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História O dom do amor - Tenho uma proposta pra você


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!
Muito obrigada pelos favs e comentários. Vocês são um amor!

Capítulo 3 - Tenho uma proposta pra você


Regina Mills


O que a Mary estava pensando, que eu iria ser a babá da filha dela? Não sei como, não sei porque, mas cedi ao seu pedido e estou indo levar Emma Swan para sair. Não me recordo da última vez que sai num sábado à noite. Nem sei direito onde a levar... Droga Snow, você sempre conseguindo o que quer. Deveria ter pedido a Ruby, elas pareceram ter sintonia. 

Demorei escolhendo a roupa, até que finalmente achei a certa. Um vestido preto e justo ao meu corpo, que destacava minhas curvas e tinha um decote bem generoso. Coloquei um salto não muito alto, um sobretudo por cima e fiz uma maquiagem leve, destacando apenas meus lábios com um batom vermelho. Uma ponta de nervosismo começou a tomar conta de mim e de repente eu estava ansiosa para ver a Swan. Deve ser só pressa para que essa noite acabe o quanto antes e eu volte para o aconchego de meu lar. 

Rapidamente passei pelas ruas e avenidas que não estavam muito movimentadas aquela hora, não demorou e eu estava em frente ao apartamento dos meus amigos. Sempre subo sem precisar ser anunciada, o porteiro me conhecia, já era de casa. Ao descer do elevador, escuto ainda no corredor um barulho que pareceram gritos de alguém realmente tomado pela fúria. Nunca presenciei David e Mary brigando, muito menos gritando um com o outro. Ao me aproximar da porta, o barulho ficou mais alto e o som um pouco mais nítido. Ouvi um "parem de se meter em minha vida." Com certeza era uma péssima hora pra eu bater, então dei meia volta. Era melhor esperar lá em baixo mesmo. Mas antes que eu chegasse ao elevador, escuto um barulho estridente da porta sendo fechada. Quando olho pra trás vejo Emma. Bufando de raiva, andando de um lado para o outro. Nem me notou ali parada. 

- Esta aí há muito tempo? – perguntou constrangida quando me viu. 

- Não, acabei de chegar. – menti. Não quis constrange-la. 

- Então vamos, não precisa entrar. – apertou o botão chamando o elevador. 

Ela tinha uma expressão séria, com certeza estava transtornada pela briga de minutos antes. Apertou o botão várias vezes seguidas, estava nervosa. 

- Calma Swan, ele não virá mais rápido. Mesmo que você aperte umas mil vezes mais. 

- Quero sair logo daqui... – olhou pra trás encarando a porta do apartamento. 

- Não sabia que estava com pressa para cair na noite comigo. 

Ela nada falou. Apenas bufou e me olhou dando uma risada de lado meio sem graça. Realmente minha tentativa de anima-la foi um fiasco. Geralmente não sou gentil com as pessoas, tampouco me esforço para ser. Mas Emma Swan, conseguia extrair o melhor de mim. Não imagino o porquê disso... 

O elevador chegou e nós entramos, descemos e chegamos até o meu carro em silêncio. Notei-a tensa e pensativa. Eu estava curiosa do motivo pela briga com os pais, mas óbvio que não perguntaria. Quebrei o silêncio tentando puxar assunto.


- Está com fome Swan? 

- Na verdade, perdi o apetite. Mas não quero estragar a noite com meus problemas. 

- Sugiro não pensarmos em problemas essa noite. O que acha? 

- Excelente ideia Mills. – riu irônica ao pronunciar meu sobrenome.


Mandei que ela escolhesse uma música para colocar no carro enquanto estávamos a caminho do restaurante. Surpreendi-me, pois ela tinha um gosto para música excelente, parecido com o meu inclusive. Planejei leva-la em um bistrô no centro da cidade. Era um dos meus preferidos. Sofisticado e ao mesmo tempo casual, boa comida, gente bonita e um piano tocando música clássica ao vivo. 

Ao chegar, fomos recepcionadas pelo metre, que nos direciou a uma mesa. Um garçom veio nos atender em seguida. Assim que decidimos, anotou nossos pedidos.


- Você vem sempre aqui Regina? – falou pela primeira vez desde que saímos do carro. 

- Não tanto quanto gostaria. Mas acho um excelente lugar, por isso te trouxe. 

- Eu gostei. Parece muito com você. 

- Comigo por que Swan? 

- Requintado e elegante. Igual a Regina Mills. 

Ela riu e ri junto. Finalmente estava mais descontraída. 

Logo o garçom voltou trazendo nossa janta. 

- Com licença senhoritas, o pedido de vocês. O que vão querer para beber? –  perguntou nos servindo. 

- O que você prefere Swan? 

- O que você quiser eu quero Mills. – me lança um olhar sarcástico, sua voz era tão sedutora que me causou calor. 

- Traga uma garrafa do seu melhor vinho. – pedi.


O rapaz se retirou e logo voltou com uma garrafa de vinho tinto italiano.


- Então gosta de vinho? – perguntou-me

- Sou apaixonada por um bom vinho.


Seguimos com o jantar. Não conversamos muito, ela apenas elogiou o sabor da comida. Mesmo em silêncio, vez ou outra mantínhamos um contato visual, às vezes ela sorria de lado e mexia no cabelo. Emma era educada, sabia se portar no ambiente. Também soube apreciar o vinho, me impressionou o fato dela entender do assunto. Enquanto observava seus graciosos movimentos, pausei meu olhar nos verdes de seus olhos e em seguida em sua boca. Lábios bem desenhados, convidativos agora um pouco escurecidos pelo vinho. Mas o que está acontecendo comigo? Você está ficando louca Regina Mills? Sacudi minha cabeça espantando os pensamentos. 

Quando acabamos o jantar, fiz questão de pagar a conta, como boa anfitriã que sou. 

Apesar de fria, a noite estava linda. Tudo fica bastante iluminado por aqui. Caminhamos pelas ruas de Yaletown. O bairro é muito charmoso, com seus trilhos ferroviários e vagões espalhados pelas ruas. Depois a levei no Stanley Park, o maior parque do Canadá. Ela tinha um sorriso lindo no rosto, apesar de falar pouco, eu via em seus olhos que estava gostando do passeio.


- Então Regina, você e minha mãe são amigas desde crianças? – começou a falar enquanto caminhávamos perto do lago. 

- Sim, seu avô e meu pai eram muito unidos. Amizade de família... 

- Hum... Entendo. E a empresa, você foi obrigada a trabalhar nela também? 

- Meio que é o negócio da família, Emma. Eu não poderia deixar todo o trabalho do meu pai nas mãos de um desconhecido ou incompetente. O trabalho que ele dedicou uma vida em prol. Minha mãe não está nem aí para MB Imperium, minha irmã mais velha trabalha lá, mas como gerente de marketing. Alguém tinha que tomar as rédeas da empresa. Fiz pelo meu pai, mas sou feliz com o que conquistei. 

- Minha mãe quer que eu fique em seu lugar lá... E... Bem, eu tenho outros planos. – encarou o chão. 

- Eu não tenho direito de opinar na relação de vocês. Mas é natural que você assuma seu lugar não acha? É a única filha e herdeira da parte dela na empresa. 

- Eu sei Regina, mas sempre quis ter meu próprio negócio. 

- Por que você não começa lá nos ajudando? Capacidade para isso eu sei que tem de sobra. Você sabe que nossa empresa investe em pequenos empreendimentos não é? Quem sabe, futuramente podemos ser sócias. Com a quantidade de ações que vocês tem, poderiam muito bem investir em outra coisa. 

- Você conhece minha mãe melhor do que eu, sabe que ela não aceitaria. Mas mesmo assim Mills, obrigada pelo apoio. Você fez o que meus pais não fizeram. 

- Dê um tempo pra sua mãe Emma. Ela é uma pessoa maravilhosa, te ama e quer te ver bem. Tenho uma proposta pra você. 

- Regina Mills me fazendo uma proposta? Que tentador... 

Não consegui segurar a risada, mas logo voltei para o foco da conversa.

- Vem trabalhar comigo. Seu cargo será o que sua mãe deveria, mas não ocupa. 

- E qual é o cargo?

- Ela é a vice presidente e gestora da MB Imprerium. É o melhor cargo abaixo do meu, proposta irrecusável Swan. 

- Trabalhar ao seu lado parece ser um privilégio Mills. – usou seu tom sedutor novamente. 

- Então venha. Se não gostar eu prometo que te ajudo a abrir seu negócio. 

- Jura? – parecia incrédula. 

- Claro que sim. Minha palavra é de rei. Ou melhor, de rainha. 

- Tudo bem rainha. Então trato feito. – estendeu a mão e eu apertei selando nosso acordo. 

  

Já estava ficando tarde, então sugeri que voltássemos e ela concordou. Fizemos o percurso de volta pelo parque e depois fomos pegar meu carro. O caminho de volta já foi mais descontraído, ela não tinha mais toda aquela tensão do início. Conversamos sua vida em Boston, seu antigo emprego e até sobre política.


- Chegamos. – disse parando em frente ao prédio. 

- Eu me diverti muito essa noite. Confesso que você me surpreendeu. 

- Como assim Swan? 

- Amiga da minha mãe... Executiva rica... Eu pensei que fosse um pé no saco mas me enganei. 

- Ah é? Então não te chamo pra sair nunca mais. – brinquei. 

- Tá vendo, tem até senso de humor. Mas falando sério agora, obrigada pela noite eu me diverti. 

- Não agradeça, eu também me diverti. E minha proposta, você irá trabalhar segunda feira? 

- Chega de ser vagabunda né! A gente se vê na segunda, senhorita Mills. 

- Até segunda senhorita Swan.


Ela me deu um beijo na bochecha, sorriu e desceu do carro. Naquela noite, fui pra casa com um sorriso idiota no rosto. Cheguo em casa, tomo um banho relaxante na banheira e vou deitar. Verifico uma mensagem no meu celular:


Snow: "Não sei o que você fez, mas obrigada!"


Acho que a Emma já havia dado a notícia que iria trabalhar na empresa. Ela pelo visto tinha amado. E eu? Provavelmente também. Apesar de me sentir estranha na presença dela, seria muito bom vê-la todos os dias.


Notas Finais


É isso pessoal. Obrigada por lerem me perdoem qualquer erro. Bom carnaval e até a próxima.


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