Após descobrir que meu pai tem câncer, as coisas ficaram bem difíceis em casa. Minha mãe entrou em depressão, e a única pessoa que trabalha na casa agora, sou eu. Minha rotina é acordar, trabalhar e cuidar do meu pai. Se eu faço faculdade? Não, a dois meses atrás abandonei tudo. Exatamente tudo. Estou dando o melhor de mim pra pagar os tratamentos, estou até deixando de pagar contas por conta disso.
Agora é exatamente 8 da manhã, e estou sentada em um ônibus, indo em direção a lanchonete. Quando chego, costumo ser a primeira a entrar. Mas hoje tive problemas com a demora com o ônibus e acabei chegando 30 minutos atrasada.
Alexandre: Joana! Aleluia!
Joana: Desculpa senhor Alexandre. O ônibus atrasou e...
Alexandre: E nada Joana.. Vou descontar do seu salário!
Joana: Não! Por favor, não faça isso.. Já estou com problemas demais em pagar o tratamento do meu pai e ainda arranjar dinheiro pra pagar as contas de casa.
Alexandre: O teus problemas não são da minha conta garota. Então guarde para ti. Agora fale menos, e vai trabalhar!
Não digo mais nada, não posso correr o risco de ser despedida. Aliás, é o único emprego que tenho.
Os clientes então começam a chegar, e me apresso para atende-los.
Horas mais tarde todos já tinham ido embora, e já tinha dado o meu horário. Pego então minhas coisas e saio. Costumo sair no começo da noite, mas Alexandre me fez ficar ate mais tarde por causa do meu atraso. Saio e vou em direção ao ponto de ônibus, a rua esta vazia. É outono e as folhas das árvores voam pelo chão.
Sinto uma presença, então apresso o passo, mas não funciona, ele é mais rápido. Saio correndo, e entro em um beco escuro, e então não ouço nem veio mais nada. Continuo no mesmo lugar durante alguns segundos. Depois saio lentamente do beco, mas me deparo com um homem, alto, moreno e com olhos azuis. Seu olhar me da medo. Ele então me pega pelos dois braços e me encosta na parede e me encara.
Xxx: Ta fugindo de mim por que? Está com medo?
Joana: Me solta por favor, eu não fiz nada. E nem tenho nada para oferecer.
Xxx: Na verdade tem. Quero que você me encontre em um lugar amanhã a noite.
Joana: Mas eu nem te conheço!- minha voz está rouca e a cada palavra um soluço.
Xxx: Ei gracinha não vou te machucar, mas para que isso não aconteça você precisa me obedecer Joana.
Joana: COMO VOCÊ SABE O MEU NOME?- Digo assustada.
Xxx: Sei de muita coisa sobre você. Mas isso não vem ao caso agora. Me encontre aqui amanhã as 23h30.
E então ele me solta e desaparece virando a rua. Ainda estou em choque, e a única coisa que consigo fazer é chorar.
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