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História O Enigma do Príncipe - Punição


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!

Só um pequeno aviso antes de irmos para o capítulo:

Pesquise em uma caralhada de sites e não consegui descobrir qual o patrono da Cissa, já que em nenhum momento J.K disse qual era. Achei todos os bichos que vocês podem imaginar, mas uns bem aleatórios.

Tomei a liberdade de colocar um patrono que gosto e escolhi, mas se vocês encontrarem algum patrono oficial, podem me avisar que alteramos.

Boa leitura.

Capítulo 14 - Punição


Pov Autora

Narcisa olhou alguns segundo ainda para onde Severo havia ido e sentiu um frio no estômago. havia muito tempo que não se sentia assim. Respirou fundo e voltou-se para a paisagem que observava antes encarando-a por um tempo. Sentiu-se preocupada com o homem, sabia que Voldemort havia alertado que não queria intromissões e o puniria pelo o que fez. Também sentiu-se admirada, ele havia posto sua vida em jogo por outra pessoa. Afinal nem tudo era em nome de Lílian Potter.

Lembrou-se então que tudo aquilo era culpa de Draco: o atentato da McGonagall e o castigo que Snape iria receber. Seu coração apertou e seus olhos marejaram.

- No que deixei meu filho se tornar? - sussurrou para si mesma. 

- Você não deve se culpar por isso. - ouviu a voz do diretor e virou-se. - A culpa disso é de seu marido, minha querida, e não sua. - concluiu chegando ao lado de Narcisa.

Não soube o que dizer, apenas sorriu para o diretor e assentiu de leve. O que falaria ao homem? Que na verdade a culpa era sua? sua e de sua fraqueza, já que nunca foi mulher o suficiente para enfrentar Lúcio. Que passava por tudo o que passou em silêncio, sem ser capaz de agir. Achava vergonhoso de mais ter que admitir que na verdade o marido podia fazer o que quisesse, com ela e com a família, porque Narcisa sempre acabava da mesma forma quando tentava interferir: ferida e trancada em seu quarto na Mansão Malfoy.

- Pensei que Severo estaria aqui com você. - o diretor comentou tirando Cissa de seus devaneios.

- Ele estava, mas acredito que Voldemort tenha o chamado. - disse. - Não estava bem. Parecia descompensado.

- Ele machucou você? - Dumbledore a olhou preocupado.

- Não. - Narcisa disse rapidamente. - Mas não estava em seu perfeito juízo. E me preocupa o que vai acontecer quando o Lord das Trevas resolver puni-lo pela interferência.

- Isso também me aflige, minha cara. - suspirou cansando. - Mas vim pedir-lhe, Sra Malfoy...

- Por favor. - o interrompeu. - Narcisa, apenas, por favor.

- Oh, me desculpe. Havia esquecido. - assentiu para ela. - Vim pedir-lhe, Narcisa, que procure por Draco. Severo veio pedir- me que fique de olho em seu filho, já que a força da maldição da morte lançada for algo fora do comum. Por enquanto é melhor deixarmos que ele permaneça em Hogwarts, para o bem dele próprio. Mas eu gostaria que você tentasse perguntar a ele o que está acontecendo. Creio que ele vá abrir-se com você.

- Já procurei por ele mais cedo, mas ele não estava no castelo. - disse. - Tenho até medo de pensar onde estava. - suspirou. - Mas irei atrás dele novamente mais tarde.

- Ótimo. - disse. - agora, o que acha de irmos almoçar? - sorriu de leve.

- Eu estou sem fome. - disse. - Mas nos vemos mais tarde. Se não se importa, irei me recolher.

Viu o diretor assentir e seguiu para seus aposentos. Ao chegar, banhou-se e se arrumou, seguindo para seu escritório. Precisava encontrar algo que ocupasse sua cabeça até ir falar com Draco. Pegou as redações sobre os trabalhos realizados durante a semana e começou a corrigir. 

~*~

Severo aparatou na frente da Mansão Malfoy e parou alguns segundos. Estava ainda tentando entender os acontecimentos das ultimas horas: primeiro o atentando a McGonagall, o excesso de magina negra em Draco, seu descontrole momentâneo. E Narcisa. Ainda estava tentando entender sua súbita aproximação à mulher na Torre de Astronomia.

Pensou também em o que dizer ao Lord das Trevas, sabia que as ordens haviam sido bem claras sobre não interferir em nada. E o que ele havia feito? Lançado-se em frente a uma maldição da morte para salvar Minerva. Respirou fundo antes de seguir para o local onde sempre se encontrava com o Bruxo das Trevas. Caminhou notando o silêncio do lugar, achou estranho e por um momento pensou em se preocupar; mas não fazia seu tipo se preocupar com o que o Lord viria a fazer. Voldemort não faria Snape passar por nada que já não havia passado.

Entrou na sala onde Voldemort estava e aproximou-se em silêncio. Quando estava perto de onde o Bruxo se encontrava sentado e de costas, parou e puxou o ar com força.

- Milord. - falou soando firme. 

O bruxo se virou e encarou o Professor a sua frente.

- Severo. - disse. - Sente-se, precisamos conversar. - indicou a poltrona.

Snape caminhou devagar e sentou-se.

- Draco veio até aqui algumas horas mais cedo. - começou em um tom que Snape não estava acostumado a ouvir. - Ele disse-me que você não permitiu que ele concluísse com o que foi fazer. Pensei ter sido claro quando falei que não aceitaria interferências, Snape.

- E o senhor foi, Milord. - o homem respondeu. Sua voz era calma e neutra, como se não tivesse culpa do que estava sendo acusado de ter feito. - Permita-me que me explique. 

Voldemort levantou-se e deu a volta na poltrona de Snape, indo até uma mesa com algumas garrafas de bebida. Serviu o que parecia ser dois cálices de Vinho dos Elfos e voltou para onde estava, entregando um deles a Severo, que o pegou receoso, mas sem mostrar a desconfiança. O homem com cara de cobra estava agindo de forma estranha, até demais.

- Pois estou ouvindo. - disse, sentando-se novamente.

- Ah, pois bem... - começou. - Eu estava avisado sobre o ataque que Draco estava preparando e fiquei esperando por ele no último mês, mas devo dizer que o garoto escolheu um péssimo momento para realizar a tarefa. Veja bem, Milord, quase todos os alunos de Hogwarts estavam em Hogsmeade, além de todos os moradores. O ataque começou logo no inicio do passeio, onde estavam todos concentrados no mesmo lugar. O que seria do meu disfarce se deixasse a maldição chegar até a velha? Todos estavam vendo e participando do que estava acontecendo. Narcisa, devo dizer, fez o melhor que conseguiu com os alunos, mas mesmo assim alguns disseram ter visto alguém muito semelhante ao garoto Malfoy amaldiçoar a professora. Se McGonagall morresse nesse momento, nosso trabalho e nossos disfarces cairiam por terra. - falou como se fosse a maior das verdades contadas em sua vida.

- Entendo. Então está dizendo que fez isso para que não desconfiassem de você, e os Malfoy? 

- Sim. Conseguimos muito para que Draco colocasse fora em apenas um dia, por não saber como montar uma emboscada.  - concordou.

O Bruxo das Trevas ficou em silencio um tempo e assentiu no final. Indicou o cálice que estava na mão de Severo e bebeu o seu, como se o incentivasse a beber. Snape levou a bebida aos lábios e sorveu um gole, o doce do Vinho o incomodou a garganta, estava acostumando com bebidas fortes, mas tomou o resto.

- Estarei esperando que você pontue o momento certo para a morte da velha, Severo. - Voldemort disse. - Agora suma.

O professor colocou o cálice na mesa de centro e levantou-se, e seguiu para fora. Estava achando tudo aquilo extremamente estranho. Alguma coisa estava acontecendo. Por que o Lord não o havia castigado? Esperava pelo menos uma boa longa de Cruciatos. Saiu dos limites da Mansão Malfoy  e aparatou para Hogwarts.

~*~

Narcisa tentou ao máximo se concentrar no que estava fazendo, mas parecia impossível. Mandou uma coruja para Draco pedindo que ele a encontrasse nos jardins, fora dos olhares de todos. Saiu de sua sala e foi para lá. Esperou mais do que imaginou que esperaria para Draco chegar. Sentou-se em uma das pedras do lugar e respirou fundo. Sabia que não seria uma conversa fácil.

- Mãe. - ouviu a voz do garoto e virou-se. 

Levantou rapidamente e foi de encontro a ele. Quis abraçá-lo, mas foi impedida.

- O que há? - perguntou. - Deixe-me ver como está.

- Você não tem nada para ver. - disse. Sua expressão estava estranha. Lembrava Lúcio mais do que narcisa gostaria. - Diga logo o que quer.

- Quero saber o que aconteceu hoje de manhã. - ela disse. - Onde estava com a cabeça em atacar a professora McGonagall no meio do vilarejo?!

- Está me pedindo satisfações? - aproximou-se dela com um olhar estranho. - Não lhe devo satisfações. Não é porque agora o Lord aceitou você como uma meretiz como tia Bella é, que devo-lhe alguma...

O garoto parou ao sentir sua mãe acertá-lhe o rosto com a mão espalmada. 

- Eu ainda sou sua mãe, respeite-me ao falar comigo! - ela disse. Recolheu a mão junto ao peito.

- Ora sua...! - Draco adiantou-se a segurou pelos cabelos. - Papai deveria ter se esforçado mais para ensinar você a se portar.

Narcisa estava totalmente sem reação pela a forma com que o filho agiu. Pode ver de relance a Marca Negra mexer-se em seu braço, como se recém conjurada. Sentiu o garoto ser puxado com violência para trás por um homem alto de vestes negras.

- Quem pensa que é para falar e agir assim com sua mãe moleque? - Severo o segurou pela gola. - Se não teve um pai para ensiná-lo como agir feito homem, eu posso fazer.

- Solte-me. - ele se afastou. - Não vou perder meu tempo com você. Logo Voldemort vai lhe dar o que merece.

Saiu a passos largos para dentro do castelo. Narcisa sentiu as lagrimas começarem a descer por seu rosto e caminhou para dentro do castelo, em direção contraria à que o filho havia ido.  Ouviu Severo chamá-la mais de uma vez, mas não deu ouvidos, continuando seu caminho em direção aos seus aposentos. Entrou e escorou-se na porta, sentindo seu corpo escorregar até o chão e ali chorou.

Chorou por seu filho e sua família. Estava sentindo as coisas mais preciosas que tinha escapar-lhe pelos dedos e não podia fazer nada.

~*~

Snape esperou alguns segundos até que o choque de ver o seu afilhado agindo daquela forma com a própria mãe havia lhe causado. Entrou e seguiu para seus aposentos. Sentou em sua cama alguns segundos e pensou no dia.

Nada estava fazendo sentindo, mas isso já era coisa de muito tempo que parecia só piorar. Pediu a refeição no quarto e passou a tarde corrigindo as avaliações que já haviam sido feitas. Passou quase cinco horas nisso e quando terminou, estava com uma das piores dores de cabeça que já havia sentido na vida. Seguiu até seu armário de poções e procurou pelo frasco da poção para dores de cabeça, mas não a encontrou. A dor estava piorando, a luz parecia queimar seus olhos, estava de mais.

Caminhou até o laboratório e buscou novamente a poção entre as prateleiras, mas nada. A dor agora era alucinante, tentou se segurar, mas só acabou levando metade dos frascos da estante consigo quando caiu de joelhos no chão. Levou as mãos aos ouvidos, estavam zunindo alto, alto até de mais. Seus olhos escureceram e tossiu. Estava tudo ficando pior. Contorceu-se e caiu deitado. O primeiro grito de agonia escapou por seus lábios. Podia sentir algo queimando em suas veias como... Veneno. Havia sido envenenado. 

Mais uma forte fisgada e um novo grito escapou por sua garganta. Tentou abrir os olhos, mas só conseguia ver a escuridão que o cercava cada vez mais perto.

~*~

Narcisa demorou um tempo para se recompor e lembrou-se de Severos. Havia corrido para longe do homem  e o mínimo que devia era um "Obrigada". Levantou-se de onde estava e se ajeitou antes de sair de seus aposentos rumo as masmorras. Entrou no corredor do escritório de Snape e ouviu o primeiro grito. Travou. O que era aquilo? Mais um grito veio e Cissa compreendeu de quem era. 

Entrou no escritório de Severo abrindo a porta bruscamente e olhou em volta, procurando por ele. Nada. Ouvi-o gritar novamente e correu para o laboratório de poções. Encontrou o homem caído no chão entre líquidos coloridos e cacos de vidros. Suas mãos apertavam com força seus ouvidos e seus olhos estavam fechados em um aperto. Viu-o contorcer-se e gritar novamente.

- Severo. - ela ajoelhou-se ao lado dele. - Por Merlin, o que está acontecendo? - tentou procurar algum ferimento com os olhos, mas não encontrou nada.

Snape arqueou as costas em um espasmo de dor e gritou. Narcisa estava entrando em desespero, não conseguia saber o que fazer. Pegou a varinha nas vestes com as mãos tremulas.

- Expecto Patronum. - disse.

Uma raposa saiu de sua varinha e correu em volta dela e do mestre de poções.

- Vá buscar Dumbledore e a Professora McGonagall, rápido. - falou. Viu seu patrono correr para fora do laboratório. 

Colocou a varinha no chão ao seu lado e aproximou-se mais do homem que ainda se retorcia em longos espasmos. Colocou a cabeça dele em seu colo e encostou a testa na sua.

- Aguente firme. - sussurrou. Sentiu uma lágrima descer por seu rosto. - Não vou perder você.


Notas Finais


ELA TÁ APAIXONADA SIM. Só talvez não queira admitir ainda.

Parece que o castigo do Severo foi mais sério do que ele esperava, mas e aí?
O que esperam para o próximo?

Mantemos nossa meta de 4 comentários.

Um beijo na nuca esquerda e até o próximo!


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