1. Spirit Fanfics >
  2. O filho do meu padrasto >
  3. Capitulo 34

História O filho do meu padrasto - Capitulo 34


Escrita por: Zaynpegaeu

Notas do Autor


Capa : Mark - Cody Christian.

Capítulo 34 - Capitulo 34


Fanfic / Fanfiction O filho do meu padrasto - Capitulo 34

Lauren on

 Fiquei pensando se eu estava certa em usar Mark para atingir o Zayn, assim como usei o Harry. Não acabou muito bem, Harry era meu amigo e agora ele fingia não me ver.

Talvez Liam estivesse certo em pensar que eu era uma  egoísta e que só pensava em mim mesma. Mas quem se importava com que o Liam pensava? Ele era um idiota. 

-Então, o que estava ouvindo? – perguntei ao Mark me referindo a música.

-Learning to Fly, Pink Floyd. 

-Sério? Você não me parece o tipo que gosta de bandas antigas ou rock melancólico. - Mark sorriu. 

- Eles são um clássico. Mas você me deixou curioso, do que eu pareço gostar? 

- Sei lá,ReB, Soul, Rap,  Rock seria meu último palpite.  

- Te surpreendi, então? 

-Sim, muito.

Nós sorrimos. 

-  Em geral sou eclético, você vai encontrar de tudo na minha play list, mas sou um aficionado por rock clássico, tenho toda a coleção de álbuns de Pink Floyd, Led Zeppelin e The Beatles no meu quarto, só os melhores. 

- Nossa! Estou impressionada. Com todas essas bandas novas surgindo é legal ver um cara tão novo que curte clássicos. 

- E você curte o quê?

- Acho que me encaixo na categoria eclética também. Eu não tenho um gosto especifico, eu escolho a música de acordo com o meu humor. Se eu estou feliz, ouço musicas me deixam mais feliz, se estou triste, musicas que me deixam mais tristes. É assim que funciona. 

- Defina o seu humor de agora com uma música. - eu o olhei confusa e ele disse - Vamos lá, diga uma música.  -  eu sorri. 

- De Pink Floyd? - sugeri. 

Ele sorriu ao concordar. - Claro, Pink Floyd, por que não? 

- Hã... - pensei um pouco. - Não conheço todas as músicas, mas tem uma que eu me identifico no momento, não sei o nome dela, mas a letra diz mais ou menos assim: - comecei a cantar baixinho para não parecer tão desafinada quanto eu realmente era. -  Como eu queria que você estivesse aqui, nós somos apenas duas almas perdidas nadando num aquário, ano após ano, correndo sobre o velho chão, o que nós encontramos? Os velhos medos, eu queria que você estivesse aqui. 

Os lindos olhos claros de Mark, que as vezes me deixavam em duvida se eram verde-azulado ou azul-esverdeado me encaram curiosos. - Brigou com seu namorado? 

A resposta estava na cara, eu estava longe do Zayn, e conversando com Mark. 

 Pensei  um pouco pra responder e a realidade veio ao meu encontro me causando um aperto no peito, instintivamente virei  meu rosto pra esquerda e meus olhos buscaram a causa de todo meu sofrimento, mas ele não está mais lá, então voltei a  olhar para o Mark.

- Nós terminamos, quer dizer, ele, foi ele quem terminou.   – eu tinha que me lembrar disso, lembrar que foi o Zayn colocou um fim.

- Desculpe perguntar. - ele disse. - Não queria deixar você triste. 

- Não, tudo bem. - dei de ombros e sorri, eu tinha que mudar de assunto antes que resolvesse chorar as pitangas para o Mark. - Por que você não fala um pouco sobre você?  O que gosta de fazer nas horas vagas? Alem de ouvir músicas, claro. 

-Eu jogo Hóquei.

Me surpreendi de novo - Hóquei?

 - É, Hóquei. Aquele esporte que tem um monte de caras com pantins nos pés, deslizando sobre o gelo e correndo atrás de um disco. 

Dei risada. - Eu sei o que é hóquei. Mas nós não temos um time de hóquei na escola, a menos que eu esteja muito desinformada. 

-Não, realmente nós não temos. Eu jogava na minha antiga escola, e agora eu tenho treinado com  outra equipe até eu ir pra faculdade. 

- Vai continuar jogando hóquei na faculdade? 

 - Sim, pretendo, já tenho proposta de algumas universidades, eu só ainda não me decidi. 

 - Eu já assisti algumas partidas de hóquei, deve ser legal patinar em grande velocidade, mas só até vir outro cara e te esmagar contra o vidro, isso definitivamente não é legal. 

Mark riu. - Não, não é legal. Olha só, se você quiser posso te ajudar a patinar em alta velocidade. 

 -Impossível.  Não vai rir de mim, mas patins me dão medo, eu não sei nem ficar em pé, quanto mais patinar em alta velocidade.  - ele riu – Eu disse pra você não rir. - dei  um leve tapa em seu braço.

-Desculpe, Lauren. Mas  todo mundo que eu conheço sabe patinar. 

-Eu gosto de ser diferente. 

- Gosta mesmo? Porque se isso for uma afirmação falsa, posso te ajudar com isso, acho que posso ser um bom professor. 

- É, talvez eu não goste de ser tão diferente assim. As pistas de patinação ficam tão lotadas no natal, talvez eu queira mais do que ficar só olhando. Você pode mesmo me dar aulas?

- Sim. Podemos marcar de nos encontrar depois de um dos meus treinos. Me dá seu telefone? 

- Claro. 

 

Quando eu entrei no carro,  esperei que Zayn se manifestasse, que brigasse comigo por causa do Mark, mas ele não disse uma palavra, parecia não se importar comigo ou com quem eu falava, não mais. 

Eu deveria agradecer por isso, era ótimo não ter um cara chato me controlado, me enchendo, mas não, me senti sem chão.

Aquele não era o meu Zayn, que me fazia carinho até eu adormecer, que dizia que me amava, que adorava me pegar no colo e me fazer cócegas, que gostava de me acordar com um beijo, eu sentia falta de como ele sorria pra mim, da forma carinhosa com que ele me olhava.  

Como posso ter me enganado tanto? Olhando pra ele, todo sério, com o olhar fixo pra frente, calado, me fez pensar que tudo não passou de um sonho,  que aquele Zayn só existiu na minha cabeça.

Me tranquei no meu quarto quando cheguei em casa, estudei um pouco, ouvi musica e dormi. 

 -Oi mãe, não sabia que tinha chegado. - me surpreendi  ao vê-la na cozinha preparando o jantar, não sabia que já era tão tarde. Ultimamente eu tinha perdido a noção do tempo. 

Me aproximei  e dei-lhe um beijo.

 -Oi meu amor.  Eu sai um pouquinho mais cedo hoje. Estou preparando logo o jantar, pois o Yaser e o Zayn devem estar chegando. 

- Chegando da onde? - perguntei e me sentei a mesa. 

 -Da loja, de onde mais? 

 - E o que o Zayn foi fazer na loja?

-Trabalhar,  você não sabia?

 -Não, como assim? Pensei que o Yaser tinha dito que não queria que o Zayn trabalhasse, pra ele se focar melhor nos estudos.  

 -O Zayn começou na loja hoje. O Yaser tinha dito isso mesmo, mas acontece que o Zayn já está quase terminando a escola, e o Yaser acha que talvez seja mesmo a  hora dele começar a ficar por dentro,  já que ele vai administrar os negócios depois que sair da faculdade.  E acho que o Zayn está bem com isso, já que foi ele que sugeriu. 

 -O Zayn sugeriu trabalhar  loja? - perguntei  descrente.

Ele sempre odiou aquele lugar, não gostava nem de visitar. Talvez ele só tenha feito isso pra não precisar me ver.

O pensamento me machucou. 

 

Zayn on

 

Os dias passaram lentamente.

Uma tortura velada.  

Teve dias em que achei que não fosse aguentar todas aquelas merdas que estavam acontecendo comigo. Mas dizem que o ser humano se adapta a tudo, não é? Bom, talvez eu tenha me ajustado, mas não aceitado.

Era como se eu não tivesse vida própria. Apenas fazia o que me diziam pra fazer.  

 As coisas continuavam difíceis. Era difícil ver Lauren, linda todos os dias de manhã, seu perfume invadindo meu olfato me deixando sem raciocínio. Era difícil saber que ela dormia a poucos metros de mim, mas que eu não podia me aproximar. E era muito difícil vê-la o tempo todo com o  Mark, já que eu percebia  seus olhares de interesse de longe. 

E o menos ruim disso tudo, era passar a tarde inteira naquela loja, eu odiava a porra do lugar, mas pelo menos lá eu ficava distraído com o trabalho e esquecia dos outros problemas, verdadeiros problemas. Quando chegava da loja  tinha os ensaios, essa sem dúvidas era foi única coisa boa que me restou. 

 E depois de mais um longo dia, de uma semana que parecia não acabar nunca, me restava  tomar um banho, deitar em minha cama e pensar no quanto eu era fodido, pensar no que a minha princesa estava fazendo no quarto ao lado.

Malditamente perto e terrivelmente longe.

Então eu sentia meu corpo pegar fogo de desejo pelo corpo dela, sentia meu pau petrificar e latejar com cada lembrança que ainda permanecia tão viva, ou eu apenas fantasiava algo como invadir o quarto e transar com ela. Mas no final, acabava eu mesmo me aliviando. É aquilo era uma merda, pois a princípio aliviava a tensão, mas o desejo de contato físico permanecia, e eu não sabia até quando podia aguentar ficar sem sexo. 

 A necessidade era foda, fazia  eu me sentir atraído por qualquer pessoa que tenha uma boceta entre as pernas. Eu estava  me privando disso. Podia parecer ridículo, e era ridículo. Mas eu alimentava a esperança idiota de que Lauren iria entrar no meu quarto de madrugada apenas vestida naquele hobby rosa de seda. Que ela ia me beijar, e dizer de um jeito provocante e meigo que só ela consegue fazer, que estava morrendo de saudades de ser tocada por mim.

 Como eu disse, isso é ridículo, eu sou ridículo. 

Me perguntei se ela ainda pensava em mim, se sentia  saudades do que fazíamos, do que nós eramos.  O jeito que Lauren me olhava nas ultimas semanas era indecifrável, era impossível saber o que ela estava pensando ou sentindo, ela tinha se fechado de uma forma assustadora,  seu corpo não emitia mais sinais e isso me deixava puto e louco ao mesmo tempo.

O fato dela parecer estar bem, só fazia com que eu ficasse cada vez pior. 

Naquela noite a TV da sala está ligada, e meus olhos pregados nela, mas meus pensamentos como sempre distantes.

 A campainha tocou  duas vezes e ninguém apareceu  pra atender, olhei  pra trás pra ver se estava sozinho e por incrível que pareça meu pai estava sentado em sua poltrona a ler um livro. Ele devia  achar que dentre as  minhas obrigações estava atender a porta. Por isso me preparei para me  levantar, mas Chloe surgiu de um dos cômodos e foi  em direção a porta.

Agradeci mentalmente, já que o desânimo e o cansaço tomavam conta do meu corpo em pleno sábado a noite. Talvez meu pai estivesse  comemorando internamente  por olhar pra mim e ver um vegetal. 

 - Fique a vontade, vou avisar a ela que você chegou.  –  a voz simpática da Chloe fez eu me virar rápido pra ver com quem ela estava falando. 

 Ao ver Mark, fiquei chocado. O que esse cara quer aqui?

Não parece obvio? 

-Boa noite, eu sou Mark, prazer em conhece-lo.  - Mark disse ao meu pai, e o velho se levantou imediatamente para cumprimenta-lo, ele parecia tão satisfeito, e eu nunca vi nada mais patético na minha vida. 

Eu permaneci imóvel, sentindo meu corpo reagir a presença do cara, a raiva me fez estremecer por dentro.

Lembrei-me de todas as conversas que presenciei dos dois na escola, Liam dizendo que eles pareciam estar flertando, boatos de que os dois saíram algumas tardes  pra patinar, eu estava me esforçando, me esforçando de verdade  pra pensar que aquilo era uma amizade, mas vir buscar ela em um sábado a noite para um encontro, isso era demais pra minha cabeça. 

Quando me dei conta já estava subindo os degraus de dois em dois, meu coração saltando no peito, e raiva, por ela ter me substituído tão rápido. 

Quando entrei  no corredor dei de cara com ela saindo de seu quarto. Puta que pariu, ela estava tão bonita, e aquilo tudo era pra ele. Nos encaramos por alguns segundos, e então ela desviou o olhar e tentou passar por mim, não deixei, obvio, minha cabeça parecia que ia explodir, estava suando frio só de imaginar Lauren beijando aquele cara. 

- Vem comigo agora. - eu estava furioso, puxando ela pelo braço, e não iria descaçar enquanto ela não entrasse pela maldita porta do meu quarto. 

- Zayn, me solta. Você está louco? - ela sussurrou alto e tentou se soltar. 

 

Eu ignorei  sua resistência e a arrastei até meu quarto e fechei a porta.  

Estávamos ofegantes, nós encarando, Lauren parecia um pouco assustada, mas dane-se, ela estava pronta pra sair com outro cara. 

-Então é assim? - eu perguntei, a raiva falando por mim. 

 -Assim o quê? – ela usou o mesmo tom. 

 -Vai sair com aquele cara? Vai sair com aquele merda? É isso mesmo? 

 -E o que é que tem? Somos desimpedidos, não vejo mal nenhum nisso. – ela estava me provocando, só podia ser. 

 - Você não vê mal nenhum nisso? Sua cama nem esfriou e já vai colocar e  outro nela, e você não vê nenhum mal nisso? - eu estava sem filtro, mas  foda-se,  estava  com muita raiva pra medir as palavras.

Lauren respirou fundo, estava surpresa com minhas palavras. -Só tenho duas coisas pra dizer, Zayn.  Você é um idiota. E não é da sua conta quem eu coloco na minha cama. Ponto.  - ela tentou  abrir a porta e eu a impedi. 

 -Não pode ter me esquecido tão rápido.   - agarrei sua cintura e a trouxe pra mim. 

Tentando me me afastar Lauren disse. - O que esperava que eu fizesse? Ficasse esperando você? Você mesmo disse que não estava  preparado pra um relacionamento sério, eu tenho todo direito ficar com quem esteja. – então percebi a reação do seu corpo quando meu nariz tocou seu pescoço, eu estava sentindo o cheiro incrível dela, mas suas resistências estavam acabando enquanto eu fazia isso. - Pare, com isso. - ela disse, mas sua voz na verdade estava me implorando pra fazer. 

-Não tem esse direito, - falei - Não pode sair com outro cara,  não quando seu corpo estremece com meu toque, quando ele implora pelo meu. – eu já não sentia mais a resistência, ela estava ofegando enquanto eu me aproximava de sua boca, quando eu  beijei lábios, senti um alivio tão grande que cai de joelhos. - Diz que ainda me ama, Lauren, diz. - sussurrei em sua boca e ela me beijou mais forte com urgência, e então de repente, como quando se acorda de um pesadelo, Lauren se afastou e me olhou de um jeito que me causou arrepios. 

- Eu não tenho mais certeza sobre isso, Zayn. E por favor, não me impeça de sair por essa porta, porque é exatamente isso que eu quero fazer agora.  - ela saiu, e eu fiquei olhando para a porta, perplexo.

 Não sei descrever o que estava sentindo, era uma mistura louca, uma disputa de amor e ódio. Me senti um bobo por ter feito aquela cena de ciume ridícula. No fim das contas ela iria sair com o cara e rir de mim a noite toda, não, eles não iam perder tempo rindo de mim, eles iriam estar muito ocupado, fazendo outras coisas, que me dava náuseas só de imaginar. Eu não podia ficar a noite toda pensando naquela merda, eu podia arrumar minha própria distração. 

 Saquei meu celular do bolso e disquei o número da Olivia.  

 - Zayn. - ela não demorou nada atender. 

- Oi, Olivia. Então, eu estou aqui sem fazer nada... você tem planos pra hoje? 

- Não, nenhum plano. 

- Quer sair comigo? 

- Isso é sério? Claro que eu quero, Zayn. Que horas você me pega? 

- Em uma hora e meia, pode ser? 

- Certo, vejo você em uma  hora e meia. 

 

 


Notas Finais


Sua opinião é muito importante, se gostar deixe seu comentário.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...