História O doce veneno do escorpião - Karla Em Treinamento

O andar das coisa no prevê fora dos quartos de trabalho era igual na nossa casa, so que mais sujo, a gente lava as roupas pra economizar a lavanderia e poder ficar com mais dinheiro, a gente faz as comidas e economiza ao máximo pra juntar uma boa grana,também tem as roupas que você veste, não pode ir de qualquer jeito pra fazer programa quanto menos pano você tiver melhor,eu demorei a aprender que isso é sinal de progresso no mundo da prostituição, tudo gira em torno da luxúria e dinheiro.

Quem diria eu lavando calcinhas na pia do banheiro, eu que nunca varri nem o chão do meu quarto... o que o dinheiro não faz..

- Oh patricete! Quando se liga ai a água do chuveiro diminuí aqui.. Vai lavar esses seus coador de café em outro lugar vai.. - Babaca.

Chegava a noite a gente só podia dormir depois das 10 da noite, até lá a casa estava aberta então não podia dormir, eu ficava no quarto, comendo biscoitos ou lendo alguma coisa.

- Vamos logo com esse banho aí Dinah.. 

Uma menina que entrou no quarto gritou enquanto sentava na cama, ela estava no banheiro a quase 10 minutos cantando. A menina puxou uma mesa e colocou nela um tira de pó branco, eu não era tão burra aquilo era droga, mas ela me olhou com uma cara de que pensava assim.

- Que dar um teco aí bonitinha?

Eu neguei com a cabeça, não coragem de usar drogas, pelo menos não assim, do nada, ela tinha cara de comer isso igual comida eu ainda tinha um pouco de medo daquele lugar, a confiança não esta 100% principalmente com elas que eu nem conhecia direito.

{...} 

Quando a campainha vermelha toca nao importa se estamos comendo, trocando de roupa ou tomando banho tem que parar na hora pra se arrumar bem rápido. 

- Vamos se arrumar que já tem cliente.

No prevê era como qualquer outro emprego, o segredo era só você saber se vender pro seu comprador, na ida aos quartos quando a vero não escolhia iam três de nos pro cliente escolher.

- Eu sou a Mani, faço um oral bem caprichado.

- Eu sou Dinah, tudo bom?

- Eu sou Karla, faço tudo o que você quiser.

No começo eu não sabia fazer isso, eu não sabia ser sexy, não sabia ser desejada eu nunca imaginei que um dia alguém ia pagar pra ficar comigo. Mas só na primeira semana eu consegui ficar com uns 30 caras. Isso é quase mais do que as mulheres transam na vida inteira. Ganha 5.000 reais por mês fazendo massagem, era isso que dizia o cartaz... Parecia o emprego mais facil do mundo não era, o que eu ganhava ali era mais que o dobro que eu ia ganhar com a carteira assinada, ia ganhar mais do que aquelas filhinhas de papai do colégio iam ganhar com diploma na parede.

- Vamos gente apresentação no quarto 3, vai Mani e Dinah. E Karla pode descansar.Vamos gente.

- Verônica, se você quiser eu posso ir de novo.

{...}

- Você acha que se eu continuar assim eu consigo tirar quanto por mês? 

- Meu amor.. Mais do que uma vendedora atras de um balcão de loja com certeza. - Se fez um silêncio na sala por alguns segundos. - Agora me faça o favor de comprar uns paninhos mais apimentados, esses paninhos de bunda ai... ta ruim.

Todo dinheiro que eu estava juntando era guardado na caixinha dos brincos da minha mãe,ali era a esperança que eu tinha de um dia ter a vida que eu tanto sonhei, de independência total, ali era o futuro próximo, mas não tão próximo quanto eu queria, mas eu estava me dedicando, comprei roupas novas como a verônica me mandou e todas elas com estilos bem ousados, coisa que não era normal pra mim, Ally me ajudou bastante pra não escolher as erradas e eu fiz a Karla ao estilo desejada. 

Eu chegava na recepção e era o assunto dos clientes,a pessoa que pagava o programa comigo quando voltava nem pedia pra escolher outra, não aceitava sugestões da casa, eles vinham atrás da Karla, tinha uns que eu transava toda a semana, era só eu pedir com carinho e com isso eu fui ganhando todos, bem assim, na simplicidade e luxuria.

- Oi eu sou a Karla, tudo bem?!

- Tudo 

Os dois responderam, eu ja estava vendo tipo aquelas cenas de desenho animado quando o cachorro olha pelo vidro do forno babando no frango sendo assado, eu era o frango.

- Vocês querem conversar?

- A gente conversa la em cima - Um deles disse.

- Você se quiser eu posso mandar as meninas descerem pra você conhecer

- não, não. Não mesmo, eu quero você. - Abaixei a cabeça e sorri.

- Vamos - Segurei a mão dele e fomos subir.

As meninas diziam que toda novata se dava bem, mas enquanto elas falavam de mim eu ia fazendo o melhor e tenho que confessar eu estava adorando ser a menina mais popular do colégio, tinha suas partes ruins, mas não ligava pra elas, as partes boas eram maiores.

- Oi..Sou a Karla..

- É.. eu conheço.. - Eu ri

- Vamos subir?

- Só se for agora. - Peguei nas mãos dela e subimos.

- Entra..

Não fazia parte da rotina de uma garota de programa se apaixonar, namorar ou casar, eu vou pra cama com mais de 6 caras por dia, não é o tipo de trabalho que qualquer um aceita, mas quando se gosta de alguém que é seu cliente ai não existe regras. Com a Lauren sempre foi diferente, desde a primeira vez, ela foi minha primeira cliente e toda vez que ela voltava eu não queria que ela saísse mais de lá, com os outros as vezes eu tinha que fingir ou gemido, fingir um orgasmo ou fingir estar gostando, mas com ela erra sexo alem de negócios, era algo incrivelmente perfeito, ela me satisfazia como ninguém e isso era perigosos demais.

- Promete que volta - Falei deitada ao lado dela agarrada ao seu corpo. 

- Eu volto. - beijei o canto da sua boca.

- Quando você descer pra acertar, se fala que essa é por minha conta.

- Sério .

- Por conta da casa.

{...}

Estava tudo indo bem, eu estava conseguindo meu dinheiro, não precisava mais de ninguém, tudo indo as mil maravilhas, até agora.

- Oi... eu sou a Karla.

- Oi eu sou Austin, lembra?! Filho da dona Sinu e do seu Alejandro, aquele casal bacana, ingênuo que te deu tudo nessa vida, achando que um dia ela ia virar gente e olha só o que ela virou.... Puta, você é uma puta.

- O que você tá fazendo?

- O que você ta fazendo aqui !!!