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História O Fundo do Oceano - Preparativos


Escrita por: HiyoriMeow e Mewo

Notas do Autor


:3 espero que estejam curtindo aí, boa leitura

Capítulo 3 - Preparativos


Um som de vidro se quebrando se fez ouvir da cozinha, em seguida um Aí agudo e aflito, mas não de quem se machuca, e sim de quem se martiriza por quebrar uma louça importante.

  -Kimi?.. você tá bem?

 Leonardo se prostou, mais uma vez sobre o batente da porta, com os olhos a queimar de preocupação, enquanto Kimi, encurvada sobre o chão recolhia os cacos com uma mini vassoura e uma pá, Stuart apareceu na porta logo em seguida.

 -Mais um Kimberly? Vou te contar viu, tsc tsc..

 Kimi o olhou com a expressão de quem não havia gostado da brincadeira, Leonardo os olhava confuso.

-Ela sempre quebra pratos?

-Só quando inventa de fazer aquelas festas romanas...

-Stuart quando vai parar com as mentiras?

Kimi bateu a pá contra a lata de lixo, logo tirando o pé do pedal da mesma para que ela fechasse, bateu as palmas uma nas outras, como quem limpa pó e se pôs a pegar outro prato, e a abrir a sanduícheira. Stuart sem graça, apenas deu de ombros voltando a se sentar numa das poltronas da sala, e a comer enquanto assistia um documentário sobre plânctons.
 Leonardo olhava Kimi, não havia tido tempo para vê-la direito de manhã, então agora seus detalhes o estavam cativando, sem ao menos o garoto perceber que ela o olhava. Kimberly tinha os cabelos castanhos, um tipo de mistura estranha dos pais, e seus olhos brincavam dos verdes aos castanho mel, não era um exemplo de perfeição em estrutura corporal, mas era o que podíamos chamar de uma garota dentro do peso, seus cabelos eram cortados curtos, não em um chanel, e sim algo na nuca mesmo e mantinha um corte mais rebelde, em que alguns fios invadiam seu rosto, em uma franja nada uniforme mas natural, lembrava uma personagem de desenhos japonêses, os famosos animes, em que ela realmente se espelhava no cabelo.
 Kimi o olhou, enquanto olhava a volta e então percebia que ele a fitava, ergueu as sobrancelhas num misto de espanto.

  -Que foi?

  -Ahn?.. não, nada..

 Franziu o cenho então confusa, usando a panela elétrica para ver se havia algo emporcalhando sua cara, para atrair a atenção dele, não havia nada.
  Stuart observava tudo da sala, sempre quieto nas horas necessárias ou que fossem de seu interesse, fitava Leonardo de costas, pensando onde deveria ser seu ponto fraco, ou que lado seria mais fácil de empurra-lo dentro d'agua, o que faria se fosse engaiolado como isca de tubarão, e mais mil psicomanias de um mini oceanógrafo psicotico pensaria, mordeu um dos dedos sem perceber enquanto comia, deixando um gemido de dor escapar enquanto olhava o prato vazio e o levava até a cozinha.

 -Tsc tsc tsc, vocês dois sozinhos não dá viu.. aposto que vai ser questão de tempo pra se pegarem depois de um filme..

 -Calado..

 A irmã tentou esbofetea-lo, mas ele contornou o balcão do meio da cozinha enquanto corria fazendo caretas, enquanto Kimi o seguia rindo, e Leonardo sorria apoiado ao batente, se divertindo sobre aquela situação.

[... ]

Renata e William pegaria o vôo 720 de Vanimo à Merizo, então foram da área de desembarque a área de embarque, carregando suas bagagens, enquanto eram conduzidos pelos funcionários já conhecidos, Christopher e Layla, o que se permite dizer até amigos do casal.
 Christopher costumava ser um oficial do exército até ficar incapacitado por uma pequena falha em seu sistema imunológico que o privou de apertar gatilhos, e não sendo bom com nada que não fosse a parte de artilharia, foi suspenso do trabalho militar, acabando por ser bem recebido como chefe intermediário de vôos da CMOMEO, em especial de Renata e Willy, então todo lugar que eles fossem, Christopher estava lá.
 Layla é filha de Aeromoça, meio que "erdou" o trabalho da mãe, quando a mesma faleceu aos 52 anos de infarto, cresceu no ramo e depois de ser aeromoça chefe se prostrou solidária a servir dentro dos aviões de pesquisa marinha, acabando por cuidar dos voos que seu namorado (que conheceu assim que começou a trabalhar como aeromoça da marinha) realizava, em sua maioria levando pessoas de Papua-Nova Guiné a Guão e EUA.
 Eram de confiança, ambos que sempre se encontravam com o casal para irem até a base, e seriam de grande confiança para o que procederia no futuro.
  Entraram assim na área de aviões e subiram as escadas rumo a porta aberta do jato gravado com as siglas da organização, dentro estava tudo nos conformes, oito acentos e um amplo corredor, banheiro e cabine do piloto, nada faltava.
 Depois de 10 min preparando tudo, o avião tomou a distância e então decolou, subindo pelo céu de Vanimo e logo mostrando o mar em que eles percorreriam.

 -Willy?.. sabe o que devemos fazer não sabe?.. a gente tem que dar um jeito de descer lá..

 -Rê.. a fossa das marianas.. não é exatamente o ponto não é?.. já foram até o fundo e..

 -Willy.. você viu as fotos.. você viu aquela caverna.. o governo não quer.. - nesse meio tempo, Renata chegava a sussurrar, chegando perto do marido -.. você sabe.. que eles vão fazer a excursão porque pensam que há algo lá.. e há algo.. algo valioso.. você sabe que eles nunca nos deixariam ver.. porque não querem que isso chegue a ser patrimônio público.. e..

 -Rê.. Shh - Willy colocou os dedos gentilmente sobre os lábios dela, a calando, não era um momento para aquele diálogo - a gente vai descer lá... A gente vai ver o que em 1960 Don e Piccard viram, se foi uma arca dos tesouros a gente pega, se foi um dinossauro a gente pega também..

-Você está levando na brincadeira William

- Não leve a sério Renata..

William piscou com os olhos gentis a ela, ao qual balançou a calda como uma cobra raivosa, mostrando os dentes em sinal de desaprovação.
O mini avião deu então um leve tranco, que tirou as costas de ambos do acento.
Layla entrou, extasiada.

- passaremos por uma pequena turbulência.. mas em 20 min estaremos pousando em Pyga Beach mesmo, os aeroportos de Merizo estão interditados, ordem do governo local.

 William e Renata se entre olharam, e Layla se retirou, deixando um procedente silêncio ecoar pelo local, o som era apenas de um trovão, devíamos estar perto de uma tempestade.
 E então o avião freneticamente começou a balançar, as taças de vidro pendiam do carrinho de rodas que circularava de um lado ao outro, largado ao relento do corredor, enquanto Layla voltava e tentava inutilmente segura-lo, já que nem mesmo seu corpo conseguia manter de pé
Renata puxou o marido pela gola, procurando sussurrar num tom audível somente para ele, enquanto disfarçavam fingindo exclamar sobre as nuvens e suas colorações acinzentadas.

 -Acha que eles já sabem William?... o governo.. acha que estão lá por causa..

-Não sei Rê.. precisamos averiguar o quanto antes.. eles devem estar procurando..

-Mas que droga Willy... aquele "porto subaquático" não parecia seguro o suficiente... e se..

Layla caiu no banco, ao lado deles, o que os fizeram automaticamente pararem com a linha de raciocínio, ela os olhou pedindo desculpas pelo inconveniente de interrompe-los, ao qual foi apenas respondida como um "não foi nada"
 Não estavam com tempo para emoções fortes, apenas tinham um foco, pousar e ir o mais rápido possível para a praia de Pyga, se alojar por lá mesmo, sem nem ao menos arrumarem a casa no outro litoral, em Inarajan.
Precisavam ir rápido, ser mais ágeis que o governo, do contrário seus esforços teriam sido inúteis, não podiam existir erros.
Pensaram em Kimi e Stuart, pobres crianças que seriam metidas nessa bagunça, e ambos suspiraram como em uníssono,  quando as rodas do avião atingiram o solo da zona de aterrissagem.
Pegaram um dos carros independentes (sem o logotipo da CMOMEO) e então entraram  uma das Dutras que iria para os portos de barcos e casas do litoral, o céu já estava escuro, Renata olhou o relógio de pulso que marcava 23 hrs e apressou o marido, que já se encontrava justamente na rua da casa deles, a última rua antes da praia.
  A água do mar tinha uma coloração negra, parecia até que refletia a maldade com que queria engolir as pessoas de Inarajan, a tempestade pegava mais forte perto da praia, como já era de se esperar, Renata e William se entre olharam enquanto se apressavam a tirar uma das malas e mochila do porta malas do carro.

 -Amanhã a gente conta a Kimi o que fazer com o notebook certo?..

-Sim Rê.. eles serão de grande ajuda se quisermos fazer o que você me disse ontem..

 - Melhor nos apressarmos, isso vai piorar..

-Tem razão..

  E assim ambos entraram, sobre a pressão dos primeiros pingos de tempestade que se começava a cair sem piedade. 


Notas Finais


:3 e é isso aí q, wsbjss espero que esteja bom ♡ kissus


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