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História O Encontro dos Amantes de 410 ac - Os Encantos de uma Paixão Proibida


Escrita por: otsukareworld e Ageha_Sakura

Notas do Autor


Neste mês, propostas a fazer algo de diferente ao projeto, traremos uma história contada por três escritoras diferentes.
A história se passará ao longo da história do mundo e contará sobre Hoseok, que, todas as vezes em que renasceu, levava uma única coisa consigo: o rosto de Min Yoongi, sua alma gêmea. Contudo, o destino não era muito amigo do garoto e sempre lhe reservou os piores finais.

Agradecemos a @llolajikooka e @kuanggong, que fizeram todas as capas do especial; a @Orniyoon pela betagem, e, claro, a quem deu a ideia do especial, @hyacinthum_!


Bom dia / Boa tarde / Boa noite

Sejam todos bem vindos a "O Encontro dos Amantes de 410 ac"!

Espero que gostem da minha primeira fic para o desafio Soulmate Mode, desejo uma boa leitura a todos 💞

Capítulo 1 - Os Encantos de uma Paixão Proibida


O ano era 410 a.C., estávamos nos enfrentando em campo de batalha arduamente, sem temer o amanhã, que parecia não brilhar para nós.

O suor escorria pelas minhas têmporas, a respiração estava ofegante, enquanto minha mão trêmula se dispunha a segurar a espada com afinco, mesmo que não houvesse mais forças em meu ser.

A espada manchada com sangue não era capaz de vingar os meus irmãos, estes mortos e decapitados pelo chão. Precisávamos desistir, não tinha mais sentido permanecer na batalha e permitir que mais dos nossos perdessem suas vidas para aqueles bárbaros. Nosso orgulho ateniense deveria falar mais alto nesse sentido.

Escutei a voz desesperada de meu general, corri para avisar os demais e começamos a partir em retirada, levando nossos feridos, estes que ainda lutavam pela sobrevivência, para um lugar seguro onde pudessem melhorar.

Mentalmente pedi aos deuses que pudessem nos salvar, deixando que toda a ira de meu povo caísse sobre aqueles malditos Espartanos.

Conseguimos voltar para as muralhas da nossa querida Atenas, Cidade-Estado de pura sabedoria e esperteza, assim como nossa nobre deusa de mesmo nome. A coruja era nosso símbolo, estavam presentes em nossas armaduras manchadas por sangue e tecidos rasgados pelas espadas inimigas.

Estávamos em guerra há onze anos, os dias eram turbulentos e apenas uma vitória estava a nosso favor. Infelizmente, nós soldados, não víamos mais uma saída como vencedores. Do que adiantou nossa aliança implacável contra os Persas, sendo que esses malditos Espartanos voltam exigindo a posse de nossas terras, como se nós fôssemos nos submeter àqueles cretinos.

Bufei alto, estava irritado com toda aquela situação. Infelizmente tive que perder meus irmãos e meu pai para aquela guerra, todos mortos pelos soldados de Esparta, o que deixava claro qual seria o nosso destino daqui a algum tempo.

Esperava com sinceridade que aquilo pudesse mudar, que pudéssemos vencer e não sermos mais atormentados pelo Estado, que um dia jurou total lealdade. As palavras de um Espartano não mereciam mais a nossa reles atenção.

— Hoseok! — Escutei a voz grave de meu superior, obrigando-me a levantar, logo em seguida — Como és um dos únicos que não sofreram ferimentos graves, estou te enviando para a segurança das muralhas.

— Como desejar. — Bati continência em respeito ao mais velho, vestindo novamente aquela armadura, guardando a espada em minha cintura, enquanto me dirigia em direção a entrada da nossa bela Atenas.

Subindo aquela escadaria interna de madeira, eu chego ao topo daquela muralha grandiosa e impetuosa, sentindo-me o dono de todo o mundo. A visão daquele lugar era maravilhosa, a lua cheia brilhava com intensidade graças às estrelas ao seu redor. 

Por um momento, um breve momento de distração, senti como se estivesse próximo aos deuses, experimentando ser parte deles. Naquele ensejo, não existiam guerras, não existiam cidades soberanas e muito menos inimigos a enfrentar, apenas eu e aquele infinito céu escuro e estrelado.

Sai de meu devaneio e voltei ao meu ponto de vigília, perambulando por aqueles muros junto de outros soldados a fim de vigiar a nossa cidade. Os minutos foram passando rapidamente, até avistarmos uma movimentação estranha nos pequenos arbustos ao redor.

— Atenção! — chamei pelos demais em um tom sério, tentando não aumentar demais e estragar o plano. — Três para a direita e outros três irão descer, vamos pegar os inimigos que estão escondidos.

Todos concordaram e saíram sem levantar mais suspeitas, tudo de acordo com o nosso combinado, pois naquela noite eu era o líder de patrulha. Descemos devagar, as espadas e lanças posicionadas à nossa frente como modo de defesa, os escudos à frente dos peitorais, escondidos pelas armaduras. 

Sinalizando com a mão, pedi para que dois se aproximassem dos arbustos, enquanto nós iríamos por trás, a fim de surpreender o inimigo. Aproximamos devagar, o ritmo intercalado e preciso, até ouvirmos o sinal para encurralar o indivíduo.

Minha espada aproximou do pescoço do homem, pressionando sem muita força, para não ferir nosso possível informante. 

— Diga-me a quem serve, espião. — Meu olhar sério e furioso tentava intimidar o homem à minha frente — Vamos, fale!

O sorriso ladino do olheiro causou uma sensação estranha em mim, como uma chama incendiando todo o meu corpo.

— A Esparta, nobre ateniense. — Seu tom sarcástico fora o estopim para irritar-me, ordenando de imediato que o prendessem.

O que jamais esperei foi cair nos encantos daquele homem de cabelos escuros como a noite e pele clara como o brilho das estrelas. Os dias em que esteve como nosso prisioneiro, sempre ia o visitar, a fim de conseguir informações importantes para conquistarmos a nossa vitória, o que era em vão.

Dias, semanas e meses haviam se passado, porém em nenhum momento ele me informou algo conveniente o suficiente, apenas aprisionou o meu coração em uma enlouquecida e proibida paixão.

Em dois anos, nossos corpos já haviam se entregado mais vezes do que conseguiria contar em meus dedos. Sempre desfrutando da sensação deliciosa dos seus lábios e da sua pele entrando em contato com a minha, de uma maneira pecaminosa e cheia de tentação.

Fazia algum tempo que havia o libertado da prisão em que estava confinado, pensando muitas vezes que ele apenas tinha se aproveitado da minha ingenuidade. Todavia ele sempre voltava para os meus braços em busca do meu calor.

Entretanto o mundo não poderia viver sempre com leveza, não poderíamos deleitar daquela eterna tranquilidade e a evidência disso fora a chegada de 406 a.c., quando as guerras voltaram com força e estávamos com o na cova.

Temíamos o pior, e ele havia se concretizado. Era o final da Guerra do Peloponeso, estávamos mais uma vez em um campo de batalha. Dessa vez, eu o enfrentava corpo a corpo, meu coração e o dele em fagulhos pela aquela triste realidade.

Tínhamos consciência de que aquele era o final definitivo, não poderíamos mais ficar juntos. A prova disso fora a sua espada afiada perfurando meu corpo, junto ao seu olhar mergulhado em lágrimas.

 


Notas Finais


Primeiramente quero agradecer a @palletlune pela belíssima capa, obrigada pelo seu trabalho duro! Agradeço também a Malu, nossa ADM linda por ter me convidado para esse pequeno projetinho o qual amei participar. E por último, mas não menos importante, a beta @Orniyoon pelo trabalho formidável na correção dos meus erros ortográficos.

Continuem nos apoiando e obrigada por chegarem até aqui.

Twitter: @stephy_lilian
CuriousCat:
https://curiouscat.me/stephy_lilian

Nos vemos em uma próxima história 💕


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