1. Spirit Fanfics >
  2. O Fim do Início dos Tempos >
  3. Um Acidente

História O Fim do Início dos Tempos - Um Acidente


Escrita por: Hakura15

Notas do Autor


Desculpem a demora para postar, é que a minha escola anda acabando com o meu tempo, mas aqui está um capítulo fresquinho

Capítulo 2 - Um Acidente


O som de uma música alta e animada era possível ser ouvida do quarto de Eden, era um rock antigo do tipo que só era tocado em programas de rádio. Mas o problema não era esse e sim o fato de ser um sábado, portanto não era preciso acordar cedo; ao abrir os olhos o motivo de acordar tão cedo estava óbvio, seu irmão já havia acordado  e colocado a música para tocar em sua caixa de som no volume máximo. Levou alguns minutos para tomar coragem de levantar de sua cama e ir na cozinha para comer o desjejum, ao por os pés para fora do quarto viu uma cena inusitada, Alan dançando e cantando enquanto fritava algo no fogão, com certeza ele havia caído da cama e esquecido que era um péssimo dançarino.

- O que pensa que está fazendo? – Perguntou segurando o riso.

- Fazendo o meu café da manhã oras – respondeu indo baixar o volume da música para ouvir seu irmão melhor – e você, por que está de pé tão cedo? Você nunca levanta a essa hora no sábado.

- Talvez, mas só talvez por que um salmão dançarino decidiu ouvir música no último volume possível e me acordou, mas é só uma hipótese – disse fuzilando o seu irmão pelos olhos.

- Um salmão dançarino é? – Perguntou com voz de deboche enquanto ignorava o fato de ter sido comparado a um peixe por está usando uma camisa na cor salmão – esse salmão por acaso tem nome?

- Sem dúvida que tem, e começa com A de anencéfalo, e termina com N de narcisista – falou com uma leve irritação na voz.

- Oh, eu não sou narcisista e muito menos anencéfalo; minhas notas na faculdade são excelentes e você sabe muito bem disso – disse enquanto desligava o fogão e colocava ovos mexidos em um prato e pega em um armário duas canecas e colocava na mesa – Toddy ou Nescau ?

- Nescau com certeza – respondeu colocando leite em uma das canecas e misturando com uma colher de Nescau.

- Até nisso você tem mau gosto – disse colocando os ovos mexidos dentro de um pão e misturando o leite com Toddy.

- Você que é viciado em coisas doces, um dia vai acabar diabético.

- Para sua informação eu só não gosto de ter que por um quilo de achocolatado  no meu leite para ter que dar sabor nele.

- Não precisa por um quilo, uma colher já é o bastante.

- As vezes acho que você nasceu errado, porquê só isso explica conseguir tomar isso com uma colher – disse recebendo uma revirada de olhos do mais novo como resposta.

- Você é insuportável, e falando nisso onde a mãe e o pai foram parar?

- Não sei, eles me acordaram dizendo que iriam sair para resolver uma coisa e que era para mim cuidar de você.

- Vai ver eles tiveram alguma emergência no trabalho.

- É talvez, ou só queriam passar um dia em casal sem se preocupar com filhos.

- Acho difícil, a mamãe é muito coruja, não largaria a gente assim sem um bom motivo.

- De qualquer forma na importa, não vou passar o dia todo preso dentro de casa, vai se arrumar que eu vou te levar pra se divertir.

- Okay – respondeu sorrindo e saindo da mesa para se arrumar.

{...}

O fliperama estava lotado e os jovens competiam para ver quem iria jogar na nova maquina que simulava uma corrida. Após muitas horas de espera as duas crianças no final da fila finalmente puderam se senta nos carros e por os óculos de realidade virtual e começarem a corrida, a sensação era idêntica de se estar competindo na vida real.

{...}

A lanchonete se encontrava quase vazia, e o jovem debruçado no balcão aparentava estar quase dormindo, tamanho era seu tédio; sábados eram sempre muito pacatos, quase não se aparecia clientes; de repente ele ouviu o barulho da porta do estabelecimento abrindo, e dela entrarem duas pessoas com um número considerável de sacolas nas mãos.

- Eai Zack – cumprimentou seu amigo Alan ao se aproximar do balcão – dia agitado não? – disse olhando o estabelecimento.

- Nossa, como está lotado, mal tenho tempo para me sentar – disse sarcástico,apoiando o rosto na mão esquerda – ta fazendo o que aqui?

- Eu?

-Lógico que é você, né palhaço.

- Eu não estou fazendo nada, só vim comprar duas garrafinhas d’água e duas latas de refrigerante – disse sorrindo de forma sínica.

- Já está saindo – falou se levantando e colocando no balão as águas e os refrigerantes, mais alguma coisa?

- Deixa eu ver – disse se olhando os salgados – vai querer alguma coisa Eden? – Perguntou olhando o mais novo que observava as estufas com salgados expostos.

- Que tal uma torta? – Perguntou Zack.

- Gostei da ideia – disse indo se juntar ao irmão e olhando as tortas.

- Posso sugerir uma? – Disse olhando os dois.

- Claro – respondeu Alan.

- A de chocolate branco está uma delicia, a cobertura é de chantilly feito com leite em pó, e o melhor não tem cereja ou coco ralado, fora o recheio também ter chocolate normal.

- Vamos querer duas fatias dessa – respondeu Eden.

- Vai querer outra Alan? – Perguntou o atendente.

- Essa está ótima – disse sorrindo com a escolha.

{...}

- O que acharam da torta? – Perguntou Zack, ao ver que os dois irmãos haviam terminado de comer.

- Estava incrível – respondeu Eden.

- E você, Alan, o que achou?

- Os doces que o seu pai faz são excelentes, a propósito, ele está ai?

- Está sim, por quê?

- Eu quero falar, com ele.

- O que você tá aprontando? – Perguntou Zack.

- Eu só quero perguntar se ele deixa você sair com a gente, pra ir jogar.

- Acho bem difícil, ele deixar – disse soltando um suspiro – mas vale a pena tentar.

A cozinha da lanchonete, se diferia muito da imagem que o seu exterior passava; enquanto a fachada exibia apenas o nome “Sabor de Família’’ com seu interior sendo composto apenas por mesas e cadeiras de madeira, cerâmica branca no chão e paredes em um cinza claro, sendo o maior diferencial o enorme balcão que exibia doces e salgados dos mais variados tipos. A cozinha esbanjava paredes e cerâmicas brancas, fornos para se prepararem tortas e salgados,havia uma parede com várias geladeiras para se por os bolos e tortas e tudo que fosse preparado; no meio uma enorme bancada na qual ao todo trabalhavam 10 funcionários, todos com calças cinzas e camisas na cor marrom, estando por cima da mesma aventais brancos, na cabeça se tinha uma touca para evitar que caísse cabelo na comida. Alguns se dedicavam em bater a massa, outros colocavam a cobertura nos doces, era um verdadeiro espetáculo ver como tudo era feito de forma tão organizada e cuidadosa para se evitar que fosse desperdiçada alguma coisa.

- Sempre me surpreendo em como aqui dentro é movimentado – comeu Alan.

- E tem que ser, hoje pode não ser um dia agitado para compra na lanchonete, mas muitas pessoas fazem encomendas durante a semana e temos que está com tudo pronto para entrega – explicou enquanto procurava o seu pai em meio a tantos funcionários – achei ele – disse e passou a guia-los em meio aos padeiros e confeiteiros de modo que não atrapalhassem ninguém.

- Olá, como vai senhor Armstrong? – Perguntou Alan de forma simpática atraindo a atenção do homem de meia idade para si, Edgar Armstrong era um homem muito simpático, exibia cabelos nas laterais brancos e no topo da cabeça ainda podia se ver cabelos pretos, braços fortes devido ao trabalho de mexer com massas e ajudar a descarregar as entregas de ingredientes novos chegavam, tinha uma pele morena e olhos castanhos claros.

- Alan meu jovem, quanto tempo – disse largando as nozes que jogava em cima de um bolo de aniversário, e indo o abraçar.

- Verdade, faz tempo que eu não venho aqui, como anda a lanchonete, ainda tem muito movimento?

- E como tem, principalmente no meio de semana, hoje até que está calmo; mas o que o trás aqui em pleno sábado? – Perguntou já sabendo a resposta, conhecia muito Alan, o havia visto crescer junto com seu filho e era um grande  amigo dos pais do mesmo.

- Eu vim aqui ver se o senhor libera o Isaac pra jogar com a gente – disse atraindo a atenção de Edgar para Eden.

- Nossa como você cresceu Eden, da última vez que te vi você mal dava na cintura do Alan – disse cumprimentado o menor com um aperto de mão – logo, logo vai está maior que ele.

- Assim espero senhor Edgar, ninguém merece ser o baixinho da família – disse sorrindo – e então, o senhor deixa o Zack ir jogar com a gente? Com ele no time compensa o quanto o Alan joga mal.

- Bom nessas condições não tem como não deixar – disse rindo do comentário do mais novo – mas bom, divirtam-se e voltem quando quiserem, mas se me permitem eu tenho que terminar esse bolo, – disse acenando e voltando a fazer a cobertura do bolo.

{...}

A sala escura de pentiboll virtual era um dos locais mais frequentados da cidade, era comum se ver jovens entrando e saindo do lugar; as armas disparavam lasers das mais variadas cores, tendo horários para as partidas começarem e terminarem. O vestiário parecia mais o interior de uma base militar, roupas pretas repletas de sensores e capacetes com visores que ajudavam a saber onde estava o membro do time mais próximo, e onde estava cada inimigo, as armas eram variadas, conseguindo novas com acumulo de pontos, cada time usava armas diferentes, alguns usavam espadas, outros armas de alto calibre, e cada membro do time tinha um número de Hp, variando com o nível do jogador; sendo uma verdadeira guerra.

- Já veio aqui Eden? – Perguntou Zack, observando o temporizado que informava quanto tempo restava para a partida acabar.

- Sim, as vezes venho aqui com meus amigos, e você, vem muito aqui?

- Na minha época de ensino médio eu e seu irmão costumávamos vir aqui com frequêcia, mas ai começamos a faculdade e o tempo pra sair diminuiu.

- Entendi – disse voltando sua atenção para Alan que estava quieto mexendo no celular.

- Por que, estão me olhando? – Perguntou Alan guardando o celular no bolso.

- Com quem estava conversando? – Perguntou Zack.

- Eu estava convidando a Verena para vir jogar, mas ela disse que não ia conseguir vir agora porquê estava terminando um trabalho da faculdade – disse se levantando e indo escolher sua arma.

- Não é mais simples vocês namorarem logo, ao invés de ficarem nesse chove não molha? – Disse Zack indo escolher uma arma.

- Em primeiro lugar eu e ela somos somente amigos, em segundo lugar eu não sou o tipo dela e nem ela é o meu.

- E qual é seu tipo?

- Eu gosto de mulheres que não tentam me matar só porque eu faço uma brincadeira com elas, ou que não me usem de saco de pancadas quando estão bravas – explicou enquanto balançava as armas na mão e escolhia a mais pesada, sendo uma Sniper – e outra ela prefere caras que sejam mais calmos, ela diz que sou imperativo, só porque não fico mais do que 30 minutos no mesmo lugar.

- Ela tem razão, você não para quieto um segundo – disse Eden pegando duas pistolas.

- Eu concordo com o Eden, quando você fica entediado começa a caçar conversa com todo mundo que está ao seu redor – disse Zack pegando uma espingarda.

- Agora virou complô contra mim é? – Disse Alan indignado – bando de puxa saco da Verena, quanto que ela tá pagando pra vocês ficarem gastando minha beleza? – Zack e Eden se entreolharam e começaram a dar risada da cara emburrada de Alan.

A próxima, partida começa em 5 minutos, equipes se preparem – informou a voz de uma mulher nos auto-falantes.

{...}

A casa estava com as luzes apagadas, a rua estava deserta, exceto pela moto que parou em frente a uma casa pintada de amarelo, com uma árvore frutífera em sua frente, ao abrirem a garagem foi possível se observar um carro, a moto foi posta ao lado do mesmo e logo a garagem foi fechada. Os dois jovens entraram na casa e se dirigiram para seus quartos; o único barulho era o das sacolas que cada um levava, tentavam ao máximo não fazer barulho já que passava das 23 horas da noite e não queriam acordar seus pais. Cada qual foi para seu quarto se despedindo com um breve aceno, ao chegarem no mesmo apenas deixaram as sacolas em qualquer lugar junto com os sapatos e trataram de ir dormir.

{...}

A madrugada era um dos momentos favoritos de Alan, o simples fato de não haver barulho em lugar nenhum já fazia valer a pena o fato de ter que acorda as 4 da manhã para terminar um trabalho que teria de entregar ao seu professor  na mesma semana; ao lado de seu computador se encontrava um caderno repleto de anotações e sites de onde pegava os fatos, a garrafa de água ao seu lado já se encontrava vazia, o obrigando a se levantar e sair de seu quarto para a encher novamente. A cozinha estava escura e o mesmo não se deu ao trabalho de ligar uma única luz, apenas ligou a lanterna de seu celular e seguiu seu caminho, aproveitou para pegar os restos de um sanduíche que estava na geladeira, abriu a vasilha onde o mesmo estava, levou ao nariz e após verificar que não estava com cheiro ruim ou com algum outro sinal de estar estragado o levou a boca e pegou uma lata de refrigerante na porta da geladeira, esse seria seu desjejum. Ao ouvir o barulho de uma porta rangendo soube que seus pais haviam acordado e que era melhor voltar para seu quarto se quisesse evitar uma discussão por chegar tarde em casa.

{...}

O horário que Eden acordou o impressionou, segundo seu relógio de pulso em cima da escrivaninha de seu quarto já passava do meio dia, a lembrança ter ido dormir tarde por está com insônia veio a sua mente, era segunda-feira ou seja, havia perdido um dia de aula, seu irmão mais velho com certeza não havia ido o acordar pelo fato de ter faculdade o dia inteiro, e seus pais saiam para trabalhar cedo, o que resultou em ter que pedir copias das atividades perdidas e também de conteúdos passados. Mas se preocuparia com isso depois; arrostou seu corpo preguiçosamente pela casa rumo a geladeira a procura de algo para comer; não havia nada de seu interesse, então se obrigou a agradecer por ter no armário macarrão instantâneo; ligou a televisão para ver alguma de suas séries, ouviu o barulho de notificação do seu celular tocando, o pegou para ver quem o estava incomodando, ao desbloquear a tela do celular viu o quanto a bateria estava baixa, após ver a mensagem colocou o aparelho para carregar. O almoço não foi dos melhores, mas pelo menos não passou fome; se dirigiu ao banheiro para tomar seu banho; ao abrir a porta e tentar ligar a luz a mesma não acendeu, a televisão continuava ligada, então provavelmente só era uma lâmpada queimada; após fazer a troca da mesma se dirigiu para a tomada e tentou ligar a lâmpada, mas não obteve nenhum resultado; com passadas pesadas de irritação se encaminhou a caixa de fusíveis e tentou mexer para ver se a luz no banheiro retornava, após tentar e falhar foi até a pia do banheiro lavando as mãos,indo em seguida para o seu quarto e sem muito esforço se abaixou e retirou o carregador da tomada, não percebendo sua mão molhada encostar na mesma, o fazendo levar um forte choque, e em questão de segundos perder a consciência.

{...}

O rapaz corria com tudo pelos corredores da escola com medo de não entrar na sala para o segundo horário de aulas, quando tromba com tudo com uma garota que saia do banheiro feminino, os dois foram ao chão com tudo; ele imediatamente se preocupou em ajudar a garota a se levantar.

- Me desculpe, não foi minha intenção trombar em você, eu não esperava que alguém fosse sair do banheiro – se apressou em dizer.

- Tudo bem, isso sempre acontece comigo – respondeu limpando a camisa do uniforme da escola que se sujou com a queda.

- Isso o que? – Perguntou o garoto fazendo uma careta tentando entender o que ela havia falado.

- As pessoas trombarem em mim, dificilmente alguém me percebe por perto – explicou pacientemente.

- Ah, entendi, você é nova aqui? Nunca te vi por aqui.

- Bom eu me mudei pra cá faz 6 meses.

- Já tem algum amigo? – Perguntou tentando parecer amigável.

- Ainda não, por quê? – Respondeu parando para observar melhor o rapaz a sua frente.

- Bom eu acabo de fazer nós dois de entrar para a quarta aula, então imagino que isso faz de nós dois colegas de matar aula; sendo assim podemos ser amigos – disse sorrindo de forma brincalhona e estendendo a mão para um aperto de mão.

 


Notas Finais


Obriga por lerem, e espero que tenham gostado


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...