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História O filho do meu padrasto - Capitulo 17


Escrita por: Zaynpegaeu

Capítulo 17 - Capitulo 17


Fanfic / Fanfiction O filho do meu padrasto - Capitulo 17

Zayn on.

Primeira coisa que senti quando acordei foi a minha boca seca, tive dificuldades para abrir os olhos  e meu corpo parecia moído.  Quando estiquei meu braço ao me espreguiçar, toquei na pele de alguém e me surpreendi com isso.  Olhei rápido e vi aquele corpo de costas pra mim, analisei minuciosamente a curva do seu quadril, a saia levantada mostrava parte do seu bumbum, e me peguei sorrindo ao constatar que não foi um sonho. Lauren estava mesmo na minha cama.

Eu fiquei meio bobo, continuei admirando ela dormir, olhando seu corpo, me contendo para não toca-la e desejando beijar sua pele. Mas a situação era estranha, eu me sentia estranhamente envergonhado por dizer a ela muito do que sentia, e no momento desejei não ter dito nada. Seria uma merda se ela resolvesse pisar em mim, agora que sabe que gosto dela, não que eu já não tivesse dado todos os sinais disso antes, mas agora saiu da minha boca. Se bem que, todos os beijos, dormir colado, e acordar com ela tão mal vestida na minha cama, já fazia tudo valer a pena. Eu só não sabia que reação esperar. Lauren era tão imprevisível. Quando achava que estava tudo a meu favor, ela me dava um banho de aguá fria. 

Eu teria ficado olhando ela dormir até que despertasse, sem problemas eu prologaria aquele momento por mais tempo, mas eu estava com muita fome, parecia que meu estomago não via comida há dias. Olhei no relógio em meu pulso, já passava das 11:30h.  Levantei com todo cuidado, eu não estava preparado para vê-la acordar e fingir que nada aconteceu, não ainda. 

 Fui para a cozinha, depois de ter dado uma passada rápida no banheiro para mijar e escovar os dentes. Ao passar pela porta a primeira coisa que me vem a cabeça é Lauren sentada na mesa e me beijando por vontade própria. Foi incrível. Poderia ter sido mais se eu não tivesse que fazer um esforço para me concentrar nela, minha mente queria viajar, mas eu só queria ela.   

Abri a geladeira e dei uma olhada, não tinha nada semi-pronto ou pronto, e com o talento que eu tinha para cozinhar, e a fome que me corroía, achei melhor não arriscar e sair pra comprar comida. 

Quando voltei pra casa com os pacotes nas mãos, fui direto para cozinha, coloquei sobre a mesa e comecei a retirar, mas me interrompi quando a porta se abriu e Lauren passou por ela.  E lá estava eu, a admirando vestida em minha blusa de moletom preta, nenhuma garota nunca vestiu uma roupa minha, mas eu duvidava que alguma ficasse tão sexy como ela. Lauren sorriu para mim de um jeito envergonhado, e eu disse a mim mesmo que deveria desviar o olhar, mas minha força de vontade não era grande o suficiente.  

Normalmente eu era um cara bem seguro em relação as mulheres, eu sempre sabia o que fazer, e eu odiava ter que admitir que naquele momento eu não tinha ideia de como agir. Fiquei em estado de inércia, até que ela deu passos lentos em minha direção e disse:

- Eu vesti sua blusa, espero que não se importe. 

- Nem um pouco. - eu ia dizer que ela estava linda, mas fiquei um pouco inseguro quanto a sua reação. 

Lauren continuou se aproximando, até chegar bem perto. Observei paralisado ela entrelaçar suas mãos em meu pescoço, só então a ficha foi caindo. Eu olhei em seus olhos e vi sua boca vindo em direção ao meu rosto, ela beijou minha bochecha e fez um caminho com seus lábios até minha boca, onde beijou superficialmente e depois sorriu. 

Porra, ela estava na minha. 

Naquele momento esqueci de toda a minha hesitação e insegurança. Envolvi meus braços em sua cintura e colei ela em mim, ela voltar a me beijar, seus lábios eram tão macios, seu beijo suavemente molhado, quente e excitante. Eu não me considerava um obcecado por sexo, mas era só beijar ela que eu já imaginava a coisa toda, meu pau endurecia em uma velocidade ninja, e acho que ela percebeu, por isso se afastou. 

 -Acho melhor a gente comer, eu estou morrendo de fome.  – ela disse com um sorriso e olhou para as coisas que estavam sobre a mesa. Eu entendi o recado, nada de me animar.

- Vai querer o quê? Tem pão frito, ovos, bacon, feijão, café, salsicha.  – enquanto eu dava as opções, retirava o que ainda estava no pacote. 

Ela se sentou na cadeira e disse: - Quero, pão frito, ovos e bacon. Ah, tem chá? 

- Não, café. 

- Pode ser. 

Eu pequei um prato e a servi, depois que me servi sentei ao seu lado. 

- O que acha de sairmos? – perguntei enquanto comia. 

-Sair pra onde? - Lauren me olhou com interesse.

- Se você topar, eu te conto no caminho. 

Ela apertou os olhos.  -Eu só aceito se contar.

 -E eu só conto se aceitar. Por que você sempre tem que ser tão difícil? 

Lauren riu. - Tudo bem, eu aceito. 

Foi minha vez de sorrir. - Te conto no caminho. 

-Zayn, você disse que contaria se eu aceitasse. 

- Relaxa. Você não confia em mim?

-Confio em você. - eu olhei pra ela quando disse isso, era um olhar tão cúmplice.

Eu estava indo por um caminho ariscado, me envolver com  a filha da mulher do meu pai, não era uma coisa muito inteligente a se fazer. E se nossos pais descobrissem? E se o nosso relacionamento não fosse adiante, e se tudo acabasse em merda, ainda estaríamos na mesma casa. Isso daria certo? 

Nem me dei o trabalho de responder aos meus questionamentos, no momento, desistir não era uma opção. 

Após do café, Lauren disse que ia tomar banho e se arrumar, depois de beijar ela, eu entrei em meu quarto e fiz o mesmo. Vesti um jeans rasgado e uma camiseta, uma jaqueta e um tênis, e esperei Lauren na sala. Acho que pela primeira vez na vida não me senti irritado ao esperar alguém, ansioso se encaixava mais no que eu estava sentindo.  Estava zapeado canais da TV, quando ela parou em minha frente. Ela estava usando blusa e tênis branco, calça, jaqueta e bolsa preta, seus cabelos lisos, castanhos e longos estavam soltos.  

- Você está muito, muito gata. - não pude deixar de dizer. 

- Exagerado.  –  qualquer outra garota diria ‘’obrigada’’, mas ela é diferente.

 Sorri. - Não é exagero, eu duvido que exista alguma garota mais linda que você nessa cidade. - agarrarei sua cintura. 

Ela riu. - Agora você esta mentindo. 

 - Nesse país, continente, planeta, universo.  

Estávamos sorrindo, e ela pretendia falar algo, mas eu a beijei antes mesmo de terminar de dizer meu nome.  

Podia até existir garotas mais lindas, mas eu só queria estar com ela. Pode até parecer meio gay, mas era a verdade, o que eu podia fazer? 

 

Entramos no carro e eu dirigi até a estação de trem, no caminho nós conversamos e rimos, porque eu estranhamente me interessava por tudo que ela dizia. Eu simplesmente gostava de ouvir sua voz e de ver seu sorriso. 

Era até difícil entender, como de repente eu estava fazendo de tudo para agradar uma garota, eu queria que ela se sentisse bem, que minha companhia fosse agradável e por consequência, queria que ela gostasse de mim.

Pode não parecer muito diferente do que eu fazia com algumas garotas difíceis, mas eu via uma diferença gritante. Eu queria que elas sentissem atração por mim, queria que elas se sentissem bem, e que minha companhia fosse agradável, mas eu fazia isso visando uma recompensa, o sexo. Eu nunca quis que elas gostassem de mim.  

Mais uma vez meu subconsciente me alertou que eu estava pisando em terras perigosas e desconhecidas, mas o ignorei. 

 Estacionei e descemos. Eu entrelacei minha mão na dela, e pelo seu olhar pude perceber que gostou. Caminhamos de mãos dadas até a estação, ela parecia confusa, mas não fez perguntas. Quando entramos no trem, sentamos, ela do lado da janela disse.  

 - Já sei pra onde estamos indo.  –  dei uma risada, depois de ter visto eu comprar os bilhetes, e ver as placas indicativas, me impressionaria se ela não soubesse.

- Caramba. Estou chocado com a sua esperteza.  – ela me deu um tapa na perna, me repreendendo pela minha ironia.  - Au! - soltei um grito exagerado, e algumas pessoas olharam pra nós. 

Nos olhamos e caímos na risada, então nós beijamos. Em seguida passei meu braço em volta do seu pescoço, e ela encostou em mim, e assim aproveitamos em silencio, a vista pela janela do trem. 

 Em torno de uma hora depois, chegamos a cidade de Brighton. Era um lugar legal, e um dos meus favoritos por causa da praia.  Aquela não era uma praia como as dos Estados Unidos ou do México,  que apesar de não conhecer, acho que combinaria mais com o meu humor daquele dia. Era uma praia tipicamente inglesa, com pequenas pedras no lugar da areia, o sol estava um pouco escondido, e ventava frio, e por isso não tinha banhistas, mas as pessoas gostavam de sentar pra ver o mar, ou aproveitar o Brighton Pier e suas muitas atrações.  

 - Nossa. Já faz muito tempo que não venho aqui. –  Lauren diz  enquanto procuramos um lugar próximo do mar pra sentar. 

 - Pode ser aqui? - eu aponto para o lugar e ela concorda.  – Quanto tempo não vem aqui? – pergunto em seguida. 

 -Última vez, foi meu pai que me trouxe, eu tinha uns oito anos, eu acho. – ela responde como se tentasse se lembrar de algo. Eu me sento e a puxo para se sente entre minhas pernas, ela se encosta em mim, e eu a envolvo com meus braços. 

-Eu não sabia.Talvez não tenha sido uma boa ideia vir aqui. 

-Não diga isso, eu adoro esse lugar, me trás boas recordações, apesar de serem um tanto vagas. É você, sempre vem aqui?

 - Uma vez por mês, as vezes mais, as vezes menos, depende. 

-Sério? – ela se virou pra me olhar, parecia surpresa. – Eu nunca soube disso, moramos na mesma casa e sei tão pouco sobre você. Acho que não temos interagido muito nesses últimos anos. 

Nós rimos. 

 - Nunca é tarde. - eu digo e ela anui. -  Eu gosto desse lugar. Sento, observo as ondas, fico em paz, só eu e meus pensamentos malucos, acho que encontro o equilíbrio aqui. 

- Não entendo por que gosta de ficar sozinho. 

-Não é que eu goste de ficar sozinho, muitas vezes eu me sinto assim. 

 -Sente falta da sua mãe? – Lauren estava me olhando, e percebi que era fácil conversar com ela, não costumava me abrir muito.

-É isso. Eu posso conversar tudo com a minha mãe, ela me ouve, me aconselha. Sinto falta de ter ela por perto e não só por telefone. Já o meu pai, é o oposto disso. – meu pai sempre estava muito ocupado com seus próprios interesses.

-E por que veio morar com ele? Porque não ficou lá com sua mãe?

 - Por que eu nunca vou ter uma oportunidade de ser alguém naquele fim de mundo. A banda é um bom motivo pra eu ficar aqui, eu amo a musica.  E depois que minha mãe se casou de novo, ficou mais complicado, eu não quero voltar e ter que conviver com um cara que eu mal conheço, dentro de casa. Minha vida é aqui. Não posso voltar.  

 -E foi por isso que começou a usar maconha? – Lauren perguntou e eu fiz uma careta, fiquei envergonhado. 

-Quer mesmo falar sobre isso? 

 - Se não quiser, tudo bem. – ela deu de ombros. Mas eu quis tentar explicar. 

-Não foi por isso que comecei. Foi por curtição mesmo. Não sou um viciado em drogas como você deve estar pensando. Eu fumo um baseado pra relaxar, como grande parte dos jovens normais da minha idade.  - já fumei por estar triste, por estar zangado, entendiado, feliz, eu não precisava entrar em detalhes. 

-Não estou pensando que você é um viciado, só acho que a maconha é a porta de entrada para novas drogas. 

- Isso é besteira, o álcool é muito pior e todo mundo bebe. - falei sinceramente. 

- Tudo bem, não vou discutir.  Eu só não  quero que se prejudique. Se eu puder te ajudar em alguma coisa, se precisar conversar, meu quarto fica logo ao lado, você sabe. -  ela falou como se eu fosse um doente que precisava de terapia.  Mas não me incomodei, o lance do '' meu quarto fica logo ao lado '' me fez pensar besteira. 

-Vou lembrar disso. – eu disse no mesmo instante que ouvi um celular tocar.  

Ela se curvou um pouco, pegou a bolsa e tirou o celular la de dentro.  Vi a foto do Harry na tela, antes que ela colocasse no silencioso e voltasse o celular pra bolsa. 

- Vai continuar namorando ele? – eu perguntei sem pensar, mas queria que ela dissesse '' não ''. 

 -Não sei.  – Lauren respondeu baixinho e não olhou pra mim. 

- Gosta dele? – ela ficou em silêncio e isso me deixou tenso. – Se gosta dele, por que me deu esperanças? Por que me beijou e me fez parecer um idiota? 

Se o Liam pudesse me ver naquele momento, ele riria da minha cara. Eu estava pior que uma garota carente depois de levar um fora. 

-Eu não disse que gosto dele, Zayn.  E você não pode me cobrar nada, já que também tem namorada.  –  ela teria razão se o meu namoro não fosse uma farsa, diferente do dela. 

 -Esse é o problema? Eu termino com ela amanhã mesmo, basta dizer que quer ficar comigo.

 -Esse não é o único problema Zayn, e sabe disso. - o outro problema fora isso, eram os nossos pais, mas perguntei pra ter certeza. 

 -Qual é o outro? 

Lauren me olhou. -Tenho certeza que nossos pais vão ficar chocados quando souberem, e vão se perguntar “ha quanto tempo isso acontece aqui debaixo do nosso nariz?”. Tirando a parte que eles não vão apoiar, e vai ficar o maior climão, e eles vão acabar brigando e talvez até se separando por causa da gente. – eu tinha que admitir que ela tinha uma imaginação e tanto, eu parei de imaginar o que eles fariam depois de ficarem chocados. 

-Ninguém precisa saber, podemos manter em segredo. - eu era mestre em achar soluções.

-Até quando?

-Não precisamos pensar nisso agora, só quero saber se quer ficar comigo? – não entendia porque ela tinha que sofrer por antecipação. Poderíamos pensar no que fazer, quando e se acontecesse. 

 Ela suspirou. - Não gosta da Danielle?

 - Eu só gostei de uma garota em toda minha vida, e ela está bem aqui na minha frente. - me senti um mané ao dizer isso, mas além de estar sendo verdadeiro, funcionava pra caralho.         

 -Eu vou terminar com Harry. 

-Isso quer dizer, que..

-Isso quer dizer que, espero não me arrepender em ter um relacionamento secreto com o filho do meu padrasto. – ela diz com um sorriso provocante. 

- Não vai. - foi tudo que eu disse antes de beija-la. 

Ficamos ali por um tempo, conversamos muito, andamos pela praia, paramos pra comer. E já era quase noite quando Lauren me convenceu a ir ate o píer.  Eu já tinha ido lá uma vez, mas eu nunca fui fã de parque de diversões.

Eu fiz coisas idiotas de casaizinhos românticos, como por exemplo : demonstrações de afeto em publico,  coisa que  não achei que seria capaz de fazer estando consciente, eu senti necessidade de fazer por ela.  E eu me sentia super bem em vê-la feliz, mas não pude deixar de agradecer mentalmente o fato de ninguém ali me conhecer. 

Chegamos em casa exaustos. Deixei Lauren na sala falando ao telefone com a Chloe e subi pra tomar um banho. Demorei um pouco, pois as vezes me sinto animado o suficiente pra cantar no chuveiro. Aquele dia sem duvidas eu estava animado. 

De banho tomado, vesti uma calça de moletom e uma camiseta, peguei meu celular e me joguei na cama pra checar as mensagens, respondi algumas e ignorei outras. Um tempo depois eu desci as escadas e fui a cozinha beber água, em seguida fui pra sala e liguei a TV, deitado no sofá eu só conseguia pensar no que a Lauren estava fazendo em seu quarto. Depois de um tempo me torturando, eu me levantei e desliguei a TV,  estava decidido a bater em sua porta. 

Subi as escadas correndo, parei em frente ao quarto dela e fiquei pensando na possibilidade dela estar dormindo. Desde quando eu penso tanto? 

Bati na porta, segundo depois ela abriu. Engoli em seco ao vê-la vestida em um hobby de seda vermelho curtinho e os cabelos presos em um coque.  

Caralho, ela queria me matar.

 

 


Notas Finais


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