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História O filho do prefeito - Capítulo XIII


Escrita por: _Kiwy

Notas do Autor


Oi genteney!
Voltei na terça-feira como prometido!
Bom, eu gostaria de agradecer a TODOS OS COMENTÁRIOS DE TODOS OS LEITORES no capítulo passado (/・з・)/♡♡ Eu fico muito feliz em ver o amor que vocês depositam na fanfic (︶ω︶) Sério, eu não consigo explicar o tamanho da minha felicidade, pois os comentários são muito importantes para mim, principalmente agora que eu ando triste por causa de uns problemas pessoais e de saúde. Então ler o comentário de cada um, é muito especial para mim. Obrigada por fazerem meu coração aquecer (。・ω・。)
Bom, vi que vocês ficaram bastante ansiosos por esse capítulo, pois nele teremos o tão esperado encontro de Baekhyun e Chanyeol! Ufa! Confesso que até eu já estava ansiosa por esse encontro.
Gente, hoje o capítulo será ENORME! O maior capítulo da fanfic até agora! E é o maior capítulo de uma longfic que eu consegui escrever. Ainda tô muito chocada com isso ʕ • ₒ • ʔ
Eu não o corrigir, então perdão qualquer erro ortográfico, pois terminei de escrever agorinha.
Bom, leiam as notas finais, chingus! Tem coisa importante lá!
Boa leitura (⊃˘ᵌ˘)⊃

Capítulo 13 - Capítulo XIII


Fanfic / Fanfiction O filho do prefeito - Capítulo XIII

— Eu sei que você é aquele ômega da balada e sei que você se lembra bem de mim. Mas isso não vem ao caso, o que eu realmente quero saber é: por que você escondeu que está esperando um filho meu, Byun Baekhyun? — A pergunta foi feita pela voz rouca que transparecia a seriedade do assunto. Os braços cruzados sendo pressionados contra o próprio peito, os olhos olhando de forma rigorosa para o ômega e o semblante neutro, se encaixava perfeitamente aos sentimentos de raiva e frustração que o homem a frente de Baekhyun, sentia naquele momento.

 

A pessoa atendida por Baekhyun não fora Minseok, mas sim Park Chanyeol.

 

Acelerada. A respiração de Baekhyun acelerou no momento ao qual seus olhos pairaram sob aquele homem e ao ouvir aquelas palavras.

 

O Byun segurou a porta com força e a empurrou, na intenção de fechá-la antes mesmo do alfa formular a ideia de poder protestar. Porém tamanha força fora ineficaz quando o pé do Park fora posto para impedir o fechamento da porta.

 

— Sai daqui. — Baekhyun disse entre grunhidos baixos, demonstrando através de seu semblante e os socos que desferia na porta, o descontentamento com o fato do Park está a sua frente.

 

— Eu não vou embora. — O alfa avisou sério, vendo Baekhyun tentando fechar a porta de todas as formas, porém sem sucesso.

 

O Byun socava a porta com força, tentando fechá-la, porém só recebia em resposta o olhar curioso de Chanyeol.

 

— Você não pode fechar a porta para mim. — Chanyeol segurou a peça de madeira com força, o que fez ela parar de se movimentar por conta dos movimentos do ômega.

 

— Eu disse sai daqui! — Baekhyun disse irritado, o que fez sua ordem sair em quase um grito.

 

O local estava domado por um conjunto de sentimentos que estavam a flor da pele. Baekhyun não queria ter Chanyeol em sua vida, não queria ter Chanyeol na vida de seu filho. As palavras ao qual Chanyeol lhe dissera no dia ao qual eles passaram o cio, vieram na mente do Byun na noite passada. A relação sexual entre Baekhyun e Chanyeol não havia significado nada para o alfa, então por que o fruto daquela relação –no caso, o bebê– significaria algo?

 

Era bem provável do Park dizer que aquela criança não era sua e mandar Baekhyun ficar calado. E Baekhyun estava evitando ouvir aquelas mesmas palavras que lhe machucaram, serem referidas a si novamente e ao seu filho.

 

— Você está carregando um filho meu! — Chanyeol gritou para Baekhyun, tentando fazer com que o Byun parasse de protestar.

 

Baekhyun soltou a porta e virou de costas para Chanyeol, bagunçando seus fios de cabelos. Sua respiração continuava acelerada e seu peito subia e descia rapidamente. Fechou seus olhos e grunhiu baixinho de raiva.

 

Tudo estava indo tão bem, então porque justamente naquela hora Chanyeol tinha que aparecer na vida de Baekhyun?

 

— Quem disse que ele é seu filho? Ele é meu filho! Você não é nada para ele! — Baekhyun disse trincando os dentes e pousando as mãos em seu ventre, sentindo seu filho chutar fortemente, pois sentia a presença do pai alfa.

 

— Como você pode dizer isso? Eu sou o pai dessa criança! — Chanyeol perguntou indignado, entrando no apartamento sem sequer ter autorização. Fechou a porta com força atrás de si, sem se importar se algum vizinho ouviria o estrondo.

 

— E você o aceita? Por um acaso você desejou ele?! — Baekhyun virou para o Park e lhe perguntou o encarando no fundo dos olhos. Seu olhar transmitia raiva, sentimento esse que Chanyeol ainda não entendia o porquê do Byun está sentindo.

 

— Não, é claro que eu não desejei. — Chanyeol declarou, ainda sendo encarado pelo Byun. —Você acha que eu estou pulando de felicidade com a notícia de que terei um filho? Acha que nossa, eu vou ser pai, que legal. Não, eu sequer queria essa criança! — Chanyeol declarou novamente, bufando de irritação, o que fez o clima ficar ainda mais tenso.

 

Chanyeol sentia a raiva correr por suas veias. Nunca fora alguém de perder a paciência facilmente, somente com seu pai. Mas também sabia que não era a pessoa mais paciente do mundo. E naquele momento, Baekhyun parecia está fazendo questão de tirar o resto de tolerância que o alfa ainda tinha.

 

— Então sai da minha casa e me deixa em paz! — Baekhyun gritou para o Park, apontando para a porta.

 

— Você não pode me afastar desse bebê. Querendo ou não, ele é tão meu quanto seu. — Chanyeol abaixou seu tom de voz, sabia que a voz de um alfa irritado poderia se tornar mais grave, o que normalmente deixava os ômegas ou betas assustados.

 

Quando seguiu o carro onde Baekhyun e entrou no prédio onde ele morava, não tinha a intenção de ter um diálogo cercado de gritos e expulsões. Queria ter uma conversa calma e sensata com o Byun, mas parecia está sendo uma tarefa impossível com a reação do ômega.

 

— Eu não vou deixar meu filho ser criado por você. — Baekhyun disse tranquilizando sua respiração e tentando acalmar as batidas frenéticas de seu coração. Sabia que tudo o que passava ou sentia, refletia em seu filho. E o que menos almejava era que seu filho sentisse o que o Byun sentia naquele momento.

 

— Não seja infantil, Baekhyun. Ele também é meu filho, droga! — Chanyeol ralhou suspirando pesado, puxando seus próprios fios de cabelo e abaixando a cabeça. — Ele é meu filho também. — O Park repetiu, porém em um tom de voz mais baixo, como se estivesse falando mais para si mesmo do que para Baekhyun.

 

Ao entrar naquele imóvel, pôde reconhecer seu próprio cheiro em Baekhyun e também sentiu o aroma doce misturado. Aquele bebê que estava se desenvolvendo no ventre do ômega, era seu e Chanyeol não precisava mais de terceiros para ter a certeza de que tinha um filho.

 

Porém a ficha de que era pai caia aos poucos, mas não o suficiente para Chanyeol aceitar completamente que uma criança com seu sangue estava se formando.

 

O Park sentou no sofá e espalmou suas mãos em seu rosto, o esfregando, como se daquela forma acharia uma solução para tudo que estava acontecendo. Baekhyun suspirou baixinho e também sentou no sofá ao qual o Park estava sentado, porém ficando em uma distância suficiente para não ter muito contato com o alfa.

 

— Como isso foi acontecer? — Chanyeol perguntou com a voz calma, pois ainda procurava entender aquela situação.

 

— Esqueceu que nós transamos? Por um acaso você tem amnésia?! — Baekhyun perguntou indignado, rindo nasalmente.

 

— Não precisa falar assim. — Chanyeol disse calmo, pois não queria voltar a discutir com o Byun.

 

— Sai da minha casa, Chanyeol! É meu filho, você não tem direito algum sob ele! — Baekhyun despejou, sentindo as lágrimas começarem a ser formar em seus olhos.

 

Havia criado um laço tão forte com seu bebê mesmo ele estando dentro de seu ventre. O amava tanto mesmo sem ainda tê-lo conhecido. Amava senti-lo chutar em seu ventre, amava ouvir as batidas de seu coração, amava cada pedacinho daquele bebê que fora feito em apenas uma noite que seria insignificante para Baekhyun e para o Park, mas que transformou a vida dos dois.

O Byun sentia a necessidade de o proteger e só de pensar na hipótese de que Chanyeol pudesse o machucar com palavras no futuro, lhe partia o coração. Preferia evitar qualquer que fosse o sofrimento em seu bebê.

 

— Baekhyun, seja racional! Você não pode me afastar dessa criança! — Chanyeol disse já exausto daquela conversa que só se baseava em gritos e proibições.

 

— É meu filho...— Baekhyun disse baixinho, tocando em seu ventre e deixando uma lágrima escapar. Seu filho chutava violentamente dentro de sua barriga, demonstrando que sabia da presença de seu pai alfa.

 

— É nosso filho. — Chanyeol se acomodou no sofá, porém foi se aproximando do Byun, que se manteve no mesmo lugar enquanto acariciava o próprio ventre. — Eu sei que você está assustado, eu também estou assustado. — Chanyeol sorriu pequeno, ficando ao lado de Baekhyun. — Sequer nos conhecemos e já vamos ter um filho. Mas vamos ser racionais, essa criança precisa de mim. Eu sou o pai dela. — Chanyeol tentava fazer com que Baekhyun compreendesse que sua presença era essencial para o bebê, pois o Park não necessitava ser nenhum médico para saber que seu filho precisava de si.

 

Chanyeol pousou seu olhar no volume da barriga de Baekhyun. O corpo daquele ser que se formava dentro de Baekhyun, marcava a pele do ômega. Aquele ser que era filho de Baekhyun e Chanyeol.

 

— Posso tocar? — Chanyeol pediu olhando para Baekhyun, que virou a cara para não ter contato visual com o alfa. O ômega limpou o vestígio de lágrima e segurou no zíper de seu moletom, abrindo aos poucos, pouco se importando se sua boxe apareceria ou não.

 

E então Chanyeol pôde ter a visão da temporária “moradia” de seu filho. O ventre do ômega era grande, o que fazia Chanyeol refletir que seu filho não demoraria muito a nascer. Um sorriso emocionado nasceu nos lábios do Park, que esticou sua mão na direção do ventre do ômega.

 

Então as mãos ásperas e pesadas pousaram na barriga de Baekhyun, que engolia a seco e reprimia as lágrimas que queriam sair. Seu filho que até então chutava com violência, pareceu se tranquilizar assim que sentira o toque de Chanyeol. Baekhyun sabia que ele somente se tranquilizou por causa de Chanyeol, que tudo o que seu feto desejava era ter um contato com seu pai alfa e isso deixou Baekhyun ainda mais entristecido pois não conseguia evitar a vontade de afastar Chanyeol mesmo ainda nem tê-lo conhecido direito.

 

Chanyeol deslizava suas mãos pelo ventre do Byun, encantando com o fato de que seu filho crescia ali dentro, encantando com o fato de poder acariciar o local ao qual seu filho se desenvolvia.

 

— Aish, não precisa ser tão bruto. — Baekhyun resmungou baixo, porém não baixo suficiente para impedir que o alfa escutasse. Chanyeol riu baixinho, pois sabia que não tinha vocação alguma para acariciar o ventre de uma pessoa grávida.

 

Baekhyun virou seu rosto e olhou para Chanyeol, vendo um pequeno sorriso enfeitando os lábios do Park, que tinha os olhos brilhando em entusiasmo por ter aquele contato indireto com seu filho.

 

Baekhyun segurou nas mãos de Chanyeol e as deslizou com cautela por seu ventre, mostrando como ele deveria tocar naquela área. As mãos do alfa deslizaram pela pele lisa do ômega, sentindo os pelinhos de Baekhyun se arrepiarem com o contato. E o sorriso de Chanyeol aumentou quando ele sentiu o chute de seu filho, como uma espécie de resposta, como se ele estivesse respondendo que sabia da presença do pai, como se demonstrasse que estava feliz por conhecer Chanyeol.

 

Baekhyun não conseguiu e deixou as lágrimas caírem, deixando o choro preso, assim ser solto. Sabia que seu filho estava feliz por está conhecendo seu pai alfa e aquilo persistia em lhe doer. Insistia em lhe provocar dor.

 

— Eu ainda não o amo. Eu não posso ser hipócrita e dizer que já o amo mais que minha vida porquê mentiria. Eu não queria ter um filho agora, acho que se dependesse de mim, eu nunca teria filhos. Então eu ainda não o amo. — Chanyeol confessou tocando da forma mais delicada que conseguia, sentindo um sentimento puro e gostoso se expandir em seu peito. Talvez Chanyeol estivesse sentindo felicidade ao saber que seu filho estava a sua frente.

 

— Então se afaste. Vá embora. Esqueça que essa criança existe. Eu cuido dele, ele ficará bem. Não fique perto. — Baekhyun disse baixo, com seu tom de voz embargado e tentando controlar o choro.

 

— Por que você quer me ver longe? — Chanyeol perguntou sentindo seu peito doer ao ver as lágrimas do ômega, que soluçou e chorou ainda mais, afastando as mãos de Chanyeol de seu ventre.

 

— Porque você é noivo, Chanyeol. Eu sei o quanto uma criança pode atrapalhar um relacionamento e eu não quero que o meu filho seja uma pedra no seu caminho. Eu não quero que ele cresça sabendo que destruiu um relacionamento e muito menos que seja negado pelo pai ou pela madrasta. — Baekhyun explicou, sentindo sua garganta arder pelo choro.

 

Chanyeol respirou fundo e evitou começar qualquer conflito ao ouvir aquilo. Não queria brigar com Baekhyun, não queria ter uma relação cheia de intrigas com ele. Os dois teriam um filho e não poderiam conviver um com o outro daquela forma. Faria mal tanto para eles quanto para o bebê.

 

— Eu nunca vou negá-lo. Ele é meu filho, Baekhyun. Eu preciso dele tanto quanto ele precisa de mim. Não me afaste dele. Eu preciso ter contato com ele. — Chanyeol suplicou ao ver Baekhyun fechando o moletom, escondendo seu ventre. — Eu não posso simplesmente esquecer que tenho um filho. Eu não sou esse canalha que você está descrevendo, parece que você me ver como um homem sem escrúpulos, que vai esquecer que tem um filho facilmente. Eu sou noivo sim e ainda não faço ideia de como a minha noiva reagirá sobre a sua gravidez. Mas isso não importa agora, o que importa é o fato de que eu tenho um filho e você não pode me afastar dele. — Chanyeol falava com toda a paciência que desconhecia ter. Tinha conhecimento do quanto Baekhyun estava sofrendo e ver as lágrimas do ômega, atingiam seu coração. E para tentar acabar com qualquer tipo de possibilidade de intriga sobre o bebê, o Park tentava deixar de forma mais explícita possível através de suas palavras, o quanto era importante o seu convívio com a criança.

 

— Baekhyun, me deixe acompanhar a sua gravidez. Eu preciso ver e sentir o desenvolvimento dele. Você sabe que é necessário para ele, pois ele precisa de um pai.

 

A mente de Baekhyun estava um turbilhão. Há alguns minutos tinha a certeza de que o Park negaria o bebê, mas o alfa simplesmente começou a dizer que queria ter a criança por perto e que a criança precisava tê-lo por perto. Aquilo estava mexendo demais com os sentimentos de Baekhyun, que se encolheu e continuou chorando, sentindo toda aquela confusão de sentimentos se tornarem apenas um; aflição.

 

Chanyeol segurou Baekhyun pelos ombros e lhe puxou com cautela para um abraço. O alfa sequer conhecia o Byun direito, mas não aguentava ver o estado dele. O estado fragilizado de Baekhyun lhe afetava e o único meio de tentar tranquilizá-lo, fora o abraçando.

 

Baekhyun segurou no pano da camisa do Park e o apertou com força, fechando seus olhos com força para pôr um fim nas lágrimas que tanto persistiam em cair.

 

— Vamos fazer isso por essa criança, Baekhyun.

 

 

 

 



 

× × ×




 

 

 

 

 

— Está se sentindo mais calmo? — Chanyeol perguntou preocupado com o ômega, que acenou em positivo com a cabeça enquanto.

 

O alfa havia pegado um copo com água para Baekhyun, pois ele estava muito atordoado e aflito com toda aquela situação.

 

Baekhyun ainda não acreditava que Chanyeol, o pai de seu filho, estava a sua frente. Uma das coisas que mais queria nos últimos meses era vê-lo longe de si, porém por obra do destino, ele aparecera em sua porta, lhe indagando sobre o filho que se desenvolvia no ventre do ômega.

 

— Como você descobriu sobre a minha gravidez e como me achou? — Baekhyun perguntou com a voz fraca, consequência do choro que havia demorado a cessar.

 

Chanyeol suspirou baixo, levando seu dedo indicador até a bochecha do ômega e limpando o vestígio de lágrimas.

 

— Minha mãe lhe encontrou e sentiu seu cheiro. — Chanyeol respondeu, o que fez Baekhyun lembrar da senhora que havia lhe feito indagações sobre o bebê que estava esperando, ser também filho do alfa. — Descobri onde você trabalha e fui lhe procurar.

 

— Chanyeol, apenas me responda uma coisa: por que você quer ficar perto dele? — Baekhyun perguntou cabisbaixo, brincando com seus próprios dedos na mão por conta do nervosismo.

 

— É meu filho, Baekhyun. Eu não posso ignorar que tenho um. — Chanyeol respondeu suspirando alto. — Eu quero poder escutar o primeiro choro dele, quero poder ver ele balbuciar as primeiras palavras, quero poder ver os primeiros dentinhos dele e quero poder ver ele dando os primeiros passos. Você não pode me privar de participar desses momentos, Baekhyun. E muito menos pode privá-lo de ter um pai presente nesses momentos. Você gostaria vê-lo longe de você?

 

Baekhyun balançou a cabeça freneticamente em negativo, pois não conseguia se imaginar ficar longe de seu filho quando ele nascesse.

 

— Então você acha que eu gostaria de tê-lo longe de mim? — Chanyeol perguntou sério, vendo Baekhyun ficar constrangido ao ouvir aquilo. — Eu entendo que você esteja com medo. Eu sou um estranho para você e você também é um estranho para mim. Mas vamos tentar nos conhecer, ok? Essa criança precisa disso.

 

Baekhyun colocou o copo com água em cima da mesinha que ficava no centro da sala e se acomodou no sofá. Suspirou alto de cansaço e pousou seu olhar em Chanyeol, que lhe olhava em súplica, querendo que o ômega entendesse que o bebê precisava dele também.

 

— É um menino. — Baekhyun declarou baixo. Apesar de ter dito poucas palavras, Chanyeol sentiu que ao dizer aquilo, o ômega estava dando o primeiro passo para uma convivência melhor. Ele tentaria ter uma convivência boa com Chanyeol por causa de seu filho.

 

Os lábios de Chanyeol se esticaram tanto que mal cabiam em sua face. Aquele sorriso demonstrava a felicidade que sentia no momento ao saber daquilo. Não tinha preferência em relação ao sexo, mas saber que um menino nasceria com seus traços e de Baekhyun, alegrava seu coração.

 

— Você já tem um nome para ele? — Chanyeol perguntou ainda com o sorriso estampado nos lábios, pois não conseguia deixar de sorrir.

 

— Não, eu ainda não pensei em nenhum nome. Mas como você já sabe da gravidez, acho que seria bom nós decidimos juntos. — Baekhyun deu um sorriso lateral, demonstrando querer manter um clima tranquilo entre eles.

 

— Tenho certeza que ele será o garotinho mais esperto do mundo. — Chanyeol disse bobo ao imaginar as características da personalidade de seu filho. — Terá sonhos e os realizará, sem ser obrigado por ninguém a fazer algo que não goste.

 

— Crianças não gostam de legumes, mas ele vai ter que comer legumes. — Baekhyun disse, fazendo um biquinho se moldar nos lábios de Chanyeol.

 

O feto parecia entender o que os dois diziam, pois chutava dentro da barriga de Baekhyun, não violentamente como antes, mas chutava como se estivesse respondendo ao que seu pai alfa dizia.

 

— Sim, comerá muitos legumes e verduras para ficar tão forte quanto o pai aqui. — Chanyeol vangloriou-se apontando para si mesmo, o que fez Baekhyun revirar os olhos e rir soprado com a confiança do alfa.

 

Antes que o ômega pudesse dizer alguma coisa em relação a conversa de Chanyeol com o feto, sentiu seu celular vibrar no bolso de seu moletom, anunciando que alguém lhe mandara mensagem.

 

Minnie: “Estou saindo do trabalho. O mercado fica aqui perto então chegarei em casa dentro de alguns minutos. Não fique muito ansioso, logo você comerá.”

 

Baekhyun até poderia sorrir com a mensagem de Minseok, pois seu coração sempre se enchia de alegria quando o alfa demonstrava afeto ao ômega. Minseok era uma das pessoas mais especiais na vida de Baekhyun.

 

Entretanto a pessoa ao qual Minseok mais detestava estava em seu lar, sem ele ter dado o consentimento ou sequer ter conhecimento. E isso deixou Baekhyun nervoso, pois sabia que a última coisa que o Kim queria na vida, era ter Chanyeol em sua casa.

 

— Chanyeol, você precisa ir embora. — Baekhyun disse desnorteado, pois lhe causava tontura imaginar Minseok encontrando o Park.

 

— Por que? — Chanyeol perguntou desconfiado, pois ele percebeu que o ômega mudou de expressão a verificar algo em seu celular. — Estávamos indo tão bem.

 

— Minseok, meu amigo, não pode lhe ver aqui. — Baekhyun disse um tanto exasperado, levantando do sofá, sendo acompanhado por Chanyeol.

 

— Qual o nome de seu amigo? — Chanyeol perguntou curioso, pois conhecia uma pessoa com aquele mesmo nome e torcia internamente para que a pessoa ao qual estava pensando, não fosse o amigo de Baekhyun.

 

— Kim Minseok. — Baekhyun mordeu os lábios se questionando mentalmente se havia sido uma boa ideia dizer aquilo.

 

— Kim Minseok, o jornalista que me odeia?! — Chanyeol perguntou indignado, torcendo para que Baekhyun não confirmasse.

 

— É ele mesmo. — Baekhyun confirmou, o que fez Chanyeol ficar furioso. — Ele não sabe que você é o pai do bebê e não gostaria nada em lhe ver aqui.

 

— Eu não acredito que o meu filho mora no mesmo ambiente que esse cara! — Chanyeol exclamou irritado, dando um sorriso que demonstrava seu aborrecimento.

 

— Que infantilidade. Enquanto você brincava de papai e mamãe com a sua noiva, era Minseok que cuidava de mim e do meu filho. — Baekhyun sorriu amargo e cruzou os braços, enquanto arqueava as sobrancelhas e encarava Chanyeol.

 

O Park cravou suas unhas na carne de seu próprio punho, descontando sua raiva ali. Baekhyun estava parado, com o ombro encostado na parede, depositando o peso de seu corpo naquele apoio. Chanyeol estava a sua frente, lhe olhando com os olhos brilhando de raiva.

 

Baekhyun estava demonstrando ser como uma bomba para Chanyeol. Totalmente imprevisível.

E Chanyeol não tinha paciência suficiente para lidar com aquilo.

 

— Eu não acredito que você está me acusando de ter largado você se eu ao menos sabia da sua gravidez! — Chanyeol disse descrente ao ouvir aquelas palavras saindo da boca do Byun, o que causou o crescimento de sua fúria por ser acusado daquele forma.

 

Os minutos de paz pareciam ter nunca existido, pois o fogo dos sentimentos à flor da pele reacendeu com aquele novo conflito.

 

Baekhyun mostrou um sorriso lateral debochado, andando em passos pesados até a porta e a abrindo, apontando para a saída.

 

— Interprete como quiser. — Baekhyun disse demonstrando desinteresse, apesar de seu interior está em rebuliço. — Passar bem, Chanyeol. — Os olhos acastanhados pousaram no Park, que sentiu a indiferença que Baekhyun tentava demonstrar, sob si.

 

— Já vi que não resolveremos nada agora. — Chanyeol se deu por vencido, saindo do apartamento e ficando de costas para Baekhyun assim que estava fora do local. — Mas isso não significa que eu desistirei.

 

O ômega fechou a porta com força e respirando pesado. Espalmou suas mãos em seu rosto e o esfregou com força, tentando se libertar de tudo o que havia sentido durante a conversa/discussão com Chanyeol.

 

Odiava brigar com alguém, odiava conflitos, não lhe agradava em nada ser levado por seus próprios impulsos e criar uma atmosfera de discórdia. Sempre buscou ter uma convivência de harmonia com as pessoas porque não via necessidade em criar e manter desavença.

 

Baekhyun não odiava Chanyeol ou algo parecido. Apenas tinha medo das mudanças que ocorreriam em sua vida com a aproximação do alfa. As fotos de Chanyeol viviam na mídia, toda a vida dele era praticamente exposta na mídia. E Baekhyun não queria ter seu rosto em capas de revistas de fofocas que se refeririam a ele como um “ficante” de Chanyeol. Não queria aquilo para a sua vida e muito menos para a vida de seu filho.

 

Lhe causava arrepio imaginar fotos de seu pequeno saindo em revistas maldosas que o descreveriam como um bastardo.

 

Baekhyun não teria paz, sua vida tranquila e pacata seria cercada de perturbação e se transformaria em um verdadeiro caos. Baekhyun e sua gravidez eram uma bomba para os jornalistas, que fariam questão de estampar em revistas expressas e online aquela notícia.

 

Chanyeol socou com força a parede do corredor e rosnou baixo de raiva. Mal havia conhecido o ômega mas já percebera que ele tinha um gênio difícil de lidar. Baekhyun irritava profundamente o lobo de Chanyeol.

 

E parecia que o destino queria deixar seu lobo ainda mais irritado quando alfa descobriu que Baekhyun morava com Kim Minseok, o jornalista ao qual Chanyeol detestava. Haviam se encontrado poucas vezes em eventos, mas fora o suficiente para perceber que nunca se daria bem com o Kim.

 

Apenas com aquelas poucas palavras que trocou com Baekhyun, soube que os dois tinham inúmeras divergências e que seria um verdadeiro problema na vida de ambos e do filho que esperavam.

 

 

 

 

 

 

× × ×

 

 

 

 

 

 

Em lágrimas. Fora assim que Minseok encontrou seu amigo ao chegar em casa. Baekhyun estava chorando todo encolhido no sofá. Seu rosto estava vermelho e seus olhos estavam inchados.

 

— Baekhyun, o que aconteceu? Você está sentindo alguma dor? — Minseok perguntou apavorado ao ver o estado do amigo, que nem havia notado a presença do alfa na residência.

 

O Kim se agachou e ficou de frente para o Byun, que ainda chorava demasiadamente. Deslizou seus dedos pelas bochechas do ômega para limpar aquelas lágrimas que estavam afetando ao coração do alfa. Odiava ver Baekhyun chorando pois sentia que seu lobo estava falhando em lhe proteger.

 

Minseok perguntou preocupado, vendo Baekhyun limpar suas próprias lágrimas com a manga de seu moletom.

 

Baekhyun sabia que o motivo de seu choro era Chanyeol. A aparição do alfa lhe assustava pois temia que ele levasse seu filho para longe de si. Pensava na hipótese de Chanyeol levar seu bebê logo após o parto e criá-lo como se ele fosse também filho de Irene. Como se Baekhyun fosse um nada na vida daquele ser que ainda nem havia nascido, mas já era amado por seu pai ômega.

 

E seus hormônios não ajudavam em nada de lhe acalmar. Durante os três primeiros meses de gravidez, havia guardado todos os sintomas da gravidez para si. Todas as mudanças de humor haviam sido controladas pelo Byun, que tentava não transparecer sua gravidez. E sabia que mais cedo ou mais tarde teria uma espécie de “surto”, pois havia guardado aquilo para si por um bom tempo, havia se privado de ser um grávido comum nos primeiros meses e isso não era bom.

 

Seu médico havia lhe dito que Baekhyun estava pecando gravemente em fazer aquilo, pois para ter uma gravidez e um parto saudável, o ômega tinha que ter o físico e o emocional saudável, pois boa parte das coisas que o pai ômega sentia, refletia em seu feto.

 

— Vai Baek, me conta o que aconteceu. Eu te amo e você sabe disso. Então confie em mim. — Minseok pediu tranquilo, pois o que menos queria era assustar Baekhyun naquele momento.

 

Baekhyun respirou fundo e tentou tranquilizar seus batimentos cardíacos. Queria poder compartilhar seus sentimentos com Minseok, mas para ele entender, ele teria que saber sobre o fato de Chanyeol ser o pai do bebê que Baekhyun esperava. E o ômega sabia o quanto o Kim não ia com a cara do Park e não o suportava. Não queria ser novamente uma decepção para Minseok.

 

— É que esses filmes de hoje em dia estão muito tristes. — Baekhyun respondeu com a voz rouca por conta do choro, enquanto um biquinho se moldava em seus lábios. O ômega apontou para a TV, onde passava um filme de drama em algum canal aleatório.

 

Minseok apenas riu baixinho e beijou a bochecha do ômega, que continuava com um biquinho nos lábios, lhe deixando adorável.

 

— Quer comer? — Minseok perguntou afagando as madeixas escuras do Byun, que assentiu freneticamente com a cabeça. — Vou preparar uma comidinha bem gostosa pra nós três.

 

Minseok disse divertido, se referindo a ele, Baekhyun e ao bebê. Pegou as sacolas com compras e foi direto para cozinha.

 

O ômega suspirou baixo e limpou mais uma lágrima que descia por sua bochecha. Mais cedo ou mais tarde Minseok saberia quem era o pai do bebê que estava em sua barriga e Baekhyun sabia que ele mesmo teria que contar.

 

 

 

 

 

× × ×

 

 



 

 

 

Uma semana depois

 

 

— Hannie, eu tô me sentindo tão mal. — Baekhyun declarou choroso, deitando sua cabeça em cima de sua mesa de trabalho.

 

— Eu sei que você está se sentindo mal, Baek. Mas tente não pensar nisso. — LuHan tentou confortar o amigo.

 

Baekhyun havia contado tudo o que havia acontecido depois de ter chego em casa após um dia na praia. Contou sobre Chanyeol ter aparecido na porta de seu apartamento, contou sobre sua discussão com o Park e contou sobre Minseok ter o pego chorando.

 

— Eu não sei o que fazer, Hannie. Eu estou tão perdido. — Baekhyun declarou com os olhos marejados. — Ele vai levar o meu bebê, Hannie. Eu vou ter ele e então Chanyeol vai levar ele pra longe. — As lágrimas começaram a rolar pelas bochechas vermelhas do Byun, o que deixou o Xiao ainda mais agoniado.

 

Não sabia como confortar o amigo porquê nunca havia se visto numa situação como aquela. Não sabia quais palavras dizer e como reagir perante aquilo. Mas sabia que Baekhyun precisava de apoio naquele momento, mesmo se fosse para não concordar com tudo o que o Byun pensava,

 

— Baekhyun, pela conversa de vocês, eu pude reparar que ele não tem a intenção de lhe retirar o bebê. Ele só quer ter contato com o bebê, só quer ver como ele será. — LuHan esclareceu enquanto limpava as lágrimas que rolavam pelo rosto do amigo. Sabia que apesar de Baekhyun se demonstrar ser uma pessoa forte, ele era frágil e precisava de alguém que pudesse lhe guiar para tirar de um mar de dúvidas e emoções.

 

— Você não quer ver como seu bebê será? — Baekhyun maneou a cabeça positivamente. — Chanyeol também tem o mesmo desejo. Ele quer ver acompanhar essa etapa da sua gravidez porquê não teve oportunidade de acompanhar a primeira, já que ele nem sabia que era pai. Então em uma forma de se redimir com o bebê até com a própria consciência dele, ele quer acompanhar o restante da gestação.

 

Baekhyun ficou pensativo ao escutar aquilo. Não havia pensado por aquele lado, que Chanyeol estava preocupado com o bebê mesmo não o amando. Até entendia Chanyeol por ele não amar ainda o bebê, pois uma pessoa não consegue amar a outra de uma hora para a outra. O alfa faria descaso da palavra “amor” caso dissesse que amava seu filho mesmo tendo acabado de descobrir sobre a gravidez do ômega.

 

— O maior problema é que agora ele não é simplesmente o filho do prefeito, ele é o prefeito da cidade! — Baekhyun disse um tanto exaltado, tentando mostrar a magnitude da atual situação que se encontrava. — Será um escândalo quando os jornalistas souberem que o novo prefeito da cidade teve relações sexuais com uma pessoa que não era sua noiva e pior, que engravidou essa pessoa que no caso sou eu! Sabe o quanto isso mexerá a minha vida e a do meu filho?

 

Baekhyun perguntou cansado, acariciando seu ventre enquanto pensava no futuro de seu filho. Chanyeol havia sido eleito prefeito de Seul e isso deixava Baekhyun ainda mais preocupado com seu filho.

 

O pequeno não conseguiria escapar dos tabloides ao nascer, pois o fato de ser um bastardo –caso Chanyeol casasse com Irene–, seria um prato cheio para os jornalistas.

 

— Eu sei, Baek. Mas você não deve pensar nisso. Precisa de uma conversa civilizada com Chanyeol, pois vocês só gritaram um com o outro. — LuHan explicou afagando as madeixas do amigo. — E que história é essa de “Esqueceu que nós transamos? Por um acaso você tem amnésia?!”? Onde você tá aprendendo a falar desse jeito, heim Baek?

 

— Com quem será? — Baekhyun perguntou gargalhando ao ver seu amigo lhe mostrando língua em um ato infantil.

 

Porém antes de prosseguir a conversa, o Byun ouviu o vibrar de seu celular em cima da mesa. Pegou o aparelho e viu que havia recebido uma mensagem.

 

PCY: “Quero te encontrar. Tem como vim aqui em casa?”

 

Baekhyun arqueou as sobrancelhas ao ler tais palavras. Ainda não conhecia o Park direito, haviam trocado números de celular quando a assistente de Chanyeol foi até a empresa e conversou com o Byun –pois o Park não podia mais sair livremente na rua por seu atual cargo político–.

 

Durante aqueles dias que passaram desde o encontro dos dois, trocavam poucas mensagens. Todas baseadas sobre a gravidez, a saúde de Baekhyun e do bebê.

 

BBH: “Fazer o que?”

 

Baekhyun enviou desconfiado. Tinha certeza que ficaria desconfortável na casa de Chanyeol, pois sequer o conhecia direito.

 

PCY: “Minha mãe quer conhecer você porquê quer saber do bebê. E nós precisamos conversar.”

 

Baekhyun tombou a cabeça para trás e suspirou cansado.

 

Não sabia o que pensar com aquela mensagem. Claro que já havia conhecido a mãe de Chanyeol, todavia nem imaginava que ela fosse a mal do alfa e nem ela sabia que ele tinha em sua barriga o neto dela.

 

Se tratariam diferente, isso Baekhyun tinha certeza. Agora a história era outra, ela não era mais apenas uma senhora curiosa que perguntou se ele tinha ligação com Chanyeol e ele não seria mais o rapaz que carregava consigo um filhote que tinha o cheiro do Park.

 

O Byun mordeu os lábios e voltou a digitar.

 

BBH: “Me passe o endereço. Assim que eu sair do trabalho, vou para a sua casa.”

 

— O que foi Baek? Você parece preocupado. — LuHan perguntou, pois seu amigo lia e digitava algo no celular, porém parecia um tanto nervoso com o que lia.

 

— Me encontrarei com Chanyeol. — Baekhyun suspirou baixo e guardou o aparelho telefônico no bolso de seu moletom. — Ele quer que o meu bebê conheça a avó.

 

— Já é algo. — LuHan disse tentando mostrar o lado bom. — Tenho certeza de que será um encontro bom. Seja positivo.

 

— Hannie. — Baekhyun chamou o amigo pelo apelido de forma manhosa.

 

— Quando você me chama desse jeito ou é porque tá no cio ou é porque quer algo. — LuHan revirou os olhos, fazendo seu amigo rir baixinho. — Como eu não sinto nenhum cheiro de cio em você, então quer dizer que você deseja algo. Vai, diz logo, já que você não cansa de se aproveitar da minha beleza.

 

— Admiro sua modéstia. — Baekhyun disse irônico, enquanto apertava a bochecha do amigo. — Eu preciso que você me ajude com uma coisinha.

 

— Manda bala. — LuHan disse entediado.

 

— Quero que você me ajude com uma pequena mentirinha. — Baekhyun afinou a voz para tentar transparecer que não era algo grande.

 

Baekhyun não gostava de mentiras, mas aquela era necessária. Não podia simplesmente enviar uma mensagem para Minseok, dizendo: “Ah, Minnie, não precisa me buscar. Vou na casa do pai do Chanyeol, pai do meu bebê.”

 

Contaria a Minseok sobre quem era o pai da criança, mas tinha que se certificar que ter um contato um pouco maior com Chanyeol para poder revelar.

 

— Ah, nem vem que não tem! Daquela vez você quase morreu por causa das suas mentiras! — LuHan disse indignado e cruzando os braços.

 

— Não é nada demais. — Baekhyun persistiu.

 

— Mentira tem perna curta, Baek. — LuHan disse sério, fazendo o Byun moldar um biquinho nos lábios.

 

— Por favor, Hannie. É por uma boa causa. — Baekhyun juntou as duas palmas e pediu como se estivesse falando com alguma divindade.

 

LuHan apenas bufou e revirou os olhos. Não tinha como não ceder as vontades do ômega.

 

— O que você quer?

 

 

 

 

 

 


× × ×

 

 

 



 

 

 

— MinHee. — Chanyeol chamou pelo nome de sua secretária enquanto organizava alguns documentos por causa de sua candidatura.

 

O Park estava no escritório que ficava em sua casa, escritório esse que pertencia ao seu pai mas que passou a ser seu.

 

— Eu? — A alfa perguntou meio duvidosa, querendo saber o que seu chefe desejava.

 

— Ligue para aquele jornalista, Kim Minseok. Diga a ele que eu concederei uma entrevista particular a ele. — Chanyeol disse simplista enquanto assinava alguns documentos que estavam na mesa ampla de madeira.

 

A alfa arregalou os olhos ao ouvir tal pedido. Era curioso Chanyeol querer ser entrevistado por Minseok, o jornalista ao qual o Park menos gostava.

 

— Mas senhor Park...— Ela tentou contestas, porém ele apenas levantou a mão, em um gesto de silêncio.

 

— Apenas faça, MinHee. — Chanyeol disse sério. — Estou acabando de assinar algumas coisas, assim que acabar, você será dispensada. — O Park avisou recebendo o “Tudo bem” da moça antes dela se retirar do local.

 

Chanyeol largou os documentos e se esparramou na grande cadeira giratória estofada.

 

Não podia deixar Baekhyun longe de si, o ômega esperava um filho seu. E o Park não queria que o pequeno ficasse mais próximo de Minseok do que dele.

 

— Oras, eu sou o pai do garoto, não Minseok! — Chanyeol resmungou pensando no quão o outro alfa era próximo de Baekhyun e do bebê.

 

Parecia uma criança com tais pensamentos, mas a aproximação do Kim com seu filho o deixava irritado. Minseok não era nada do bebê, então não deveria manter o contato que tinha com ele.

 

Mas por trás daquela irritação, estava o ciúme. Minseok sabia da gravidez há mais tempo que ele, Minseok estava acompanhando a gravidez há mais tempo que ele, Minseok havia acompanhado Baekhyun no dia ao qual eles descobriram o sexo do bebê!

 

Mesmo tendo descoberto há pouco tempo que tinha um filho, sentia que estava perdendo o convívio com ele mesmo que ele ainda nem tenha nascido. Sentia que estava perdendo seus direitos como pai e que Minseok estava o roubando isso. Roubando as experiências que ele, como pai do feto, deveria ter.

 

Chanyeol sabia que estava sendo competitivo, mas não poderia controlar, seu lobo queria se mostrar superior ao lobo de Minseok.

 

E para isso, naquele dia, ele faria o que era certo para afastar o Kim de seu filho.

 

 

 

 

 

× × ×



 

 

 

 

 

 

— Yah Yeri, cadê aquele estagiário ômega? — Minseok perguntou para a moça que pegava seu pedido na cafeteria.

 

— O JongDae? — Yeri perguntou pagando pelo seu pedido.

 

— Sim, é ele mesmo. — Minseok respondeu coçando a nuca. — Onde ele está? — o alfa sorriu envergonhado.

 

O alfa havia gostado bastante da presença do ômega. Ele era um alguém gentil, sorridente e extrovertido. Apesar de terem tido apenas uma conversa, o Kim pôde notar que ele era uma ótima pessoa e queria o conhecer mais.

 

— Ele teve que sair — A moça disse dando de ombros, notando as feições do alfa ficarem tristonhas ao ouvir aquilo. — com o namorado dele.

 

Ah, Yeri queria pôr fogo no parquinho! Estava cansada de ver seu amigo se rebaixando por causa de Minseok. Não que o alfa tivesse culpa por JongDae fazer aquilo, mas ela precisava ver como ele reagiria ao ouvir aquilo. Queria ter certeza se o Kim estava se interessando pelo ômega.

 

— Namorado? — Minseok perguntou um tanto desconcertado, pois não imaginara que o ômega era comprometido.

 

“É claro que ele tem namorado, seu besta! Um ômega como ele não estaria sozinho.” Minseok praguejou a si mesmo mentalmente, fazendo uma careta.

 

— Uhum, e ele é ó — a moça fez um “ok” com a mão — um pitelzinho.

 

Yeri sabia que JongDae lhe agradeceria no futuro por ter contado tamanha mentira.

 

Minseok sorriu pequeno e fez uma curta reverência para a moça, lhe agradecendo pela informação.

 

Sentiu seu celular vibrar no bolso de sua calça e o apanhou, vendo uma mensagem que haviam lhe enviado.

 

LuHan: “Eu e Baekhyun vamos ao shopping ver algumas coisas para o quartinho do bebê, então não precisa vir buscar ele. Sehun deixará ele em casa.”

 

Minseok sorriu bobo ao receber aquela mensagem. Sabia que seria a pessoa mais babona que existia na face da terra quando o bebê nascesse. Já sentia um grande afeto por aquela criança mesmo ela ainda não ter vindo ao mundo.

 

Porém antes que o Kim pudesse responder a mensagem de LuHan, um e-mail fora lhe enviado.

 

“O prefeito Park Chanyeol deseja lhe conceder uma entrevista particular, na casa onde ele reside com seus pais. Não comunique a ninguém, caso contrário, a entrevista será automaticamente cancelada.”

 

 

 

 

 

 



× × ×




 

 

 

 

 

— Então você é o famoso Baekhyun! — A mesma senhora ao qual Baekhyun teve um breve diálogo na sorveteria, lhe recebeu de braços abertos quando a porta principal da mansão fora aberta.

 

O ômega se surpreendeu ao ser recebido com um abraço apertado e aconchegante da senhora, que sorria alegre ao ver o rapaz.

 

— Famoso? — Baekhyun repetiu aquela palavra em um tom de dúvida, vendo Chanyeol se aproximar dos dois sorrindo.

 

Baekhyun havia resolvido ir porquê pretendia ter uma boa relação com Chanyeol. O Park era o pai do bebê, então eles não podia viver em pé de guerra.

 

A mais velha logo soltou o rapaz e não precisou abaixar muito seu olhar para se deparar com a barriga onde seu neto ainda se desenvolvia.

 

— Tem o mesmo tamanho da minha quando eu estava grávida de Chanyeol. — A senhora disse emocionada ao ter aquele sentimento de nostalgia em ver o ventre inchado de Baekhyun.

 

O ômega estava constrangido. Havia sido recebido com tanto carinho pela senhora Park que isso lhe deixou envergonhado. Pensava que a senhora não lhe aceitaria por estar grávido e não ser comprometido com Chanyeol.

 

— Venha, querido. Entre! — Ela incentivou entusiasmada, puxando Baekhyun pelo pulso para entrar na casa.

 

Baekhyun ficou admirado pela imensidão do local. A decoração era de cores claras, deixando o local mais iluminado. Apesar de ser uma casa de pessoas de alto padrão de vida, não havia exageros em sua decoração. Algumas pinturas e alguns vasos com flores deixavam o local harmonioso.

 

Sem mesmo perceber, Baekhyun já estava sentado em um dos sofás da sala de estar, sendo perguntado por uma senhora Park alegre, se ele desejava tomar algo.

 

— Ah não, eu estou bem assim. — Baekhyun recusou ainda constrangido, vendo Chanyeol sentar em um sofá a sua frente.

 

— Eu tenho certeza que você vai gostar muito da minha mãe. Ela é louca por crianças, então é capaz dela viver lhe paparicando por causa do bebê. — Chanyeol disse divertido por ver o semblante de confusão no rosto do ômega.

 

A senhora Park se aproximou sorrateiramente de seu filho, sorrindo alegre, para então lhe dar um chute na canela.

 

— Me respeita, seu moleque. — A senhora Park repreendeu o filho, que gemeu baixinho por ser chutado por sua mãe.

 

Baekhyun reprimiu uma risada ao ver tal cena. Chanyeol parecia uma criança sendo castigado pela senhora Park, que parecia emburrada com o filho.

 

— Mas me conte como ele é? Ele se mexe muito dentro da sua barriga? — A senhora Park suavizou a expressão e perguntou entusiasmada para Baekhyun, que sorriu envergonhado.

 

— Ele chuta bastante. Gosta dos carinhos de Minseok, um alfa amigo meu. — Baekhyun pôde ouvir Chanyeol soltar um “Alfa idiota” como resmungo, porém resolveu ignorar. — E sempre me escuta.

 

— Quando eu estava grávida de Chanyeol, eu sempre conversava com ele. Lia bastante livros para tentar colocar um pouquinho de juízo na cabeça daquele dali. — Ela apontou para o filho, que levantou os braços como se estivesse se rendendo. — Mas não adiantou nada! — Ela suspirou fingindo tristeza, recebendo um “Ei, isso não é verdade!” de Chanyeol, o que fez Baekhyun rir baixinho.

 

Porém o diálogo fora interrompido quando a campainha da casa fora tocada.

 

— Não, deixa que eu atendo! — Chanyeol disse afobado ao ver que uma das empregadas de sua casa ia em direção a porta para atender quem estava lá fora.

 

A moça apenas fez uma curta reverência e se retirou do local.

 

— Venha Baekhyun, quero que uma pessoa te conheça. — Chanyeol disse mostrando um largo sorriso, pegando na mão de Baekhyun e lhe incentivando ao acompanhar.

 

Baekhyun ficou curioso quando ouviu aquilo. Não sabia que Chanyeol queria lhe apresentar para outras pessoas além de sua mãe. Todavia o ômega resolveu acompanhar o Park, mas se desvencilhando de seu toque.

 

Assim que chegaram na frente da porta, o Park a abriu, revelando a pessoa que já esperava impaciente do lado de fora.

 

Baekhyun não viu de imediato a pessoa que estava ali, pois Chanyeol lhe puxou para uma espécie de abraço, onde ele abraça o ômega por trás enquanto acariciava sua barriga.

 

E então Baekhyun pôde ver quem era a pessoa que havia tocado a campainha.

 

— Olá Kim Minseok. — Chanyeol cumprimentou com um sorriso vitorioso ao ver o rosto do Kim ser tomado por uma expressão de espanto.


Já conhece Baekhyun, o ômega que carrega o meu herdeiro?




Notas Finais


7 mil palavras. Repito. 7 MIL PALAVRAS! Eu juro que eu não sei como consegui escrever tudo isso, ainda mais agora que a minha criatividade tá prejudicada.
Mas eu gostaria de dizer em minha defesa que a partir de agora os capítulos ficarão maiores porque a fanfic já está na reta final. Como eu disse há alguns capítulos, a fanfic terá 16 capítulos e este já é o 13. Então só faltam 3 capítulos para “O filho do prefeito” ser finalizada. Acho que no início de Setembro o penúltimo capítulo será postado e no meio de Setembro será postado o último capítulo. Choremos (´-ωก`)

Eu tenho certeza que muitos não esperavam essa reação do Baek, pois ele sempre se demonstrou ser todo quietinho. Mas eu não quero que vocês crucifiquem ele, ok? Baek não conhece direito o Chanyeol e vice-versa, então ele ficou transtornado quando ele apareceu na porta dele e perguntou sobre o bebê. E ele “surtou” porque durante os primeiros meses da gravidez, ele tentou esconder todas as características dela para ninguém descobrir, já que ele não queria ser a decepção de ninguém.

Sei que muitos ficaram com raiva da Yeri por ter dito aquilo para o Min, mas ela fez pelo bem do Dae, para ele se dar valor e não se rebaixar. Chanyeol não é tudo aquilo que vocês pensavam, né? Mas ele não é mau, gente. Ele apenas tá com ciúmes do bebê e talvez do Baek, será? Senhora Park é uma das minhas personagens favoritas da fanfic. É aquela mãe amorosa, divertida e responsável. Dá bronca mesmo no Chanyeol pouco se importando se ele já é um homem grande. E o Baek não aprende que mentir é feio!
E se vocês acham que as tretas já acabaram, gostaria de dizer que estão muito enganados! Agora que o Min descobriu quem é o pai do bebê, então porque as tretas já acabariam?

Bom, espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado do capítulo! Não sei quando será a próxima atualização, pois tenho outras fanfics para atualizar. Mas vou tentar escrever o próximo capítulo ainda essa semana!
Eu já agradeci pelos comentários do capítulo passado? Se já agradeci, deixa eu agradecer de novo! Obrigada por estarem trazendo tanto amor para a fanfic. Sério, eu realmente não sei como retribuir.
Favoritem e comentem à vontade! Aceito elogios, críticas e observações ฅʕ・●・ʔฅ Juro responder todos os comentários! (ง ˙o˙)ว
Bom, até o próximo capítulo!
XOXO (づ ̄ ³ ̄)づ


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