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História O Farol (Michaeng) (G!P) - Capítulo 2


Escrita por: mybabyC

Notas do Autor


Olá senhores ^^ . Não pretendia voltar tão depressa mas a ansiedade não ajuda.

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction O Farol (Michaeng) (G!P) - Capítulo 2

Uma, duas, três batidas que faziam minha cabeça latejar. Nem o travesseiro ajudou a abafar o som. Com os olhos fechados afastei as cortinas e coloquei a cabeça para fora da janela para mandar o maldito bater na cabeça da mãe. Quando passei o olho lá fora, vi o senhor Min em seu quintal, batendo sem parar com o martelo numa tábua. Jesus! Quando que vamos começar a ter vizinhos civilizados? O olhava incrédula, até notar o mesmo acenando para mim do outro lado da rua, só deu tempo de fechar a cortina e me jogar na cama, esperando ela me engolir de vez.

- Bando de sacana sem empatia. - murmurei contra o travesseiro, enquanto me permitia adormecer novamente.

As vezes sinto como se tivesse um quilo de chumbo nas costas. Não sei se era o peso dos problemas ou das decepções... talvez um misto dos dois...

- Acorda preguiça! - ouvi uma voz grossa e naquele momento terrívelmente irritante, que logo constatei ser do JB. Tentei me mover porém não consegui pois o mais velho estava deitado em cima de mim, esmagando meus delicados ossos. - Feliz sábado, mini Hendrix. - ele beijou minha bochecha e eu o empurrei no chão, ouvindo sua risada. Virei-me para o lado, puxando o edredom para cima e fechei os olhos. Logo ele abriu as cortinas fazendo o quarto inteiro se iluminar. Fiz uma careta e gemi em reprovação.

- iti mas parece um bebê. - ele forçou uma voz ridícula e eu tapei as orelhas com o travesseiro. Em seguida senti a minha bunda arder por conta do tapão que ele deu. - Levanta bumbum guloso. - num impulso arremessei o travesseiro na direção do mesmo que pulou para desviar. Agora a peste agarrou meus braços e me arrastou para fora da cama, me largando que nem uma boneca de pano num mar de papéis amassados no chão. O idiota não desistia. Passou a mão pelo meu cabelo, bagunçando-os, o que lhe redeu uma marca vermelha na coxa, fazendo o mesmo gritar de dor enquanto massageava o local.

- Um autógrafo grátis. - levantei com um sorriso satisfeito enquanto esfregava os olhos.

A alma finalmente retornou para o corpo.

- Doente. - ele sorriu de lado. E de maneira inesperada, me prendeu em seus braços e esticou os lábios tentando alcançar minha bochecha. O que acabou nos fazendo rolar juntos pelo chão do quarto, tentando a todo custo me esquivar de seus lábios nojentos. - Pelo menos lembra que dia é hoje? - falou próximo ao meu ouvido, me fazendo sacudir a cabeça para afasta-lo.

- Dia de testar a paciência da irmã? - perguntei sem interesse, ouvindo o mais velho suspirar e finalmente me soltar. Não sei explicar a extrema sensação de paz que senti quando ele foi embora… Sensação que só durou alguns minutos quando ele colocou a cara na porta, usando seu tom mandão.

- Se arruma, vamos dar um passeio.

Ergui uma sobrancelha enquanto caçava minha blusa perdida no meio do bolo de roupas na gaveta.

Ninguém arruma isso aqui não? Aé… sou eu que arrumo. Se fosse na casa da minha véia ela já estaria tagarelando no ouvido.

- E quem disse que eu quero ir?

- Ninguém quer saber se você quer ou não ir. Vai e pronto. - ele sumiu sem esperar a resposta.

Folgado.


Deixamos a casa logo após o café da manhã. Enquanto caminhavamos pelos quarteirões, algumas pessoas expressavam todo o apreço pelo grandão. Ele com toda a sua simpatia, acenava e sorria com doçura. Sempre tão bom para todo o mundo, até sentia um certo orgulho por andar ao seu lado. 

Era como estar com um astro de televisão.


Aquele verão não estava dando trégua. Mal havíamos pisado no gramado do parque e já estava suando. Agradeci internamente por ter escolhido uma roupa leve e também por algumas sombras fornecida pelas árvores.

Tão distribuindo doces? Um amontoado de crianças corriam para todos os lados, quase me arrastando junto em suas brincadeiras. Assim que o mais velho largou sua bolsa esportiva de lado, jogou o bastão de baseball para mim, dando início a um longo treino de rebatidas, com um certo receio de pegar na cabeça de alguém. Ele não perdia a chance de caçoar todas as vezes que eu errava a bola.

- Acho que você como rebatedora é uma ótima guitarrista. - alfinetou enquanto se preparava para arremessar outra vez.

- É o combo de fome e ressaca. - enxuguei o suor da testa. 

A bola saiu como um tiro de sua mão e eu girei o corpo, acertando em cheio o vento. Franzi o cenho e ouvi umas risadas baixinhas, quase um cochicho, que notei ser de duas crianças que assistiam a tudo. Lancei um olhar mortal e elas correram para longe.

- Pobres crianças. - ele gargalhou baixo e eu bufei. - Estava pensando… Que tal deixar esse jogo mais interessante... - Jb fez uma pausa quando abaixou para beber água e molhar os cabelos. - Se errar eu fico com esse seu boné dos Wizards. - ele apontou para o objeto em minha cabeça e eu semicerrei os olhos. Não era de hoje que o malandrinho estava de olho no meu boné. Nem pensei duas vezes e me afastei negando com a cabeça.

- Sai dessa! Estou começando a achar que você não sabe o quanto isso é importante para mim. - tirei e coloquei o boné, o ajustando na cabeça.

Ele arqueou as sobrancelhas após o meu ato e se aproximou devagar, parecia me analisar.

- Espera aí... É impressão minha ou você cortou mais ainda o cabelo? -  quando JB questionou, coloquei a mão na nuca e abri um sorriso sem graça, fazendo o mais velho negar com a cabeça. - Sabe muito bem que o papai não gosta disso. Daqui a pouco você tá raspando a cabeça Chaeyoung! - me olhou sério com as mãos apoiadas na cintura, exatamente como o meu pai fazia quando achava erva no meu quarto. Algumas sutis semelhanças entre os dois era suficiente para me deixar abismada.

- Do meu cabelo cuido eu, pirralho. Deveria se concentrar no seu timinho de basquete. - JB notou meu tom de deboche e semicerrou os olhos.

- Tenho coisas mais importantes com que me preocupar. - apontou para o objeto brilhante em seu dedo anelar e eu fiquei sem entender. JB respirou fundo e murmurou... - Maldita cachaça. Chaeng... - ele colocou o braço em meu ombro. - Eu vou casar no início do inverno.


Cada passo até a lanchonete era uma pergunta diferente. O Sol já começava a se despedir quando entramos no BF. O ambiente com luz fraca e um pouco sofisticado, me deixava confortável. Um grupo de amigos riam e outras pessoas estudavam, enquanto eu fechava os olhos com força, sentindo o cheiro de pão fresco e frango frito. Garçons passavam de um lado para outro propagando mais ainda o cheiro de comida. Passamos pela janelinha que expõe a cozinha e cumprimentamos nosso amigo, Sr. Hong, que ao nos ver fez questão de nos guiar até uma mesa especial. Assim que fizemos os pedidos, Jb soltou a língua. Relatou alguns detalhes de como conheceu a garota até chegar na noite passada, onde de acordo com ele, cheguei muito louca em casa e quase destruí seu jantar em homenagem a noiva. Não pude evitar rir da parte que atirei a garrafa na mãe dele, só lamento por não me lembrar de quase nada.

- Tá dizendo que eu vi a sua noiva? - repeti com a boca cheia de batata frita rendendo uma cara de nojo do mais velho.

- Bem... ontem a noite você olhou para ela, mas creio que nem se lembre disso. - ele bebeu um pouco de seu refrigerante e eu assenti. - Quase me esqueço. Após o jantar, ela me contou que já te viu de relance. - arregalei de leve os olhos e o encarei com curiosidade.

- Sério, é? Onde? - ajeitei o corpo na cadeira e ergui uma sobrancelha em seguida.

- Acho que foi… Quando você pulou o muro da escola para matar aula. - Seu semblante tornou-se super sério ao me ver cair na gargalhada recordando o momento. - Você teve sorte que ela não quis te denunciar para a direção.

Cruzei os braços.

- Não me sinto tão sortuda. - meu olhar pairou pelas outras mesas, observando o fraco movimento. - Quero mais é ser expulsa de vez e me livrar daquele purgatório infeliz. - rosnei cerrando levemente os punhos. Meu irmão me olhou com preocupação porém não quis me aprofundar nesse assunto. - Mas quero dizer que aprecio a nobre atitude de sua noivinha. - pendi a cabeça para trás e enchi a boca com mais batatas, me deliciando com a mais bela criação do homem. Meu irmãozinho sorria de lado enquanto me assistia. - Só não consigo entender essa sua decisão maluca de casar do nada. E aquele papinho de aproveitar a vida e se concentrar no basquete e blá blá blá... - fiz uma pausa para pensar e o olhei desconfiada. Ele só esperou. - A não ser que… Você vai ser papai, né garoto? - o mais velho levou a mão até a barriga, rindo descontroladamente, fazendo até algumas pessoas olharem para nós. 

Jb deu uns tapinhas de leve em meu ombro.

- Não viaja. Ela mal permite que eu a abrace. E a família dela é do tipo religiosa, entende? - assenti e ele continuou. - Ah Chaeng… - suspirou com o olhar perdido no teto. - Creio ter encontrado a garota perfeita. - revirei os olhos e continuei comendo. - Simplesmente quando dei por mim, já tinha botado na cabeça que não poderia perde-la de jeito nenhum. Por tanto tratei de por um anel no dedo dela.

Eu achava meio estranho esse louco casar com alguém que mal conhecia… mas evitei dizer isso. O brilho em seus olhos só de falar na "imaculada", me fazia apoiar sua decisão. Dali em diante o bobão começou a render elogios intermináveis a futura esposa, que de acordo com ele não tinha defeitos. Eu já nem prestava mais atenção pois estava concentrada no hambúrguer quentinho que acabou de chegar em minha mesa.


Notas Finais


Obrigada pelos favoritos :3
Malz pelos erros


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