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História O eclipse dos seus olhos - O monge na visão do lobo


Escrita por: Blackwel

Notas do Autor


Eeeeei! Bem vindos ao segundo capítulo!
Boa leitura

Capítulo 2 - O monge na visão do lobo


Os últimos dez dias se passaram numa mistura entre momentos que pareciam correr e outros em que o tempo se arrastava penosamente, pelo menos era isso o que sentia Ian. No dia seguinte ao fim de tarde memorável com o namorado no campo de alecrins, Sonam havia recebido uma mensagem urgente da liderança de sua guarda e precisado partir numa missão, ainda assim o monge havia conseguido um tempo para ir conversar e se despedir, no que não pode se impedir de, no fim, o prensar contra uma parede e passar as mãos pelo corpo moreno enquanto o beijava intensamente e depois o acompanhara até os portões desejando poder seguir ao lado dele o protegendo como já fizera outras vezes. Na verdade o ver seguir sozinho sempre lhe pesara, entretanto dessa vez lhe soara ainda pior pois voltava à mente o assunto que vinha a rondando há algum tempo e que não conseguia mais ignorar. A verdade é que queria dar mais um passo na relação e não sabia como o fazer, ele sempre fora seguro sobre tudo porém Sonam era a constante exceção, o namorado se mostrara pronto para entregar-se a si fisicamente, já lhe entregara seu coração mas entregaria também sua individualidade? O monge costumava dizer coisas como: “Ian não é meu, jamais o prenderei, se ele fica é porque quer”, se por um lado o lobo sempre achava isso bonito da parte dele, o fato de que o amava o bastante para preferir o ver feliz do que o obrigar a algo, por outro isso o confundia nas decisões, o confundia sobre o marcar e o confundia sobre o pedido que queria fazer a ele.

Ainda assim Ian não conseguia mais adiar, precisava agir e arriscar pois queria aprofundar ainda mais a relação, queria mais estabilidade, mais tempo ao lado dele, mais coisas para partilharem, queria que, oficialmente, pudessem seguir a vida juntos o quanto antes. Ao mesmo tempo haviam as questões no âmbito carnal, conseguira se segurar mas por quanto tempo? Estava dividido, queria ir com calma como estivera indo até ali, dar um passo de cada vez e mostrar um pouco de tudo para o namorado, porém também queria finalmente o fazer completamente seu e de uma vez, queria-o completamente e queria mordê-lo porque tinha certeza que não haveria algo mais certo para si. O que trazia de volta seus questionamentos sobre o que Sonam pensaria sobre isso. Sem conseguir chegar à alguma conclusão definitiva, o lobo resolveu recorrer aos amigos, perguntar à eles o que pensavam justamente sobre o funcionamento de relacionamentos e como deveriam avançar, teve várias respostas diferentes e talvez tivesse se confundido um pouco mais, porém resolveu tomar uma decisão, e foi assim que, junto de alguns dos construtores, passara aqueles dias no campo de alecrins onde erguera uma casa, seu plano na teoria era simples, convidar o monge para morar consigo e pedi-lo em casamento. Sabia que parecia ser fácil mas só de pensar em olhá-lo nos olhos e dizer tudo isso sentia-se acuado, temia a negativa pois o que proporia parecia-lhe ir contra o que seu namorado acreditava.

Contudo, o fato de ter tomado uma direção já dava a impressão de lhe aliviar-lhe um pouco, o trabalho fora exaustivo de forma gratificante, haviam finalmente o terminado no fim daquela tarde, e por isso convidara os trabalhadores e os amigos para beberem consigo na taverna, como uma comemoração e um agradecimento. Estava rindo de uma discussão fajuta entre Ridhwani e Vartan em que o primeiro o defendia e o segundo lamentava-se sobre suas atitudes, quando sentiu o cheiro característico, único, que era feito para si. Se aprumou em dúvida, seus instintos estavam sendo enganados por sua vontade de revê-lo?

—Ian? Está tudo bem? — Perguntou o ferreiro o encarando.

—Sonam voltou! — E ele retirou um saco de moedas o jogando para o amigo deixando que ele acertasse a rodada que era por sua conta, sabia que ele lhe devolveria o que sobrasse mas não era o que importava, porque assim que lhe lançou o dinheiro já havia virado as costas, derrubado o banco em sua pressa e se lançando taverna a fora correndo.

    Assim que cruzou a porta, e sem parar de mover-se, era o enorme lobo negro que corria pelos terrenos do QG guiando-se pelo cheiro que se tornava cada vez mais forte, foi no Caminho dos Arcos que o avistou ao longe e lançou-se em tal direção, parou derrapando e novamente transformando-se, não hesitou em se projetar para ele o abraçando com tanto entusiasmo que o tirou do chão. O sentiu abraçar-se a si de volta enquanto afundava o nariz no pescoço o cheirando e inebriando-se com o aroma único do namorado, ficar sem o sentir sempre era um suplício e ali, com ele nos braços, tinha certeza que tomara a decisão certa.

—Finalmente você voltou lua da minha vida. — Comentou o colocando no chão mas sem o soltar, se afastou o bastante para o olhar nos olhos e para deixar que pudesse ter as mãos livres.

Sonam lhe sorria, aquele sorriso tranquilo e cheio de carinho que o lobo amava.

“Eu não fiquei fora tanto tempo assim meu lobo.” Ele gesticulou para responder em sua linguagem de sinais. “Mas eu também senti muito a sua falta.”

—Eu aposto que senti mais! — Respondeu e ele riu levando a mão a seu rosto lhe acariciando. — Mas você chegou tarde, é perigoso andar por aí a noite, você sabe.

“Eu sei. Porém já estava tão perto e não queria esperar até amanhã para te ver. E eu estou acostumado a me cuidar, você sabe.”

Ian sentiu uma onda de um sentimento terno o encher, coisas assim que ele dizia com aquela sinceridade gentil lhe cativavam e ao mesmo tempo o dividiam entre a vontade de o encher de carinhos e a de o apertar mais forte do que deveria, numa espécie de gana.

—Certo, eu sei. — E pegou a mala dele. — Vamos, vou te acompanhar… larguei os caras na taverna quando senti seu cheiro, acho que amanhã eles vão me encher. — Coçou a barba numa falsa expressão preocupada.

“Você vai dar um jeito de virar do avesso a situação, tenho certeza.”

    Caminharam lado a lado, Ian notou que Sonam o observava, se perguntou se ele já estava desconfiado de algo, sabia o quanto o monge era extremamente sensitivo.

—O que? Não me olhe tanto ou vou ficar convencido ou envergonhado. — Brincou caminhando mais próximo.

“Acho que nunca vou te ver envergonhado meu amor.” Ele respondeu num sorriso.

—Mas sou convencido? Me magoou Sonam. — Fazer drama era engraçado e naquele momento talvez desviasse a atenção dele para o que quer que estivesse suspeitando. — E então, como foi a missão?

    No restante do caminho o transmorfo se atentou à narrativa dele, admirava-lhe como ele quase sempre conseguia resolver as coisas com diálogos e percebendo à melhor forma de controlar a situação de forma sutil a ponto de passar despercebida sua atuação. Quando alcançaram os corredores já havia o felicitado pelo resultado conseguido, porém Ian estava começando a pensar sobre estarem próximos ao quarto dele, por um lado sentiu uma imensa vontade de entrar, o beijar e… esse era o problema, o “e”, porque se começasse talvez não parasse e estava tudo pronto para finalmente dizer a ele, tinha que esperar até o dia seguinte. Tudo bem, o jeito era despedir-se à porta, o beijaria e já o convidaria para ir até o campo de alecrins consigo no dia seguinte e aí, se tudo desse certo, não precisaria mais se controlar. Pararam à porta do quarto, Sonam a destrancou e virou-se para si com um sorriso que o lobo retribuiu, sem dizer nada se aproximou, ele o abraçou com suavidade, uma das mãos embrenhou-se em seus cabelos o puxando o acariciando na região da nuca e então os olhos de luar cerraram-se dando ênfase ao convite silencioso, a distância findou-se e as bocas se uniram num beijo lento, calmo, mas ainda assim foi o bastante para abalar a convicção à que Ian se propusera. Se afastou alguns centímetros o olhando novamente nos olhos.

—Bem… — E pigarreou notando que a voz saíra num tom inserto. — Acho que é agora que... é agora que eu digo boa noite.

    Sonam não sorriu mas levantou uma sobrancelha numa expressão incomum, Ian se reprimiu mentalmente ao perceber-se a classificando como “sexy”.

“Tem certeza? Podemos matar um pouco mais a saudade.”

    E ele voltou a juntar-se a si num novo beijo, ao mesmo tempo o transmorfo sentiu uma das mãos descer sutilmente por seu abdômen e então parar sobre o volume entre suas pernas, o que o fez arregalar os olhos e perder o ritmo do ósculo. Seu monge não lhe deu trégua, tomou o controle ainda o beijando e friccionou o lugar em que tocava, o apertando em seguida e fazendo com que suspirasse contra a boca dele, ao mesmo tempo em que decidia que se danasse sua cautela, quem resistiria àqueles avanços do moreno? Bem, ele com certeza que não, não com aquela ousadia de o tocar e em pleno corredor!

—Parece que você aprende rápido amor… vamos entrar, mas com essa sua atitude eu tenho certeza que não vou ser um ‘bom garoto’. — Sussurrou o vendo sorrir de uma forma quase tímida.

Ele se afastou para abrir a porta porém mantinham a conexão entre os olhares cheios de promessas, o transformo assim que entrou a fechou atrás de si largou a mala no chão finalmente podendo o capturar num abraço forte e o beijar impetuosamente, o cheiro dele sempre era uma provocação e lhe satisfazia de imenso render-se à isso, não se conteve ao descer as mãos pelo corpo apalpando tudo o que podia ainda por cima das roupas, porém estava sem paciência para elas naquela noite e, com a aquiescência silenciosa dele, livrou-lhe com pressa dos máximo de panos que podia, interrompeu o beijo para tirar a túnica de linho desnudando quase completamente o corpo moreno do monge. A única iluminação que havia no quarto vinha da noite clara lá fora, porém os olhos do lobo enxergavam perfeitamente bem no escuro e via claramente a expressão do monge, ao ser despido ele pareceu estremecer de leve. Ian retirou a própria camisa num átimo e voltou a juntar o corpo ao dele, o beijando novamente descia as mãos pelas costas nuas sentido o corpo, a pele os músculos, Sonam era magro contudo as roupas largas demais escondiam o fato de que, na verdade, não faltava carne naquele corpo cuja boa forma era mantida pelo estilo de vida que ele levava. O transmorfo queria novamente sentir o gosto da pele dele, findou o ósculo e desceu a boca pela região do pescoço, alternando ali os beijos entre lambidas e mordidas, ouvia a respiração dele se tornar ofegante, sentia as mãos finas de dedos longos traçar os contornos de suas costas o que lhe dava uma sensação de anseio, enquanto descia suas mordidas pelos ombros ainda retendo-se em seus ímpetos, o sentiu escorregar as mãos por dentro de suas calças e apertar-lhe as nádegas enquanto imprima o corpo contra o seu. Nesse momento caiu por terra seu controle e afundou os dentes sem piedade na região da clavícula o sentindo agarrar-se a si e prender a respiração. Em seguida lambeu o local e se afastou um pouco olhando orgulhosamente para aquela marca, ainda não era a que gostaria de fazer nele porém gostava de saber que deixava ali uma lembrança sua. O olhou nos olhos mais uma vez, ele estava ainda ofegante e com uma expressão de querer que lhe convidava deliberadamente a satisfazer, o que faria de bom grado.

—Você está ficando ousado amor, eu gosto.

“Você me desperta de uma forma diferente de tudo o que eu conheço. Eu quero fazer o mesmo por você.”

—Você faz. — Ian segurou o rosto dele entre as mãos e caminhou em direção ao colchão dele o fazendo recuar junto até lá. — Minha vontade é de morder seu corpo todo e sempre que você for se vestir vai se lembrar desses momentos.

“Isso não vai me fazer sentir desejo ao recordar?” A expressão dele no entendo não era de desaprovação.

—Esse é o plano. — Respondeu com um sorriso ferino, e então o beijou novamente enquanto o puxava para baixo consigo.

    O quarto do monge não possuía cama pelo fato de que Sonam simplesmente preferia assim já tendo lhe contado antes seus motivos, o que até mesmo combinava consigo devido à sua vida na natureza. O monge sentou-se no colchão com as mãos apoiando o corpo que estava em um ângulo um tanto inclinado para trás, o lobo ajoelhado entre as pernas dele abandonou a boca para explorar-lhe o corpo, sentindo o calor e o gosto com a língua, descendo pelo tórax sem pressa embora tivesse um destino em mente. Ainda não seria essa noite que o teria totalmente mas havia algo mais a apresentar a ele, ouvia a respiração acelerada e guiava-se por ela, ao mesmo tempo em que, em certos pontos, mordia mesmo que não com tanto fervor como fizera antes pois persistiam certos receios quanto às sensações que isso podia trazer ao moreno, queria dar-lhe apenas prazer e não desconforto.

As mãos de Ian agora apertavam as coxas de músculos firmes, subiram em direção à cueca ao mesmo tempo em que sugava-lhe o umbigo, ao livrá-lo da última peça afastou o rosto para olhá-lo, as expressões do moreno lhe apraziam, nunca eram escondidas ou contidas e foram algo que sua memória insistira em trazer à tona nos momentos mais inapropriados durante aqueles dez dias, agora sentia a necessidade de ver novamente. Levou a mão ao pênis rígido e o viu imediatamente deixar as pálpebras caírem, os olhos prateados semi-abertos, respiração aumentou de volume enquanto o masturbava, o rosto moreno estava corado e aquela expressão que o atormentara de forma tão gostosa voltara lhe causando uma forte pulsação no baixo ventre. Aumentou a força e a constância, uma das mãos dele veio à sua nuca o puxando para um novo beijo que não durou muito já que o monge ofegou contra sua boca interrompendo e o transmorfo viu os lábios úmidos formarem silenciosamente uma única palavra, seu nome, num óbvio pedido por mais que fez o mesmo sorrir. Ainda mantendo o olhar cravado no rosto dele Ian desceu o corpo e interrompeu os movimentos parando a mão, diante da expressão de antecipação de Sonam, passou a língua pela glande descobrindo o sabor específico que vinha dali e percebendo que, como tudo o mais que vinha dele, o sabor parecia ser feito para o atrair. Viu o moreno morder o lábio inferior à sua ação, com um novo sorriso malicioso abriu a boca o cobrindo aos poucos, e então começando a sugá-lo, era sua primeira vez fazendo isso porém sabia como era bom e se esforçou para deixar os dentes longe, ao mesmo tempo em que tocava os testículos também os estimulando. Não demorou para pegar o jeito, pelo menos era o que demonstravam a expressões de prazer, as duas mãos dele agarravam o lençol com força e arfava, ao mesmo tempo o lobo sentia o próprio falo rígido apertado dentro das roupas, o negligenciava para concentrar-se no namorado.

O transmorfo intensificou as sensações, a sucção contínua, forte, os toques nas coxas e nos testículos, sabia que, como primeira vez recebendo esse tipo de incitação, o monge não poderia durar muito mais, os olhos dourados continuavam fixos no rosto moreno devorando as manifestações que o prazer moldava na face de Sonam, não queria perder nada daquele espetáculo particular e íntimo porém, ao mesmo tempo, precisava novamente resistir à tentação que tentava dominá-lo e fazê-lo jogar o namorado na cama e o possuir como deveria. Uma das mãos dele repentinamente foi até seus cabelos e Ian sentiu que ele tentava afastá-lo embora sem real convicção, os olhos de luar se abriram e o transmorfo entendeu o aviso silencioso, porém em vez de recuar se empenhou ainda mais, não iria perder nada, provaria dele em tudo o que houvesse para experimentar. A mão morena se fechou entre os fios castanhos, os lábios se afastaram, os olhos cerraram-se, e então a boca do lobo foi inundada pelo orgasmo do monge, o qual jogou a cabeça para trás. Ian sentiu o novo gosto peculiar e não hesitou em engolir com avidez, mais uma peculiaridade dele que o deliciava. Afastou-se ao terminar e sentou-se ao lado do outro, o puxando para junto de si e o fazendo recostar-se contra seu peito enquanto ele recuperava o fôlego.

—Foi a primeira vez que fiz isso em um homem. — Claro que o namorado sabia mas Ian na verdade se perguntava se tinha sido bom o bastante.

“E você foi incrível.” Respondeu Sonam erguendo o rosto para olhá-lo enquanto gesticulava a resposta. “Qual é o gosto?”

Ian refletiu brevemente sobre a pergunta.

—É… — Mas antes que pudesse responder um dos dedos dele pousou em seus lábios o interrompendo.

    Com um sorriso que parecia insinuante, Sonam juntou as bocas provando por si mesmo dos resquícios do sabor, porém ele não parou por aí e montou sobre o colo de Ian que sorriu entre o beijo, continuava ereto e sabia que o moreno acabara de descobrir o quanto. O monge retomou o beijo e desceu as mãos entre eles usando daqueles toques fluidos e precisos para explorar seu corpo, e, para sua grata surpresa, ele ondulou o corpo de uma forma tão explícita e causando uma fricção tão certeira que foi a vez do transmorfo ofegar. O moreno afastou o rosto com outro daqueles sorrisos que pareciam misteriosos, o empurrou de leve e, entendendo a intenção, o lobo ajeitou-se deitando-se, assistindo em seguida o namorado voltar a mover o corpo daquela maneira, sentado sobre seu falo, mesmo que ainda por cima das roupas, ele lhe parecia devasso de uma forma tão natural que só lhe restava assistir e se render por vontade própria enquanto suspiros e os primeiros sons guturais escapavam de sua garganta.

“Eu quero fazer o mesmo por você.”

À essa afirmação só lhe coube acenar afirmativamente com a cabeça, o monge desceu de seu colo e livrou-o das roupas que sobraram, em seguida segurou seu pênis com delicadeza, e sob a aprovação vinda de seus olhos dourados, aproximou o rosto do local. Ante às primeira sensações causadas, Ian teve arrancado de si um gemido rouco.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e ainda falta um capitulo para completar <3


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