29 de Fevereiro de 2016, ás 19:00
Los Angeles, CA.
Estava deitado em minha cama, muito confortável por sinal, estava respirando fundo, desliguei a luz do meu quarto para pensar, disseram-me que o corredor da morte era assustador, mas quando cheguei aqui a 6 meses atrás o que vi foi cultos religiosos, sala de televisão e lugar para praticar esportes e a comida não era tão ruim assim, mas isso é só uma forma de deixar as coisas melhores, mas é impossível.
Quando a data da execução é marcada somos transferidos para uma ala menor uma semana antes e passamos a receber muitas visitas de psicólogos, para nos acalmar. Amanhã é meu aniversário e por isso pedi para adiarem a execução para o dia 2 de Março, meu advogado estava em uma audiência. Isso estava me deixando agoniado, e essa era a intenção deles, mas minha própria mente me torturava, durante esses 6 meses, toda vez que fechava os olhos, era certos olhos azuis que apareciam. Isso é uma tortura. Preciso toca-la, e irei.
-Sr.Bieber.- Levantei um pouco a cabeça e vi o meu advogado.- A data continua sendo a mesma. Eles não aceitaram adiar.- Ele me deu a notícia e já esperava me ver surtar, mas não ia fazer isso.
-Amanhã é meu aniversário.- Falei em um tom quase inaudível
-Eu tentei! Mas eles continuaram resistentes.
-Não precisa se explicar, apenas se retire. Preciso pensar.
E assim ele fez. Eu sabia que eu merecia isso, eu realmente merecia morrer por tudo que fiz, mas eu não quero morrer, e o fato de saber que hoje é meu último dia de vida me enfurece, ninguém quer morrer e muito menos saber a data e a hora que isso vai acontecer e tudo isso por causa dela.
-Amanhã ás 9:00 da manhã você vai passar pelo corredor da morte. Como você está se sentindo?- Ouvi a voz do psicólogo e levantei a cabeça.
-Eu sei disso. Quero saber como vão me matar.
-Irei te explicar tudo. Vamos começar?
1 de Março de 2016, ás 00:30
Los Angeles, CA
Dormir é a única coisa que eu não consigo fazer, o ódio estava tomando conta de mim e do meu coração, a filha da puta me jurou lealdade e foi a primeira a me trair. Eu disse que ela estava brincando com fogo. A minha morte significa a morte dela, e eu estou doido para vê-la sangrar.
Ouvi um barulho e me levantei, a porta rangeu e um pequeno freixo de luz apareceu, franzi o cenho quando vi uma silhueta masculina de frente para mim.
-Sr.Bieber, vamos fazer seu último passeio pelo corredor da morte?- Mesmo com a voz grossa forçada reconheci Ryan.
-Ryan?- Perguntei e o ouvi rir, ele veio até mim e senti suas mãos em minhas costas.
-Sinto a sua falta, dude.- Ele falou e me abraçou.- Feliz aniversário.
-Também sinto a tua. Obrigado.
-Só tenho 5 minutos, então me diga, quando você vai passar pelo temido corredor da morte?- Ele perguntou.
-São que horas?- Perguntei e o vi forçar a vista para poder me responder.
-00:30, por que?
-Porque você só tem 8 horas e 30 minutos para me tirar daqui, e 2 minutos para sair daqui.- Respondi.
-Já temos um plano pronto, só precisávamos saber o dia exato.- Ele falou.- Mas agora eu preciso ir, dude.
Voltei para cama, mas eu estava me sentindo diferente, estava sentindo a adrenalina em meu sangue, tenho 22 anos, não tá na minha hora de partir, ainda tenho muitas coisas para fazer. Muitos negócios para terminar. Fechei os olhos, e desta vez o que me veio a mente foi eu cortando a cabeça da traidora. E depois de 6 meses só agora eu consegui finalmente dormir. Esse não é meu último dia.
1 de Março de 2016, ás 9:00 Am
Los Angeles, CA
Havia 6 seguranças me acompanhando, todos armados, chega a ser hilário, pois eu só sou um homem algemado e sem arma nenhuma, isso me dá um poder enorme, eles me temem, eles tem medo. O corredor cheirava a morte, a cada passo que eu dava meu coração virava pedra. Paramos em uma porta grande de metal, o segurança que estava ao meu lado esquerdo abriu a porta e eu ajeitei a minha postura, eu estava voltando a ser o Bieber de antes e o de sempre: Frio, calculista e principalmente irônico. Entrei na sala, tudo estava claro e tudo era branco, havia uma cadeira de madeira no meio da sala e uma banca com todas as ferramentas que eles iam usar em mim, eu ia ser morto por tortura, acontece, que eu já sei como usar essas coisas, e também sei a dor causada por elas, eles querem alguma informação antes de me matarem, mas isso, eles não vão conseguir nunca.
Olhei para frente e por um segundo congelei, minha mãe estava aos prantos no braço do marido e do outro lado estava ela e sua família. Olhei para seus pais e eles desejavam minha morte, os olhares de deboche e de quem venceu a guerra era claro, eles sorriam e quase gritava de alegria, Chad, o irmão dela, não estava lá, a olhei. Olhei em seus olhos azuis, vi uma lágrima escorrer e vi quando seus olhos se entristeceram, ela percebeu que eu voltei a ser o monstro que ela tanto odiou. Vi sua cabeça balançar com sofrimento e mais lágrimas caírem de seus olhos, isso era tudo o que eu precisava, o sofrimento dela. Um sorriso de lado irônico se formou em minha boca. Meu olhar ficou mais intenso e mais assassino e sussurrei:
-Eu te mato vadia.
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