História O Conde - O passado retorna a cavalgadas

_______'s pov

Algum tempo se passou e eu estava ali, encolhida no chão.

Como ele pode duvidar de mim? Eu o odeio por isso!!

Limpei o meu rosto e olhei em volta. O sótão estava cheio de caixas. Deve ter uma vida toda aqui em cima. Levantei-me do chão e aproximei-me de umas caixas.. agachei-me com os joelhos no chão e abri a primeira, e dentro tinha muitos papéis. Títulos de posse da família Park; certidão de casamento dos pais dele e de óbito também. Seus pais morreram em um acidente de barco.

Ah, que triste!

Certidão de óbito de Ji Woon.. morte por insuficiência respiratória.. dia 28 de setembro de 1697.

- Mas isso tem pouquíssimo tempo. - cobri a minha mão com a boca. - Só um mês! - engoli em seco e coloquei o papel de volta dentro da caixa a fechando em seguida. Olhei a caixa do lado e a abri. Acho que no fundo tinha esperança de encontrar algo de bom desta família. Meus olhos... logo foram em uma caixinha em cima de alguns livros de capas de couros. Estendi a minha mão e peguei a caixinha é a abri imediatamente. Deixei-me cair sentada para trás, uma vez que estava ajoelhada. Ergui o colar de Ho-ally diante de meus olhos. - Mas o quê?!

Flashback on

Estávamos trocando presentes de natal e entreguei o meu presente para Unnie.

- Obrigada, ______. - ela sorriu amistosa e foi logo abrindo o presente. - Que lindo. - ela ergueu o colar com o pingente de coração diante de seus olhos. - Obrigada. - ela me encarou e sorriu.

- Que bom que gostou, Unnie. - sorri animada.

- Deve ter gastado todas as suas economias. - disse ela me encarando com um olhar penetrante.

- Imagina. - dei de ombros. Sim, a jóia realmente fora cara, mas sei que ela gosta de coisas bonitas e reluzentes. - Deixe-me ajudá-la a colocar.

Ho-ally afastou o cabelo e eu botoei o colar que ficara magnífico em seu pescoço longo.

- Também tenho um presente para você. - sorri em resposta e ela me entregou uma caixinha. - Espero que goste.

- Obrigada. - abri a caixinha e lá estava uma meia. Um único pé de uma pequena meia vermelha que nem cabe em mim. Com certeza esqueceram do outro pé e minha irmã acha que tenho pé de bebê. - Uma.. meia? - disse confusa a encarando.

- É para você colocar na janela para o papai Noel. - ela sorriu largo. - Dizem que quanto menor a meia os presentes podem ser grandiosos.

Não sei onde Ho-ally ouviu isso, mas ela só pode estar louca!! Sorri de forma neutra, afinal não se recusa presentes.

Flashback off

Deixei o colar dentro da caixinha e peguei o livro de capa de couro. Era um diário do irmão do Jimin. Nossa!! Mais são muitos diários. Deve ter registros da vida toda dele aqui.

- Acho que não devo ler. - encarei a primeira página que continha o nome de Ji Woon com uma bela letra à tinta preta. - Mas como o colar de minha irmã veio parar aqui?! - fechei o diário que estava em meu colo.

Flashback on

Estou vendo que esses meses em Busan mudam você, Unnie.

- Sim. - ela sorriu maliciosa. - Conheci um rapaz, um conde que queria algo mais, porém resisti a ele pelo meu noivo.

Gargalhei. Vamos colocar um ponto na hierarquia de nobreza consequentemente no quesito dinheiro e poder em grandes terras concedidas pelo rei. Começamos com o mais alto escalão: Reis, Príncipes -nunca nos casaremos com príncipes, isso é mera ilusão. Uma vez que príncipes e princesas casam-se entre si. - Mas comparamos os cinco principais títulos de nobreza podemos começar com Duque, charmoso e rico, Min Yoongi é um duque após herdar as terras de seu pai que falecera. Em seguida temos o Marquês. ~ não sei porquê mas sempre me lembro de rabicó. ~ Depois o Conde, o Visconde e o Barão.

- Resistiu mesmo?! - perguntei incrédula, já que um Duque é mais que um Conde.

- É claro. - disse Ho-ally seria. - Eu vou me casar com o milionário do duque Min e viver feliz para sempre no meu castelo nas montanhas.. - ela gargalhou e eu ri junto.

Flashback off

Ji Woon certamente era o irmão mais velho do Jimin. Conde por assim dizer. Quais as chances de ela estar falando dele?

- Será que?? - levei a mão esquerda sobre a boca. - Não é possível que seja o mesmo conde. - sorri de nervoso. - O irmão dele morreu e Jimin herdou o título. Mesmo assim, não faz sentido. - soltei o ar pela boca, pesadamente.

Flashback on

Estiquei a mão para pegar a taça de vinho e bebi um gole do mesmo. Só tomando coragem para começar um diálogo.

- Deve ser uma vida bem solitária aqui. - disse colocando a taça sobre a mesa e encarei Jimin. - Por que não disse que tinha um irmão e que ele morreu? - Jimin largou os hashis sobre a mesa e seus olhos correram para mim. - Desculpe se isso aborrece você. - respirei fundo. - Eu sinto muito.

- Acredite. - ele fez uma pausa. - Ouvi muito isso. - estreitei os olhos. - 'Eu sinto muito' de gente que realmente não se importava. - continuou amargo. - E esse assunto me aborrece sim! Tanto que até perdi a fome.

Minha boca se entreabriu e eu me ajeitei na cadeira.

- Não foi a minha intenção. - neguei com a cabeça. - Eu.. - abaixei a cabeça e mantive a boca em uma linha fina. - Desculpe.

Jimin devia amar muito o irmão já que o assunto de sua morte o deixa irritado.

(...)

Seus lábios foram de encontro com os meus novamente.

Pare!!

Tentei dizer em voz alta, mas não consegui reproduzir som algum.

Usei os meus braços para tentar o afastar, mas o mesmo o prendeu acima de minha cabeça. Jimin tentava abrir as minhas pernas, usando suas pernas.. e eu tentava de tudo não permitir isso.

- Pare!! Pare!! Pare!! Pare!! - disse fechando os meus olhos. Assim que não senti a mão dele mais em meus braços.. arrastei-me para a cabeceira da cama e me encolhi, abraçando os meus joelhos. Abri os meus olhos e minha respiração era pesada e ele me encarava confuso, talvez. - O que está fazendo? - perguntei com um fio de voz. - Isso não é amor. - algumas lágrimas deixaram os meus olhos.

- É o que você merece. - disse ele amargo.

Balancei a cabeça sem o compreender.

- Quer me punir por algo que eu fiz? - virei a cabeça um pouco para o lado e limpei as lágrimas. - O que eu fiz?! - ele engoliu em seco. - Diga-me?! - ele abaixou a cabeça. - Se eu fiz algo que o desagradou. Fale comigo e eu não o farei mais. - meus olhos estavam marejados ainda e não pude conter as lágrimas que escorreram. - Eu não entendo o que fala. Não sei a que outros se refere. - neguei com a cabeça. - Nunca houve mais ninguém. - ele me encarou com fúria. - Eu nunca amei ninguém na minha vida. Não me puna desse jeito. - neguei com a cabeça. - Não mereço isso. Não importa o que eu fiz ou o que você acha que eu tenha feito. - passei a mão pelo meu rosto. - Você não me ama? - indaguei. Jimin respirou fundo e olhou em volta. Isso foi uma flechada em meu coração. - Se não me ama, por que se casou comigo? Se não me ama, quais desejos tem por mim?

Jimin me encarou, ele estava sentado na beirada da cama e o seu tronco virado para mim.

- Eu quero foder você com força. - engoli em seco. - Eu quero levar você ao extremo. Puni-la pelo que fez!

- O que foi que eu fiz a você? - disse confusa. - Você não me ama, não é? Você me odeia. Por quê?

- Sim. - disse ele sério me encarando atentamente. - Eu odeio você com todas as minhas forças.

Puxei o lençol e cobri o meu corpo.

- Eu quero que saia daqui. - disse sem o encarar.

Flashback off

Encarei o diário de Ji Woon a minha frente. Confusa ainda com tal situação. Respirei fundo e mantive a minha boca em uma linha fina ao correr as minhas mãos finas pela capa de couro marrom do diário de Park Ji Woon.

- Tenho que descobrir o que está acontecendo! Desculpe-me, Park Ji Woon. - abri o diário determina e havia um papel dobrado ali dentro logo na segunda página que havia decorrido de seu dia. Peguei o papel e vi que era uma carta. A data me chamou a atenção no topo da folha. Travei o maxilar. Dia 24 de setembro de 1697. - Ji Woon morrera alguns dias depois. - estalei a língua e comecei a lê-la e logo já estava no fim da carta e a minha voz se sobresaiu. - "Nosso amor, nosso momento juntos fora breve, mas estará sempre junto a mim, junto as minhas doces memórias, meu querido amado." - respirei fundo ao terminar de ler. - "Com todo amor.. Jung _______."? - estreitei os olhos confusa. E corri os meus olhos pelo diário de Ji Woon. E comecei a lê-lo.. devorará-lo mesmo!! - O que é isso tudo?! - engoli em seco e peguei o outro diário dentro da caixa, e o outro e mais o outro. Mas somente o primeiro que li descrevia o amor dele com sua passarinho. - Se formos no sentido literal da palavra seria alguém livre. Que não devemos aprisionar.. enjaular. Exatamente como a minha irmã. Livre e incontrolável. - encarei a carta e o primeiro diário que li de Park Ji Woon. - Mas é o meu nome. - a única coisa que me chamou a tenção foi a pinta de nascença que minha irmã tem nas costas, então reli o trecho em voz alta. - "... Sei que nos conhecemos hoje, mas sinto que a conheço a vida toda e sei que ela sente o mesmo por mim. O desejo era tanto entre nós que consumimos o amor ali perto do lago. A senhorita Jung é uma bela mulher e de belas curvas e tem um sinal de nascença nas costas. Quase como uma pinta de dois centímetros..." - céus!! Será que se trata de minha irmã?! Terminei de ler o final. - "Posso estar sendo pretensioso, querido diário, porém estou completamente apaixonado pelo meu passarinho." - era um homem apaixonado sem dúvidas. Olhei de soslaio para a caixinha aberta onde estava o colar que dei a Ho-ally. Coloquei a carta de volta na segunda folha, dobrada, exatamente como achei e fechei o diário o colocando com os outros dentro da caixa. Em seguida peguei o colar e me pus de pé o encarando. - Unnie deu esse colar para Ji Woon. Não resta dúvida de que ela falara comigo do conde Park Ji Woon. E a passarinho que ele descreve é mesmo a minha irmã. Este colar prova isso. - respirei fundo correndo os meus dedos pelo pingente. - Park Jimin quer vingança da morte do irmão e acha que eu causei isso. Ji Woon deve ter sofrido um acidente e ficou muito mal para morrer de insuficiência respiratória. E Jimin acha que eu sou a culpada. Isso explica muita coisa. - fechei a minha mão direita em volta do colar. - A pergunta é... Por que Ho-ally, minha irmã, usou o meu nome ao se envolver com o conde Ji Woon? - mordi o lábio inferior, de raiva. - Jimin também não fica atrás de Ho-ally. Sorrateiro. - estreitei os olhos. - Eu odeio-o com todas as minha forças. - puxei o ar para meus pulmões. - Ele é um miserável que não merece o meu amor. - meus olhos marejados liberaram lágrimas, lágrimas de ódio. - Ele vai me pagar!!