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História O Enigma Sherlock Holmes - O sinal dos dois - parte 1


Escrita por: Cyh1889

Notas do Autor


Desculpem a demora pra postar, o capitulo ja estava pronto porém como já relatei antes eu não tenho internet em casa ai fica embaçado kkkkk, mas enfim espero que gostem desse capitulo ;)

Capítulo 18 - O sinal dos dois - parte 1


Fanfic / Fanfiction O Enigma Sherlock Holmes - O sinal dos dois - parte 1

Dois meses se passaram desde o caso Cicada 3301. Com o casamento de John e Mary as portas, eu estava cada vez mais presente no 221B ajudando com os preparativos.

Sherlock e John continuavam investigando casos curiosos como sempre, algumas vezes até participava, mas desde a ultima vez que Mycroft o visitou nos afastamos, às vezes mal nos falávamos e isso me consumia cada dia mais. Estava apaixonada por Sherlock Holmes e isso era um caso do qual eu não conseguia solucionar.

 

- O que acha desse? – perguntou Mary animada, fazendo a prova do seu quinto vestido de noiva. – Wendy! Será que da pra você opinar pelo menos nesse!?

- Desculpe! – afastei meus pensamentos e encarei minha amiga –  sinto muito...estava distraída.

A futura esposa de John desceu do pequeno degrau que estava e se sentou ao meu lado. Mary era mais velha que eu, experiente e madura. Meu coração andava tão divido sobre o que fazer que mal conseguia conversar com as pessoas a minha volta. Talvez ela fosse à única com quem eu poderia me abrir naquele momento.

- Não precisa me dizer nada, sei que essa tristeza tem nome e endereço. Sherlock Holmes, Rua Baker, apartamento 221B – ela sorriu gentilmente.

- Desde quando você...

- Acho que se esqueceu de que sou a futura esposa do melhor e único amigo de Sherlock – rimos as duas.

- Eu não queria Mary – suspirei – Sei o que ele pensa a respeito de sentimentos e isso está me matando!

- Sabe Wendy, talvez esteja enganada. Acredito que ele tenha motivos fortes pra se manter distante de relacionamentos, mas que ele não sinta nada!? Ele pode enganar a todos, mas eu vejo nos olhos dele o motivo de não querer ninguém por perto – os olhos de Mary se entristeceram de repente – não o culpo, tentei afastar esse tipo de coisa de mim e não funcionou.

- Do que está falando?

- Talvez um dia você descubra por conta própria se ainda não percebeu – sorriu e voltou a prova do sexto vestido – O que acha desse? Opinião sincera?

- Você está linda – dei-lhe um sorriso.

- Ótimo! Então será esse!

 

No dia seguinte acordei cedo e me arrumei. As aulas tinham iniciado e de certa forma estava empolgada em poder encher minha cabeça com formulas e mais formulas químicas, tudo para afastar Sherlock dos meus pensamentos.

Minha turma ainda era a mesma, talvez com algumas pessoas a menos, porém alguns professores eu nunca havia visto, exceto por um rosto pouco familiar, uma mulher de cabelos castanhos escuros, lábios finos e olhos tão azuis quanto o céu.

- Bom acredito que ainda não me conheçam. Sou Diana, serei a nova professora de genética – percebi seu olhar me observar em meio a outros alunos – Tenho certeza que esse semestre será divertido.

 

Assim que o sinal da ultima aula soou, me apressei em guardar meus livros. Não notei quando a professora se aproximou e apoiou uma de suas mãos sob a mesa.

- Wendy, estou certa? – a mulher tinha um sorriso sínico, eu podia jurar. – Soube que é muito boa em genética, ficaria feliz se pudesse participar de uma reunião que faremos nessa sexta –feira, o que acha?

Havia algo de familiar nela. Conhecia aqueles olhos de algum lugar, mas não me lembrava de onde.

- Infelizmente não posso prometer nada. Tenho um amigo que irá se casar e estou ajudando com os preparativos. Desculpe. – tentei soar o mais firme possível.

- Casar é!? – seu sorriso se alargou – tudo bem, sem problemas. Afinal não se pode deixar um amigo na mão não é mesmo!?

- Se me der licença, tenho um compromisso agora. Até mais. – Atravessei o corredor do auditório e segui até a saída sem olhar para trás.

Eu sabia que algo estava errado, mas não conseguia entender o que. Sentia-me ameaçada de alguma maneira, sentia que algo ruim estava preste a acontecer.

Quando alcancei a porta de saída avistei um homem parado próximo ao grande carvalho.

- Como vai senhorita Wendy?

Bufei.

- O que você quer Mycroft?

- Está passando tempo demais com meu irmão, já adquiriu até os trejeitos, céus! – a expressão de desgosto em seu rosto me fez rir, não de alegria, era mais parecido com raiva.

- Veio aqui me dizer para não se aproximar de Sherlock, não é? Bom se for isso é uma grande perda de tempo, pois ele mal olha na minha cara esses últimos meses. – cruzei os braços deixando claro minha impaciência.

- Só quero lhe pedir um favor – disse ele com uma expressão seria – fique de olho em Sherlock Holmes, algo me diz que uma velha amiga retornou a Londres há alguns dias e sei bem o que essa mulher pode causar em meu irmão.

Não odiava Mycroft, mas detestava o jeito como ele conseguia me manipular a respeito de Sherlock.

- Olha se quer vigiar seu irmão mais novo fique avontade, mas eu não sou obrigada a participar disso. Se a ex-namorada está na cidade para um ato de reconciliação, que faça bom proveito! Não vou bancar a babá!

Mycroft riu.

- Está se mordendo de ciúmes não é!?

Senti meu rosto corar de raiva e constrangimento. Era tão evidente assim o que eu sentia?

- Eu não te dei o direito de deduzir o que eu sinto!

- Fique calma, não estou aqui para causar a terceira guerra mundial. Irene Adler está de volta e sei que está trabalhando com Jim Moriart. A única coisa que peço é que fique de olho em Sherlock, afinal aquela mulher já o enganou uma vez.

- Moriart? Será que ele ainda pretende fazer algo durante o casamento de John e Mary? – perguntei.

- Bom isso eu não saberei lhe responder, mas como alguém que tem interesse pessoal em Moriart, peço sua colaboração com qualquer sinal que você possa ter caso note algo de diferente nas saídas de Sherlock Holmes.

- Porque eu? John ainda não se casou!

- Simples. Os sentimentos que tem pelo meu irmão são maiores que qualquer briga ou ciúme, sei que fará o que peço porque está apaixonada demais para deixa-lo correr algum risco – o sorriso de satisfação de Mycroft me deixava ainda mais irritada, mas ele tinha razão, eu faria o que ele estava me pedindo porque Sherlock tinha tomado um espaço tão grande e profundo em minha vida que era impossível negar algo quando se tratava dele, mas meu orgulho ainda existia e algo que me deixava extremamente irritada era ser rejeitada por alguém, como o detetive vinha fazendo.

- Se eu ajudar você, vou querer uma coisa em troca. – falei firme

- O que seria?

- Quero saber porque Sherlock despreza sentimentos.

Mycroft sorriu.

- Você não está apaixonada por ele, é algo mais forte não é mesmo? Você não pode controlar e isso está deixando-a louca. Você o ama – ele riu – pessoas comuns são tão previsíveis! No seu caso tenho que parabeniza-la, amar Sherlock Holmes não é pra qualquer uma.

Meu sangue subia e a raiva aumentava a cada segundo.

- Eu não o amo!

Os olhos de Mycroft se reviraram.

- Bom, já que estamos acertados, comece seu trabalho que dou minha palavra que conto sobre o passado do meu irmão. – se virou e seguiu seu caminho até o automóvel escuro, após ter feito isso desapareceu na esquina seguinte.

Estava à mercê de Mycroft. O infeliz sabia que poderia me manipular usando meus sentimentos como arma e isso me deixava extremamente irritada, mas isso não era tudo, se Irene Adler estava de volta, Sherlock provavelmente já sabia e talvez o motivo de sua estranheza fosse exatamente ela.

Respirei fundo tentando aliviar o peso que meus pensamentos estavam causando em mim, estava impossível.

 

A semana se passou. Durante minhas visitas ao 221B da Rua Baker, notei que Sherlock quase não saia durante o dia, mas sim todas as noites. Não alertei Mycroft dessas escapadas noturnas até ter certeza aonde o detetive ia. Passei a segui-lo, porém na noite de quarta-feira, enquanto seguia o caminho da noite anterior, Sherlock parou em um beco, o mesmo em que o perdia de vista todas as noites. Ficou imóvel por alguns minutos e em seguida virou a direita. Sua atitude repentina me fez ficar a alguns passos para trás, então comecei a correr e de repente senti alguém me puxar com força quando cheguei na curva onde ele havia desaparecido minutos antes.

- Mycroft deve ter lhe prometido algo muito valioso pra se sujeitar a um trabalho tão patético! – disse Sherlock deixando claro em seu tom de voz seu aborrecimento.

- Quer me soltar? – me desvencilhei de sua mão.

- Sinceramente não entendo – suspirou – porque está fazendo algo assim? Pensei que era mais inteligente que isso, estou vendo que me enganei.

- Mycroft acha que você está se encontrando com Irene Adler – respondi num tom ríspido. Sentia raiva e o maldito ciúme.

Sherlock riu.

- Está tão apaixonada assim por mim que qualquer um consegue te manipular tão facilmente? – Seus olhos me mediram dos pés a cabeça e percebi que isso queria dizer uma coisa, ele me achava entediante.

Não consegui dizer se quer uma palavra. O que eu estava fazendo era humilhante. Seguir Sherlock Holmes durante a noite, e tudo isso por conta de um sentimento destrutivo! Talvez ele estivesse certo a respeito do amor e no momento eu era o lado perdedor.

- Volte para o seu apartamento e diga ao meu irmão que vá cuidar da própria vida!

Senti algumas lágrimas descerem pelo meu rosto. Eu era patética. Vire-me e caminhei devagar pelo caminho que havia feito meia hora antes. Sherlock ficou parado ali por alguns instantes, mas desapareceu segundos depois.

 

Não tornei a vê-lo até o dia do casamento de John. Seriamos os padrinhos e teria de encara-lo, então durante as semanas que se passaram coloquei em minha cabeça que não deixaria mais me levar por um sentimento tão banal.

Quando Mary me pediu para ajuda-la a se vestir, me senti lisonjeada, afinal apenas a melhor amiga pode acompanhar a noiva num momento tão importante como esse.

- Obrigada por ter vindo Wendy.

- Imagine, sabe que eu faria qualquer coisa por você e John, Mary.

Vê-la tão feliz me fazia sentir o mesmo. Depois que terminamos de fechar os últimos botões do vestido, Mary estava pronta para subir ao altar.

A igreja estava cheia. De onde estava consegui enxergar Lestrade e senhora Hudson, que acenavam para mim animados. Sherlock estava ao meu lado, lindo em seu terno preto. Algumas vezes percebia seus olhos me observando, mas me mantive fechada todo o tempo.

Quando a cerimônia terminou, nos dirigimos ao salão de festas. O lugar era parecido com um casarão antigo. Havia varias mesas para os convidados e uma maior para os noivos, padrinhos e damas de honra, foi onde nos sentamos para ouvir o discurso de Sherlock. Confesso que me emocionei quando vi o carinho que o detetive tinha pelo amigo, quando prometeu protegê-los de qualquer perigo ou ameaça, mas como sempre ouve seus relatos de casos ao lado de John, como o do homem pariposa.

Enquanto o detetive relatava de forma envolvente sua missão com o amigo, percebi um movimento estranho vindo do lado de fora da janela. Havia alguém lá.Caminhei devagar até Mary e me curvei para lhe dizer em voz baixa que precisa ir ao banheiro com urgência. Sai pelo canto esquerdo do salão e caminhei devagar até me aproximar do hall de entrada.

Atravessei a porta de entrada com cautela.

- Está estonteante nesse vestido.

Um homem de estatura média, cabelos bem penteados e um olhar perturbador estava parado a minha frente. Sabia  que o reconhecia de algum lugar, mas não me lembrava de onde.

- Quem é você?

- Acho que deve me acompanhar se quiser descobrir – Ao abrir seu paletó notei que ele estava armado. Não queria estragar o momento de Mary e John então o segui em silencio.



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