História O Crush da Cafeteria - Capítulo XI

JEON JUNGKOOK's POINT OF VIEW

“Você está negando que tem crush no menino?”

Aquela frase se repetia em minha mente uma, duas, três, quatro vezes. O crush me crushava de volta. Ai meu Deus! Eu queria gritar isso ao mundo, mas me contive.

Sorri a alguma coisa que Min Ki falava para mim, enquanto eu o segurava em meu colo, e continuei mantendo meu olhar em Jimin, que agora recebia um belo chute na bunda e um tapa na nuca, enquanto NamJoon o questionava sobre sua petulância no telefone, algum tempo atrás. Ri levemente, voltando a escutar Min Ki. Ele estava muito animado com a nossa saída, e isso me deixava satisfeito.

Por algum motivo, eu realmente gostava de ver um sorriso nos lábios daquele garotinho. Vê-lo animado com algo, deixava-me igualmente feliz. Talvez, fosse uma reação comum em mim quando tinha algum Park envolvido no meio.

— Vamos? Nós podemos deixar vocês no caminho. — NamJoon propôs e Jimin novamente buscou meu olhar para poder confirmar se aceitava ou não. Achei aquilo realmente fofo da parte dele. Jimin considerava muito o que eu pensava sobre coisas mínimas, como quando buscou por minha confirmação para aceitar a proposta de Min Ki.

Não é como se eu fosse negar o pedido daquela criança.

Assenti para ele, e em seguida o mesmo aceitou a carona. Saímos todos juntos, para encontrar o Ssangyong Actyon recém comprado de NamJoon. Os olhos de Jimin pareciam brilhar.

— Uau, Hyung! Esse carro é incrível! Você o comprou essa semana? — Jimin indagou, olhando para o automóvel como se fosse uma criança vendo um brinquedo inalcançável.

— Hoje, na verdade.

— Daebak! — Exclamou, fazendo-me sorrir minimamente. — Eu ainda vou comprar um desse. — Observou, enquanto adentrávamos o carro revestido em couro e luxo. Era realmente bonito e confortável.

Nos sentamos no banco traseiro, com Min Ki entre nós dois, enquanto NamJoon e Jin assumiam os bancos da frente. Durante o percurso até o centro de Seul, a voz de Min Ki reinava na atmosfera amistosa e silenciosa que pairava sobre o carro, animado com a possibilidade de ir ao cinema depois de tanto tempo. Todos nós apenas riamos da euforia que emanava por cada poro daquele pequeno ser com menos de um metro e trinta.

Apertei a mãozinha de Min Ki entre a minha, mantendo seu corpo perto do meu, enquanto aquele alvoroço de pessoas passavam entre nós, algumas correndo para não perderem suas sessões, outras passando calmamente para irem até o balcão pedir por comida. Procurei por Jimin entre aquele bando de gente e suspirei ao perceber que ele estava sendo atendido. Ele havia ido comprar nossos ingressos, enquanto eu ficara encarregado de comprar a comida, o que foi consideravelmente mais rápido. Eu sustentava um enorme pote de pipoca e um refrigerante grande em meus braços, enquanto Min Ki mantinha o seu refrigerante médio determinadamente em sua mão, agarrado por seus dedinhos finos.

— Espero que não se importe de assistir a um desenho. — Assustei-me com a voz de Jimin soando ao meu lado repentinamente, sem que eu percebesse sua presença. Franzi o cenho, confuso, e, então, ele deixou visível os ingressos em sua mão, mostrando o nome do filme.

— O Bom Dinossauro parece ótimo para mim. — Dei de ombros, olhando para Min Ki. — É bom, certo? — O pequeno assentiu, sorrindo enormemente. — Vamos?

Seguimos para a sala de cinema, e eu agradeci por Jimin Hyung ter escolhido um lugar na ultima fileira. A sessão não iria encher muito, pelo pouco de fila que pude observar ao entrarmos, portanto, seria bastante tranquilo. Min Ki estava realmente animado para assistir a animação, e não parava de nos contar o quanto seus amiguinhos estavam falando sobre o filme durante a semana.

— Agora, eu posso falar sobre ele também. — Parecia realmente feliz por também poder fazer parte do debate sobre o filme. — Shiiiiii! Vai começar. — Sussurrou, fazendo com que eu e Jimin déssemos risada.

— Eu prometo que da próxima vez, iremos assistir a algo que não seja tão infantil. — Jimin murmurou, novamente como se se desculpasse por eu estar ali, tendo um encontro com ele e seu irmão.

— Eu já falei que não me importo com isso, Hyung. Eu gosto de ver Min Ki animado assim, e gosto de ficar com você. — Fui sincero, fazendo-o sorrir minimamente, como se estivesse envergonhado.

Eu assumira para mim mesmo a missão de que seria completamente transparente e sincero com meus sentimentos. Se eu quisesse o elogiar, eu o faria. Se eu quisesse beijá-lo, pediria sem hesitação. Se eu quisesse segurar sua mão e sentir a maciez e a tranquilidade que a mesma me passava, também o faria. Já estava mais do que exposto todos os meus sentimentos para ele, não era surpresa nenhuma o fato de que eu gostava dele. Por que iria me privar de fazer o que queria? Desde que ele não achasse ruim, eu também não acharia.

O filme passava rápido, e era bastante interessante. Conseguia arrancar risadas gostosas dos garotos Park, e eu apenas as ouvia feliz, deleitando-me com aquele som maravilhoso. Eu realmente me sentia bem na presença daqueles dois. Lancei mais um de meus olhares a Jimin, que mantinha-se sempre concentrado na tela, e me recostei contra a cadeira almofadada.

— O filme é muito interessante para que você perca partes me olhando, JungKook-ah. — Jimin comentou, virando-se para mim com um pequeno sorriso nos lábios. Eu sorri abertamente, enquanto ele tomava um pouco do refrigerante que dividíamos.

— Acredite em mim, Hyung, você é extremamente mais interessante. — Rebati. — Aliás, eu acho que poderia passar o resto de minha noite apenas te observando, Jimin Hyung. — Murmurei, aproximando-me dele. Vê-lo de perto era ainda melhor, em minha concepção.

— Você se importaria se eu te beijasse agora? — Ele questionou, chegando ainda mais perto. Seus olhos intercalando entre os meus e minha boca.

— Por favor. — Praticamente implorei, o fazendo rir levemente e capturar meus lábios com os seus. Ignorei o fato de estarmos com seu irmão logo ao nosso lado, completamente compenetrado na animação que era reproduzida na enorme tela do cinema, e de que a sala continha um número considerável de crianças com seus pais. Eu apenas conseguia focar minha mente naquele beijo. O sabor dos lábios de Jimin Hyung tinham um toque de menta com Coca-Cola realmente bom. Eu poderia sentir aquilo para sempre.

Aquele era o primeiro beijo em que aprofundávamos o contato, e seria uma tremenda blasfêmia dizer que sua língua entrelaçando-se a minha não causara-me nenhum tipo de reação, porque a verdade é que eu estava tremendo e quase chorando por conta de todos aquelas sensações confusas e desorganizadas que se agitavam dentro de mim.

— Eca! — Senti um tapa em minha coxa, e a vozinha esganiçada soou um pouco alta demais para o ambiente em que nos encontrávamos, fazendo-me quebrar o contato rapidamente, com medo de que alguém acabasse virando para ver o que acontecia.

Senti que eu deveria estar com a maior cara de idiota da face da Terra, um sorriso estúpido nos lábios.

— Vocês deviam estar prestando atenção no filme — Min Ki estava indignado. Virei-me para ele, sorrindo. — Preste atenção no filme.

— Desculpe — Ri.

Voltei meu olhar para Jimin, que agora tinha seus olhos sobre a tela a nossa frente como se nada tivesse acontecido, mas seus lábios mantinham um sorriso tão grande quanto o meu. Fiz o mesmo que ele, virando-me para a tela, e escutei um suspiro vindo dele. Ri baixinho e o surpreendi ao agarrar sua mão, que estava solta entre nossas cadeiras. Jimin pareceu um pouco tenso, no entanto, sua postura não ficou rígida por muito tempo. Aos poucos, senti seus dedos se fecharem ao redor dos meus, e tenho que admitir que aquilo me tranquilizou muito.

Pela hora restante de filme, eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser o fato de que as mãos de Jimin eram extremamente macias e se encaixavam perfeitamente com as minhas.