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História O Diabo no Colegial - Anel


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 105 - Anel


Fanfic / Fanfiction O Diabo no Colegial - Anel

Hospício Santa Cruz

Espanha

Para evitar responder pelos seus crimes, Harry foi trancafiado em um hospício. Vivia seus primeiros meses em uma camisa de força, amarrado, preso, num cubículo claro, branco, de paredes almofadadas, impedindo que ele se autoflagelasse. A perca da sanidade dele foi comprovada não por apenas um médio, mas por dezenas.

Seu pai procurou os melhores psiquiatras do mundo, médicos conceituados e especialistas em

Psicopatia.

Harry sorria toda vez que via um engravatado entrar em sua sala. Ou aparecer no vidro do seu cubículo. Haviam bolsas debaixos de seus olhos, pois ele não conseguia dormir, com a perversão não deixando pregar seus olhos.

Ele balançava seu corpo de um lado para o outro, olhando para os cantos da parede, rindo loucamente, histericamente, dizendo para aqueles que o assistiam nas câmeras que iria conseguir sair dali.

John havia o parado de visitar durante certo tempo. Harry não ligava.

E depois de alguns anos, sob forte influência de intensos medicamentos, o inglês pôde ir para um quarto normal. Conviver com os outros.

Ele tinha um dom artístico. E com carvão, desenhava nas paredes brancas.

O rosto de Baekhyun.

O psiquiatra foi chamado, certa vez, quando Harry não quis devolver o maldito carvão, simplesmente alegando que não poderia dormir sem terminar o desenho, que demoraria três semanas para ficar pronto.

-Harry? Harry, o que aconteceu?

Ele encarou o doutor, sorridente, com o carvão nos dedos. Olhou para cima, estalando a língua, pensando em uma forma mais clara para se expressar diante de seu psiquiatra.

-Eu preciso terminar o desenho.

-Você não dorme há dois dias.

-Você acha que eu me importo? Preciso terminar o Baekhyun para eu conseguir dormir.

O doutor respirou fundo. A obsessão pelo seu irmão postiço não tinha ido embora. E era difícil tirá-lo da cabeça de seu paciente.

Baekhyun foi uma pessoa marcante para Harry. Dizem, em termos práticos, que Harry não somente era obcecado por ele, como também extremamente fascinado, idolatrava-o como seu ídolo. Não era amor. Nem paixão. Nem atração física ou intelectual. Era pura possessão. Harry achava que Baekhyun era um objeto e que se não o possuísse seria incompleto para o resto da vida.

Ele fez uma careta de lamentação, quando o doutor respirou fundo.

-Você se importa comigo mesmo, doutor?

-Sim, Harry.

-Você só faz seu trabalho. E faz mal.

Dr. Hopkins engoliu a seco. Tinha medo de Harry. Ele era um dos únicos pacientes em toda a sua experiente carreira de trinta e cinco anos que ele não quis trabalhar, ajudar. Só queria se afastar.

-Deveria olhar o quarto da Maria. Ela deve estar passando mal. - Harry olhou para trás. - Tem um carvão faltando.

Dr. Hopkins começou a correr pelos corredores. Harry, agora sozinho, tranquilo, não seria importunado durante um tempo, continuou passando o giz pela parede, desenhando as linhas do maxilar de Baekhyun.



Chanyeol respirou fundo, colocando os fones que tamparam os ouvidos. Boston. As ruas estavam lotadas de carros tentando trafegar. Altos prédios, reluzentes, cheios de vidros. O centro financeiro da cidade mais populosa de Massachusetts estava cheia, como em qualquer dia normal. Sem dar nenhum aviso, o táxi parou em frente a um prédio, um dos mais altos da cidade.

O irmão de Amber morava na cobertura.

A garota de dezenove anos olhou para Chanyeol, cruzando as pernas nuas.

-Você não vai descer?

Chanyeol tirou os fones de ouvido, explodindo na melhor parte da música dos alemães do Rammstein.

-Mete o pé, Amber.

A garota fez bico.

Chanyeol abriu a porta. A garota sorriu. O grandalhão andou até o porta malas, tirando de lá a mala rosa, a mochila pink e uma bolsa pequena. Colocou tudo no meio fio da rua. A sua mala preta tinha ficado. Ele fechou. Amber esperou que ele abrisse a porta.

-Chanyeol vai pagar. - disse para o taxista, que não estava nem aí para a discussão eterna dos dois.

Chanyeol abriu a porta para ela. Amber saiu, caminhando até a calçada, esperando pelo coreano, que entrou no táxi em seguida e travou as portas.

-CHANNY!

-Vá se fuder, sua chata.

Chanyeol mostrou o dedo médio e disse para o taxista correr. Amber ficou desolada na rua, chamando por Chanyeol até ver o táxi amarelo sumir em meio aos carros.

Chanyeol ajeitou o topete negro com a mão, suspirando. O taxista olhou pelo espelho.

-Você namora com ela?

Chanyeol olhou para ele e respondeu em um inglês perfeito. Tendo passado pela Grécia, ele teve que aprender grego, inglês e francês. Além de que no exército, teve algumas aulas de espanhol.

-Não. Nunca.

O taxista sorriu, rindo.

-Você namora, não é?

Chanyeol não entendeu a pergunta. Então olhou para o anel prata, reluzente, da mesma forma que era há sete anos atrás.

-Ah... Não, é só um anel.

Chanyeol engoliu a seco, voltando a encarar a paisagem da cidade urbana pela janela. Era só um anel.

Ele iria direto para o hospital, começar como residente do último ano. Tecnicamente, Chanyeol já podia atuar como médico, feito a prova na Grécia. Ele passou e sem sombra de dúvidas, como um dos mais exemplares. Chanyeol apenas se apaixona pela traumatologia durante o seu tempo como interno, que durou cerca de seis meses. Depois de ter ido para o exército na Coreia, Chanyeol havia aprendido diversas técnicas e queria aprimorar-se mais no programa de Boston, que o ajudaria a se tornar um brilhante cirurgião de traumas. 


Baekhyun sentiu um peso sobre ele. Depois, começou a pular na cama, pisar nas suas pernas, na barriga. O garoto sambava sobre o seu corpo, gritando para que acordasse. Baekhyun odiava ele, odiava!

-KIHYUN! KIIIHYUN TIRA ESSE PESTE...

O bebê começou a chorar.

De novo.

Baekhyun tinha conseguido dormir por apenas duas horas. Depois de colocar o incansável peste Ethan na cama de hóspedes, onde Kihyun também dormiria, foi a missão impossível tentar acalmar o bebê Andrew.

Ele empurrou o moleque, que caiu para o outro lado da cama, de joelhos. E em um milésimo, tinha se levantado, pulando na cama de novo.

Baekhyun colocou o pulso nos olhos, com a bela melodia para se acordar de manhã.

O choro do bebê

e

o peste do Ethan.

E infelizmente, ele estava de folga.

-Baekhyun!

Ele sentou-se na cama, procurando pelos óculos no criado mudo com a mão. Colocou-os no rosto e se arrastou, descalço, molenga até o quarto de hóspedes.

Ethan o seguiu, o rodeando, chamando seu nome, o irritando. Baekhyun coçou os cabelos bagunçados, olhando para a várzea do quarto. Fraldas, mamadeiras, brinquedos, o carrinho do bebê no canto, a cadeirinha. 

-Eu preciso da sua ajuda. - Kihyun balançava a criança, chorosa, amoada. - Andrew está com cólicas. Você precisa levar o Ethan no parque.

-O quê? Tá doido? Não vou sair com esse coiso na rua sem você.

Kihyun tentava acalmar o bebê, cantando uma melodia.

-Ele precisa sair de casa todos os dias.

-Você quer que eu leve seu cãozinho para passear de manhã? Não, não, não mesmo.

Kihyun o encarou, parando de balançar o filho. Baekhyun se afastou, com medo de Kihyun jogar a própria criança em cima dele.

-Tá bom. Eu vou. Você tem a coleira aí?

Kihyun pegou o ursinho em cima da cama e jogou em Baekhyun.

Ethan o encarou.

-Vai se aprontar, garoto.

Ethan ficou parado.

-Pega as roupas dele aqui! - Kihyun gritou, do quarto. - Baekhyun, ele só tem quatro anos! 

Ethan correu. Baekhyun revirou os olhos.

-Eu odeio crianças.


Notas Finais


KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK


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