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História O Diabo no Colegial - Nem culpa


Escrita por: DoctorCase

Notas do Autor


Ps: Separei em partes esse último capítulo. AAAA :(
sim, eu imaginei o coringa sendo o Harry, me processem.

Capítulo 164 - Nem culpa


Fanfic / Fanfiction O Diabo no Colegial - Nem culpa

Harry entrou nos fundos do hospital, pelo estacionamento traseiro. Sem ser notado, ele ficou à espreita, no corredor, na escuridão, onde a luz não batia.

A técnica de enfermagem levava os resíduos de lixo para fora. Ela odiava fazer esse tipo de trabalho, mas eram os seus primeiros dias e ela, no fundo, entendia o porquê de não trabalhar diretamente com os pacientes. A novata arrastava os sacos pesados pretos em direção à caçamba de lixo do lado de fora do prédio. Passando pelo corredor, vazio, mau cheiroso, as luzes oscilavam, Tânia engoliu a seco, apressando-se para levar o lixo logo para fora.

Harry sorria e no mesmo instante que ela apareceu, ele a agarrou por trás, a enforcando com o braço.

Com os sacos de lixo no chão, a novata esperneava, sufocada, com os olhos vermelhos, sem ar.

Harry esperou mais alguns segundos, quando ela ainda protestava, batia com as mãos em seus braços, para sair.

Soltando o corpo desmaiado, Harry a puxou para dentro de uma sala.

E ali, ele pegaria as roupas da moça e trancaria a mesma naquela sala, até sentirem falta dela.

Harry ajeitou os cabelos para a frente, tentando ser mais feminino possível. Com um sorriso no rosto, ele passou de cabeça baixa pela recepção, indo em direção ao segundo andar, pelo elevador.

Um dos médicos, com o nome bordado de Dr. Brown, entrou no mesmo cubículo. Olhou para trás por um segundo, com as mãos dentro dos bolsos do jaleco, assobiando, nem percebendo que compartilhava o ambiente com um psicopata.

O sinal do elevador apitou, avisando-o que havia chegado em seu destino.

O plano passava e repassava em sua mente. Ele não hesitava, não pensava em voltar, pelo contrário, a ansiedade o corroia para ver o plano dando certo.

Ele mataria Park Chanyeol.

O estorvo que atrapalhava sua relação com Baekhyun.

Apenas ele.

Uma enfermeira passou com um carrinho metálico, com instrumentos cirúrgicos esterilizados e cobertos por plásticos. Harry pegou um deles, sem que ela percebesse e continuou seu caminho, guardando a ferramenta em seu bolso.

Com as mãos para trás, nas costas, ele pôde ver os números nas portas, com a cabeça baixa. As enfermeiras passavam.

Os médicos também.

Ninguém parava o homem de vestido de enfermeira.

Ele virou o corredor.

-64,64,6.4.64... Seis. E. Quatro. Seis-e-quatro..

Ele foi para outro corredor e ficando imóvel vendo as duas pessoas se aproximarem, Harry suspirou, feliz, aliviado.

Dois coelhos em uma cajadada só.

Ou seria três?

Tinha que admitir que não gostava crianças.

Aliás, não gostava da humanidade, as pessoas, a natureza, o mundo. De nada. 

Exceto Byun. 

Mas mesmo assim, Baekhyun adorava aquela criança. Sun.

Ela seria como um bicho de estimação para Harry, para fazer Baekhyun ainda mais feliz.

Ele esperou que a menina olhasse para frente, parasse de conversar com o cara-que-sabia-muito-bem-quem-era.

A menina ficou imóvel, fazendo John também parar.

-Papai.

-Harry. Meu Deus. Harry.

-Você está mais surpreso que eu.

-Você não sente nada, Harry, admita. Tudo o que você faz é para puro divertimento seu.

John colocou a menina atrás de seu corpo, protegendo-a, impedindo ele de vê-la.

-Você não vai pegar ela de novo. Você vai ter que passar por mim, se quiser fazer isso.

Harry começou a rir, baixinho, no fundo do peito e com a mão no bolso, conseguiu rasgar com os dedos o plástico que cobria o bisturi. Rasgando a mão com a lâmina, Harry não ligava se seu sangue manchava a roupa furtada, nem muito menos se estava em um ambiente hospitalar, altamente filmado, também com os seguranças da família real, os ingleses, estariam por aí, em algum lugar, procurando por John.

Ele não ligava.

Aliás, Harry Styles não sentia nada.

Nenhum remorso.

Nem culpa.

Nem amor.

Muito ódio.

Ele era simplesmente um poço de insensibilidade.

E insanidade.

Harry cravou o bisturi no abdômen de seu pai. Encarou os olhos dele, assustados, arregalados, os mesmos olhos azuis que tanto conhecia.

-Papai. Você deveria ter me dado o que eu queria.

John tentou falar. Harry girou o bisturi. Pingos de sangue caiam no chão branco. Sun agarrou a perna do avô, com os olhos fechados.

-Eu queria o Baekhyun.

Harry continuava pressionando o bisturi, girando a lâmina, cortando a carne, os músculos, a gordura do abdômen de seu próprio pai, um nobre inglês.

Harry olhou profundamente em seus olhos, com um sorriso largo no rosto. A felicidade só era estampada exteriormente. Porque, no fundo, Harry era negridão.

Ele tirou o bisturi lentamente, para que John sentisse o gosto do metal, a dor de estar sendo retalhado.

Então, com os pingos caindo rapidamente, molhando o chão em uma poça enorme, Harry olhou para a criança.

-Vem com o tio, vem.

Sun balançou a cabeça, negou, enquanto o avô caia, perdendo a consciência.

Ela deu dois passos para trás, assustada e começou a correr para o lado oposto.

Harry suspirou, observando as costas da menina de dois anos afastando-se.

-Sunny, Sunny, Sunny.

Sun virou o corredor, passando por médicos que a olhavam, curiosos, querendo saber o que uma bebê fazia sozinha por aqueles corredores.

Tao, saindo do quarto de Suga, parou a menina, respirando ofegante.

-OPA, opa, opa, cadê seu avô? - Tao ajoelhou-se, com um sorriso alegre no rosto. Adorava aquela menina.

-Ti... ti.... ti.. balão.. o... ele.. Aqui... o.... papai... vermelho... e... e... e... 

-O quê?

Tao analisou a roupa dela. Tinha sido trocada quando chegou, por Baekhyun. Trajava um vestido azul bebê, de babados no saiote mais claro. As sandálias tinham lacinhos...

Sujos de sangue.

Olhou para a criança, tentando proferir as palavras em meio à respiração descompassada.

Tao ergueu-se, pegando o celular.

-Código vermelho. Acho que sei quem está aqui. Fechem o hospital. Agora.

Tao pegou a menina no colo, ainda com o telefone na orelha.

Harry virava o corredor, em busca de Sunny. Um dos médicos o parou, preocupado com o sangue no vestido branco.

Harry fez um movimento com a mão, rasgando a pele do médico, rapidamente um jato saiu de seu pescoço, colorindo a parede, manchando o chão.

Tao correu com ela até a sala de espera. Kihyun esperava John trazer notícias de Baekhyun e Chanyeol,  aguardando ansiosamente com o celular na mão, recebendo diversas fotos de Ethan brincando com Andrew. Shownu era o melhor pai de todos.

Tao entrou correndo, colocando a menina no colo de Kihyun.

-Ô. Que... O que... O que foi?

-Harry está aqui. Vem comigo, vou te escoltar até uma sala.

-É o quê?

-KIHYUN LEVANTA.

Ele o fez rapidamente, colocando a menina em seu colo.

-O Baekhyun está com o Chanyeol?

-Sim. - Kihyun respondeu. 

-Beleza.

Kihyun olhava para todos os lados. Tao também. O agente abriu uma porta com as letras pretas escritas "almoxarifado". Ele abriu a porta e verificou se tinha trava por dentro. Também entrou no local, procurando por alguém que estivesse a espreita.

Com a mão na maçaneta, ele respirou fundo.

-Eu venho buscar vocês. Tranque por dentro e não deixe absolutamente ninguém entrar. Tá me entendendo? Não importa o que esteja acontecendo lá fora. Você não vai deixar ninguém. Apenas eu.

Kihyun assentiu, nervoso, apertando a menina em seus braços.

Tao fechou a porta.



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