História O filho do namorado da mamãe - Os três cara do outro lado da rua

Pov. Mary

—não sou propriedade pública pra você passar a mão, com licença —me soltei dele e logo depois fui pra cozinha

....

Vi minha mãe e o Andrew pai do Shawn se “agarrando” eles não tinham me visto então eu não poderia culpá-Los por nada.

—hum hum—fingi que estava tossindo  e eles pararam de pegação e me notaram ali, eu fico olhando para os lados por causa da cena meio confusa. Logo Shawn entra na cozinha e vê nós três nos entreolhando e ele fica mais confuso ainda

— que merda que você está fazendo? —ele entra na cozinha já com a boca suja de palavras feias

— não fale assim, não fale palavrões —andrew repreendeu o filho — então.... vamos jantar? —ele abraçou a minha mãe de lado e ela começou a falar...

— sim vamos, estávamos esperando por vocês  —disse minha mãe tirando os braços de andrew que estavam em volta de seu pescoço, e tirando o avental de seu corpo e pondo em cima da pia

Eu me sentei na mesa e  em uma cadeira bem longe do Shawn, era um pouco impossível por era uma mesa de seis cadeiras mas tudo bem. Minha mãe pôs a comida na mesa e sentou-se. Eu pus minha comida no prato e peguei uma colher, antes da minha mãe  começar..

— bem, vamos fazer uma oração  —

— você tá falando sério? — eu a olhei séria, mas com um tom de humor

— sim

— mas nós nunca fazem... —ela me interrompe

— por toda a comida que o senhor nos deu hoje, pela saúde pelo amor.... —ela começou e todo mundo fechou os olhos, não vou mentir que fiquei rindo um pouco em silêncio  porque nunca fizemos esse negócio de oração antes. — amém —ela terminou

— amém —comecei a comer

...

—nossa andie o  jantar estava maravilhoso — andrew disse ajudando a minha mãe  a lavar as louças

— é ele tem razão... —começou Shawn — estava uma delícia — pai eu vou lá fora tomar um ar

— ok filho

Fiquei só olhando o Shawn saindo da casa e indo pra fora. Eu pensei em ir falar pra ele sumir daqui, mas considerando as coisas que minha mãe  me ouviu falar dele, provavelmente ela saberia que ele foi embora por minha causa. Fui pro meu quarto tirar aquela roupa horrível e vê o que mais minha mãe  queria que eu fizesse pra ela. Subi e pus minhas roupas normais, aquela roupa que eu usei no jantar era uma roupa bem... digamos... ousada pra alguém como eu que não gosta de chamar atenção. ...

Terminei e fui olhar pela janela pra ver se o Shawn ainda estava lá, eu não tinha o visto porque ele não estava mais lá sentado na calçada como antes. Saí do meu quarto e ao abrir a porta dei de cara com ele

—aí que susto seu babaca —pus a mão no coração nessa hora —o que você quer? Tá perdido? Precisa de uma mão? Talvez um mapa pra você achar o caminho pra casa —sorri falso sendo sarcástica

—olha hoje eu não estou pro seu bom humor —ele fez a mesma cara que eu spo que um pouco mais intensivo — vadiazinha me mostra onde é o banheiro —ele falou em um tom exigente e colocando as maos dentro dos bolsos da calça da frente

— quando você a aprender a me chamar pelo nome eu talvez te mostre onde seja o banheiro —ri falso

— se você quiser eu posso mijar na sua cama... só se você quiser

— que nojo seu bastardo —eu fiz cara de nojo

Minha mãe  que estava na cozinha, começou a subir as escadas e nos encontrou lá em cima

— venham, estamos servindo a sobremesa —ela voltou pra cozinha nos deixando a sós e ele começou a abrir a matraca dele

— é confiavel comer essa comida? Posso me assegurar de que não tem veneno nela?

— o único veneno  que pode ter é esse que sai da sua boca assim que você a abre

— que simpática —ele se virou e saiu da minha frente, ele foi pra cozinha comer a sobremesa

Saí dali e fui lá pra fora, sentei no meio fio e fiquei pensando na minha vida. Eu não tenho amigos nem nada, as pessoas não querem ser vistas com o lixo do colégio que eles acham que eu seja puta, ou mesmo uma vadiazinha como o próprio Shawn havia dito agora pouco.

A minha vida era uma droga, e o único jeito, na verdade o melhor jeito de não me sentir tão sozinha assim era escrevendo em um blog que eu tenho na internet, tudo o que eu faço na vida vai pra lá TUDO.

Vi que a casa da tinha uns garotos andando de skate. Eles pareciam bem legais, fiquei observando tudo de onde eu estava.

—opa, Taylor cuidado para não... tarde demais —o garoto “Taylor” caiu do skate. Não teve como não rir daquilo. Tinha cerca de uns 3 garotos ali. E o que estava caído no chão me olhou, acho que é Taylor o nome dele. Ele ficou sorrindo e deu de ombros e fez uma careta, isso foi muito hilário.

— Taylor não pode ver uma garota que já se baba todo —disse um rapaz de cabelo castanho meio preto e... não pude perceber a cor dos olhos pois estava de noite e um pouco longe de mim. Mas ele era bem branquinho

— cala a boca Nash... —ahh é Nash o nome dele — me ajuda a levantar —Taylor se levanta e começa a tirar a terra que ele havia adquirido na queda — nossa Cameron valeu, agora eu vou ficar com essa cicatriz pra vida toda amigão. —eu ri disso.. eles ficaram me olhando e falando umas coisas internas entre eles, isso me assusta muito, tipo pra caramba. Eles terminaram de “fofocar” e vieram até mim. Eu gelei toda

— oi —um deles disse, porra ele tem os olhos azuis —eu me levantei do meio fio

—oi —falei colocando as mãos  nos bolsos de trás da calça

— como você se chama? —um garoto moreno e do cabelo castanho e de olhos castanhos e que tinha ajudado o amigo a aprender a andar de skate, que falou

— me chamo... —minha mãe gritou lá de dentro e fez questão que todo mundo que morasse na rua soubesse

—maryyyyyyyyyy onde você está filha? —ela gritou tão alto lá de dentro de casa, que qualquer um que se chamasse mary nesse quarteirão teria respondido  “já tô indo mãe”

— acho que agora você  já sabem o meu nome — não consegui segurar a risada e nem eles

— eu me chamo, Cameron —ele apontou pra si — esse é o Nash, e esse é o Taylor —achei bem legal o Taylor usar bandana ele ficava bem lindinho... pera “ lindinho?” que merda que eu tô dizendo

— prazer, eu sou mary —estendi a mão desculpe vocês ficarem sabendo o meu nome da pior maneira possível —rimos

— sem problemas. — começou a falar o cara de bandana que eu sugeri ser o Taylor — desculpe você me conhecer depois de levar uma queda de skate —rimos

— nossa seu senso de humor incrível —ri e minha mãe chegou na porta e começou o bafafá

— filha, não me ouviu chamar?

— claro mãe, qualquer que se chamava mary deve ter ouvido a senhora chamar. Até mesmo o povo do outro lado da cidade deve ter ouvido você me chamando —os meninos se seguraram para não rir

— olha.... —ele me dava um sermão, mas depois parou porque viu que eu estava acompanhada — filha vem, os rapazes já vão indo embora

— mas mãe !.. se eles vão embora, isso quer dizer que eles vão sair pra cá pra fora... eu não vou sair pra depois vir pra cá de novo. Eu posso me despedir deles aqui mesmo

— filha...

—mae...

—tudo bem... —ela entrou

— não liguem pra minha mãe, ela é meio doida —eles riram

— nossa, você  é bem mais legal do que eu imaginava —Cameron disse

— imaginava? —arqueio a sobrancelha esquerda

— sim,  a gente sabe de você e do Brad

— então vocês... estudam na minha escola?

—sim —responderam

— que maravilha... —cruzei os braços e olhei para os lados — olha eu e ele a gente nunca...

— não precisa explicar nada pra gente —Nash diz —ninguém aqui vai julgar você por nada.

— nossa que ótimo — senti que havia pessoas saindo da minha casa

— nossa o jantar estava maravilhoso —era o andrew e o Shawn saindo

— bom, acho que essa é a minha deixa —um deles segura na minha mão

— espera, pode passar o seu número pra gente? —era o Taylor

— sim claro, nossa que bobeira a minha —anota aí. Começo a dizer o numero pra eles e eles anotaram em seus celulares

— muito obrigada —Nash

— por nada, agora eu tenho que ir —saí de lá e fui me despedir do “amigo” da mamãe

— mary, o jantar estava muito bom obrigada pela recepção —andrew era um cara legal, merecia namorar a minha mãe, mas não dizia nada sobre o filho dele, esse vagabundo hipócrita. Andrew entrou no carro e logo depois de Shawn se despir da minha mãe  ele veio até mim

— olha eu não quero mais ficar aqui, então vamos fingir que estamos nos cumprimentando pra terminar logo com isso tá? —ele como sempre muito ridículo

— eu até diria boa noite, mas pra você é só noite mesmo. tchau —fiz cara de cínica e ele foi embora junto com o pai

— vem filha vamos entrar —minha mãe veio até mim e entramos

Ela fechou a porta e me olhou como se tivesse sido a melhor vista que ela já tinha visto na vida

—muito obrigada filha, por tornar essa noite maravilhosa. Obrigada por fazer isso por mim —ela colocou a mão no peito “orgulhosa” e me abraçou

— tá bom mãe — dei uns tapinhas nas costas dela

— eu já vou indo pra cama filha

— pode ir mãe, eu vou ficar aqui assistindo tv.

— tudo bem, precisar de mim estarei no meu quarto —ela foi pro quarto dela e eu fui pro sofá assistir a maratona de “os simpsons” na fox. Estava tudo indo bem, mas recebo uma mensagem no celular e isso me assusta. ( eu nunca recebo mensagens) algo não está certo

— oi, aqui é o Cameron,  me diz... era o Shawn saindo da sua casa?