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História O Destino da Híbrida - Capítulo 04


Escrita por: Radunz

Capítulo 4 - Capítulo 04


"Por vezes a melhor réplica é o silêncio”

Me levantei. Escalei a gruta facilmente. Podia não ter a meia transformação, mas meu corpo sabia o que fazer. Quando cheguei à entrada senti os raios de Sol no meu rosto, aquele calor gostoso, e fui abraçada pelo vento.

Tinha que voltar para casa e enfrentar a gritaria, o sermão, e, de todas as vezes que eu sabia que estava certa, nessa não sentia vontade de falar, de gritar mais alto que todos que eu era a vitima, mas me colocar nesse papel não era para mim.

Caminhei devagar por um longo tempo, quando pude ver a casa, estava cheia de gente, pessoas da matilha, empregados – tanto nossos quando do vovô. Continuei caminhando entre eles, que não me notaram a princípio, mas o grito de minha mãe vindo do alto da escadaria os fez virar na minha direção.Levantei o olhar e a encontrei vindo em minha direção com meu pai logo atrás dela. Eles estavam com a mesma roupa de ontem, pude perceber antes de me abraçarem apertado.

– Eu preciso respirar. – Falei, tentando me soltar.

- Nunca, nunca mais faça isso! – Falou meu avô, surgindo do nada como sempre.

– Oi, vovô. – Me soltei dos meus pais e o abracei. Ele era um grande homem, não só na altura como no poder que emanava dele. Todos tinham receio de se aproximar, mas eu não, aquilo me aproximava dele.

– Saudades, minha pequena loba. – Esfreguei meu rosto em seu peito tentando me esconder, eu fazia isso desde pequena e acho que faria até ficar velhinha.

– Me deixe ver você. – Falou me afastando. Colocou a mão no queixo e me olhou dos pés à cabeça. Bem, eu estava descalça, com o vestido até os joelhos. Este estava um pouco mais curto e rasgado. Meu cabelo que caía até a cintura estava todo desgrenhado com folhas, não vi meu rosto, mas pelo olhar dele não devia estar tão limpo.– Bem, tirando as folhas – Ele tirou uma que estava bem no alto da minha cabeça, torceu os lábios para não rir. – Está uma verdadeira loba selvagem. – Falou me abraçando de novo.

– Ok, pode parando de babar sua neta, eu quero levá-la para tomar um banho e me contar onde esteve e com quem. – E eu pensei que estaria livre do sermão, mas pelo visto não.

-Deixe ela, mulher. – Falou minha avó se aproximando e parando ao lado do marido. Sim, um casal bem majestoso, eu diria. Ela era mais baixa que ele alguns centímetros, seus cabelos pretos agora tinham mechas brancas, sua pele morena e seus olhos mel capaz de fazer ver sua alma faziam dela uma mulher invejável nos seus sessenta anos. Ela me lembrava muito o Thomas. Meu avô era bem, o Pedro, que era a copia do meu avô, tanto na cor de pele, nos olhos espertos capaz de saber quando você mente, quanto colocar a mão no queixo. A única diferença por enquanto era que meu avô tinha seus dois metros de altura, seu corte de cabelo era engraçado, ele usava topete, dizia que imperava respeito. Lembro quando meu pai tentou fazer, foi uma sessão de risos sem fim, por um bom tempo.– Obrigada, vovó. – Falei a encarando, diferente do meu avô, ela não gostava de abraços, beijos e coisas como ela dizia “melosas”. Mas dessa vez ela não só me surpreendeu, mas a todos, quando me puxou e me abraçou forte, sussurrando: – Não faça mais isso, ficamos preocupados. Você é igual ao seu pai na sua idade, um lobo indomável. Me afastei sorrindo.

– Pai, posso subir para o meu quarto? – Perguntei encarando seus olhos, via dúvidas ali.- Só se eu for junto. – Falou. Eu o conhecia bem demais para saber o que essas palavras significavam, ele me queria por perto, embaixo dos seus olhos, e perto das suas mãos, não sabia explicar. Todos eram mais juntos da mãe, mas eu era a sombra do pai.

-Claro, pai. – Falei, levantando os cantos da boca em um pequeno sorriso. Minha mãe fechou a cara, mas não falou nada, sabia que tínhamos uma ligação que ninguém sabia explicar.Ele estendeu a mão e eu prontamente segurei.Subimos juntos sobre o olhar de todos, não queria conversar com ninguém, então entrei de cabeça baixa. Fomos até meu quarto em silêncio, entramos. Bem, normalmente ele perguntaria o que eu fiz a noite toda, mas dessa vez não, ele andou até minha cama que estava bagunçada. Ele deve ter ficado ali em alguma parte da noite, ou o Juan. Deitou e ficou me olhando, retribui o olhar e fui em direção a banheira que ficava no canto, podem falar o que quiser, mas era meu pai, ele me via pelada desde que eu era pequena então não me importava com isso, tirei o vestido e entrei na banheira, afundei o corpo todo e fiquei um tempo lá, quando sentei, a água batia no meus peitos os cobrindo.– Você vai perguntar? Ou me esperar falar? – Perguntei brincando com algumas pétalas de rosas que estavam na água. - Não sei, talvez eu esperasse você falar.– Pai, o que aconteceu depois que saí? – Perguntei olhando na sua direção, ele brincava com um fio qualquer do meu travesseiro.

 

ALGUMAS HORAS ATRÁS.

POV ARTHUR.

– Rose! – Gritei desesperado, quando a vi sair correndo. Virei para segui-la, mas parei assim que escutei a voz do meu primogênito, aquele me substituiria, no qual eu devia ter toda a minha confiança. - Não precisa ir atrás dela, ela sabe o caminho de volta, ela sempre volta.

Eu estava em cólera. O que ele pensava? Olhei ao redor, todos nos encaravam, como se fosse uma partida.

 - Respeite seu pai e sua irmã, Tobias, essa não foi a educação que eu te dei. – Falou Catarina levantando com o rosto vermelho, não sabia se de raiva ou vergonha pelo filho. -

- Não me venha falar o que não sabe, Tobias, você ainda é meu filho, abaixe a cabeça quando sua mãe falar. – Falei em um tom baixo, rosnando no final.>– O que esta acontecendo aqui? –Perguntou meu pai entrando. Ótimo, tudo que eu precisava era o Sr. José Alfredo aqui.

– Nada com que o senhor deva se preocupar, pai. – Falei me segurando, não aguentava saber que minha pequena estava lá fora, sozinha, que meu primogênito estava se rebelando contra a irmã que ele deveria proteger. - Não fale nesse tom, Arthur, sou sei pai. Por que a pequena loba saiu daquele jeito? O que fizeram a ela?

– Não fizeram nada, eu somente falei a verdade, que ela é uma párea, ela nem é dessa família mesmo! – Meu pai queria matá-lo, mas não era a solução, e ele ainda era meu filho por mais raiva que eu esteja sentindo.- Não vale a pena, pai. - O que esta acontecendo? Não estou entendendo nada, alguém está? – Falou Jorge, ele era o segundo mais velho, um ano de diferença, e isso parecia o mundo já que ele e Tobias eram como água e óleo na personalidade. Se Tobias se revoltava, Jorge se acalmava, se Tobias queria brigar, Jorge queria correr e se livrar do sentimento ruim que o fazia querer brigar, mas eles eram igual no tamanho, nos músculos, na cara de homem sério, até o corte de cabelo era o mesmo, os olhos sempre que eu olhava nos olhos do meu pequeno Jorge via luz, um brilho único e no Tobias só via o preto, um breu sem fim. - Jorge, meu filho amado, não tem nada que vocês tenham que saber, pelo menos não por hora. – Respirei fundo. – Vão ajudar seus avós a se acomodarem, que eu vou ter uma conversa com seu irmão. E, Catarina, se acalme, vá com o Pedro para que ele durma um pouco. – Olhou para o pequeno que olhava tudo com os olhos arregalados e chorava baixinho, sem entender ou entendendo o que se passava. Mesmo que a vontade de todos fosse outra, eles nunca desrespeitariam seu pai, o alfa. Catarina, no mesmo instante, se levantou e andou o mais rápido que pôde até o pequeno, o aninhou em seus braços o levando para o quarto, para ela não importava o tamanho, eram seus filhotes, afinal. Antes de sair, olhou seu primeiro filho e com lágrimas nos olhos deixou a sala. Assim que ela se foi, os outros se levantaram e seguiram para fazer as ordem do pai, mesmo meus pais querendo ficar, um olhar de meu os fez sair, ficamos só eu e Tobias na sala.

 

AGORA NO QUARTO.

POV ROSE.

Olhei esperando ele falar algo, mas nada veio. -Não vou insistir se não quer falar, pai.

– Não é isso, pequena, é só que ainda não acredito no que aconteceu, depois que você saiu foi tenso, mas nada que não fosse resolvido, e no final seu irmão ficará no quarto até que seus avós o leve com eles. – Falou com uma voz pesada, muitos sentimentos juntos, me levantei colocando o hobby e me deitei ao seu lado na cama, ficamos de frente um para o outro.

– Desculpa, pai, devia ter ficado quieta. – Falei, mais por ele do que por mim. Não me arrependia por ter falado, mas sim por ver meu herói sofrer.- Não foi sua culpa. Durma um pouco. – Enquanto ele falava, passava a mão por meus cabelos e eu fechava os olhos. – Quando você acordar não será mais fácil, mas também não será tão difícil, porque você não está sozinha pequena lobinha selvagem. – Escutei essas palavras antes de mergulhar no mar negro sem sonhos ou não.


Notas Finais


Voltei com mais um capítulo!!
Comentário!? Até segunda que vem!!
Bs de luz!


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