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História O Enigma do Príncipe - Casamento


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!

Eu pulei (propositalmente) em uma das passagens de tempo, um mês da relação snacisa, então teremos algumas lembranças inéditas.

Explicando o título: alguns fatos sobre o casamento da Cissa com o Lúcio vai aparecer e teremos o inicio do casamento na casa do Wesley.

Capítulo 43 - Casamento


Severo demorou um bom tempo para assimilar as palavras de Lúcio. Qual o tamanho da prepotência do homem para ir até sua casa e ameaçar Narcisa?! Provavelmente se não tivesse prometido a Narcisa que não agiria de cabeça quente, já teria lançado pelo menos um crucio no homem parado a sua frente.

- É muita insegurança de sua parte. – Snape desdenhou. – Chega a ser deprimente.

- Meu aviso foi dado, Severo. – empurrou a porta. – Narcisa é minha.

Lúcio saiu da casa deixando a porta aberta. Por mais ridícula que o professor achasse a atitude do outro, sabia que ele era bem capaz de cumprir com o que falara. Não via a hora de as férias acabarem de vez, para que ele pudesse levar Narcisa com ele para Hogwarts, não teria calma para mais um ataque vindo do Malfoy e acabaria colocando tudo a perder.

Fechou a porta da casa com força e foi para o jardim dos fundos, colher as ervas que precisava para preparar as poções do St. Mungus e do Ministério. Em sua grande parte eram poções curativas e veritaserum, nada que tomasse muito o seu tempo, mas os pedidos estavam consideravelmente atrasados já que gastara as três semanas de férias que tivera até agora tentando chegar até Narcisa.

Dobrou as mangas da camisa até acima dos cotovelos. Odiava temperaturas mais altas. Começou a cortar os ingredientes com calma enquanto uma das poções já estava cozinhando em fogo baixo. Despejou as ervas no cozimento e aspirou o cheiro que o caldeirão emanava. Fechou os olhos um instante, perdendo-se em lembranças.

Estava em seu laboratório de poções em Hogwarts e no caldeirão estava cozinhando uma poção Wiggenweld para Madame Pomfrey, já que o estoque havia acabado depois do último jogo de Quadribol. Narcisa encontrava-se sentada em uma extremidade da mesa e o olhava atenta, a forma que ele se envolvia com o preparo das poções a encantava. Suspirou. Snape ergueu os olhos do que estava fazendo para olhá-la, franzindo de leve a testa.

- O que é? – ele perguntou.

- Nada. – Cissa disse. – Quando está assim lembro-me da época em que estudávamos.

- Não era uma boa época. – ele respondeu simplesmente, erguendo as mangas para pegar alguma coisa que havia caído no caldeirão com a ajuda da varinha.

- Eu tenho algumas boas lembranças, embora poucas. – Narcisa desceu da mesa e parou ao lado dele. – E ver você preparando suas poções é uma delas.

- Entretia-se com pouco. – Severo virou o rosto para olhá-la.

A mulher revirou os olhos e os abaixou para a mesa, olhando os ingredientes separados da forma dele, que era cuidadosamente anotada no livro do Príncipe Mestiço. O olhar dela subiu-lhe o braço, parando sobre a marca negra, viva como uma tatuagem recém feita, tocou-a com a ponta dos dedos. Snape a olhou sem entender.

- Não faça isso. – pediu com a voz surpreendentemente baixa.

- Não fale como seu eu não soubesse seus motivos, ou o porquê ela está aqui. – devolveu no mesmo tom. Puxou Snape pelo braço, fazendo-o ficar em frente a ela. – Você é o único de todos que não deve se envergonhar de tê-la. Afinal, buscou se redimir de forma pura. Ela é a prova da sua coragem, primeiro de ir contra o certo e depois de lutar por ele.

Severo engoliu seco. Narcisa o surpreendia cada vez mais, mas era algo que ele nunca se cansaria. Prendeu seu olhar nas íris claras da mulher. Ela riu fraco depois de um tempo.

- Agora eu que devo perguntar... – ela disse. – O que é?

- Nada. – uma sombra de sorriso colocou-se no rosto do homem.

Ele abaixou o rosto para o dela, mordiscando-lhe o lábio antes de beijá-la. Cissa colocou uma das mãos na nuca do homem, enrolando os dedos nos fios negros, enquanto com a outra arranhava-lhe as costas sobre o tecido da camisa. Snape a ergueu pela cintura, pondo-a sentada na parte vazia da mesa, inclinando-se levemente sobre ela. Sua língua explorando a boca da mulher como o local conhecido que já era sentindo seu gosto doce. Sentiu-lhe sugar a língua e um gemido involuntário saiu contra os lábios dela. Narcisa sorriu e afastaram-se poucos centímetros, tentou olhá-lo, enquanto sentia seus lábios descerem por seu pescoço.

- Sua poção vai... – arfou ao senti-lo subir a mão por sua perna. -... Queimar.

- E a culpa vai ser sua. – ele deu de ombros antes de voltar a beijá-la.

Narcisa suspirou com a lembrança. Estava a pelo menos cinco minutos parada em frente à porta do quarto de Draco, tomando coragem para entrar e falar com o filho. Bateu na porta algumas vezes e espero até que ele lhe desse resposta. Entrou em silêncio e fechou a porta, olhando para o garoto que estava deitado de bruços na cama, com um travesseiro sobre a cabeça.

Aproximou-se da cama e sentou ao lado dele, colocando a mão sobre suas costas.

- Como está se sentindo? – ela perguntou.

- Enjoado. – respondeu.

- Nós precisamos conversar. – suspirou. – E creio que não vai ser uma conversa que possa esperar.

Draco resmungou e sentou-se na cama, escorando-se na cabeceira para olhar a mãe. Narcisa pegou a varinha do garoto e apontou para a porta. Abaffiato. Pelo menos assim garantia que Bellatriz não colaria o ouvido na porta. Manteve-se em silêncio, olhando para o filho, esperaria que ele tomasse a iniciativa.

- Por quê? – ele perguntou baixo depois de um tempo.

Narcisa sustentou o olhar nos olhos dele.

- Meu padrinho... Por que ele? – disse. – Sei que você e o papai estão passando por momentos bem difíceis, e que essa tensão com o Lord está deixando ele com o humor delicado, e ainda que eu imaginasse isso quando saímos hoje mais cedo... Acho que é muito mais do que eu posso entender.

- Minha relação com seu pai está passando por muito mais que momentos difíceis. – começou em um tom suave. – Ela não existe mais e isso há muito tempo. Quando saí de Hogwarts, logo fui obrigada a casar-me... Digamos que fui obrigada a ver minhas vontades caírem por terra, já que por mais que eu tentasse, não era por seu pai que eu era apaixonada. Mas não podíamos interromper a tradição de sangue. Casei e tentei manter o meu casamento da melhor forma possível, querido, mas tentar sozinha não era o bastante. – engoliu seco. – Quando descobri que estava grávida, foi o momento mais incrível e inesquecível da minha vida, achei que você traria a paz que precisávamos... Achei que você era a harmonia que faltava entre seu pai e eu. Mas não. Lúcio acabou entrando cada vez mais fundo dentro dessa fé cega por Voldemort, virou um Comensal e levou nossa família junto. Nunca vou esquecer-me do desespero que foi na noite em que o Lord foi atrás dos Potter. – fez uma pausa. Draco a olhava com os olhos atentos, levemente marejados. – E então ele sumiu, e Harry era o herói do mundo bruxo. Os Comensais começaram a ir para Azkaban e eu temi pelo o que tínhamos. Implorei que seu pai omitisse a lealdade ao Lord das Trevas, mesmo que ele não quisesse renunciar a devoção que tinha. A partir daí minha vida virou um inferno. Lúcio passou a beber, a sair com mulheres de forma escancarada a quem quisesse ver e eu podia apenas ficar em casa e cuidar de você, sempre e devotando cada segundo do meu tempo. Às vezes seu pai chegava meio bêbado em casa e eram noites que você estava doente, ou que por algum motivo chorava e atrapalhava o sono dele... Não preciso lhe dizer o que acontecia comigo. – mais uma pausa. – Você cresceu, sob a influencia direta dele, sem que eu pudesse fazer muito... Mas no momento em que lhe obrigaram a adquirir a marca... Foi de mais. Procurei sim por Severo, e o fiz prometer que te daria a proteção que Lúcio jamais vai ser capaz de dar.

Draco suspirou em silêncio e encostou a cabeça para trás. Não tinha volta, sua família da forma que  ele imaginava havia se acabado pelas mãos de seu pai. Mas isso não queria dizer que ele e sua mãe precisavam se afundar também.

- Nunca amou meu pai? – ele perguntou baixo. Narcisa negou com a cabeça. – E ao meu padrinho você ama?

A pergunta a surpreender, talvez por não conseguir respondê-la sem para si mesma.

- Amor é um sentimento complicado. – ela respondeu. – Mas eu sempre fui apaixonada por ele, desde a escola. Talvez a proximidade tenha mexido comigo. Só quero que entenda, querido, que Severo me faz um bem que seu pai nunca sequer cogitou fazer. E nós precisamos dele.

~ Primeiro de agosto de 1997 ~

Narcisa terminou de arrumar-se em frente ao espelho. As marcas no rosto tinham sumido quase que totalmente na última semana e foram facilmente escondidas com a maquiagem. Despediu-se de Draco e saiu da Mansão Malfoy sobre o olhar desconfiado de Bellatriz, que andava gastando muito do seu tempo a observando, provavelmente procurando por algo que pudesse prejudicá-la.

Aparatou n’Toca eram quase quatro horas. Sentiu-se levemente deslocada ao ser recebida por olhares nada amigáveis logo que entrou. Ficou parada perto de uma das saídas da tenda onde os convidados estavam buscando Hermione com os olhos.

- Narcisa. – virou-se em direção a voz para ver Lupim parado ao lado de Tonks. Aproximaram-se.

- Não esperava vê-la aqui. – Tonks disse.

- Vim por causa das crianças. – disse. – Rony, os gêmeos... Enfim. Estou feliz em vê-la.

- Também estou, fiquei surpresa quando Harry disse que estava lecionando em Hogwarts. – sorriu.

- Parece algo bom. – Lupim disse. – Melhor do que tem sido ficar em sua casa, pelo o que suponho.

Tonks olhou o marido com repreensão.

- Não tenho ligação alguma com as coisas que meu marido se envolveu, Lupim. – disse. – E se eu não quisesse que isso terminasse de uma vez, não teria aceitado a proposta de Dumbledore para dar as informações para a Ordem.

- O ranhoso também era um agente duplo e olhe o que aconteceu, tornou-se um assassino. – ele disse amargurado.

- Não o chame assim. – Narcisa usou um tom sério.

- Vai defendê-lo? – Lupim ergueu a sobrancelha.

- Acho que já chega. – Tonks puxou o marido. – Nos vemos por aí.

Narcisa ficou onde estava enquanto os dois se afastavam. Talvez não tivesse sido uma boa ideia ir até ali.


Notas Finais


Lembrança amorzinho porque sim. <3 O próximo vai ser "cerimônia" e terá a parte da festa e tudo mais.

Espero que tenham gostado, espero opiniões e vejo vocês nos comentários.

Roupa da Narcisa para quem quiser: https://www.polyvore.com/nm_ii/set?id=217051694
Um beijo na nuca esquerda!


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