História O Conde - 5. O Cavalheiro

Após a quinta valsa já estava entediada, eram todos iguais e sem graça alguma.

Seis, sete, oito, doze, parecia interminavel, ninguém merecia uma tortura dessas, só conseguia pensar em como fugir, me afastar e sair correndo como se um monstro me perseguisse, mas se o fizesse amanhã não teria casa, oh vida, olhei minha mãe que se divertia com o que via, meu pai estava de cara amarrada, felizmente ele é um pai ciumento e deve querer acabar com esse circo logo, se eu estiver com sorte.

Não estava, aceitei isso após dançar com o primeiro cavalheiro de novo, estava fadada a sofrer por toda a noite. Duas valsas depois fugi da pista pedindo licença para descansar, beber e comer algo, olhei a varanda imaginando se conseguiria me esconder ali pelo resto da noite, um péssimo plano mas convidativo.

Quando voltei dancei com um homem que ainda não conhecia, diferente dos outros ele era bem mais agradável, conversamos durante toda dança e no fim não deixei seus braços, ele tinha 25 anos, estudou em outro país e havia voltado a pouco para assumir os negocios da familia e se casar, Kiba era seu nome, cabelos castanhos, com olhos iguais, uma barba rala bem feita, um belo homem não tinha o que dizer, claro que belo era algo que podia dizer sobre muitos aqui, mas além disso era encantador, tinha uma ótima conversa, posso dizer que todo o tédio que estava me consumindo foi arrancado por ele.

Não consegui conter o riso novamente, ele sabia como enterter uma mulher, havia contado muito de sua vida e eu da minha, ei de agradecer a minha mãe por pregar-me esta peça, bela peça, me rodopiou mais uma vez e foi ai que toda minha felicidade caiu por terra, quando aqueles orbes negros capturaram os meus verdes enquanto seu terno negro o distinguia de todo o resto no salão, ele me olhava sério reprovando meu comportamento, como se tivesse direito de me cobrar algo.

Com o fim da música ele veio até nós estendendo sua mão. 

- O baile esta por terminar creio que pode me conceder sua ultima dança bela dama. - olhei Kiba, não havia visto o tempo passar, menos ainda me dado conta de que boa parte dos convidados já tinha ido embora, me despedi dele e segurei a mão do meu moreno misterioso, tendo minha mente invadida não só pelo som da musica como pelas duvidas que ele me deixará.

- Se convenceu de que sou uma ilusão e decidiu me abandonar?

- Não. Na verdade nem me lembrava de sua existência. Dançar com ele foi no minimo interessante.

A mão em minha cintura se apertou.

- Interessante? Pequena Haruno, não brinque comigo.

- Nunca o faria, seria falta de respeito a um Conde. - após ele me rodopiar continuei - Nem ao menos sei seu nome.

- Se o que quer é apenas meu nome, podia ter o pedido, não precisava se entregar aos braços de outro tão facilmente.

- Vejo que é um homem muito ciumento conde.

- Não nego, mas sabe que temos algo especial querida Sakura.

- E seu nome?

- Sasuke. Satisfeita bela dama?

- Sabes que não. Por que deixou de vir?

- Quer algo que não posso dar.

- Apenas respostas. - o olhei cansada. - É só o que lhe peço, respostas.

- De tudo que poderia me pedir, é o que não pode ter,ao menos agora. - Ele estava sério, já eu um pouco tensa, mas não falhamos nenhum passo.

- Ira me abandonar?

- Me diga bela dama, devo lhe deixar?- perguntou em meu ouvido- Sabes que não quero o fazer, mas tem de aceitar minha condição. - O olhei pensando no que dizer e a musica sessou, então me afastei dele sorrindo.

- Apenas a última dança conde. - sorri convencida, fui até meus pais e nos despedidos dos convidados, em sua maioria bem bêbados, a despedida de Kiba foi demorada, já a do Conde um pouco apática, meus pais pareciam não gostar dele, não tenho ideia de por quais motivos. Após todos sairem dei boa noite aos meus pais e subi ao quarto, uma empregada veio abrir meu vestido e me ajudar com as roupas de baixo, felizmente era um vestido simples então ele logo estava sobre a cama, ela abriu meu espartilho ja me deixando livre para terminar sozinha a dispensei.

Estava tirando o pequeno vestido quando o senti me olhar, segurei o tecido forte contra meus seios vermelha por ele ver minhas costas nuas, imaginando até onde ele via. Imaginando? Há que irônico, sabia muito bem o que ele via, tive total certeza quando se aproximou e correu os dedos do meu bumbum até minha nuca, invadindo meus cabelos, os segurando firme.

- Não me respondeu, pequena Haruno. - disse em meu ouvido mordendo meu pescoço.

- Não sei como lhe dizer conde- disse em um sussuro sentindo seu corpo contra minhas costas nuas. - Deixe-me mostrar.- pedi gemendo baixo e ele virou meu rosto de encontro ao seu, sem soltar o vestido capturei seus lábios com desejo, nenhum homem chegaria perto dele, do que ele fazia com meus sentidos, meu corpo esquentava mais a cada segundo, tudo nublado, assim estava minha mente, meus extintos dominavam, extintos que nunca tive, queria o sentir tocar meu corpo de novo, minha pele nua, ser vista por ele e devorada, esse homem sempre tão selvagem quando nos beijavamos com certeza me devoraria e eu queria isso, soltei o vestido o deixando cair e só então notei sua ausência, tão perdida...Mas ele havia sumido a pouco, segundos provavelmente, infelizmente, suspirei frustrada e fui me trocar para dormir sentindo meu corpo formigar insatisfeito.