História O Crush do Meu Melhor Amigo - Taehyung e a sua audácia

Jimin havia nos trancado dentro de seu quarto de uma forma que me apavorou. Eu não sabia que ele faria isso, e ter Hoseok ali me olhando com curiosidade, fez minhas entranhas se revirarem.

Jimin não queria abrir a porta por mais que eu batesse rudemente nela.

— Se acalme, TaeTae — Hoseok me abraçou por trás — Eu sei que não quer fazer nada disso, não se sinta pressionado.

— N-Não é isso — Fiquei de costas para ele, não queria que ele visse o meu rosto como um pimentão e ainda me visse como um arregão — Eu.. Eu... Ah, meu Deus.

Ele se afastou com um riso leve e então se sentou na escrivaninha de Jimin, como alguém que não quer nada. E eu pude, enfim, respirar corretamente. Soltei o ar com força, massageando o meu peito e olhei de soslaio para ele.

— O que são essas coisas que estavam em suas mãos? — Olhou para mim, um sorriso ainda presente — São trabalho que precisa fazer?

— Sim, eu preciso terminá-los — Quis correr até ali para tirar os papeis de suas mãos, mas me contive — Se você não se importar... Eu gostaria de fazê-los.

Ele então cruzou os braços e arqueou a sobrancelha para mim. Me perguntei o que havia de errado com a minha fala.

— Taehyung, parece que tem medo de mim — Ele não estava sério, mas parecia incomodado — Está tão afastado que me faz pensar que... Não confia em mim.

— Eu confio, lógico que confio — Me apressei em dizer.

— Então não tenha medo, eu sei que se sente pressionado com tudo isso que Jimin quer que você faça, mas não sou eu que irei te forçar a nada. Eu gosto muito de você, Tae, mas eu prefiro mil vezes ver você feliz comigo do que transar toda hora.

Suspirei, entendendo seu lado. De fato, eu estava agindo como um paranoico infantil que tem medo de se relacionar e transar com alguém. Acho que tenho um leve problema chamado erotofobia.

— Me desculpe por isso — Sentei-me à sua frente, pegando a cadeira de Baekhyung — Eu... Estou agindo ridiculamente.

Meu rosto foi envolto por suas mãos quentes e macias, como se ele me tratasse como um bebê.

— Não se preocupe com isso, está bem? Eu não quero que se sinta preso demais nesse assunto.

Ele era um amor. Bom demais para ser verdade.

— Quer me ajudar com... Esses trabalhos?

Ele sorriu, me entregando algumas folhas e ficando com o resto dos sete trabalhos. Foi gostoso me sentar ao seu lado e completar tudo o que faltava naqueles arquivos do word, que Jimin não tinha a cara de pau de terminar. Mas eu adorei me perder nas palavras de biologia e ainda assim alternar o meu olhar para Hoseok ao meu lado. Era como uma paixão de colegial que era simples e ingênua.

Desviei meu olhar em todas as vezes que fora pego no flagra, mas sempre sorria quando percebia o sorriso discreto dele. 

[...] 

— Você acha que algum dia gostaria de sair acampar? — Hoseok olhou em seu celular e me mostrou fotos de acampamentos antigos que havia ido — É quase normal eu fazer isso com a minha família.

Estávamos ambos deitados na cama de meu lindo amigo.

— Acho que eu e natureza não nos damos bem — Dei uma risada — Quando eu era pequeno, costumava passar muito tempo na fazenda de meus avós e bom... Eu tinha as minhas traquinagens e acabava sempre por me machucar.

— Gosto de pensar que era uma criança animada, é a sua cara.

— Eu já fui perseguido por uma colmeia e não foi nada legal, fui picado por umas dez abelhas, além de ter caído perto da lama dos porcos.

— Eu já caí em um poço quando estava acampando — Contou — A sorte era que estava quebrada e com madeiras para que eu não caísse muito fundo. Foi o pior dia que eu tive, mas depois eu ganhei uns agradinho de meus primos.

Imaginei um pequeno Hoseok chorando, com a cara de criancinha fofa, cheia de meleca. Uh.

— Você já levou um coice de cavalo? — Perguntei e ele me olhou como se fosse um absurdo isso ter acontecido — Eu só queria saber como era mexer no rabo de nossa égua.

Fiz um biquinho quando Hoseok riu alto, cobrindo sua boca com o exagero de reação.

— Você, com toda certeza, foi bem espoleta.

Cobri meu rosto com minhas mãos e enfiei minha cara no travesseiro, impedindo Hoseok de ver meu sorriso arteiro. Mal sabe ele que já aprontei muito enquanto estava na fazenda, cada coisa pior que a outra.

— Queria ter te conhecido nessa época, tenho certeza que me divertiria muito — Hoseok puxou minha cintura de leve, até que eu me virasse para ele.

Agarrei seu tronco, deixando que ele me abraçasse. Eu amava abraçá-lo, era tão quente seu peito, tão gostoso me sentir segurado por ele. Hoseok emanava uma áurea de paz tão grande que poderia sempre grudar nele. Mas vê-lo assim, todo fofo comigo, dizendo que não se importa de não passar dos beijos... Percebi que era verdade. Ele não parecia se importar com isso, sequer me pressionava. Nesse meio tempo de alguns dias juntos, era como se ele realmente gostasse de me ver bem.

Eu podia ver que ele também estava apaixonado.

Eu sempre olhei para ele, e o desejei, claro. Impossível não desejá-lo, mas só de pensar que ele não gostaria do que visse... Me impediu bastante de querer fazer algo mais profundo. Mas vê-lo se importar tanto, me acalmar e me relaxar dizendo que não era nada de demais esperar... Me fez criar confiança em mim mesmo. 

Seu corpo era malhado, de todas as danças e ensaios... Hoseok tinha um bom corpo. Dedilhei seu braço, até alisá-lo por completo e chegar em sua ombro. Seus fios de cabelos sedosos atraíram os meus dedos e agarrei-os. Percebi que Hoseok retesou seu corpo, incerto do que fazer. Mas levei minha boca, meio seca, até seu pescoço. 

Senti seu aroma doce, delicioso, e resolvi tomar atitude. Lambi-o com calma e um pouco de receio, mas suas mãos pousadas em minha cintura disseram que ele gostou. Eu também gostei, a sensação de estar fazendo algo que provavelmente agrade muito a ele, é completamente boa.

— Tae... Não precisa disso.

— Shh, não tire a minha confiança agora que eu consegui fazer isso.

Ele se calou, e eu continuei a beijá-lo no pescoço. Minha outra mão arranhou sua nuca ao ponto que eu subia até sua mandíbula. Hoseok ofegou baixo e apertou minha cintura com força. Seu nariz fungou com força, batendo sua respiração em minha pele sensível. Meus pelos eriçaram quando ele juntou mais nossos corpos e o ar quente que saia de sua boca chegava até mim.

Mordisquei seu queixo, suspirando a cada movimento que ele fazia com suas mãos no meu corpo. Eu queria beijá-lo, mas queria que fosse ele a fazer isso. Queria que ele me beijasse desesperado por mais toques.

Levei meus dedos até a barra de minha blusa e recebi sua ajuda para retirá-la por completo, deixando-me o torso nu. Ele observou, com seus olhos brilhantes, cada parte de meu tronco. Quis me esconder, mas deixei que apreciasse. Ele tinha um sorriso em meu rosto, tão bonito, tão fofo que eu não quis me esconder disso.

— Você é lindo, sabe disso? — Ele alisou minha barriga, causando-me um pouco de cócegas.

Ofeguei quando senti sua boca ir de encontro com o meu ombro e mordê-lo com gosto, atiçando-me até o inferno. Não estávamos mais deitados, já sentávamos na cama, com o coração disparado e o sangue se acumulando em nossas bochechas.

Gostei de sentir seus lábios em meu peito, beijando-me em meu tórax, descendo até meu umbigo. Eu não tinha um bom porte como ele, mas gostava levemente de minha barriga lisa e carnudinha. Elevei meu corpo do colchão, que havia deitado inconscientemente ao sentir sua boca em minha pele, e coloquei-me em seu colo.

— Tire a sua roupa também — Pedi, olhando-o com meus olhos pidões — Quero te ver também.

Não demorou para que sua camisa estivesse jogada no chão e meus lábios famintos em sua boca. Eu não aguentei esperar que ele começasse a me beijar, eu só queria ir logo. O fogo se alastrando em minha corrente sanguínea, implorando por mais. Mais contato.

Mordi seu lábio inferior com força, e suguei-o. Hoseok gemeu contra a minha boca, e me puxou mais. Suas mãos se localizavam em minha bunda, apertando-a fortemente. Sua língua invadiu minha boca, pronta para me dominar naquela briga de línguas. Deixei-o controlar o ósculo e rebolei levemente sobre o seu colo.

Hoseok ofegava, assim como eu, mas não queria separar sua boca da minha. Eu o entendia, era bom demais fazer isso, quase um desperdício parar. Minhas mãos acharam seu cinto, e estavam prontas para tirá-lo, se ele não houvesse adentrado suas mãos em minha calça. Levei um susto quando senti suas palmas em minha pele. Gemi um pouco mais alto do que gostaria.

— Hoseok... — Respirei fundo, tentando normalizar minha respiração, sem sucesso.

Sua boca grudou em meu pescoço, marcando-o com vontade. Pendi minha cabeça para trás conforme sentia necessidade de tê-lo em todas as partes. Estávamos ambos em combustão. Minha excitação crescendo e demonstrando o quando óbvio estava sendo... Estava duro. E era tão bom tê-lo ali sobre mim, se encaixando de uma forma ridiculamente boa.

Mas assim como tudo estava bom, tudo se findou quando a porta foi aberta. Baekhyun entrava de fininho, sem saber o que acontecia. Parecia tão perdido ali no meio do quarto, não entendendo nada. E então, vi um sorriso nascer em seu rosto.

Que vergonha, meu Deus.