História O dono da festa - Caixa Postal

Caixa postal!

Não entendemos nada do que estava acontecendo, a droga da ligação cai e agora vai pra caixa postal. Harry tentou ligar para Louis e Niall, mas nada aconteceu. Eles também não atenderam.

Estamos apreensivos, um tanto nervosos com essa situação. Não saber o que está acontecendo é terrível, mas estar longe é um tanto pior. Nesse momento estamos aguardando alguma ideia surgir. Nem mesmo o computador ultrassônico da Amber pode ajudar.

É uma droga, porque agora estamos muito preocupados.

Zayn está junto dos garotos, mas, mesmo assim, ainda sigo pensando que algo muito ruim aconteceu pra que Louis e Niall estejam juntos. Eles são amigos de Harry, convenhamos que só por algo muito absurdo para os três estarem juntos.

Harry detesta Zayn, então... Seus amigos não andariam com ele também. É uma lógica que faz total sentido. Algo muito ruim aconteceu e não fazemos a mínima ideia do que seja.

Antes que pudesse dizer alguma coisa, a ideia principal de Harry foi 'Vamos voltar para casa ou ligar para a polícia'. Era compreensível, seus amigos estavam em apuros, meu affair também estava e pra ajudar, estamos longe deles. Seja lá o que estiver acontecendo, o máximo que podemos fazer, é ligar para a polícia ou para alguém próximo à faculdade.

- E se ligarmos para os caras do time? - Harry sugere.

Penso um pouco e percebo que não tenho o número deles, Amber parece não ter nenhum também, além de Louis e Niall. Era o mais óbvio, já que estamos longe. Não paro de pensar nisso.

- Não seria uma má ideia, porque estamos de mãos atadas aqui! - Amber fala e suspira num tom preocupado.

- Eu não tenho o número deles, mas posso ligar para o professor Bieber! - digo sugerindo, já que era o número mais próximo de alguém do time.

Harry revira o olhar assim que digo minha ideia. Ele detesta Zayn, Bieber e quem mais tiver atenção feminina.

- É, ué - digo - é uma ideia, Harry. Uma ideia.

- Bieber? - ele diz - o que ele poderia fazer?

- É apenas uma ideia, pelo menos não tô dando chilique no meio do quarto e sem motivo - falo cruzando os braços.

- Ah, claro - ele fala - manda o professorzinho lá pra casa do seu amiguinho e apitar pela estrada!

- Ai, Harry! Me poupe! - digo revirando o olho de nervoso.

- Isso não é hora pro drama romântico de vocês! - Amber fala - os garotos parecem estar em apuros e se tivermos que ligar para a marinha, aeronáutica, pro presidente, vamos fazer!

- Liga pra polícia! - disse dando de ombros - é o único jeito, então!

- Eu ligo! - disse Harry - enquanto isso, acho melhor arrumar as coisas e voltar pra lá.

Ele dá meia volta com o celular e Amber me encara. Assim que Harry sai do quarto, Amber me diz:

- Ir pra casa? Agora?- digo - mas vamos demorar muito pra chegar.

- Ele pode ter razão, mas o que poderemos fazer daqui - ela diz.

- Claro, se algo muito ruim estiver acontecendo, no mínimo eles estarão mortos quando quando chegarmos! - digo brava.

- Calma, tá? - disse Amber - Sem dramas você também! Tudo vai dar certo e a polícia vai chegar antes que a gente.

Respiro fundo e a única coisa que penso agora é que talvez ela tenha razão, só espero que eles fiquem bem.

Penso isso e olho meu celular novamente. Lembrar do jeito em que Zayn falava ao telefone me deixa ainda mais apreensiva. Até onde o tal organizador espera ir para faze essa droga de divulgação?

- Você não acha que isso foi algo preparado mesmo pelo organizador, né? - digo baixo em tom de preocupação.

- Sem dúvidas! - Amber responde - Não tem como não ser invenção dele.

- Não que seja invenção, sabe?! - digo - mas, sei lá. Talvez seja algo feito de propósito, sabe? Não consigo pensar que alguém, que foi chamado pra cuidar de uma festa, faça coisas assim... Sei lá!

- Eu tô é ficando com medo desse lance de festa! - disse Amber.

- Eu digo o mesmo - falei - tô ficando com medo.

Aquela mensagem precisava fazer parte de algum tipo de trote sem graça ou alguma invenção do organizador. Mas, se bem que a ligação de Zayn não parecia nada com um trote. Essa história de assustar todo mundo, além de divulgar mensagens loucas pra falar da festa, ficar mandando mensagens intimidadoras e cheias de fofoca sobre as pessoas, essa sensação de que tem sempre alguém nos vigiando ou nos seguindo. É um tanto ruim e confuso, e agora mais essa palhaçada de mensagem com código a base de adivinhação.

Não paro de pensar que, ao usar termos baseados em jogos vorazes, o organizador já quer colocar todos os alunos num campo de batalha. Parecendo que estamos nos preparando para um embate de alunos. Agindo como um louco que se diverte com o sofrimento. Um lunático. Um possível assassino.

Minha nossa, será que estamos lidando com um assassino?

- Tô pronto! - Harry diz da porta, vestindo calça jeans preta e um moletom amarelo.

- Tá pronto pra quê? - digo ao voltar a atenção ao movimento do quarto, mas já sabendo a resposta.

Amber já está de pé, pegando uma jaqueta no armário e a bolsa. Enquanto eu, paralisada, fico encarando os dois.

- A gente vai ter que voltar pra lá! - ele fala - acabei de falar com a policia e passei o endereço do seu amigo, eles tão indo pra lá. Parece que mais pessoas ligaram e outros chamara pedindo ajuda.

- É! - Amber fala - acho que podemos começar a pensar que existe grandes possibilidades de algo muito louco estar acontecendo enquanto estamos fora.

Então é isso, vamos voltar pra faculdade e ver o que realmente está acontecendo. Espero que os meninos estejam bem e que a polícia os salve a tempo de alguma atrocidade.