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História O Diário de Julieta - Terceira Temporada - Se Hoje Fosse Seu Último Dia?


Escrita por: driiz

Capítulo 40 - Se Hoje Fosse Seu Último Dia?


–O que deu em você? – Apolo perguntou enquanto andávamos lado a lado.

–Só fiz uma simples pergunta. – disse me fazendo de desentendida.

–Sei. – ele disse me olhando sério.

–O que foi? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

–Vamos dançar. – Apolo disse me girando e voltamos a dançar.

Logo depois a Dafny, Jock, Izan, Charla, Diana e Stew se juntaram a nós. Ficamos rindo e conversávamos animadamente. Falávamos sobre o passado, o agora e sobre o destino que nos espera. Embora o Apolo estivesse bebendo ele conseguia se controlar melhor e aprender a desfrutar da bebida sem excessos. Depois de tanto falarmos e dançarmos, eu e o Apolo ficamos andando próximo ao lago.

–É estranho pensar que nunca mais entraremos por aqueles mesmos portões da escola. – Apolo disse olhando para o chão.

–O mais estranho é pensar que nunca mais poderei vir a essa fogueira e a todos os outros lugares dessa cidade. – disse olhando fixadamente para o lago.

–Vamos esquecer isso agora, lembra? – Apolo disse me abraçando de lado.

–Promete ser feliz? – disse lhe abraçando forte.

–Prometo fazer o que posso sem você. – ele disse segurando o meu rosto e me dando um beijo bem próximo do canto da boca.

–Vai ser mais complicado sem todos vocês e sem o J... – interrompi a minha fala sem graça por comentar isso logo com o Apolo.

Ele deu um suspiro e eu me senti uma idiota por não saber controlar meus pensamentos.

–Vem Jú! – Marie gritou acenando e interrompendo o silêncio tenso entre nós dois.

–Vamos lá. – Apolo disse se virando e caminhando até o centro da fogueira.

–Sem antes você terminar de me dar um abraço. – disse rindo sem graça e puxando o seu braço.

–Vamos. – ele disse me ignorando e me levando junto.

–Eu estou falando sério. – disse puxando a sua manga.

–Ok. – ele disse sério e se virou para me abraçar.

–Sem nem ao menos um sorriso? – disse apertando sua bochecha, o fazendo rir.

–Vamos logo que a roda já vai começar. – ele disse sorrindo e nos encaminhando abraçados de lado.

– Roda? – perguntei confusa enquanto nos sentávamos em um tronco ao lado da Marie.

–Shh! – Marie chamou a minha atenção – O Ronald vai tocar.

–Desculpa. – sussurrei baixinho fazendo com que o Chaz e o Apolo rissem.

Ronald pegou o violão e começou a cantar a música Wonderwall do Oasis. Enquanto todos cantavam, conversavam ou apenas aproveitavam a música, nós ficávamos tostando os marshmallows na fogueira. Era divertido ficar ali aproveitando o momento e fazendo com que o clima inspirador nos acolhesse. Comecei a sentir um pouco de frio e o Apolo acabou me emprestando o casaco que usava. Incrivelmente como o cheiro ele era tão diferente do Justin, eles eram como se fossem dois extremos de tão diferentes que eram. Assim que pensei nisso procurei por ele no meio da roda e só fui achá-lo do outro lado checando se o seu marshmallow estava no ponto. A Kaya estava levemente apoiada nele enquanto conversava e ria com um grupo de menina.

Pelo jeito assim que eu fosse embora o Justin já tinha alguém com quem pudesse ser feliz. Dei um suspiro derrotado e desviei meu olhar dessa direção assim que ele também se virou para me olhar, como se ele estivesse escutando todos os meus pensamentos e análises.

–Não vai comer? – Apolo perguntou afagando meu braço e apontando para o marshmallow preso no graveto que segurava.

–Claro. – assenti conforme pegava o doce e dava uma pequena mordida.

–Ele canta tão bem. – Marie disse para mim assim que o Ronald terminou de cantar.

–É verdade. – disse enquanto batia palmas assim como todos – O Bieber também canta super bem.

–O que? – Marie disse espantada e me olhando atentamente – Que Bieber você está falando? Do Justin?

–É. – assenti e dei outra mordida no doce.

–Da onde você tirou isso? – Marie perguntou para mim e cutucou o Chaz.

–Um dia eu acabei escutando ele cantar. – disse dando de ombros – E ele ainda compõe.

–Tem certeza que é o Justin? – Chaz perguntou duvidoso.

–Sim. – disse rindo – Não estou ficando louca.

–HEY JUSTIN! – Chaz gritou para que ele escutasse – VOCÊ CANTA?

–O QUE? – ele perguntou surpreso e confuso.

–A ... – Chaz ia dizer meu nome, mas eu lhe dei um cutucão – FALARAM QUE VOCÊ CANTA! – Chaz disse rindo fraco fazendo todos os outros também rirem.

–EU? – Justin disse apontando para si – NÃO MESMO.

–Viu Jú. – Marie disse me olhando.

–Só sei que ele canta sim. – disse confirmando.

–Mas você sabe tocar violão, não é? – Ronald perguntou curioso.

–Sim. – Justin disse engolindo o marshmallow de uma vez e dando de ombros.

–Então toca alguma coisa para a gente. – Ronald disse lhe estendendo o violão.

–Não. – Justin disse rindo sem graça.

–Vai Justin. – Kaya disse lhe empurrando de leve.

–Mas tocar o que? – Justin disse pegando o violão.

–QUALQUER COISA! – Chaz gritou entusiasmado nos fazendo rir.

–Ok. – ele disse pensativo e começou a dedilhar.

Eu reconheci a canção assim que ele começou a cantar, era You Got It Bad do Usher, não poderia ser por menos afinal ele adorava as músicas dele. Justin começou a cantar meio envergonhado e todos se calaram para escutá-lo melhor. Eu também mexia meus lábios, cantando em silêncio e aproveitando a última vez que lhe ouviria cantar tão lindamente como só ele consegue fazer.

Aos poucos o Justin foi levantando o olhar e seus olhos se encontraram com os meus. Quando notou que eu cantava silenciosamente ele deu um pequeno sorriso e foi se soltando. O Apolo acabou me abraçando de lado e apoiando meu rosto em seu ombro, mas mesmo assim eu não consegui desconectar meus olhos do Justin. Ele se quer desafinava e todos ao redor ficavam impressionados que o famoso capitão Bieber soubesse cantar.

Quanto ele terminou o Ryan assobiou e batemos palmas.

–É O JB CARA!!! – Chaz gritou enquanto batia palmas e ria.

–Obrigado. – Justin agradeceu soltando o violão, apoiado na grama.

O trovão extremamente alto fez com que todos ficássemos quietos e o Apolo acabou me abraçando mais forte.

–Pelo jeito é hora de apagar a fogueira. – uma menina disse desanimada.

–Até parece – Stew disse rindo – E daí se vai chover, ainda tem bebida de sobra!

–UHUUUL!! – algumas pessoas gritaram e se levantaram da roda.

–Acho melhor irmos. – Apolo disse baixinho.

–Ok. – disse triste e lhe devolvi o casaco.

Nos levantamos e a Marie segurou minha mão.

–Já vão? – ela perguntou surpresa.

–Daqui a pouco vai cair à maior chuva. – disse olhando para o céu totalmente nublado.

–Amanhã a gente se fala então. – ela disse me abraçando forte.

–Ainda tenho mais um dia. – disse rindo fraco e retribuindo o abraço.

–Não é não. – ela disse séria enquanto se afastava – Já passou da meia noite então hoje é o seu último dia.

–Droga. – resmunguei baixinho.

–Último dia do que? – Chaz perguntou curioso.

–Larga de ser intrometido. – Marie disse lhe dando um beliscão.

–Bom... – disse ao sentir o Apolo dar um leve empurrãozinho na minha cintura – Já vamos indo.

–Tchau. – Marie disse acenando enquanto saiamos de perto da fogueira.

Fomos até aonde o Apolo estacionou a sua moto e colocamos o capacete. Até pensei em me despedir do Taye, mas ele estava não feliz ao lado da Mandy que não quis atrapalhar. Subimos na moto e o Apolo deu a partida. Andamos alguns quilômetros e o Apolo acabou quebrando o silêncio:

–O que foi aquilo na fogueira?

–O que? – perguntei confusa.

–Você e o Justin. – ele disse nervoso – Ele esfrega que está com outra garota na sua cara e você ainda fica... fica toda cheia de charme pra cima dele.

–Você está me ofendendo. – disse brava – Parece até que você está falando com uma qualquer.

–Eu não sei mais o que você quer. – ele disse parando a moto no acostamento da rodovia – E já estou cansado de tudo isso.

–Eu te falei que éramos só amigos, mas você continua se iludindo. – disse tirando meu capacete – Você sabe que eu ainda não deixei de amar o Justin...

–CHEGA! – ele me interrompeu gritando e arrancou o capacete das minhas mãos - Cansei de ser o resto nessa história.

–Apolo... – ia dizer, mas ele me interrompeu novamente.

–Desce da moto. – disse sem me olhar.

–O que? – perguntei surpresa.

– Desce! – ele disse sério.

–Você vai me deixar aqui sozinha? – perguntei com medo.

–Você é quem quer ficar sozinha, então desce. – ele disse me puxando para fora da moto.

–Você me trouxe até aqui. – disse ficando em pé ao lado dele – Me tirou de casa e agora vai ter que me deixar lá!

Ele não escutou e começou dar a partida da moto.

–Apo... – disse tentando segurar na moto, mas o mesmo saiu acelerando – IDIOTA!! – gritei nervosa e sentindo uma vontade enorme de chorar enquanto corria – VOLTA AQUI!!

Ele não voltou e nem se quer olhou para trás. Não acredito que estava sozinha em uma rodovia deserta que se localizava entre o final do mundo e o nada. Eu chorava de desespero e caminhava tentando localizar algum ponto de referencia. Peguei meu celular, mas é óbvio que não havia nenhum sinal no meio do mato.

–Droga!! – disse irritada e limpando as lágrimas do meu rosto.

O pior foi que as minhas lágrimas se misturavam com os chuviscos que começavam surgir.

–Preciso sair daqui antes que cho... – eu nem terminei a palavra “chova” que logo um relâmpago iluminou o céu e a água começou a cair com toda a força – ÓTIMO! – gritei desesperada e sentindo toda encharcada.

–HEY!!! – um grupo de menino que estava dentro de um carro gripou passando por mim enquanto buzinavam e jogavam mais água na minha direção.

Engoli em seco e continuei andando com medo de que algo me acontecesse. A chuva torrencial que molhava meu corpo juntamente com o vento forte fazia com que eu congelasse e batesse o meu queixo de tanto frio que sentia. Abracei meu próprio corpo e esfregava as minhas mãos sobre os meus braços a fim de me aquecer, mas era praticamente impossível.

Um desespero enorme começou a tomar conta da minha mente e até pensei em entrar na mata para me proteger e que no dia seguinte pudesse voltar para casa. Mais um trovão ensurdecedor preencheu o ar e eu voltei a chorar. Queria que tudo fosse um pesadelo, que eu não estivesse aqui, que eu nem ao menos tinha saído de casa e que não iria voltar para o Brasil.

–Porque está dando tudo errado? – perguntei pra mim mesmo enquanto soluçava de tanto chorar.

Meus olhos ardiam, meus pés estavam começando a ficar cansados e eu sentia como se milhares de agulhas estivessem entrando no meu corpo ao mesmo tempo. Diminui um pouco o passo e finquei um pouco as minhas unhas no meu braço com o objetivo de distanciar o foco da dor que sentia.

–BI BII!! – escuto uma buzina soar e meus pés serem iluminados pelos faróis de um carro.

Estava tão cansada dessas pessoas que não tem o que fazer que me descontrolei e acabei gritando:

–NUNCA VIU MULHER NÃO? VAI CUIDAR DA SUA VIDA E ME DEIXA EM PAZ!! – disse continuando a caminhar.

–BII BIII BII !! – tocou novamente a buzina.

Congelei ao notar que o carro não passou e que estava andando lentamente bem atrás de mim. Apertei o passo tentando fugir da perseguição. Estava prestes a entra na mata lateral quando vejo o carro andando lado a lado comigo e buzinando novamente. Respirei fundo e olhei para o parabrisa. As luzes dos faróis faziam com que iluminassem um pouco o rosto do motorista. Espremi meus olhos e mirei diretamente na face do louco que me perseguia.

–Jus... Justin! – sussurrei olhando seus olhos caramelos inconfundíveis.

–O que você está fazendo aqui? – ele perguntou enquanto abria a janela.

–Eu esta... – ia lhe explicar, mas o mesmo abriu a porta do carona e fez uma expressão preocupada.

–Entra. – ele disse me convidando a se sentar no banco ao seu lado.

–Estou toda molhada. – disse olhando para mim mesma.

–Entra logo Jú! – ele disse sem se importar enquanto tirava o seu casaco.

Entrei dentro do carro e me sentei com cuidado para evitar encharcá-lo tanto, fechando a porta logo em seguida.

–Veste isso. – ele disse me ajudando a colocar o seu casaco e me acomodando melhor no banco, fazendo com que a minha tentativa de não molhar nada fosse impossível. Ele tirou o seu cinto de segurança, ligou o aquecedor e me abraçou forte - Você está congelando.

–Você me assustou. – disse batendo o queixo.

–Porque estava andando por aí sozinha? – ele perguntou assustado – É muito perigoso.

–Acabei perdendo a minha carona. – expliquei sem dar muitos detalhes.

–Cadê o Apolo? Porque ele não está com você? – ele me enchia de perguntas.

–Foi embora.

–Ele te deixou aqui sozinha? – Justin perguntou fitando dentro dos meus olhos.

Desviei meio sem graça e sem querer já tinha entregado tudo o que aconteceu sem nem ao menos falar nada.

–Ele te fez alguma coisa? – Justin disse espantado – Ele te forçou a algo?

–Não. – neguei movendo a cabeça – Nós discutimos por causa de ... – parei de falar quando vi que já estava dizendo mais do que devia.

–Por causa de... – ele me incentivou a continuar.

–Hm... – disse envergonhada – Você sabe. – falei apontando para nós dois.

–Seu namoradinho é muito esquentadinho. – ele disse revirando os olhos.

–Ele não é meu “namoradinho” – contei a verdade.

–Não?! – ele perguntou segurando o meu rosto.

–Não. – afirmei analisando o sorriso que brotava em seus lábios.

Ele me puxou para mais perto enquanto sorria de lado e analisava meu rosto com todo o cuidado.

–Desculpa. – disse me afastando um pouco dele e sentindo que sua camiseta preta estava toda molhada.

–Pelo o que? – ele perguntou ainda me analisando.

–Por encharcar o seu carro e a sua roupa. – disse apontando para as manchas de água.

–Não tem problema. – ele disse se aproximando mais ainda e me olhando amorosamente.

–ATCHIIIM! – espirrei alto fazendo com que quebrasse totalmente o clima – ATCHIM!!

–Acho melhor pararmos em algum lugar pra você tomar algo quente. – ele disse rindo e voltando a colocar seu cinto de segurança.

O Justin ligou o carro e começou a dirigir com calma na chuva. Tirei os meus sapatos molhados e os deixei no chão do carro bem ao meu lado. O silêncio me incomodava então resolvi ligar o rádio. Estava tocando a música “If Today Was Your Last Day” do . A letra daquela canção começava a incomodar mais do que o silêncio que pairava no ar.

“Se hoje fosse seu último dia
Você deixaria sua marca finalizando um coração partido
Você sabe que nunca é tarde demais
Para pedir para as estrelas
Esquecendo quem você é.
Fazer o que for preciso
Porque você não pode rebobinar
Um momento nessa vida
Não deixe nada atrapalhar o seu caminho
Pois as mãos do tempo nunca estão do seu lado”

Meus olhos inquietos vasculhavam tudo quanto é quanto da rodovia, do céu e do carro. Fitei o relógio digital do painel que marcava exatamente 2:17 a.m. e o trecho “Se hoje fosse seu último dia.E amanhã fosse tarde demais. Você poderia dizer adeus para o ontem? Você viveria cada momento como se fosse o seu último? Deixaria velhas fotos no passado? Doaria cada centavo que você tivesse? Se hoje fosse seu último dia”latejava na minha cabeça.

Se hoje fosse seu último dia!

Se hoje fosse seu último dia!

Se hoje fosse seu último dia!

– Se hoje fosse seu último dia. - escutei Justin dizer.

–O que você falou? – perguntei atordoada percebendo que a música que agora tocava não era mais a mesma e sim No Bullshit do Chris Brown.

–Perguntei se você está se sentindo bem. – ele disse me olhando confuso enquanto dirigia.

Passei as mãos em meus cabelos e respirei fundo tentando acabar com as minhas paranóias.

–Está tudo bem? – ele perguntou novamente.

–Não. – disse baixinho – Para o carro.

–O que foi? – ele disse preocupado – O que está sentindo?

–Para o carro. – pedi novamente.

Ele não disse nada e deu seta, estacionando logo em seguida no acostamento da rodovia.

–Estou ficando preocupado. – ele disse assustado.

–Eu não agüento mais tudo isso. – disse olhando fixadamente para o parabrisa – As coisa não deveriam ser assim. Nós deveríamos ter ficado juntos e parar de tanta intriga. Eu deveria ter lutado mais por você, mas também tinha que ter pensado um pouco mais em mim.

–Julieta... – ele ia dizer, mas o interrompi.

–Você não faz idéia do quanto continuo pensando e me apaixonando cada dia mais por você. – disse fechando meus punhos – Fiz de tudo para que você fosse feliz, tentei te proteger o máximo que eu conseguia e para isso tive que escolher te perder. Não me arrependo do que fiz por você – disse pensativa – Só me arrependo de não ter feito mais por mim.

–Eu não estou entendendo muito bem o que você está falando. – ele disse espremendo os olhos.

–Estou querendo dizer que eu preciso fazer algo que eu queira, algo que seja para mim sem pensar nas outras pessoas. – disse finalmente o olhando – Preciso agir sem pensar pelo menos uma vez na vida e esquecer o tempo e a vida em si.

–Então porque você não faz isso? – ele disse meio perdido.

–Mas tem que ser tipo... agora. – disse tirando o cinto de segurança.

–Aonde você vai? – ele disse segurando meu braço – Ainda está chov... – ele estava falando, mas acabei puxando sua nuca com a minha mão livre e o beijei com toda a vontade que me consumia durante um longo tempo.

Ele parecia surpreso, acho que por isso não manifestou nenhuma reação. Após alguns segundos que sinto soltar meu braço e segurar o meu rosto delicadamente conforme abraçava a minha cintura. Seus lábios eram tão viciantes que pareciam até serem ilegais. Separei nossas bocas rindo fraco com esse meu último pensamente enquanto tomávamos fôlego.

–Desculpa se te beijei a força, mas eu tinha que fazer. – disse sinceramente.

–Porque demorou tanto tempo para fazer isso? – ele perguntou sorrindo e acariciando minha bochecha com o polegar.

–Acho que estava testando as minhas forças. – disse retribuindo o sorriso.

Ele me trouxe para mais perto de si e me inclinei sobre a marcha, encontrando a boca de Justin na escuridão. Eu o beijava lentamente saboreando cada segundo que passava. Passei por sobre a marcha com a sua ajuda e subi em seu colo. Encostei minhas mãos no peito dele, agarrei seu pescoço por trás e o apertei com força. Seus braços envolveram a minha cintura, prendendo-me e me aconchegando ainda mais. Deixando me ser levada pelo momento, passei as mãos pela sua camiseta pensando apenas em como eu adorava sentir o calor do seu corpo se espalhando pelas palmas das minhas mãos.

–Acho que a chuva congelou os seus neurônios. – ele disse parando de me beijar e roçando levemente seus lábios sobre os meus – Tem certeza que não vai se arrepender depois?

–Certeza absoluta. – sussurrei e mordisquei seu lábio inferior.

–Eu te amo tanto. – ele murmurou próximo ao meu maxilar enquanto eu arqueava meu pescoço para trás, o convidado a beijar todos os cantos possíveis.

–Também te amo. – sussurrei prendendo meus dedos na gola da sua camisa e o puxando para mais perto – Você não faz idéia do quanto.

–Estava morrendo de saudades do seu cheiro, do seu toque e dos seus beijos. – ele disse descendo suas mãos pelas minhas costas tentando tirar a sua camiseta molhava que eu ainda vestia.

–BIII BII! – um carro que passou próximo buzinou, fazendo com que nos desse um susto. Acabei batendo a minha cabeça no teto do carro e tombando meu corpo para trás acionando a buzina.

–Cuidado. – Justin disse rindo fraco e me puxando para mais perto – Acho melhor sairmos daqui.

–Ok. – assenti – É menos arriscado.

–Deixa eu te ajudar a voltar para o banco. – ele disse segurando as minhas mãos.

–Espera. – disse o fazendo parar e voltando a lhe dar mais um beijo em meio a leves risos.



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