele (mas para maior sorte minha) Draco não foi à biblioteca nas primeiras três semanas o que me deu tempo de esfriar a cabeça.

A neve deu lugar às flores do início da Primavera e as férias da Páscoa, em vez de servirem como um descanso, deram-me trabalho redobrado, pois além dos trabalhos, tinha aulas particulares em todas as disciplinas excepto Poções e eu e o professor Snape estávamos ambos gratos por não termos de nos ver um ao outro.

Apesar de todo o meu cuidado, o perspicaz Draco, que anda sempre a ver onde pode arranjar acusações novas, descobriu que eu tinha aulas de apoio durante as férias da Páscoa e assim, da noite para o dia, todos os Slytherin gozavam e lançavam-me olhares maldosos e de superioridade.

- Vais para as aulas de apoio? – Zombou Draco ao passar por mim numa tarde de Abril.

- Sim! – Respondi com toda a naturalidade. – E tu? Vais treinar Quidditch? Ah pois, esqueci-me! Tu não foste o eleito para a equipa, foi o Harry!

Ele calou-se momentaneamente o que me deu oportunidade de entrar para a sala de aula com um sorriso vitorioso. Hoje, ganhara eu!

- É bom ver que está animada, Mrs.Melmarine! Espero que consigamos finalmente alguns progressos. – Cumprimentou-me a professora McGonagall.

Eu sentei-me numa carteira ao pé da janela com uma bela vista para os campos de Hogwarts. A vantagem das aulas de apoio era que, como era a única aluna, podia escolher o melhor lugar para me sentar. Primeiro, a professora McGonagall deu uma parte teórica da matéria, movimentos de varinha, posição correcta, …

Eu ia anotando tudo e, para ser mais prático, com esquemas desenhados, já que o desenho era a minha especialidade. Foi então que vi uma figura movendo-se pela orla da floresta proibida. Estranhei e olhei nessa direcção afincadamente tentando vislumbrar entre as folhas das árvores. Parecia um belíssimo cavalo branco, mas, olhando melhor, percebi que era um unicórnio. Fiquei de imediato encantada e tentada a ir atrás dele. Nunca falara com um unicórnio. Normalmente, apenas me deparava com pássaros e esquilos de linguagem rápida e frenética.

Sempre tivera uma certa curiosidade de como seria comunicar com esses seres mas refreei a minha curiosidade e tentei prestar atenção às palavras da professora McGonagall.

No final da aula, desci as escadarias numa correria e atravessei os campos em igual velocidade. Não esperava encontrar o unicórnio após decorrido tanto tempo e, então, tive uma agradável surpresa quando o encontrei numa clareira próxima ao lugar onde o tinha visto pela primeira vez.

Era perfeito! Tão irreal, que, por momentos, eu pensei que talvez ele não existisse realmente. Aproximei-me muito, muito devagarinho porque não queria de maneira nenhuma assustar aquele ser de sonhos.

Percebi, logo como primeiro contacto, que ele estava assustado.

- Eu sou a Viviane! Sou uma aluna de Hogwarts! E tu? Como é que te chamas?

- Unicórnios não costumam ter nomes! – Respondeu ele. Percebi, pela sua forma de comunicar, que era um unicórnio jovem.

- Então posso chamar-te Corny?

- Como falas comigo? Nunca vi nenhum feiticeiro compreender o que pensamos.

- Eu sempre falei com os animais, os esquilos, os pássaros… mas nunca tinha conhecido um unicórnio antes. Mas estás tão assustado. Aconteceu alguma coisa? Eu posso tentar ajudar!

Corny ainda parecia muito desconfiado. Mas decerto não me considerava uma ameaça, porque via que eu era ainda muito pequena e unicórnios têm mais confiança com feiticeiras do que com feiticeiros.

- A floresta está muito perigosa para os unicórnios. Alguma coisa está a atacar e a matar os unicórnios. Eu estou com muito medo, posso ser o próximo!

- Que horror! Quem é que pode fazer uma coisa tão cruel com vocês? Porque fariam isso?

- Por causa do sangue! O nosso sangue pode manter alguém vivo, mesmo que esteja às portas da morte, embora haja um preço a pagar. Passa-se a viver uma vida amaldiçoada.

- Então tem que ser alguém mesmo muito desesperado! Mas não te preocupes, Corny! Eu vou proteger-te! No máximo que puder, é claro! Tenho a sensação de que não serei de muita valia contra essa «coisa» que anda a matar os unicórnios, mas gostava que aceitasses a minha ajuda.

Corny assentiu uma vez com a cabeça.

- Toda a ajuda é preciosa. Mas não chames mais feiticeiros! Nós não confiamos muito neles.

- Eu não conto a ninguém que te conheço! Prometo!

Aproximei-me mais um pouco e fiz-lhe uma festa no focinho. Corny deixou apesar de ter recuado um ou dois passos.

E foi por causa desta promessa que me vi, meses mais tarde, perdida na floresta proibida, correndo grandes perigos. Mas não me arrependo de nada! Apenas de não ter conseguido salvá-lo! 


Notas Finais


Música capitular – My immortal (Evanescence)


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