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História O Enigma do Príncipe - Conversa


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!

Cheguei. Boa leitura ♡

Capítulo 26 - Conversa


Narcisa espalmou a mão no peito do marido e o empurrou levemente. Lúcio afastou-se e olhou para a mulher, erguendo a sobrancelha.

 - Na frente dos outros não, por favor. – ela pediu tentando sorrir.

 - Você que sabe, teremos tempo para isso depois. – beijou-lhe rapidamente e se afastou. 

Cissa levou a mão ao peito e soltou o ar com força, passando os olhos pelos outros presentes do salão. Seu olhar alcançou o Lord das Trevas parado mais ao longe e com os olhos fixados nela de forma a fazê-la sentir-se nua. Estava em um beco sem saída para variar. 

Snape manteve-se atento a Narcisa um tempo, esperando a irritação diminuir. Acompanhou com os olhos a direção em que a mulher olhava e viu Voldemort a observar de forma medonha e percebeu que ela estava claramente incomodada com aquilo. Aproximou-se dela, sentia à vontade de azarar o bruxo das trevas e Lúcio formigar-lhe as pontas dos dedos. Quem estavam pensando que eram para agir com ela daquela forma?

 - Vamos sair daqui. – disse baixo ao lado da mulher. 

Narcisa ergueu os olhos para ele e assentiu. Viraram-se e saíram pela porta que estava aberta. 

- Aonde vai com minha mulher? – ouviu Lúcio e virou-se. 

Cissa permaneceu alguns segundos ainda de costas. Lúcio estava parado na porta ao lado de Voldemort. 

- Está na hora de voltarmos, Milord. – Severo dirigiu-se ao Lord das Trevas. – Logo vai amanhecer e não podemos levantar desconfiança em estarmos fora da escola. 

- Creio que Lúcio tem assuntos para resolver com a mulher dele, Severo. – Voldemort disse.

 - Venha, Narcisa. – Lúcio deu um passo à frente. A mulher trocou um olhar com o mestre de poções e passou em direção ao marido. 

- Acredito. – Snape deu um passo à frente também. – Que Lúcio não vá bancar o menino mimado e colocar em risco tudo que conseguimos até agora, ou vai? 

Estavam se encarando, o que fez Narcisa sentir um arrepio subir-lhe pelo corpo. Aquilo não acabaria bem. 

- Veja bem, Milord. – manifestou-se. – Estamos em meio à um evento grande na escola, e na primeira hora da manhã tenho reunião com a vice diretora. – chegou à frente do marido e depositou a mão em seu peito, acariciando de leve. – Também tenho saudades suas, querido, mas podemos esperar mais poucos dias, não podemos? 

- Você quem decide, Lúcio. – Voldemort disse.

 Lúcio colocou a mão na nuca da mulher e a puxou para mais um beijo, só soltando-a quando o ar se fez necessário.

 - Para não esquecer-se. – ele disse. 

Alguma coisa havia ficado subentendida no restante da frase. Narcisa assentiu e seguiu para junto de Snape. Saíram do terreno da Mansão Malfoy e Cissa sentiu o professor agarrar-lhe o braço e acelerar o passo; estava praticamente sendo arrastada em direção à onde iriam desparatar. 

Ela parou bruscamente e puxou o braço, fazendo o homem virar-se para ela. Observou que estava com o semblante carregado e com as veias do pescoço em evidencia por estar apertando o maxilar. 

- Vai me arrastar até Hogwarts? – perguntou. 

- Ah, esqueci que você fala. – ele disse. – Pensei que sua língua havia ficado com Lúcio. 

Narcisa riu-se com deboche. 

- Está brincando, não está? – colocou as mãos na cintura. – Não está pensando em fazer uma cena de ciúmes? 

- Por que eu teria ciúmes? – ele cruzou os braços.

 - Exatamente. – concordou. – Por que teria ciúmes? Você mesmo deixou claro ontem que não temos nada.  Agora se pudermos ir, eu gostaria de dormir pelo menos uma hora antes de dar minhas aulas. 

Jogou o cabelo para trás e virou-se, tornando a caminhar. Snape apressou o passo para alcançar a mulher e a puxou pela mão. Narcisa virou-se para ele irritada. 

- O que sentiu quando ele te beijou? – perguntou. 

- Como é?

 - Você ouviu bem. – disse. 

- Nojo. Repulsa. O que mais quer saber? – sentiu-se ser puxada levemente mais para perto do homem de cabelos negros. 

- Nada. – respondeu. – Mas devo dizer que não ficou viúva por pouco. 

- Incomodou-se tanto assim? – ergueu a sobrancelha. 

Ele encolheu os ombros. 

- Talvez a ideia de termos algo não fosse tão descompassada. – disse. – E talvez eu tenha que aprender a pensar antes de falar. 

- E como classifica o que temos, professor Snape? – perguntou. 

Severo manteve-se em silêncio. Narcisa deu um sorriso cansado. 

- Podemos ir, por favor? – pediu. Snape assentiu e aparataram nos portões de Hogwarts. 

Narcisa despediu-se com um “boa noite” e seguiu para seus aposentos diretamente. O professor ainda ficou mais alguns segundos no pátio da escola, para enfim entrar e tentar dormir um pouco antes de amanhecer. 

~*~ 

Na sexta-feira pela manhã o principal assunto nos corredores da escola era a fuga dos Comensais na madrugada anterior. As turmas estavam dispersas, havendo murmurinhos em todas as aulas. Um dia particularmente difícil para manter o foco fora de um assunto de evidencia.

 Narcisa acabou recebendo alguns olhares atravessados tantos de alunos, menos os Sonserinos, e de alguns outros professores. A foto de Lúcio na capa como procurado na capa de todos os jornais faziam os julgamentos de todos caírem sobre a professora. Ao final de todas suas aulas, sentou-se em seu escritório, cansada pelo dia e pela noite mal dormida. Ainda podia sentir o gosto amargo do beijo do marido nos lábios. E ainda ficava pensando na quase cena de ciúmes feita por Snape, não sabia se achava graça ou deixava-se sentir tocada, afinal, para ter ciúmes algo ele deveria sentir, por mais que nunca admitisse.  Ouviu batidas na porta e murmurou um entre, ajeitando-se na cadeira. A porta abriu-se, dando passagem a uma aluna Grifinória de cabelos castanhos.

 Narcisa estranhou por alguns segundos a presença da menina ali, mas logo sorriu para ela. 

- Com licença, Senhora Malfoy. – disse. Fechou a porta e aproximou.

 - Srta. Granger. – levantou-se para recebe-la. – E por favor, me chame de Narcisa. “Senhora Malfoy” faz com que eu me sinta a avó do Draco. 

- Certo. – sorriu para a professora. – Chame-me de Hermione.

Cissa assentiu. 

- O que posso fazer por você? – perguntou. 

- Eu estou fazendo uma pesquisa e queria saber se pode dar uma olhada. – largou um pergaminho sobre a mesa. – Eu queria adiantá-la amanhã, para entregar ao professor Snape durante a semana. 

- Trabalho extraclasse? – perguntou. 

- Detenção. – respondeu. – Por eu ter respondido uma pergunta... Ah, deixe. É confuso. 

Narcisa riu. Severo era confuso para todos e isso a fazia sentir-se melhor. 

- Mas me diga. – indicou o sofá para a menina e seguiu até lá com ela. Sentaram-se. – Amanhã temos o Baile de Primavera, vai passar a noite fazendo uma pesquisa de DCAT?

 - Não vejo tanta graça no baile. – deu de ombros. 

- O menino que queria não a convidou? – ergueu a sobrancelha.

 - Ele é complicado. – suspirou. – Parece que não vê as coisas. 

- Sei bem como se sente. Hermione olhou curiosa para a professor. 

- Estudou aqui na mesa época dos pais do Harry, não?

 A mais velha assentiu. 

- Tiago era amigo do meu primo. – disse. – E Sirius esfregava essa amizade na cara de todos.

 Hermione riu. 

- Namora seu marido desde a época de escola? – a pergunta escapou na curiosidade.

 - Não. – Narcisa respirou fundo. – Lúcio é um ano mais velho, era colega da minha irmã. O casamento foi arranjado, no ano em que me formei. Tradição de sangue.

- Entendo. - disse. - Mas você gostava dele?

- Não. - negou com a cabeça. - O garoto que eu gostava era complicado também. 

- Era o professor Snape? - olhou para Narcisa.  A mulher ficou alguns segundos sem reação. - Desculpe,  mas pelo jeito que vocês se olham. 

- Era. - sentiu-se corar. - Por isso lhe garanto que quanto mais velhos, mas complicados. Por isso, vou dar uma olhada no seu trabalho,  mas vai me prometer que irá ao baile. Nem que seja para ir  com uma amiga.

Hermione agradeceu e saiu com um sorriso no rosto. Narcisa recostou-se no sofá e suspirou.

Estava mais na cara do que ela havia imaginado.


Notas Finais


Tenha certeza que essa aproximação da Mione com a Cissa vai se relevante.

Espero vocês nos comentários.

Um beijo na nuca esquerda.


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