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História O espadachim e a Chama dos deuses. - Fantasma


Escrita por: Gustavolp13

Capítulo 7 - Fantasma


Allan viu a magia chegando de forma tão lenta que perguntou-se se a própria Silvia não havia disparado uma magia tão lenta apenas para ele desviasse e assim ele fez, decidiu não atacar a menina. Ela pareceu apenas assustada, Allan tentou quebrar a distancia entre eles, mas isso deixou a menina apenas mais nervosa.  Silvia levantou seu cajado novamente e uma aura avermelhada brilhou em volta do seu corpo.

- Furacão ardente !- chamas dançaram em volta da menina afastando Allan que saltou para trás preocupado se deveria usar Hyperion ou não.

- Então fantasmas existem mesmo- A menina disparou – Eu vou fazer com que você volte para a escuridão e deixe Allan descansar em paz.

- Sou eu mesmo Silvia, não que me deixar cair tenha sido uma boa coisa – Allan revelou.

- Mentira – A mulher lhe apontou o cajado.

Allan saltou ao seu encontro enquanto a menina conjurava novamente sua magia de fogo, conhecia Silvia e sabia como ela era poderosa, não poderia dar espaço para as magias ou então ele se transformaria em uma pedra de carvão. Conseguiu quebrar a distancia entre eles e a atingiu o mais forte que pode com o cotovelo fazendo a menina perder o ar antes de Allan arrancar o cajado de suas mãos e o jogado para trás.

- Eu sou real – Disse cara a cara com a menina.

Os olhos vermelhos da menina se arregalaram e então por fim ela pareceu ter acredito nas palavras do jovem, caiu de joelhos ainda chocada, Allan recuperou o cajado da menina e o ofereceu a ela.

- Como, nos tínhamos certeza que você tinha caído, o que aconteceu com seus olhos, porque um está vermelho? – Questionou.

Allan deu os ombros deveria ser o efeito do núcleo de Prometeus, mas ele não tinha a intenção de contar isso á Silvia uma de suas ex companheiros, poderia se vingar na verdade havia pensado muito nisso, mas ao ouvir sua família falar como Lucas deu a eles o dinheiro da recompensa do Minotauro.

- Eu cai no fundo, aprendi um pouco mais sobre meu tipo de magia – Allan mentiu – Obrigado por darem a recompensa para meus pais.

- Sua irmã é aluna da minha mãe, eu me arrependi por não ter te alcançado. – Silvia afirmou – Tenho que contar aos outros, eles vão ficar tão aliviados que você sobreviveu.

A lembrança das palavras de Lucas sobre ele ser um escudo vieram em sua mente tão rápido quanto um trovão corta o céu. O jovem balançou a cabeça e ajudou a menina a se levantar, juntos entraram na casa do jovem para que Silvia falasse com a irmã do jovem.

Allan olhou no espelho e viu que seu suposto olho vermelho retornou á sua coloração castanha normal, suspirou. Enquanto Silvia estava em sua casa o jovem decidiu visitar seus outros exs companheiros e deixar que eles dessem uma boa olhada no fantasma que retornou para eles.

Andou até a taverna onde os gêmeos, Alicia e Alex ficavam, Allan entrou com calma e buscou uma boa mesa para analisar o lugar em busca dos seus alvos, pediu uma caneca de suco de laranja e algum assado, gastando algumas das moedas que seus pais lhe deram. Os gêmeos não mudaram nada, chegaram juntos rindo de algo que Alex estava falando, Allan encarou os dois e reparou como em todos os seus anos servindo juntos como um grupo ele sabia pouco deles.

Eles vieram do reino vizinho além do mar, sobreviventes de um naufrágio no Cabo sul os dois foram os únicos que sobreviveram e saíram do mar usando sua magia. Alex dominava a magia com o elemento água enquanto sua irmã usava a luz, muitas vezes foi a menina que iluminou o caminho certo para o grupo em alguma caverna ou um andar escuro da Masmorra. Allan decidiu que não havia motivo para confrontar os gêmeos.

Saiu da taverna sem ser notado e se dirigiu á mansão murada que havia em sua cidade, era ali que Lucas um pequeno nobre morava. Os muros não eram tão altos, mas havia pelo menos uma dezena de guardas protegendo o local. Os homens eram magos comuns usavam lanças para intimidar e tinham grimorios presos em seus cintos.

O que houve garoto, estou sentindo sua hesitação – Hyperion falou em sua mente.

- Estou em duvida se derrubo os guardas para entrar ou peço para chamarem o filho do mestre deles. – Revelou.

Porque não passa por cima deles ao invés de por eles – Hyperion falou em sua mente.

Allan questionou o espirito em sua espada, mas Hyperion permaneceu quieto. O jovem suspirou e decidiu usar sua imaginação para passar por cima dos muros sem atingir os soldados, decidiu usar suas chamas como um propulsor. Para se lançar para cima e então cair no gramado da casa. Suspirou

Concentrou-se nas chamas que já viu Prometeus manipular e para sua surpresa uma de suas mãos começou a arder em chamas vermelhas, Allan sorriu, era estranho e maravilhoso ter magia depois de uma vida inteira sem.

Levou uma das mãos ao chão e sorriu imaginando um nome para a magia que estava prestes a usar.

- Eleve-me aos céus – Conjurou enquanto suas chamas o jogavam para cima.

Conseguiu passar cima do muro, mas para o seu azar Allan caiu de cara na grama com toda a força, levantou-se em um salto e deu tapas em sua roupa para tirar a grama e tentar recuperar um pouco de sua dignidade.  Perguntou-se qual seria o quarto de Lucas e viu que apenas um dos quartos tinha uma sacada. Sorriu e decidiu arriscar.

- Me transporte por suas correntes, pois sou digno – Conjurou novamente.

Uma nova corrente de ar o levou até a sacada onde o jovem arrarou o parapeito para subir. Se fosse um mago normal ele poderia voar até a janela, mas como um mago neutro só pode chegar até ali. Ergueu-se devagar e subiu na sacada. Suspirou e sacou Hyperion para bater na porta.

Bateu com o cabo e esperou, a porta foi aberta e o rosto de Lucas surgiu, estava do mesmo jeito de que Allan se lembrava, sorriu ao ver o espanto do ex amigo que levou a mão a cintura talvez procurando um grimorio para aumentar suas magias. Allan colocou Hyperion em seu pescoço antes disso.

- O que foi? Não acredita em fantasmas? – Allan perguntou.

- Eu não queria te deixar lá, mas não tinha o que fazer – Lucas tentou justificar.

Estava visivelmente nervoso com a espada negra em seu pescoço, sorriu começou a murmurar uma magia ofensiva bem baixa. Impulso de fogo seria o bastante para atingir aquele escudo recém ressuscitado dos mortos.

Allan percebeu o murmúrio do ex amigo e suspirou não poderia mostrar seus novos poderes então usaria a força bruta. Chutou o estomago de Lucas antes que ele pudesse terminar sua conjuração o jogando para dentro do quarto. Podia ter rasgado o nobre com Hyperion, mas preferiu acertar um soco em seu rosto, e então outro e outro. Chocado Lucas tentava conjurar magias em meio aos golpes, mas Allan não lhe daria essa chance.

Depois de alguns golpes o rapaz parou a si mesmo para visualizar o nobre estendido no chão de seu próprio quarto sangrando pela boca e pelo nariz e com seus olhos vermelhos em puro ódio por sua situação.

- Você deve sua vida ao gesto que fez a minha família – Allan alertou virando-se para sair.

- Você era meu escudo, meu amigo e meu leal escudo – Lucas berrou enquanto Allan saltava.

Allan terminou seu dia de fantasma decidido a caçar mais Bestas magicas para devorar sua carne rica em mana para que pudesse controlar melhor seu núcleo neutro. Ele era considerado um escudo por seu amigo mais antigo. Um escudo que voltou-se contra ele. Allan não sabia o porque não matou o ex amigo e sinceramente não queria saber só provar que ele conseguia devolver o que sentiu valia a pena agora ele tinha uma nova vida e um novo proposito.

Poderia usar seus novos poderes para limpar a Masmorra ganhar dinheiro o bastante para erguer seu próprio negocio. Uma escola de esgrima onde ele ajudaria a outros entenderem que a espada e a magia são caminhos iguais e não tão diferentes.

Ele nunca mais seria desprezado por apenas lutar com sua espada.

Nunca mais.

O fantasma sumiu na noite.



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