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História O Conto Vermelho - Boneca de Pano


Escrita por: Poodie

Notas do Autor


Olá~
GENTE mil desculpas pela demora!!! Juro que não era a minha intenção mas vocês não têm ideia do quanto eu ando ocupada. A escola tá uma loucura, e eu fiquei de recuperação em Matemática ;-; Aliás, eu devia estar estudando agora, mas estou aqui sz
DESCULPA DE NOVO
Boa Leitura! ^^

Capítulo 18 - Boneca de Pano


A luz do Sol entrava fracamente pela janela, filtrada por cortinas brancas e se derramando pelo chão de madeira. Abri os olhos, de má vontade, sentindo como se não tivesse dormido nada. As cobertas ao meu redor estavam bagunçadas e antes mesmo de levantar, sabia que meu cabelo devia estar um desastre.

Pisquei e arrisquei olhar pra cima. Símaco estava de pé na janela, olhando para a rua por uma pequena brecha nas cortinas de algodão. Por algum motivo, não consegui falar nada. Só o encarei, observando sua expressão melancólica e roupas desalinhadas. Então ele se virou e percebeu meu olhar.

– Ah, bom dia. Não vi que você tinha acordado.

Funguei, sonolenta e tentei me situar e lembrar do dia anterior. Logo antes de adormecer, eu tive a ideia de falar com Arabella... mas como faria isso com ele por perto o tempo todo?

— Ei, você está se sentindo bem? – ele perguntou, franzindo as sobrancelhas e chegando mais perto. Estendeu a mão para o meu rosto e automaticamente desviei pra longe, como um reflexo.

— Ah, sim. – menti – Só estou com sono.

Ele me lançou um olhar surpreso mas logo mudei de assunto, olhando para o chão.

— A quanto tempo você está acordado?

— Não muito. – ele respondeu vagamente, voltando-se para a janela de novo com um ar pensativo e cansado. Era claro que também não tinha dormido direito. Desde o dia anterior, quando brigamos na mesa, as coisas estavam estranhas. Eu podia quase tocar a tensão no ar. E eu estava cada vez mais curiosa sobre a maldição que ele se recusava a liberar informação.

Ele virou o rosto na minha direção e nos encaramos em silêncio por alguns segundos. Alguma coisa em mim pulava, e meus pulmões queimavam.  Eu queria desviar o olhar mas não conseguia. Quando estava prestes a explodir, ouvi a campainha e olhei para a porta do quarto.

— Eu...vou ver quem é. – levantei rapidamente. Ele ainda não tinha tirado os olhos de mim, apesar da campainha. Sai do quarto e desci as escadas tentando deixar meu cabelo vagamente decente. Ao passar pela mesa da cozinha, notei um pequeno papel amarelo e conjecturei que devia ser mais um aviso de minha mãe de que passaria o dia no hospital. Agradeci mentalmente por essa dádiva, que assim permitia que eu escondesse a suspensão por mais algum tempo.

A campainha tocou novamente. Abri a porta só pra querer fechá-la de novo ao ver o rosto de Sofia me esperando.

— Ah...é você. – fiz uma careta – O que você quer?

Ela encarava o chão, parecendo aborrecida e melancólica ao mesmo tempo. Murmurou:

— Quero pedir desculpas.

Um silêncio se abateu, quebrado apenas pelo canto baixo dos pássaros de inverno, e o vento suave que se infiltrava pelo meu casaco leve e me deixava com frio. Ela olhou pra mim com relutância, parecendo ainda mais irritada.

— Não vai falar que me perdoa? – perguntou, e eu estreitei meu olhar.

— Perdoar o que, exatamente?

Ela fez um biquinho, percebendo o quanto eu estava aproveitando aquele momento. Empinou o nariz, tentando conter um pouco de dignidade em si mesma.

— Desculpe por ter te tratado de forma tão ruim no café, e na escola, e pelo tapa... – ela continuou - ...e por ter duvidado da sua inteligência quando você foi bem na prova, e aquela vez no quinto ano quando...

— Ok, chega. – levantei a mão, fazendo-a parar. Então percebi que apesar de sua expressão esnobe e convencida, ela estava sendo sincera. Afinal, as desculpas de Sofia era peculiarmente raras.

Mas ainda assim... eu sempre a perdoava. Talvez fosse a hora de parar com aquilo. Talvez fosse a hora de mostrá-la que não se pisa na melhor amiga de infância tantas vezes sem consequências. Não era a primeira vez que ela me tratava daquele jeito, e eu tinha certeza de que se a perdoasse tão facilmente, não seria a última.

— Eu cansei. – disse, olhando-a profundamente nos olhos – Cansei mesmo de ser tão maltratada por você. Talvez você deva ter mais um tempo pra pensar no que faz.

Então tentei fechar a porta, mas fui impedida por um sapato delicado cor-de-rosa. A abri novamente.

— Você vai mesmo fazer isso?  - ela perguntou, claramente magoada.

— Eu já fiz. – respondi, tentando parecer neutra – Talvez assim você aprenda que eu não sou uma boneca de pano.

Então, antes que ela pudesse me impedir de novo, fechei a porta direto em sua expressão chocada. Ao me virar, me deparei com Símaco de pé na minha frente, o moletom desalinhado e uma cara desapontada no rosto.


Notas Finais


DESCULPA O CAPITULO CURTO AAAAAAAAAAAAAA
eu realmente estou sem tempo. Me perdoem ;-;
Até~


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