O sol já havia desaparecido no horizonte quando retornei à casa vazia. Os vizinhos já haviam fechado suas portas, um ritual que se repetia todas as noites. Minha mente estava repleta de preocupação enquanto eu e meu filho, Will, voltávamos do centro da cidade. Jessica não estava em lugar algum, e isso me causava um temor crescente.
Liguei para a nossa vizinha, Hannah, em busca de respostas. As palavras dela me atingiram como uma flecha no coração. Jessica havia saído há algum tempo, acompanhada pela vizinha, em direção à casa dos Phillips. Meu peito apertou com o peso da ansiedade.
Chamei por Will, mas ele já havia saído com sua namorada, Taylor. Uma sensação de desamparo tomou conta de mim. A falta de controle me corroía por dentro. Mesmo sem o carro, senti uma urgência incontrolável de procurar por Jessica. Ela era minha menininha, minha razão de viver.
Sem hesitar, peguei minha espingarda, uma lembrança sombria de tempos passados, e meu chapéu. O crepúsculo envolvia a paisagem enquanto eu adentrava na escuridão em busca de minha filha.
"Jessica!" Meu grito ecoava na noite silenciosa, mas nenhuma resposta vinha apenas os sons da natureza envolvendo-me. Caminhei às cegas, tropeçando nas sombras que se formavam pelo caminho.
O desespero crescia a cada passo. Avistei algo nos arbustos e meu coração acelerou. Preparei minha arma, mirando na direção do movimento. Disparei duas vezes, mas a figura permanecia imóvel, observando-me com olhos vazios. Uma sensação de horror me dominou quando finalmente percebi o que era aquilo.
Uma criatura, grotesca e sem rosto, erguia-se diante de mim. Minhas pernas fraquejaram, e o mundo girou ao meu redor. Tentei gritar, mas as palavras se perderam no ar.
"Papai..."
A voz de Jessica ecoou em minha mente, desencadeando uma enxurrada de emoções. Lutei contra a vertigem que ameaçava me consumir.
Despertei em casa, no sofá da sala, com Will e um policial ao meu lado. Minha mente ainda turva, minhas palavras saíam em um fluxo desordenado.
"Onde está minha filha?" Minha voz tremia de angústia, a necessidade de encontrá-la era avassaladora.
"Pai, você precisa descansar..."
Mas eu não podia descansar. Jessica ainda estava lá fora, em perigo. Levantei-me num ímpeto, determinado a enfrentar aquela criatura, mas as imagens do encontro anterior invadiram minha mente.
"Pai!" Will tentava me conter, mas minha determinação era inabalável.
"Não podemos deixá-la lá fora!" Minha voz ecoou com uma intensidade desesperada.
O policial tentou acalmar-me, mas eu estava além da razão. Conduzi-os de volta ao local do encontro, as memórias, ainda frescas, em minha mente perturbada.
Descrevi a criatura da melhor maneira que pude, mas minhas palavras pareciam insignificantes diante da realidade sombria que enfrentei.
"Ela não tinha rosto..." Minha voz vacilou, incapaz de expressar a verdadeira profundidade do horror que testemunhei.
O policial tentou me acalmar enquanto me levava à delegacia, mas sua compreensão era limitada. As acusações pairavam no ar, mas eu não podia me deter. Jessica precisava de mim, e eu estava determinado a encontrá-la, custasse o que custasse.
Prometi a mim mesmo que não descansaria até encontrar aquele monstro que havia roubado minha filha. Minha jornada estava apenas começando, e eu estava disposto a enfrentar os horrores mais sombrios para trazer Jessica de volta para casa.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.