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História O Crime da Rainha - Uma fresta na janela


Escrita por: mLiang

Notas do Autor


Olá!
Não sou de fazer isso, mas resolvi dar um novo rumo para essa história. O motivo principal é que achei o plot Twist do final muito fraco e senti que não agradou muito os leitores.
Pensei muito sobre toda a fanfic e resolvi que darei um final mais compreensível, como citei no jornal que postei no dia anterior a essa postagem. Sei que não vou conseguir agradar a todos, mas quero ser o mais realista possível no enredo que fiz. Então é isso. Boa leitura a todos!

Capítulo 12 - Uma fresta na janela


Em todos os cantos do palácio, Jade procurava um pingente que se perdeu de sua gargantilha. Ela foi dar falta próxima da hora de ela dormir e se sentiria culpada caso não achasse, pois o objeto tinha um valor sentimental. Deu uma varredura em seu quarto, em todos os lugares no interior do palácio que havia passado naquele dia, mas não havia obtido sucesso. Começou então sua busca pelo jardim do palácio. Sua sorte é que a lua cheia iluminava bem aquele lugar facilitando assim sua procura.

Foi então que se deparou com um homem no jardim que, calado, admirava a lua de pé com os braços para trás. Hesitante, Jade se aproximou e se assustou quando a figura pigarreou.

- Está com medo de algo, Jade?

- Nightwolf – disse a edeniana sentindo um alívio em seu peito ao reconhecer a voz do ser terreno – pensei que fosse algum invasor.

Ele aproximou-se dela e respondeu depois de uma risada:

- Não deixo de ser. Nem anunciei minha chegada e você acabou me pegando de surpresa.

- Mas o que faz aqui, xamã? Se quiser posso chamar a rainha e...

- Não precisa. Eu sempre venho aqui nas noites de lua cheia sem despertar a suspeita de ninguém. Gosto da lua daqui e só venho para admira-la.

- Bem, acho que te atrapalhei.

- De forma nenhuma.

Ele percebeu que Jade procurava algo no jardim desde que ela chegou ali e acabou por perguntar:

- O que você tanto procura?

- Um pingente. Já procurei em praticamente todos os lugares que passei e nada.

- Tem certeza? Pode ser que você tenha esquecido algum lugar.

Jade se recostou em uma estátua que havia ali no jardim tentando lembrar os lugares que o pingente poderia ter se perdido. Enquanto isso Nightwolf voltava seus olhos para aquele astro que estava tomando o sol de Nova Edenia.

Foi então que Jade lembrou-se de um lugar que havia visitado aquela manhã. Alguém lhe pediu uma planta para fazer um remédio e que só havia naquele lugar. Era próximo de um casebre abandonado.

- Lembrei – disse Jade depois de suspirar com um alívio.

Nightwolf voltou seu olhar para a edeniana e perguntou:

- Onde é?

- Temos que andar um pouco. Acho que não irá se importar se for comigo, não é mesmo?

Sem hesitar Nightwolf decidiu acompanha-la.

A noite estava numa temperatura bem agradável, isso facilitava um pouco a caminhada que os dois teriam que fazer até o casebre. O cheiro das flores noturnas e o piado de corujas tomavam conta do caminho.

- Este ambiente me faz lembrar a região onde está a minha aldeia.

- Então está acostumado a fazer passeios noturnos.

- De certa forma. Claro que há os perigos que a floresta pode oferecer, mas penso que estar acompanhado é melhor e mais seguro.

Quando estavam próximos do casebre, Nightwolf sentiu algo estranho e não passou despercebido por Jade que logo perguntou:

- Está tudo bem?

Ele respirou fundo e respondeu:

- Tive um mau pressentimento.

- Acha melhor voltarmos?

- Já estamos aqui, não é mesmo?

Ao se virar para frente Jade avistou o casebre e começou logo a procurar o pingente na vegetação. Viu um brilho diferente e vibrou de alegria ao ver seu pingente.

- Achei.

Ela ficava olhando o objeto com grande afeto. Mas Nightwolf colocou a mão em seu ombro e perguntou:

- Sabe se mora alguém naquele lugar?

- É uma casa abandonada.

- Mas está iluminada, veja.

Jade achou que era engano do índio, mas logo viu que era verdade. A casa estava com uma luz fraca em seu interior.

- Será que é algum empregado do palácio que está ali?

Novamente Nightwolf sentiu um mau presságio. Um embate dentro de si se formou para saber se era ou não para ir até lá. Até que decidiu:

- Vamos ver o que é.

Os dois foram se aproximando devagar, evitando em pisar nas folhas secas para não fazer barulho. Chegaram e viram que a porta estava bem fechada, mas havia pequenas perfurações na madeira da janela e acabava permitindo ver o interior da casa.

Nightwolf aproximou o seu rosto da janela e olhou no interior. Ele se sentiu envergonhado ao ver o que acontecia e não sabia se deixava Jade ver ou não.

- O que vês? – perguntou Jade sussurrando.

O índio ergueu-se inconformado apoiando a mão na parede. Olhou para Jade e respondeu:

- É uma lástima. Uma lança envenenada que foi atirada contra o coração de Kitana.

Jade entendeu tudo o que o xamã acabou de dizer e ligou os pontos. Foi até a janela e confirmou o que ele acabara de falar. Sim, a traição realmente acontecia debaixo do nariz de Kitana.

Para evitar que os que estavam dentro da casa percebesse a presença dos dois, Nightwolf abraçou Jade e se tele transportou para o jardim do palácio. Ela estava desesperada e continuou abraçada com o índio.

- Precisamos fazer algo – disse Jade em lágrimas – não posso deixar que minha amiga seja enganada dessa maneira tão cruel.

Nightwolf se sentiu comovido pela estima que Jade sempre teve pela princesa, principalmente naquele momento em que se via frente a algo que deixaria Kitana marcada pelo resto da vida.

- Vou voltar para minha aldeia – disse ele voltando seu olhar para Jade - mas amanhã virei fazer uma visita para Sua Majestade.

 

A manhã logo chegou em Nova Edenia.

Jade não conseguira dormir muito bem aquela noite. As lembranças do que vira no casebre lhe atormentavam e tinha a certeza que nunca mais viria tanto a rainha como o shaolin com bons olhos.

Ouviu batidas em sua porta e com os olhos ardendo foi atender, mas antes perguntou quem era.

- Sou eu, Kitana.

A angustia daquela noite invadiu o coração da guardiã. Não tinha coragem de abrir a porta e por isso respondeu:

- Ah princesa, não estou muito bem. Vou sair mais tarde hoje.

- Mas o que aconteceu? – perguntou Kitana preocupada – posso lhe ajudar.

- Perdoe-me princesa.

Desapontada Kitana respirou fundo e respondeu para sua amiga:

- Qualquer coisa me chame.

Em seguida se retirou e foi para o hall de entrada. E do outro lado da porta do quarto, Jade pensava como esconderia esse segredo tão terrível.

Enquanto isso, a princesa descia as escadas e percebeu a presença de um visitante.

- Que honra tê-lo aqui, Nightwolf. – reconheceu Kitana saudando-o.

Ele fez uma vênia e saudou-a. E percebendo que Jade não estava com ela disse:

- Pensei que não andava sem sua guardiã.

- Ela está com um mal-estar, mas logo estará aqui.

O índio já imaginava o motivo, mas não quis aprofundar o assunto e disse:

- Bem, eu vim falar com sua mãe. Sei que não avisei, mas é um assunto de suma importância.

Sheeva logo apareceu deum dos corredores do palácio com uma feição de preocupação. Kitana ao vê-la pediu:

- Peça que minha mãe venha, Nightwolf quer vê-la.

A shokan engoliu seco e disse:

- Sua Majestade ainda dorme Alteza.

- Acho que ela teve uma noite bem agitada, não é mesmo? – perguntou o índio com um tom de sarcasmo.

- O que insinua xamã? – perguntou Sheeva atônita.

- Nada insinuei guardiã! – ele respondeu com destreza – foi apenas um comentário. E não me importo se a rainha ainda dorme. Vou espera-la acordar, pois como já disse o que tenho para falar com ela é inadiável. 



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