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História O conto da garota nerd e seu coração partido - Flores para um broto


Escrita por: LaghertaBrook

Capítulo 4 - Flores para um broto


Fanfic / Fanfiction O conto da garota nerd e seu coração partido - Flores para um broto

~ POV's Jared ON ~

Acordei com a maldita luz nos olhos, as cortinas estavam abertas, droga. Quando abri meus olhos, percebi que estava atrasado para a escola, Maldito Shannon que não me acordou. Fiz minha higiene matinal, vesti uma jaqueta de couro preta, uma regata branca, calças e tênis. Desci as escadas, mamãe estava no telefone, sempre ocupada com essa merda. Peguei duas torradas na mesa, beijei a bochecha dela e coloquei as mesmas na boca, saindo de casa e indo até o carro. Abri a garagem pelo controle e sai dirigindo, eu comia as torradas e o farelo caía na minha roupa, ignorei e continuei a dirigir. Quando olhei para o banco do passageiro, enxerguei a caneta roxa mordiscada, S/N deixou cair ontem. Suspirei, me lembrei de como foi ontem e comecei a pensar: Será que ela tá bem? Bom, vou descobrir isso quando eu chegar lá.

Minutos dirigindo, estacionei o carro, peguei minha mochila no fundo e corri para a sala, abri a porta e todos me encararam, na verdade, todos os dias eles me encaram, mas hoje teve um belo motivo pra isso.

- Desculpe o atraso, eu perdi o horário. - Jared, justifique e fui até uma carteira vazia no quanto. Procurei por S/N na sala, e ela não estava lá, talvez os machucados eram mais graves e ela precisou ficar em casa ou teve que ir ao hospital, me senti uma pessoa horrível agora. Fiquei com calafrios a aula inteira, até que deu a hora do intervalo, todos saíram da sala, eu saí um pouco atrás, conturbado ao saber que algo grave pode ter acontecido com S/N. Fui ao encontro de Martin e Cara, no final do corredor.

- Cara, poderia nos dar licença? Tenho que fazer algumas perguntas a Martin. - Jared, disse com toda a educação falsa possível, já que Cara é a melhor amiga inseparável e blá blá blá da Margot. - Inclusive, sabe porque a peste não veio?

- Bom dia Jared. Ela tirou um dia de folga para ela. - Cara, com um certo ódio de mim, a essa altura Margot já deve ter contado do cigarro e de tudo ontem. Fiz um sinal de "tchauzinho" para Cara e ela saiu. Encarei Martin meio sério.

- O que aconteceu com S/N? - Jared, fui direto, estava com medo dele desconfiar de algo.

- Alguém atropelou a bastarda ontem, e ela teve que ficar em casa, eu acho. Ei, você viu o jogo de ontem? - Martin, ele mudou de assunto, não sei se pergunto mais ou esqueço. Suspirei pesadamente e dei dois tapinhas no ombro dele, indo embora daquele corredor.

Andando um pouco depois, encontrei Shannon em um canto fumando, ele estava com os óculos escuros, não entendi ele ficar ali isolado, tudo bem que é da natureza dele, que ele só sabe se abrir comigo. Me sentei ao lado dele, ele nem ao menos me olhou.

- Irmão, fiz uma coisa horrível. - Jared, deitei a cabeça no ombro dele e o olhei com um beicinho nos lábios, como uma criança se confessando.

- Sou todo ouvidos. - Shannon, tirando o cigarro dos lábios e soltando a fumaça dos pulmões.

- Ontem eu acidentalmente atropelei aquela garota sabe? S/N, a nerdzinha com espinhas no rosto. Eu a levei pra casa e ela faltou hoje, o que eu faço? - Jared, desabafei com ele, Shannon é de confiança. Ele ficou em silêncio por alguns segundos e suspirou.

- Porque você não pergunta ao Martin? - Shannon.

- Porque ele vai desconfiar que eu estou preocupada com ela, e vai sacar que eu tenho alguma coisa com isso. - Jared, cruzei os braços e encarei a direção, olhando na mesma direção de Shannon.

- Então você vai ter que ir lá. - Shannon.

- Eu? Você já viu aquelas espinhas? É tão nojento e estranho. Mas ontem, eu a vi sem os óculos, ela fica menos feia sem eles. - Jared. - Mas, ainda prefiro encarar 3 Margot em dia de Promoção.

Shannon apagou o cigarro no banco e o jogou na lata de lixo mais próxima, ele permaneceu em silêncio, parecia que eu já sabia o que tinha que ser feito, que droga.

- Você acha que eu não deveria ter nojo e ir lá mesmo assim? - Jared, perguntei e ele não respondeu, já era de se esperar.

~ POV's Jared OFF ~

~ POV's S/N ON ~

Assim que acordei, decidir não ir a escola, meus cotovelos machucados atrapalhavam muito na hora de escrever, sem contar que minha cabeça estava doendo tanto. Papai me liberou de ficar em casa, ele foi trabalhar e o Martin foi a escola, eu estava sozinha. Levantei com muita preguiça e fiz minha higiene matinal, mas dessa vez, em frente ao espelho, eu encarei meu rosto, pensei em tudo que Jared disse ontem e resolvi fazer algo diferente: vesti um moletom Cinza enorme e um short jeans curto, destacando minhas pernas finas, eu achava tão fofo e ao invés de sempre usar aquele rabo de cavalo no alto da cabeça, fiz uma trança lateral estilo Elsa, saiu meio bagunçada porque eu nunca aprendi a fazer tranças e meus machucados não ajudavam muito. Ignorei isso e desci as escadas, fui até o sofá e me sentei, liguei a TV em um programa de desenhos e cobri minhas pernas com a coberta, estava tão frio lá fora.

Não demorou muito, eu peguei no sono ali mesmo no sofá, um sono tão bom, o frio ajudava muito. Me assustei com o bater na porta, abri meus olhos desperando, cocei ambos e coloquei os óculos, novamente a pessoa bateu na porta, ele estava bem apressado.

Fui até ela e abri, para a surpresa de todo mundo, era Jared, com um buquê de flores beges tão lindo nas mãos! Encarei seu rosto confusa, eu não entendi nenhum pouco o porquê daquilo tudo.

- Você errou, a casa da Margot fica no outro bairro. - S/N, respondi com os olhos entreabertos, tentei fechar a porta, mas ele colocou o pé entre ela.

- Eu estou na casa certa. Eu me senti meio mal por ter lhe atropelado ontem e eu resolvi vir aqui pedir desculpas e saber se está tudo bem. - Jared, ele parecia bem sincero, ele encarava meus olhos, aquilo estava muito estranho: Primeiro, ele me humilha o ano escolar inteiro, depois só basta um atropelamento para ele mudar de comportamento comigo? Não, tem coisa errada.

Bufei irritada e peguei as flores, comecei a mexer nelas, como se procurasse algo.

- O que você está fazendo sua imbecil? Caso não tenha reparado, flores são pra enfeite, sei que nunca recebeu uma. - Jared, com um sarcasmo no tom. Encarei aqueles olhos azuis pela última vez e voltei as flores.

- Estou procurando algum bilhetinho com ofensas ou coisa assim. - Jared, Senti a mão dele em minha trança e o encarei, ele tinha um leve sorriso nos lábios.

- Você ficou menos feiosa com essa trança, está começando a se arrumar assim pra quê? - Jared, ele perguntou e eu fiquei pouco vermelha, dei um tapa na mão dele e me afastei.

- Muito obrigada pelas flores, agora tchauzinho. - S/N, tentei fechar a porta, mas ele a segurou e colocou o rosto para dentro da casa, olhando o redor.

- Não vai me convidar para entrar? Eu entro mesmo assim então. - Jared me empurrou e entrou na casa, olhando todo o redor, em seguida virou o olhar pra mim, de cima a baixo, me analisando, ele deu um sorrisinho. Eu estava cada vez mais confusa, coloquei as flores em um vaso bem arrumado e cruzei os braços, esperando ele sair.

Ele dava voltas e mais voltas na sala, passando a mão pelos móveis.

- Você está matando aula? Que coisa feia, aliás, não me admira.  - S/N.

- A Margot não foi, e nem você, eu precisava de alguém pra encher o saco hoje. - Jared, ele virou o olhar para mim e veio na minha direção.

- Aproveite o dia sem a Barbie do seu lado e me deixe em paz. - S/N, ordenei, abrindo a porta para ele ir embora. - Se o Martin te pegar aqui, é o fim de sua popularidade.

- Nah, eu nunca vou deixar de ser popular, sabe porquê? - Jared, ele se aproximou do meu ouvido e segurou meu queixo com o palmo direito. - Eu sou maravilhoso, não mostro minhas fraquezas e muito menos sou pobre.

Ele empurrou meu rosto e saiu da casa rindo, a voz rouca e sexy dele ecoava na minha cabeça, puta que pariu. Quando ele saiu, fechei a porta e me joguei no sofá, afogando o rosto na almofada.

~ POV's S/N OFF ~

~ POV's Jared ON ~

∆ Quebra de Tempo ∆

Sai da casa de S/N, ri comigo mesmo, até sendo bonzinho eu era mal. Mas tenho que admitir: Aquelas perninhas magrinhas dela, aquilo me deixou louco, e aquela trança lhe caiu tão bem, jamais vou deixar ela saber que eu penso assim, mas eu adoraria acordar com aquelas perninhas só pra mim, parece até duas varetas. Já era tarde, umas 21:00, passei o dia inteiro bebendo na rua, liguei para Shannon e saímos juntos, fomos as noitadas de New York, foi divertido pra caralho.

Shannon dirigia o carro, eu já estava vermelho de tanto beber, mas por algum motivo, a bebida não fazia muto efeito em mim, não me deixava bêbado.

Eu estava dentro do carro, rindo alto com histórias sem sentido que eu mesmo contava. Ele dirigia em  direção a nossa casa, já estava tarde e eu não queria levar bronca em casa, ainda mais acordar atrasado de novo. Assim que Shannon guardou o carro na garagem, nos descemos dele e entramos em casa pela porta da garagem que dava acesso à sala.

Quando entrei, vi mamãe com alguns  papéis nas mãos e segurando o telefone com o ombro e a orelha, suspirei pesadamente, era triste ver aquela cena, ela passava horas, meses viajando para negócios, e quando aparecia, mais trabalho. Shannon se aproximou dela e lhe deu um beijo na testa, fiz o mesmo.

- Olá mamãe. - Jared, disse pouco formal. Ela desligou o telefone e beijou minha testa carinhosamente.

- Oi meu sunshine - Constance. Mamãe era exagerada em apelidos, era constrangedor. - Margot esteve aqui mais cedo a sua procura, ela está tão diferente.

- O dinheiro muda as pessoas mamãe - Jared, me lembro bem quando Margot não passava de uma garota comum, assim que entrei na sua vida e começamos a namorar, ela se tornou obsessiva, possessiva e muito louca, torrando o dinheiro com jóias e sapatos.

- Ela esteve aqui toda perfumada, maquiagem a todo vapor no rosto, com uma roupa super curta. - Constance, me puxando para sentar do seu lado. Me sentei e deitei a cabeça em seu ombro.

- Nos terminamos faz alguns dias, ela não aceita isso. - Jared, Senti a macia mão da minha mãe acariciar meus cabelos.

- Não aceita? Porque? - Constace, Curiosa.

- Ela é muito mimada, patricinha, não aceita um 'não' como resposta e continua insistindo - Jared, me levantei do sofá, eu estava morto de sono e cansaço, fui até as escadas subindo- as lentamente.

- Entendo, acho que já vi isso em algum lugar. - Constance, ela piscou pra mim antes. Ela estava certa, acho que já terminei com a Margot umas 100 vezes, namorados faz 3 anos e meio, mas agora eu juro que é pra valer.

Tomei um bom banho e me deitei na cama apenas de box, encarei o teto pensativo: Me rebaixei a ir direto na casa de S/N entregar a ela flores? Dei um sorriso bobo e neguei com a cabeça, pensei em tudo o que eu disse para ela, nada mais que a verdade, sonhei com aquelas perninhas magras, eram tão fofas.

Não demorou para que eu pegasse no sono, dormi feito uma pedra.



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