História O Ex do meu Atual - Noite de festa

Park Jimin estava a apenas alguns metros de si.

Os cabelos aloirados divididos enquadrando o rosto bem desenhado, os olhos pequenos curvados em um pequeno sorriso. Suas roupas eram em sua grande maioria escuras, o blazer caro que usava tinha um tecido sofisticado reluzente fazendo com que, quando o brilho da noite o alcançasse, a vestimenta brilhasse.

Mas aquele perfume que exalava de si, era doce, porém, sem perder a fragrância natural masculina. Taehyung se encontrava ludibriado enquanto caminhava em passos largos até onde o garoto estava, esperando-o em um ponto de ônibus. O engraçado era que o respectivo local de encontro era próximo do apartamento que o Kim morava, a não mais que duas ruas.  

E certamente, a ansiedade tomava a maior parte do clima quente daquela noite movimentada.

A verdade era que tratar um assunto com uma pessoa por mensagens, sem ter de a ver propriamente dito, e se encontrar com ela eram coisas completamente diferentes. Traziam sentimentos desnivelados, inquietos chamuscando dentro do peito de ambos.

Há cerca de cinco dias atrás, quando Jeongguk fez o pedido para que seu melhor amigo fosse até sua festa de aniversário com Jimin, seu ex-namorado, aquela situação inusitada do encontro que estava prestes á acontecer era, de fato, inimaginável. Conquanto, quando Taehyung retornou ao seu apartamento e se deu o desleixo de ficar atoa por horas a fio em cima da cama, ainda com as roupas da saída, resolveu que chamar Jimin para contar sobre o plano ridículo de Jeon era o melhor a se fazer. Afinal, tinha a ver consigo.

E se descobriu ansioso no segundo seguinte, quando o Park comentou que a ideia de Jeongguk já havia passado por ele antes de chegar até Taehyung. Ele não encontrava problema algum em participar de uma pequena farsa apenas para estar presente em um dos momentos mais importantes de Jeon. Eles eram amigos, e Jimin não conseguia entender porque só Yoongi se recusava enxergar o simplório fato, o que estava estampado para todos verem.

Não precisou de muito para convencer Taehyung, dizendo-lhe que aquele favor poderia ser o presente de aniversário de Jeongguk.

— Estou atrasado? — a voz grossa do Kim falhou miseravelmente pelo nervosismo, encarando Jimin à sua frente, deslumbrado. Estranhamente o achando ainda mais bonito que o normal, olhando-o com olhos os quais jamais ousaria quando o loiro ainda namorava seu amigo.

Soprando uma risada, o Park negou com um aceno logo passando a andar na frente do mais alto, fazendo um sinal para que este o seguisse. Aquelas calças… estavam tão justas na parte traseira, as nádegas fartas marcadas no tecido escuro enquanto se movimentavam conforme os passos do menor.

Caralho! Por que Taehyung estava reparando nisso?

— Não, a festa deve ter começado há umas duas horas, mas… não tem problema. — brincou, dando uma pausa para que o Kim o alcançasse e ficasse ao seu lado. — Você mudou bastante desde a última vez que eu te vi.

Taehyung estava mais bonito, era isso que queria dizer. Os cabelos agora tingidos de um vermelho vivo lisos e com o típico ar rebelde; as roupas claras caiam satisfatoriamente em seu corpo esguio, a pouca maquiagem em seu rosto dando-o um contraste adequado. Ele era lindo, Jimin admitia.

— Ah, não faz tanto tempo assim. Um ano, talvez? — esboçou uma careta engraçada, notando que realmente já fazia um bom tempo… muito tempo. — Quando foi que você e Jeongguk terminaram mesmo?

— Um ano e uns meses, sei lá, não é como se eu ficasse contando o tempo. — atravessaram a rua, já ouvindo o som alto do grande casarão que se encontrava no final da alameda.

Taehyung se amaldiçoou mentalmente, mas que merda tinha na cabeça para puxar assunto logo sobre aquela questão? Mordeu o lábio inferior, nervoso. Era irritante a maneira como o fato de Jimin e Jeongguk terem namorado acerca de alguns anos atrás o incomodava, era anormal e ele não conseguia fugir do acontecido nem se quisesse.

— Hum… É na casa de quem essa festa? — Jimin resolveu mudar de assunto, percebendo Taehyung desconfortável. — Porque pelo que eu sei, Jeongguk e Yoongi moram em um apartamento.

O seu tom de voz demonstrava que de forma alguma o fato de Jeon estar com outra pessoa era desagradável, o menor falava sobre o assunto com trivialidade. Se fosse Taehyung em seu lugar estaria surtando, já que seu lado metódico sempre dominava a maior parte de sua consciência.

— É na casa de um cara que joga basquete na faculdade, no time de Jeongguk. O nome dele é… Seokjin. — encarou o casarão tomado por jovens que bebiam já no gramado, dançando no ritmo da música alta que repercutia por toda a rua vasta. — Ele deu isso como um presente, já que os pais iriam viajar durante o final de semana todo.

— Uau! — Jimin deixou escapar, a boca cheinha desenhada em um círculo engraçado. Agarrou o copo de bebida alcoólica de um indivíduo que passou ao seu lado, sorvendo numa golada só enquanto caminhava ao lado do Kim para dentro da casa tomada por luzes coloridas.

No fim, a ideia de comprar apenas bebidas e deixar com que uma música alta e agitada rolasse a noite toda — essa sendo dada por Yoongi — havia vencido.

O cheiro de suor, álcool, cigarro e outras diversas substâncias tomaram os sentidos de ambos ao entrarem dentro do ambiente abafado onde os corpos se movimentavam juntos, aproveitando da mesma nuvem de embriaguez. Terminaram por se esgueirar dentre a multidão devasta, a procura de Jeongguk, afinal, ele tinha de ver que Taehyung havia cumprido com o acordo mesmo que de fato não houvesse chegado aos ouvidos de seu melhor amigo que isso aconteceria.

Foi uma surpresa até para o próprio, diga-se de passagem.

Sentia o corpo de Jimin se chocar ora ou outra com o seu enquanto estava caminhando à sua frente, roçando-os de forma breve e involuntária ao mesmo tempo que tinham de atravessar os jovens bêbados a procura do maldito do Jeon. A verdade era que Taehyung amava festas, gostava de se divertir e dançar até a luz do sol tomar o céu, porém quando se tinha Park Jimin tão próximo de seu corpo a ideia de se envolver naquela multidão não lhe era atraente, a festa se tornava um ponto insignificante.

Droga, ele estava gostando de estar perto do menor. E aquilo não deveria estar acontecendo.

— Caralho! Eu não acredito que vocês vieram. — ouviram a voz alta de Jeongguk se sobressair dentre a música alta, alcançando-os com dificuldade, empurrando um ou outro. Tinha um copo vermelho em mãos, que logo tratou de entregar para Taehyung, sorrindo largamente feito uma criança. — Porra, essa festa não seria a mesma sem vocês.

O Jeon estava abundantemente alterado por conta do uso de substâncias as quais Taehyung nem queria descobrir o que eram. O importante era seu melhor amigo estar feliz, era o seu dia e ele tinha o direito de ficar louco o quanto quisesse — ou quanto a situação o permitisse. Não se surpreenderia ao encontrá-lo fodendo com alguém no jardim, de tão fora de si que aparentava estar.

— É claro que eu vim. Você acha mesmo que eu ia perder a festa da melhor pessoa do mundo? — brincou gargalhando, desfazendo o sorriso ao encontrar Yoongi logo atrás de seu ex-namorado com uma expressão desgostosa. Era óbvio que ele odiaria ver Jimin, ainda mais falando abertamente daquela maneira com Jeon. — Mas se não fosse por Taehyung, eu nunca acharia o endereço. — Resolveu contornar a situação, agarrando a mão grande do Kim e colando seu corpo ainda mais ao dele. Os olhos pequenos de Yoongi não deixaram de o fuzilar, na verdade, seu rosto estava contorcido por conta do estranhamento.

Primeiro porque estava vendo o ex-namorado de Jeongguk em sua frente, em carne e osso, após tanto tempo. Segundo por Jimin estar com Taehyung, o melhor amigo de Jeon. Porra, o que estava acontecendo?

— Vocês estão juntos? — o Min perguntou, dando um gole em sua garrafa de vodca antes de voltar a encarar sem trégua o loiro. Não poderia ser o que estava pensando.

Mas de certa forma, ele ficou mais tranquilo ao receber o assentir de cabeça vindo de Jimin e Jeongguk, enquanto Taehyung permanecia em silêncio. Seria um problema caso o Park estivesse sozinho e no mesmo ambiente de Jeon, claro que na cabeça paranóica do Min, pois, afinal, eles não tinham absolutamente nada a mais.

A verdade era que ex-namorados sempre seriam um problema, ainda mais se estivesse desacompanhados. Felizmente, para a satisfação de Yoongi, Jimin estaria ocupado — mesmo que estranhamente — com o melhor amigo de seu namorado.

— Eu não te contei? — Jeongguk se virou rapidamente para encarar o rosto do esverdeado. — Os dois estão juntos há um tempo, por isso o Tae fez questão de trazê-lo para a minha festa.

— Não, você não me contou. — rebateu simples, achando aquele comportamento suspeito. O Jeon voltou a encarar, agora, os dois amigos em uma súplica para que fizessem algo ou seriam desmascarados. E, por Deus, a última coisa que queria era ser abandonado justo no dia de seu aniversário.

E conhecia o Min o suficiente para saber que ele era capaz de algo do tipo. Admitia que fosse provocação demais ter Jimin naquela festa, mas não iria abrir mão de sua amizade por uma besteira daquelas.

— É que ainda é bem recente, hyung. — Jimin se intrometeu, depositando um selar rápido no pescoço de Taehyung.

O Kim sobressaltou quando sentiu um arrepio transpassar sua espinha. Não esperava que o Park fosse levar aquela encenação tão a sério, mas ele estava determinado a enganar Yoongi, afinal, já estava ali e não deixaria nada dar errado.

Não era seu estilo.

— Hum. Tá. — deu de ombros, erguendo a garrafa de vodca com um fio restante já que havia consumido todo o conteúdo. — Se divirtam então.

E ele os deixou a sós. Jeongguk e Jimin suspiraram aliviados, vendo que o plano tinha tido êxito. Já Taehyung permanecia inerte, sem saber exatamente como deveria reagir.

— Vocês são demais! — gritou o aniversariante, animado. — Bem, continuem juntos, ele não pode nem sonhar que era tudo mentira… Mas, olha, é só essa noite.

Era só aquela noite, apenas aquela. Taehyung frisou aquela frase em sua mente enquanto o mais novo se afastava para falar com os outros convidados, deixando ele a sós com o Park.

Suas mãos ainda estavam entrelaçadas, o corpo do menor estava colado ao seu possibilitando que pudesse sentir o peito do mesmo se movimentar conforme respirava. Chegou a duvidar sobre a teoria em que dois corpos não podiam ocupar o mesmo lugar, já que a proximidade em que estavam provava o contrário.

— Vamos pegar bebidas, eu estou com sede. — Jimin o puxou, guiando-os até onde estavam as caixas tomadas por gelo e bebidas.

Taehyung até mesmo pensou em lhe dizer sobre álcool não servir exatamente para matar a sede mas deixou essa questão de lado, agarrando uma garrafa média que continha uma bebida da cor vermelha enquanto Jimin optava pela azulada.

Foram para o meio da pista, onde a maioria das pessoas se acumulavam acometidas pela falta de glicose. Passaram a movimentar seus corpos conforme a música, ora dando goladas longas e trocando alguns olhares.

— Achava que Yoongi fosse me matar quando me encontrou aqui. — se aproximando da orelha do Kim, o mais baixo começou a gritar. O hálito alcoólico embriagava os sentidos de Taehyung, sua respiração roçava na parte de seu pescoço e maxilar no mesmo instante que os lábios carnudos ora ou outra se esbarravam com sua pele quente, suada, movimentando-se a cada palavra proferida. — Ainda bem que eu estava com você.

— Não acha isso loucura? — Taehyung se abaixou para fazer o mesmo e possibilitar que o Park entendesse o que era dito. — A gente está fingindo se pegar para o namorado do meu melhor amigo não te expulsar daqui porque você é o ex-namorado do Jeongguk. Imagina um ex de um dos seus namorados aparecesse, assim, do nada, seria loucura.

— Não é loucura, Taehyung. — retrucou, virando mais um gole da bebida azulada. — Jeongguk e eu somos amigos agora, o que a gente teve já passou. Ele está com Yoongi e mesmo se eu estivesse sem você, ainda sim respeitaria isso.

— Jimin… — foi interrompido pelo gargalo de sua bebida a qual o Park o fez beber.

— Ou talvez não. — soltou uma gargalhada, alisando a nuca de Taehyung. — Mas, eu acho que não tem problema a gente fingir já que é só por essa noite.

Os quadris do Park passaram a se movimentar contra a virilha do mais alto, os dedos pequenos rodopiando lentamente atrás da cabeça deste último enquanto seus olhos encaravam os lábios rosados e finos. Estava descaradamente o provocando, mandando aos ares qualquer razão que fosse para deixar de fazer aquilo.

— O-o que… Jimin… Eu… — deixou de falar, a música que tomava os cômodos da grande casa se tornou muda. A excitação passou a tomar seu corpo quando os movimentos dos quadris do Park passaram a se intensificar, possibilitando que sentisse o membro deste mesmo por debaixo da calça justa.

Estavam apenas roçando o corpo um no outro e Jimin já se encontrava em estado de êxtase.

— Vamos fingir direito, então. — as mãos grandes de Taehyung involuntariamente seguraram a cintura de Jimin pressionando em alguns pontos. Sua consciência que gritava o quão aquele flerte era errado estava sendo ignorada e o que certamente importava era acabar com o espaço que ainda separavam seus lábios dos do loiro.

Jimin alisou o abdômen largo do maior à medida em que aproximava seu rosto, passando a língua quente pelos lábios finos de Taehyung como se o saboreasse. Entreabriu a cavidade com a língua, adentrando-a ao mesmo minuto em que capturava a boca avermelhada pela bebida gelada, tomando-a em um beijo quente e lascivo. Exploravam a boca um do outro com desejo, lentamente. Os dedos longos do Kim percorria a curva de sua cintura, sentindo o corpo bem trabalhado sondar-se com o seu.

Já o Park alisava as costas do maior com veracidade, sentindo-o apenas com os dedos que desejavam por tudo conhecer ainda mais de Taehyung.

Sugando o lábio de Jimin, o avermelhado mordeu a cavidade carnuda voltando a beijá-lo pouco depois. As mãos que antes se encontravam na cintura trilharam afoitas até o traseiro do Park, agarrando as nádegas como desde o momento que as enxergou quis fazer.

— Me segue. — afastou-se ofegante, tomado pelo suor que fazia com que seus cabelos claros grudassem na testa. Aquela visão… Taehyung poderia gozar ali, naquele mesmo instante.

Jimin o puxou até um dos banheiros da casa, que encontrou sem muito custo, empurrando-o lá dentro enquanto trancava a porta do pequeno ambiente abafado.

Encarou ao mais alto por um curto período de tempo, voltando a beijá-lo de forma luxuriosa. Agarrando as coxas fartas, apoiou o menor na pia não muito grande, correndo suas mãos para desabotoar a calça escura do Park e puxá-la para baixo acompanhada da roupa íntima expondo o membro desperto, já com o líquido pré-seminal tomando-o.

Taehyung quase gemeu quando sentiu a sua própria intimidade latejar, a fisgada no baixo ventre fazendo-o morder o lábio inferior do menor sem abandonar a cavidade um instante sequer. Ao passo que os beijos quentes se intensificavam, as mãos de Jimin tentavam de alguma maneira se livrar, não completamente, da calça inoportuna do Kim, para que pudesse ter liberdade com o pênis do mais alto e prolongar ainda mais o prazer que estava sendo proporcionado com apenas o roçar do seu na barriga alheia. Os movimentos que faziam para se beijar estimulavam a uma típica masturbação, ora fazendo com que os gemidos do Park fossem soprados em um pedido para que aquele contato não tivesse fim.

— T-Tae… porra. — deixou escapar quando a palma avermelhada passou a bombear lentamente seu membro pulsante. Os beijos que antes trocavam  haviam sido substituídos por carícias no pescoço, ora sugando a pele alheia ou a mordiscando, deixando-a marcada.

— Você não vai gozar tão cedo, Jimin. — sussurrou, massageando a fenda espalhando o pré-gozo arrancando mais um gemido abafado. As veias contornavam toda a extensão do falo, pulsando até a base.

Taehyung alcançou os testículos, movimentando seus dígitos apenas para provocar o mais baixo. Retirou-os e os colocou dentro da própria boca, chupando-os para lambuzar os dedos para, por fim, percorrer até a entrada do garoto mais novo, penetrando-a com cuidado. Ao verificar que a preparação estava feita, voltou a ser beijado desesperadamente por Jimin. Deixou o ósculo de lado, lambendo a jugular do Park trilhando com sua língua quente até o pescoço, chupando-o e saboreando o gosto da colônia que agora se fazia rarefeita por conta do suor que tomava grande parte. Não se conteve em, conforme ia puxando a roupa de baixo, ir deixando beijos estalados nas coxas claras, marcando-as com os chupões que distribuía naquela área.

— Estou marcando território. — Taehyung brincou, recebendo um gemido arrastado do menor em resposta.

— Mas ninguém vai ver. — retrucou com a voz falha, batendo a nuca contra o espelho ao sentir a língua molhada trabalhar em seu umbigo, rodopiando-o.

Soprando uma risada, o Kim ergueu rapidamente o olhar para fitar a expressão de prazer de Jimin, sentindo-se satisfeito ao ter o olhar ludibriado de prazer em resposta.

— Quem disse? — depositou um tapa forte na coxa direita, causando um estalo. Sorriu sacana, arrancando mais um suspiro do outro. — Eu vou.

 Se afastando minimamente para puxar um pouco mais a roupa que o atrapalhava, adentrou o espaço entre as duas pernas grossas, espalmando suas mãos nelas, marcando-as ainda mais. Jimin, um tanto trêmulo pelo prazer que o acometida, agarrou a própria blusa — antes se livrando do blazer — e prendeu a camiseta na boca, de forma provocante. O batente da pia se tornava um lugar pequeno, mas um bom apoio para o Park.

Levando a vestimenta da parte de baixo ao chão, sem propriamente tirá-la, o de fios vermelhos foi envolto pelas pernas de Jimin. A glande se apossou da entrada do outro, sendo engolida de forma lenta. E na medida que Taehyung adentrava o Park, este jogava a cabeça para trás com o som de seu gemido sendo abafado pela camiseta escura que ainda mordia.

Taehyung estava ficando louco com o quão aquele garoto conseguia ser sensual.

Ao longo do processo, tal prazer era compartilhado pelos dois seres presentes ali, se intensificando algo que já tinha nascido desde suas preliminares.

Jimin rebolou estimulando o Kim a penetrá-lo devagar, em movimentos de vai-e-vem. As investidas se tornaram mais fundas, rápidas, prazerosas para ambos empalados naquele clima de prazer que um proporcionava para o outro. As mãos grandes do Kim espalmavam nas coxas fartas do menor, se apoiando ali enquanto impulsionava o quadril para frente, sentindo sua pélvis ir de encontro com a entrada do outro, enterrando-se ali.

Os lábios que gemiam de prazer de Jimin — após o mesmo deixar a camiseta de lado, que nada lhe ajudava para abafar os sons de seu completo estado de volúpia — foram tomados por um Taehyung sedento, as línguas se encontrando mesmo longe das cavidades.

— Jimin, vamos trocar de posição… fica em pé. — o Kim saiu de dentro do mais novo lentamente, contra vontade e já se arrependendo por ter de deixar de estar dentro de Jimin por um só segundo que fosse, porém, sabia que havia algo que poderia triplicar aquele prazer partilhado… mesmo que já estivesse satisfatório e extremamente excelente daquele modo, era válido aproveitar do quão bom era transar com Park Jimin de outras maneiras.

Puxou-o  para longe do batente e virou seu corpo para a direção do espelho.

As calças do Park se encontravam em seus pés, o seu corpo de costas para Taehyung que não perdeu tempo antes de voltar a entrar dentro de si. O seu peito se movimentava rapidamente, a respiração descompassada, os próprios lábios sendo maltratados pelos dentes que buscavam descontar o prazer em algo que não fosse gemer loucamente o nome do maior.

Notou, então, o espelho que parecia os filmar em sua frente. Dali podia assistir as investidas do Kim enquanto o penetrava com fervor, sua tez avermelhada pelo calor que ambos os corpos compartilhavam naquele pequeno ambiente abafado; o suor escorrendo pelo rosto, pescoço, molhando seus cabelos. Jimin se encontrava de maneira igual, os fios loiros colados na testa, o rosto enrubescido, os olhos nublados de prazer e minimamente curvados como se a qualquer momento fosse entrar em combustão.

E por alguma razão, ficou envergonhado e resolveu desviar o olhar da visão erótica que tinha de si mesmo com o mais velho. Taehyung, percebendo esse seu ato, soltou uma curta risada dando-se conta do que se tratava.

O histórico de Jimin era extenso demais com relação a sexo, ele já havia transado em locais diversificados com muitos tipos de pessoas. Porém, Taehyung nunca imaginou que o veria com vergonha com relação a isso alguma vez na vida, estranhou.

— Por que você está fazendo isso? — perguntou, pressionando a palma em uma das nádegas do Park, apertando-as com vontade.

— T-Tae… Mais… Mais rápido, ah. — gemeu, segurando com força o batente da pia. — N-não é nada… é só que… — desconversou, não tendo uma resposta coerente. A verdade era que estava com vergonha tanto pela situação em que se encontravam quanto pela vermelhidão de seu rosto.

O corpo do mais baixo passou a pingar ainda mais de suor, colando a camiseta surrada em seu abdômen. Taehyung se encontrava no mesmo estado, completamente encharcado.

Alcançando o rosto quente de Jimin, o Kim força-o a virar a face novamente para o espelho, o fazendo se encarar. Sorriu com aquela visão, nunca imaginou que Jimin pudesse ser de dois jeitos num mesmo momento.

Jimin definitivamente atravessava a linha tênue entre o adorável e o sexy, como alguém conseguia ser os dois ao mesmo tempo? Nunca imaginou algo do tipo vindo daquele rapaz.

Ele era tudo o que nunca imaginou encontrar em ninguém, e Taehyung poderia constatar aquele fato com clareza.

— Eu amo o seu rosto… apenas você tem ele, e eu o amo. — disse sincero, arrancando um pequeno sorriso tímido do outro.

Passaram a se encarar intensamente, os corações acelerando contra as caixas torácicas e a sensação gostosa transpassava pela troca de olhares sórdidos. Aquela ligação jamais poderia ser quebrada, era única e envolta numa loucura sem precedentes.

Com a mesma mão, Taehyung ergueu dois de seus dedos encostando-os nos lábios de Jimin, incentivando o mais novo a abri-los.

— Quero ver você me chupando, e quero que você veja isso também. — mordeu o lábio inferior, acertando a próstata do Park, provocando um gemido ainda mais alto e longo do que os anteriores.

Enquanto tinha seu ponto de prazer sendo acertado satisfatoriamente pelo membro do mais novo, ainda gemendo, Jimin fechou os dois olhos e abocanhou os dígitos que outrora acariciavam sua boca, chupando-os com vontade, como se fosse o pênis pulsante de Taehyung em contato com sua língua quente e desejosa. Com a outra mão, o de fios vermelhos o puxa para mais perto, passando seu braço pelo corpo suado do outro e o agarrando em um abraço, alcançando o tórax com a palma, acariciando aquela área. Aproximou o seu rosto da curva do pescoço de Jimin, mordendo seu lóbulo antes de deixar que gemidos roucos fugissem de seus lábios.

A respiração pesada ricocheteando contra o maxilar do Park, arrepiou-o com destreza. A sucção nos dedos grandes de Taehyung passaram a se intensificar, ora estalos se perpetuavam pelo banheiro por conta da vontade com a que realizava o desejo do outro.

— Não faz isso comigo, abra os olhos. — pediu, afastando seu rosto da curva do pescoço alheio e mordendo sua nuca. Jimin fez o que lhe foi pedido, encarando o rosto perdido em luxúria do maior pelo espelho. — Bom garoto.

O Kim retirou seus dígitos de dentro da cavidade oral, adentrando a camiseta escura e massageando um dos mamilos enrijecidos, espalhando a saliva pela auréola e pelo bico rosado. O Park jogou a cabeça para trás ao sentir-se próximo ao ápice. Os músculos se contraindo, um arrepio frio cortando sua pele, os olhos se revirando automaticamente.

— Vai se foder… ah. — aquilo malditamente soou como um gemido, se xingou por isso.

Taehyung soprou uma risada, depositando mais um tapa no traseiro empinado e farto. Mordeu as costas do outro, marcando-as assim como tratava de fazer com todo o corpo que desejava cada vez mais e… mais. Queria eternizar aquele momento, foder Park Jimin até seu pau cair. Porém, o seu corpo denunciava o orgasmo que estaria por vir.

Acelerou mais os movimentos, investindo com destreza enquanto acertava a próstata e recebia gemidos altos em resposta. Os lábios grossos de Jimin foram tomados, — com certa dificuldade pela posição que estavam, — e trocaram um longo beijo, entre suspiros de prazer.

As pernas de Jimin bambearam, passando a tremer enquanto todos os seus músculos retenseavam bruscamente para, após isso, relaxar numa longa dormência. Chegou ao orgasmo quase num grito, o sêmen jorrando de seu membro, banhando o gabinete da pia e sua calça caída no chão.

Se sentiu desfalecer nos braços de Taehyung.

— Ah… J-Jimin… eu vou… — não terminou a sentença, sentindo uma fisgada no baixo ventre e chegando ao próprio orgasmo um instante depois. O líquido quente e viscoso sendo expelido para dentro do Park, escorrendo por suas pernas trêmulas, as penetrações cessando ao mesmo tempo em que o ápice.

Teve de se apoiar no menor para permanecer em pé. Tamanho foi a sensação prazerosa que o invadiu durante aquele orgasmo, proporcionada apenas por Jimin.

As respirações descompassadas, o suor escorrendo de ambos os corpos em evidência, os lábios inchados entreabertos, os olhos ainda ludibriados e o pulsar dos corações acelerados. Compartilhavam das mesmas emoções naquele instante, e não pensaram muito quando voltaram a se beijar.

Se separaram num rompante. Taehyung o encarava com um sorriso frouxo e Jimin se decidia se devia fazer o mesmo ou simplesmente voltar a beijar os lábios tão chamativos e que o atraiam como um imã.

— Venha cá, eu irei limpar você. — alcançando um rolo de papel higiênico, fez com que o mais velho se aproximasse para que o sêmen fosse limpo de suas pernas e da calça escura.

— Não precisa fazer isso. — Jimin contrapôs, mesmo que realmente não se importasse.

Taehyung não respondeu, terminou de limpar como podia o Park e deixou que o menor fizesse o mesmo consigo. Logo estavam completamente vestidos, assim como outrora.

Porém, algo era diferente: as marcas no corpo de Jimin. Os chupões que se espalhavam pelo pescoço, ombros, e céus… Taehyung daria de tudo para poder ver aquele par de coxas novamente, avermelhadas e com os desenhos arroxeados.

— Vou levá-lo para casa. — disse após um pequeno intervalo de tempo analisando o loiro, um pequeno sorriso voltou a ser emoldurado em seu rosto. — Não é tão longe daqui, é?

— É, não é muito longe. — o Park encarou os próprios calçados, com um pequeno curvar tomando seus lábios avermelhados. — Você pode ir me visitar quando quiser.

E Taehyung certamente iria. Se houvesse uma maneira para sempre estar com Jimin, ele o faria sem hesitar.

Esqueceria de certos empecilhos, pois quando estava com o menor nada mais parecia importar.