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História .o diário! - .prólogo!


Escrita por: keiisuke

Notas do Autor


Se alguém resolver dar uma chance a esse meu delírio, eu desejo desde já uma boa leitura.
O capítulo não foi revisado.

Capítulo 1 - .prólogo!


Chifuyu respirou fundo e encarou o pequeno caderno de anotações que pertencia ao Keisuke, pensando no fato de Baji ter morrido duas semanas atrás num acidente que por um milagre - segundo os próprios médicos, - o Matsuno conseguiu sair vivo. O que poderia perder se deixasse isso tudo para lá?

Sua garganta ficou seca, assim como sempre ficava ao pensar no ocorrido. Não tinha memórias claras, nem do fatídico dia e nem do ex namorado, mas tinha alguns flashbacks curtos onde via o moreno sorrir adoravelmente e logo em seguida tudo ficar muito claro. Era sua única lembrança de Baji. Lembrava perfeitamente bem da sensação de estar no chão sangrando, da dor horrível em sua cabeça e do sabor ruim em sua boca, mas só lembrava disso.

Depois de receber alta e sair do hospital Chifuyu descobriu que namorou o Keisuke durante um ano, mas nenhuma memória ao lado dele existia. Nada. Como se o Keisuke tivesse sido apagado da sua mente.

— Se você achar que não está pronto e quiser desistir, eu te levo embora agora mesmo. — Hanemiya ditou, preocupado demais com tudo que o Matsuno estava vivenciando naquele curto período de tempo. Talvez ele conseguisse lembrar de algo, e talvez fossem emoções demais, memórias perigosas demais para ele acessar já que sua mente fez questão de apagar tudo. — Fuyu, nós compramos as passagens e amanhã cedo estaremos bem longe do interior de Tokyo, é só você dizer que quer ir embora e eu te tiro daqui.

O menor suspirou, deixando as costas cansadas afundarem suavemente no estofado macio do carro. Por um minuto o loiro pensou em escutar o que Kazutora dizia e ir embora, mas quando pensava em seguir sua vida simplesmente ignorando esse um ano ao lado de Baji, seu interior revirava.

— Eu preciso entender o que aconteceu, Kazutora. — Repetiu a mesma coisa que vinha dizendo desde que acordou no hospital depois do acidente. — Eu não vou conseguir viver sem saber quem era Keisuke Baji.

— Ele era o seu namorado e morreu num acidente, segundo a perícia ele morreu carbonizado por ter ficado preso as ferragens do carro, que por coincidência também explodiu. — O maior fez questão de pontuar tudo aquilo, mesmo sabendo o quão difícil a situação estava sendo para o Matsuno. — Por Deus, Fuyu, o Baji morreu e ficar se martirizando desse jeito por causa de um diário não vai trazer ele de volta!

Chifuyu encarou o diário do Keisuke, ouvindo um longo suspiro do Hanemiya. Aquelas palavras duras já eram esperadas, dentre todos que conviviam consigo, Kazutora era quem estava mais cansado. Ele passou todas as noites no hospital ao lado do Matsuno, planejou o enterro de Baji e ainda serviu de apoio emocional para todo o grupo de amigos. Kazutora não teve um ombro amigo e nem permissão para chorar, e mesmo assim acompanhou o loiro em todos os três lugares anteriores que o diário indicava: A floricultura da mãe de Baji, o abrigo de animais que o moreno vistava desde a infância, um campo de flores próximo a uma igreja, e por fim a biblioteca que estavam agora enquanto Chifuyu decidia se entraria ou não. E nenhum desses lugares pareceu ter algo de especial ou fez o loiro recuperar alguma memória, já que os registros que indicavam eles foram feitos a cinco anos, então todo o tempo que estavam gastando nos últimos dias rodando a cidade por causa do diário parecia perda de tempo.

— Você tem razão, nada disso vai trazer ele de volta. — O loiro abriu a porta do carro, saindo para fora do veículo e encarando os olhos do Hanemiya. — Mas meu coração acelera sempre que eu escuto o nome dele, então se eu não souber quem era Keisuke Bajie e o que nós tínhamos de verdade, eu nunca vou poder seguir em frente.

— Mas, Fuyu... — Chifuyu pegou o diário do ex namorado e fechou a porta do carro alheio, como se mandasse Kazutora calar a boca, e assim o moreno fez.

— A gente se vê depois.

O loiro disse ríspido e entrou na biblioteca quase vazia da cidade pequena, sentando numa das mesas e abrindo o diário para ler a página marcada como biblioteca. Queria acreditar que seria algo importante, que o ajudasse a lembrar de algo, então leu.

Biblioteca, quinta-feira. 10/10/2017.

A última vez que me atrevi a rabiscar algumas palavras nesse caderno velho eu tinha quatorze anos de idade e era péssimo com as palavras, admito que ainda sou ruim e que careço de talento, mas se decidi voltar aqui cinco anos após meus três primeiros registros, é para contar algo realmente importante. Sobre o dia que eu conheci você, Chifuyu. Você parecia perdido em meio as grandes estantes de livro, sorrindo enquanto caminhava ao lado de um cara com cabelos em tons de loiro e preto. Foi um verdadeiro alívio descobrir que vocês eram apenas amigos, mesmo que eu não tivesse a menor chance, afinal, você parecia um anjo puro enquanto eu era um demônio perverso. E por um instante eu senti inveja de todo mundo que já recebeu um sorriso seu, e me atrevi a sonhar que poderia ser o motivo dos seus sorrisos algum dia.

O menor pegou a foto no final da página, sentindo o rosto se tornar úmido e as lágrimas escorreram por suas bochechas gordinhas se encontrarem no final de seu queixo. Não sabia ao certo o motivo de estar chorando, mas sabia que não estava triste. Aquela era uma imagem sua onde estava sorrindo distraído, estilo polaroide, meio tremida e embaçada pela posição e distância em que foi retirada.

Seu corpo se arrepiou e o clima se tornou gelado. Um novo flash de memória surgiu em sua mente, estava sorrindo junto com Kazutora e o moreno avisou que havia um cara esquisito os observando de longe, tudo que o Matsuno fez foi sorrir e acenar para o rapaz. A memória acabou ali, um pouco confusa, mas também reconfortante, era a primeira vez que lembrava do Keisuke sem lembrar do acidente.

— Keisuke Baji, você era um péssimo fotógrafo. — Murmurou, rindo baixinho ao virar e ler o verso da polaroide, onde o moreno havia feito uma anotação e se dizia um excelente fotógrafo. — Então nós nos conhecemos aqui.


Notas Finais


Finalzinho meio merda, eu sei, mas tenho uma preguiça absurda de escrever e minha idéia inicial para o primeiro capítulo seguia só até aqui.
Ao longo da obra vou revelando mais coisas para vocês, então tenham muita paciência e atenção. Lembrem-se que a perícia deduziu que o Baji havia morrido carbonizado após a explosão do carro por ficar preso nas ferragens, mas como não encontraram um corpo tudo se torna possível.
A @rwzestuff e a @darkyys queriam uma longfic então decidi trazer essa idéia, que provavelmente não é algo do agrado delas, eu realmente não sei, mas ok.
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Tchau.<3


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