Acorde, jovem perdido. Acorde.
E com essa voz em sua cabeça, Finn levantou, e finalmente, havia silêncio na sua mente. Finn se percebeu no templo de Hades, provavelmente o que estava escutando eram mortos, porém, essa voz específica que o despertou, essa voz era familiar. E aos poucos, Finn começou a explorar o lugar, viu uma estátua enorme de Hades e ao seu lado, o cão Cérbero. Era uma imagem que demonstrava quem era aquele que liderava todos por ali. Ao caminhar mais, Finn vê a origem do mundo demonstrada em uma sequência de quadros. Ele vê, no primeiro quadro, algo confuso, estrelado e de certa forma, indescritível, na legenda abaixo havia escrito: O Caos Primordial. Em outros quadros havia Gaia e os Titãs. Estavam também representados os filhos do Caos Primordial, como a Noite, e sua prole, como as moiras, a Morte, e entre outros. Havia a titanomaquia, havia os deuses, havia o mundo. Finn continua a explorar, até que ele para numa porta, dourada e desenhada com flores, uma porta bela, que tinha escrito nela o nome Perséfone. Finn sente que atrás daquela porta há algo o chamando, algo guiando-o, e que ele precisa abrir aquela porta. Ao abrir, ele encontra um quarto cheio de plantas e raízes, todas verdes e saudáveis, e uma mulher as regando, de costas à Finn. E então, ela fala:
O cheiro de Monisi está em você.
Ela se vira e Finn toma um choque, assim como a própria Perséfone. Finn vê alguém familiar nela, uma sensação estranha. A aura dela lembrava Despina, ele sentia isso nela, sentia que aquela mulher era ligada a Despina. Ao mesmo tempo, Perséfone entra em choque, ela vê um garoto quase que igual a seu filho, Zagreus. A pele cinza, os olhos heterocromáticos. A aparência do garoto denunciava uma verdade que abalaria Perséfone. Aquele garoto ali era filho de Hades, filho fora do casamento, o que significava ao menos, uma mentira. Hades nunca falara que tinha um casamento anterior ao do atual, e nunca mencionara um filho. Perséfone fica confusa, indecisa, não sabe o que fazer. Até que Finn quebra o silêncio perguntando:
Quem é você?
Perséfone engole seu atordoamento e responde:
A Rainha do mundo dos mortos, a deusa da colheita, a deusa da fertilidade, a mãe de Zagreus e a filha amada de Deméter. Sou Perséfone. E você, bastardo, quem é você? De onde você vem? O que procura aqui na minha casa?
Finn fica mais chocado, até a forma como Perséfone proliferava aquela palavra, bastardo, era idêntica a Despina. Para ele não havia mais dúvida depois do esclarecimento de Perséfone, ali estava a irmã mais velha de Despina. Mas por que chamaria Finn de bastardo? Na dúvida, Finn questiona:
Por que me chamas assim? Não sei de quem sou filho, e me chamas de bastardo? Então sabe quem é meu pai? Ou minha mãe? Quem são eles?
Perséfone se enfurece, ela começa a criar um raio, idêntico ao de Zeus em sua mão, e o lança em Finn. E ao mesmo tempo diz:
Como ousa?!!
A explosão o joga para longe, mas não o atordoa. Finn já tinha sofrido com mais danos e aquilo não o derrotaria. Mas, Finn fica impressionado com o raio, pois percebe claramente, que aquela ali era filha de Zeus. Jogado ao longe, Finn vai parar fora do templo de Hades. Mesmo caindo no chão, Finn se levanta rapidamente, e entra novamente no templo, mas ao adentrar, Finn se percebe num lugar completamente diferente.
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