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História O Diário de Julieta - Terceira Temporada - Tapas


Escrita por: driiz

Notas do Autor


* Essa fic é de minha autoria!! OFICIAL!!!
* Está proibida a publicação, pois já deu problema! tem gente que não coopera! sorry gente
* Não peguem a capa para usarem em outro lugar, pois também é de autoria própria! (também já deu problema com isso)
* Comentários, conselhos e críticas são sempre bem vindos ESPERO QUE GOSTEM ;
*DRIZ

Capítulo 1 - Tapas


Após toda aquela confusão a Marie me levou para casa. Fiquei horas com a porta do meu quarto trancada e com o corpo de molho na água quente da banheira, que agora já estava mudando de temperatura. Me afundo ainda mais e apoio meu pescoço na lateral da banheira mantendo meus olhos fechados com os pensamento no olhar frio do Justin quando nos falamos pela última vez. As lágrimas já faziam parte de mim a todo o momento e o silêncio era quebrado pelas batidas fracas que meu coração despedaçado dava. Apenas o toque do meu celular me fez despertar. Estiquei minha mão e o peguei, atendendo sem pensar duas vezes.

–Justin? – perguntei receosa.

–Sou eu, o Chaz. – Chaz disse sem graça do outro lado da linha.

–Desculpa. – disse levando minha mão até a cabeça – Claro que não ia ser ele.

–Onde você está? – ele perguntou preocupado.

–Em casa. A Marie me trouxe, eu não ia conseguir ficar na escola hoje.

–Hmm... – ele murmurou.

–E então? – a voz curiosa de alguém que estava ao lado do Chaz ecoou na ligação.

–Shh! – Chaz disse abafando o som.

–Chaz? – o chamei confusa.

–Ainda estou aqui. – ele anunciou – Você está bem?

–Depende do que é bem para você. – disse desanimada – Na verdade, independente da sua visão eu estaria mal... muito mal.

–Sabe... a escola está de pernas para o ar com todo aquele rolo da intimação.

–E o Justin? Você sabe alguma coisa dele? Ele está bem? – perguntei espontaneamente e eufórica

–Ele também foi embora. Na verdade eu e o Ryan estamos indo agora mesmo para a casa dele. Não tem como ninguém se preocupar com aula nessa situação. Principalmente vocês dois.

–Ele te falou alguma coisa?

–Ainda não nos falamos, ele foi embora sem avisar nada. Acabamos de chegar em frente a casa dele. – ele me informou – Quer que eu diga algo a ele ou que te ligue depois?

–Conheço o Justin e sei que agora ele não quer nem que pronunciem meu nome. – disse triste – Mas depois me avise como ele está.

–Ok. Agora tenho que ir.

–Obrigada.

Finalizamos a ligação e eu resolvi sair daquela água fria que já estava petrificando meus músculos ao invés de relaxar. Vesti meu roupão e deixei a banheira esvaziando enquanto ficava deitada totalmente encolhida na cama. Dormi o restante do dia e só acordei quando já era hora de ir à aula. Vesti a primeira roupa que vi na frente e nem se quer me olhei no espelho como fazia toda fez que iria sair. Resolvi ir caminhando a fim de tentar me distrair um pouco e fugir dos olhares dos alunos que também iam de ônibus. Como o caminho era longo, eu acabei chegando atrasada. Entrei apenas na terceira aula e nem se quer prestava atenção em nada do que os professores falavam.

O intervalo é que foi mais dolorido para mim em saber que o Justin tinha faltado, e isso se estendeu a semana inteira. Os meninos me disseram que o Justin estava muito abalado e que quando iam lá ele nem conversava muito. Ele não ria e não se entusiasmava com nada. Eu até pensei em ir vê-lo, mas os meninos disseram que isso só iria piorar.

O final de semana passou devagar e a única vez que eu saí foi quando a Marie me arrastou até uma lanchonete para nós comermos e conversarmos um pouco a fim de me distrair. Na segunda-feira eu fui para a escola e como todo dia eu sempre ficava mexendo no meu armário, escutando musica e lendo um livro enquanto a Marie contava as suas novidades. Eu realmente não estava escutando nada o que a Marie falava e só o que fez a minha atenção desviar do livro foi quando uma menina próxima de mim sussurrou de uma forma impressionada o nome do menino que mesmo longe ainda fazia meu coração bater. Levantei meu rosto e vejo o Justin caminhando ao lado do Ryan e do Chaz pelo corredor. Um sorriso se formou no meu rosto e eu só conseguia olhar em sua direção. Ele estava usando um jeans preto com um moletom escrito “The Beatles”, tendo o capuz levantado sobre um boné também preto do “New York”.

Quando me viu, ele arregalou um pouco os olhos e parecia que seu olhar estava petrificando o meu. O Justin passou reto por mim mesmo o Chaz parando para cumprimentar a Marie.

–Oi. – ele disse dando um selinho nela.

–O Justin melhorou? – perguntei os interrompendo.

–Está indo. – o Chaz disse abraçando a Marie de lado e me olhando – Mas finja que eu te disse que ele está ótimo, ok? O Justin não quer que você saiba.

Sorri por saber que ele ao menos lembrou que me veria aqui novamente.

–Obrigada Chaz. – agradeci ainda sorridente.

–Mas pega leve com ele, Jú. – ele me precaveu – Por mais que eu ache que o Justin não se esqueceu totalmente de você... não tente nada demais, ele ainda está magoado.

–Eu sei. – disse desfazendo meu sorriso – Estou me contendo para não ir agora mesmo falar com ele. Mas sei que ele ainda me odeia por algo que não fiz.

–Então quem expôs a intimação? – Chaz perguntou confuso.

–Está duvidando da Jú? – Marie disse dando um tapa no braço dele – É óbvio que não foi a minha amiga.

–Clama. – ele disse erguendo as mãos - Não estou duvidando.

–Te juro que não fui eu, Chaz. – disse sinceramente – Eu nunca faria isso. O caso é que não sei como isso foi parar em outras mãos sendo que estava sempre comigo.

–Não foi a Cloe, não? – Marie disse desconfiada – Ele já aprontou uma vez.

–Pode até ser. A Cloe é a minha primeira suspeita, mas temos que ter provas.

–Isso é verdade. – Chaz concordou.

No intervalo a Marie me obrigou a ficar com ela na rádio para impedir que eu fosse falar com o Justin. Quando o sinal bateu, eu fui correndo até o laboratório de biologia para poder encontrá-lo. Ele estava sentado já devidamente vestido com o jaleco e folheava as páginas do seu livro. Caminhei até ele e me sentei ao seu lado sem dizer nada, não por falta de vontade e sim por não conseguir manifestar nenhuma reação. Ele simplesmente me ignorou e continuou a mexer em suas coisas. Vesti meu jaleco e fiquei batucando minhas unhas na mesa.

–Se importa? – O Justin disse apontando para as minhas mãos.

–Desculpa. – respondi sorrindo por ele finalmente ter destinado alguma palavra a mim.

Infelizmente, na aula de hoje iríamos fazer uma atividade avaliadora, então nãos precisaríamos nos comunicar. Notei que ele não conseguia responder a quarta questão e desviava os seus olhos tentado colar de mim, mas ele logo mudava de idéia e voltava a reler a questão. Ri da sua atitude e sussurrei.

–D.

Ele fechou os olhos e releu pela milésima vez a pergunta.

–A letra correta é a D.

Ele fingiu que não me ouviu e assinalou a alternativa A.

Aquilo me incomodou profundamente. Quando a aula terminou e nós deveríamos mudar de sala, eu aproveitei que ele estava levantando e que a sala estava mais vazia para finalmente conversar com ele.

–Justin, a gente pode conversar? – perguntei ficando parada ao seu lado.

Ele não falou nada e tentou passar.

–Hey! – disse parando na sua frente e colocando a minha mão sobre o seu peito – O que foi? Você está surdo por acaso?

–O que você quer? – ele disse tirando minhas mãos dele e dando um passo para trás.

–Eu pedi educadamente para conversarmos e você simplesmente me ignorou, assim como fez quando eu te passei cola.

–Primeiro: Você perguntou se poderíamos conversar e eu acho que seria óbvio que a minha resposta era não. Segundo: Agora nós estamos conversando, mesmo eu não querendo. Terceiro: Eu não preciso da sua ajuda, na realidade eu não quero nada que venha de você. E quarto: eu não colo.

–Até parece. – disse revirando os olhos – Embora você não goste... eu te conheço como a palma da minha mão, Justin. Eu sei mais sobre você que qualquer outra pessoa daqui. Então não venha com esse papo que não me suporta porque eu sei que você não me esqueceu. – disse me aproximando mais dele e respirei fundo – Eu te amo tanto Justin... tanto que não conseguiria fazer nenhum mal a você. Entenda que não fui eu quem fez aquilo.

–Eu não quero mais falar disso e muito menos com você. – ele disse trombando brutalmente em mim e saindo apressado pela porta.

Nas outras aulas ele sempre ficava distante de mim então não daria em nada falar com ele. No vestuário da educação física eu fiquei enrolando até ficar totalmente vazio. Aproveitei para ver se tinha alguma evidencia dentro do armário da Cloe, mas primeiro era preciso abri-lo. Usei uma tesoura pequena que eu tinha para destrancar o cadeado e comecei a mexer dentro dele em busca de algo. No seu armário havia evidencias da sua futilidade e da sua obsessão pelo Justin. Tinha uma foto antiga deles juntos colada na parte de dentro e em um caderninho tinha toda a rotina dele anotada.

–O professor está te chamando. – uma menina veio me chamar – Mas o que você está fazendo? Esse armário não é da Cloe?

–Claro que não. – disse um pouco nervosa enquanto o fechava e saia do vestuário – Esse é o meu.

Na aula de educação física eu me aqueci e fiquei sentada no bando de reserva admirando as jogadas do Justin, ele realmente era muito bom no basquete.

–Ele não é mais seu, Julieta. – Cloe disse me despertando.

–E muito menos seu. – disse dando de ombros e voltando a olhá-lo.

–Preste muita atenção no que eu vou te dizer. – ela disse ficando em pé na minha frente – Você e o Justin nunca mais vão ficar juntos.

–Entenda que ele não te ama. – disse paciente – Então para com essa obsessão de uma vez por todas.

–Obsessão? – ela disse irritada – Você acha que todo mundo tem algum distúrbio, sendo que você é uma invejosa. Você quer tudo o que é meu.

–O Justin não é seu. – disse me levantando – Você pode até ter fotos dele pregada em todos os cantos e ficar controlando detalhadamente a vida dele em seu caderninho...

–Como você sabe disso? – ela perguntou surpresa.

Engoli em seco, eu realmente tinha falado mais do que devia.

–Como você sabe disso Julieta? ME RESPONDE AGORA? – ela gritou brava.

–Eu apenas sei. – disse com medo.

–Como assim? – ela disse se aproximando mais de mim.

–Ok... eu... vi o seu... armário. – disse de olhos fechado por ser idiota o bastante para contar a verdade.

–Você o que?!

–Você entendeu. – disse cruzando os braços.

Ela ficou calada e aquilo estava aterrorizante, até que sinto um tapa no meu rosto fazendo o barulho ecoar na quadra.

–VOCÊ É LOUCA! – gritei surpresa enquanto levava minha mão até a minha bochecha.

Todos os alunos olharam para nós atentamente.

–Quem você pensa que é para mexer nas minhas coisas?

–Eu sei que você tem algo haver com aquele e-mail e aquelas cópias. – disse com raiva – Então não venha fazer um drama por algo que eu fiz sendo que você fez bem pior.

–Você quem é uma doida. Eu não fiz nada. – ela disse cruzando os braços. – Você foi quem humilhou o Justin. Por sua culpa ele está assim.

–PARA!!! – berrei fechando meus punhos

–Você é sempre a culpada de tudo. Estragou a minha vida e agora quer estragar a do Justin. Você só pensa em si mesma. Ainda não se tocou que não é ninguém em Stratford? Ninguém gosta realmente de você. Você, Julieta, não é nada. Não seu como pensou que o Justin iria se interessar ou ainda se apaixonar por você. Se olha no espelho sua suburbana.

–CHEGA! – gritei tão alto que senti minha garganta arder e dei um soco na face dela.

Ela revidou com um outro tapa e eu a empurrei. Quando fui dar as costas, a Cloe chutou a minha perna fazendo eu cair no chão ao seu lado. O ódio tomou conta de mim e quando dei por mim já estava em cima dela com uma mão em seus cabelos loiros enquanto a estapeava com a outra. Ela batia suas pernas no chão para tentar fugir e fincava suas unhas na minha pele.

–Vocês vão se machucar. – uma menina disse enquanto as outras pessoas se divertiam a custas da nossa briga.

–PARA GENTE! – o Ryan pediu e veio tentar nos separar.

–Essa brasileirinha precisa aprender muito ainda. – Cloe murmurou enquanto fazia nós trocarmos de lugar.

Defendi meu rosto com as mãos, mas ela acabou puxando meu cabelo. Prendi minhas pernas nas suas e rolei no chão, voltando a ficar por cima.

–Até parece que você tem algo para ensinar. – disse e dei soco na barriga dela.

–Vem Jú! – alguém me puxou mela cintura e me afastou da Cloe que ainda estava no chão.

Ela aproveitou que estavam me segurando e veio dar um tapa na minha cara.

–PARA CLOE! – Justin disse segurando seu braço, foi aí que notei que era ele quem estava me segurando.

O Chaz veio por trás da Cloe e também a segurou, levando ela para o outro lado da quadra.

–RIDÍCULA! – gritei irritada e tentei sair dos braços do Justin para voltar a bater nela quando vi que ela me mostrou o medo do meio.

–Hey... fica quieta. – ele disse me prendendo mais ainda com tanta facilidade.

–Me solta Justin. – disse inclinando meu corpo para frente com o objetivo que seus braços se abrissem.

–Acalme-se. – ele disse enquanto prendia minhas pernas com as suas – Para Jú! – ele chamou minha atenção quando eu me rebati e abraçou a minha cintura tendo meus braços também presos.

–Aaai... como eu não suporto essa menina. – disse brava e bufando.

–“Ridícula” – ela repetiu o que eu tinha chamado a Cloe anteriormente e riu – Isso nem é bem um xingamento. – ele me olhou e parou de rir, voltando a ficar sério – O que deu em você?

–Ela começou. – disse me defendendo enquanto sentia o calor do seu corpo tão próximo sendo transmitido ao meu.

Ele olhou nos meus olhos e cada vez seus olhos ficavam mais caramelados, fazendo eu me perder completamente dentro deles. O sino toca e nós continuamos no meio da quadra, mudos e nos olhando.

–Jus... – eu ia completar, mas ele me interrompeu.

–Só vou esperar o vestuário feminino esvaziar, aí eu deixo você ir. – ele disse seriamente e desviando seus olhos dos meus.

–Por quê? - perguntei confusa.

–Vai ser melhor para você não ficar arrumando confusão lá dentro também.

–Como se fosse eu a culpada de tudo. – disse revirando os olhos.

–Você partiu com tudo para cima da Cloe agora mesmo.

–Chega, eu desisto. Todos acham que eu sou a culpada de tudo. – disse cansada e relaxando meu corpo – Já pode me largar Justin, eu não vou matar ninguém.

–Não custa nada esperar. – ele disse friamente e me apertou mais ainda.

–Pode largá-la, senhor Bieber. – a diretora disse entrando na quadra acompanhada da Cloe – A partir daqui eu me responsabilizo.

–Está bem. – ele disse me soltando e me disse baixinho – Manera um pouco, tá legal?

Virei meu rosto e me senti totalmente ofendida com a sua desconfiança.

–Vai manerar? – ele perguntou enquanto virava meu rosto em sua direção – Responde Julieta.

–Vou. – disse revirando os olhos.

Ele assentiu com a cabeça e saiu da quadra.

 

 



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