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História O Garoto de Cabelo Vermelho - Jikook - Capítulo Dezesseis


Escrita por: Lariekookie

Notas do Autor


Este capítulo contém uma cena hot, eu não gosto de narrar coisas do tipo: “José pegou o lubrificante e espalhou por seu pênis... Antes de meter dentro do João, ele também utilizou uma camisinha...”

Então, sim, o casal em questão vai usar lubrificante e camisinha em algum momento da cena, eu só não vou deixar explícito.

Boa leitura:

Capítulo 17 - Capítulo Dezesseis


Jimin estava sentado em uma cadeira observando tudo ao seu redor na pequena sala de Silvia, enquanto esperava que ela terminasse de fazer seja lá o que estivesse digitando. De vez em quando a mulher lançava um olhar para ele sorrindo, e logo voltava sua atenção à tela.

Ouviu um barulho ao lado e logo viu uma pequena máquina começar a imprimir alguns papéis. Sílvia esticou o braço e os puxou. Ela carimbou e assinou dois deles, e os entregou para o ruivinho.

— Dê uma lida primeiro e depois assine aqui. — ela apontou para uma linha sublinhada e o entregou uma caneta. — É apenas o comprovante de pagamento. Uma sua e uma da empresa.

Ele confiava na mulher, mas a curiosidade foi maior e ele levou os olhos para as palavras escritas. Havia informações sobre os valores do contrato, documentos, endereços, datas e outras coisas que Jimin considerou chatas demais para continuar a ler.

Ele pulou várias linhas, assinou seu nome no lugar indicado nas duas folhas e as entregou para a mais velha, mas ela o devolveu uma.

— Essa é sua. — ela lembrou, sorrindo.

— Ah, é... Se não for pedir muito, você poderia me dar uma cópia ?

— Claro, espera um segundo — ela mexeu no mouse e logo uma nova folha começou a ser impressa. Novamente ela carimbou, assinou e a entregou para ele. — Aqui está. Posso saber o que pretende fazer com isso ?

— Quero esfregar na cara da Sra. Jeon.

Sílvia abriu a boca espantada, mas logo uma risada alta escapou de sua garganta.

— Certo, faça isso. Mas não vá sozinho, aquela mulher é o demônio.

— Vou levar o Tae.

— Ótimo.

— Muito obrigado, Silvia. Se não fosse por você eu não saberia o que fazer.

— Não precisa agradecer, querido. — Jimin se levantou e seguiu até a porta. — Eu te acompanho.

Sílvia o levou até a saída, e esperou até que o ruivinho apanhasse se ônibus.

Ele desceu próximo a residência dos Kim, lembrando-se que o mais jovem entre eles não iria trabalhar. Talvez já tivesse chegado da hidroterapia e estivesse em sua casa.

Jimin bateu na porta e esperou com paciência até ser recebido por Seokjin.

— O que quer ?

— O Tae está ?

— Não, veio pedir mais dinheiro pra ele ? — Jimin não respondeu. — Enfim, não acho que vai voltar tão cedo, aparentemente ele não precisa mais dos irmãos. Ele já tem você, a família dele está completa.

— Por que está falando essas coisas ?

— Pergunte pra ele. — Seokjin tentou fechar a porta mas foi impedido pelo mais novo.

— Não, eu perguntei a você — o Kim ficou incrédulo diante da ousadia nunca vista. — Taehyung sente sua falta e do seu irmão. Ele se sente sozinho, e você me fala que ele não precisa de vocês, como se soubesse o que realmente se passa no coração dele.

— Ele sempre teve a liberdade de decidir se queria ficar. Mas ele sempre escolheu se afastar!

— E por acaso você alguma vez pediu para que ele ficasse, ou foi mais conveniente para você e o sr. Namjoon que ele não estivesse por perto ? — fez uma pausa esperando por alguma resposta, mas o mais velho permaneceu calado. Jimin continuou: — Por trás daquela máscara de forte, há uma pessoa frágil e solitária, que se sentiu perdido e buscou se encontrar na companhia de pessoas vazias... Sim, sr. Seokjin, a família do Tae está completa, ele só precisa sentir isso... Acho que já sei onde ele está, com licença.

Jimin girou sobre os calcanhares e deixou o maior refletindo, olhando para um ponto fixo no chão.

E como ele havia pensado, Taehyung estava em sua casa. Assim como o ruivo, eles haviam acabado de chegar naquele mesmo momento.

Ele se aproximou do carro e ajudou seu pai a subir na cadeira de rodas.

— Como foi o primeiro dia ? — ele perguntou. — Parece cansado.

— Ele se esforçou demais. — disse Eunjin preocupada.

— Eu apenas dei o meu máximo. — afirmou Dakho. — Vocês estão sempre cuidando de mim, eu preciso fazer minha parte também.

— Mas é um teimoso mesmo...!

Jimin e Taehyung entreolharam-se rindo, enquanto os mais velhos discutiam.

— Obrigada. — a ruiva se voltou para Taehyung: — Foi muito gentil e atencioso da sua parte ajudar. Eu vou fazer uma torta de carne, fique para jantar conosco.

— Ah, eu vou ficar sim. Adoro torta de carne.

— Então está decidido. — a mais velha entrou com seu marido, deixando os jovens para trás.

Jimin segurou na mão do amigo e o puxou para seu quarto. Ele mal fechou a porta quando passou, e já foi mostrando o papel em sua mão.

— Conseguimos! A dívida foi paga, Tae!

— Como você conseguiu ?! — ele questionou supreso, estudando o conteúdo escrito do papel. — Como Jungkook reagiu ?

— O sr. Oh, pai da Seyoon... — Taehyung o encarou incrédulo. — Jungkook ainda não sabe, eu quero mostrar a Dona Hana antes.

— E por que ele pagaria de tão bom grado ?

— Eu fiz um negócio com ele. Te explico no caminho. Prometi à Sílvia que você iria comigo na casa dos Jeon.

Taehyung assentiu e após avisar Eunjin que sairiam por algumas horas, eles seguiram até a propriedade pertencente à família de Jungkook.

Mesmo ainda no grande portão, eles foram impedidos de entrar. O segurança entrou em contato com o pessoal da mansão, e logo a entrada deles fôra liberada pela própria Jeon Hana.

— Ela vai receber apenas o senhor Park. — um mordomo indicou, e Taehyung deu de ombros.

— Como se eu quisesse ver aquela víbora.

Ele aguardou na entrada do escritório enquanto a porta foi fechada logo atrás.

— O que quer ? — Hana indagou detrás de sua mesa. Ela mantinha o nariz empinado e uma expressão vaidosa, beirando a arrogância. Jimin desdobrou um dos comprovantes com calma.— Deve estar feliz pelo casamento ter sido adiado.

A Jeon riu, o ruivinho também.

— Na verdade eu estou feliz porque ele nunca vai acontecer. — afirmou colocando o papel em cima da mesa, diante da mais velha.

— O que é isso ? — Hana franziu as sobrancelhas tomando o papel em mãos. Ela pegou um óculos para lhe auxiliar na leitura. Quando terminou, lentamente ela retirou o óculos e o depositou em cima da mesa. Os olhos subiram para o mais novo de forma ameaçadora. — Como você conseguiu toda essa quantia ?

— Alguns amigos ajudaram... Mas enfim, não quero tomar muito do seu tempo, eu só queria te mostrar que seu filho não está mais preso na sua teia de armações, sua aranha velha e asquerosa.

— O que você disse ?!! — Só depois de ver a mulher se levantar vagarosamente da poltrona, respirando fúria, Jimin percebeu o que havia dito e começou a se afastar a medida que a mulher contornava a mesa. — Como você ousa!!

Ela pegou um porta retrato que continha uma foto de Junghyun e Jungkook quando eram crianças e atirou no mais novo. Jimin se abaixou no último segundo e o objeto acertou na porta.

— Vem, Tae! — Ele segurou na mão do mais velho e sem entender, Taehyung saiu correndo junto a ele.

Youngjae vinha chegando, subindo a escadaria principal quando sobressaltou a vista de dois jovens saindo correndo de sua casa.

— Corre que a corna tá puta! — Taehyung gritou ao passarem pelo mais velho.

Eles dispararam pelo jardim e saíram através do portão, deixando Hana para trás, xingando e amaldiçoando o mundo, e seu marido já retirando um lenço do bolso e secando as pequenas gotinhas de suor, que foram se formando em sua testa, já sabendo que toda aquela raiva seria destinada à ele.

Só então quando estavam longe da mansão Jeon o suficiente, eles pararam para descansar.

— O que você disse à ela ? — o maior questionou ofegante.

— Chamei ela de aranha velha e asquerosa.

— Você tá andando demais comigo. — riu.

Jimin sorriu junto, dando de ombros.

— Agora eu vou pro apartamento do Jungkook.

— Uhmmm... — Ele o olhou de maneira sugestiva e com um sorriso lascivo.

— É... — Jimin desviou o olhar, ruborizado. — Fala pra mamãe que vou chegar tarde.

Eles se separaram, seguindo caminhos contrários. Em poucos minutos, Jimin chegou na residência de Jungkook. Ele passou pela vizinha do moreno, a enfermeira, e ela o estudou com um olhar vigilante.

— Boa tarde. — ela o saudou simpática. — Veio procurar pelo sr. Jeon ? Ele ainda não chegou querido.

— Ah...

— Ele sempre chega no mesmo horário que saio pro meu turno no hospital, pode esperar aqui dentro. — ela abriu a porta e deu passagem ao ruivo. — Entre. Estou fazendo chá.

— Com licença. — ele se acomodou no sofá enquanto a enfermeira ia até a cozinha e retornava com duas xícaras.

— Aqui está — disse, entregando-lhe uma. — Então, como você está ?

— Estou bem, obrigado. E você ? — ele tomou um pouco do chá e estava estava realmente delicioso. Mas Jimin não estava se sentindo muito bem com o olhar curioso que a mulher lhe dirigia.

— Eu estou muito bem... — Ela colocou a xícara em cima da mesa de centro e pousou a mão na testa do ruivo. — Diga-me, você teve febre esses dias ?

— Não, por que ?

— Bem, eu fiquei preocupada desde que o vi conversando com uma porta naquele dia. Então eu pensei que...

— Não, ah meu deus... — Jimin riu, interrompendo o que seria um possível diagnóstico de alguma doença mental. — Eu não estava conversando com a porta, eu só estava treinando o que iria dizer pro Jungkook...

— Aah, haha... Céus... — A mulher riu constrangida. — Me desculpe, eu pensei errado.

— Tudo bem, qualquer um que me visse pensaria que sou louco.

— Bem, eu não deveria tomar conclusões precipitadas... Mas, se me permite aconselhá-lo, não busque por palavras prontas, fale o que estiver em seu coração e seja sempre você mesmo.

Jimin assentiu concordando, e eles continuaram tomando chá e conversando.

Ao anoitecer, a enfermeira indicou ser a hora exata que seu vizinho chegaria. Ela tomou uma bolsa com seus pertences e abriu a porta junto ao ruivo.

— Eu não sei seu nome.

— Você pode me chamar de Jennie.

— O chá estava delicioso, Jennie. Bem, o meu nome é Jimin.

— Eu que agradeço a companhia. E olha ele aí.

Neste momento, Jungkook surgiu quando a porta do elevador abriu. Ele a manteve aberta para a enfermeira passar e quando a porta se fechou novamente, ele caminhou até o ruivinho.

— Que surpresa boa te ver aqui. Já estava com saudades. — ele o abraçou com força beijando seu pescoço.

— Jungkookie, no corredor não... — ele riu, desvencilhando-se do abraço. — Tenho uma coisa pra te mostrar.

O moreno franziu o olhar curioso. Ele assentiu e abriu a porta. Logo, ambos já estavam na privacidade do apartamento.

Assim que entrou, Jimin tomou alguns papéis que estavam grampeados e começou a rasgar todos diante do mais alto.

— O que é isso ? — Jungkook perguntou com um sorriso curioso.

Antes de responder, Jimin jogou todos os pedacinhos para cima, criando uma rápida chuvinha de papéis picotados.

— Você está livre. — o olhar do moreno ainda estava confuso. Até Jimin o entregar um dos comprovantes. — Veja você mesmo.

Jeon passou um olhar rápido pelo papel, e conforme lia o conteúdo seu sorriso se alargava ainda mais.

— Você conseguiu mesmo. — afirmou incrédulo. — Como ?

— Contei com algumas economias, com a ajuda de alguns amigos e...

— E... ?

— Eu fiz uma coisa... Não sei se você vai ficar bravo...

Jungkook soltou um suspiro e suavizou as feições. Ele segurou a mão do menor e o guiou até o sofá, sentando-o em seu colo.

— Pode falar, meu bem.

— O sr. Oh pagou metade do valor, com a condição de que seria um investidor da confeitaria. Ele me explicou mas eu não entendi bem o que significa... Se eu fiz alguma bobagem, Jungkookie...

— Você não fez nenhuma bobagem. — ele o interrompeu calmamente. — Está vendo esse sorriso ? — fez uma pausa sorrindo grande. — Você é responsável por ele.

Jimin suspirou.

— Você fica tão lindo sorrindo. Deveria sorrir mais.

— Se você ainda quiser voltar a ser meu, vou sorrir assim todos os dias. — brincou.

Jimin segurou seu rosto com ambas as mãos e o beijou. Estava sentado de frente para o moreno. Após o beijo ele ficou alguns segundos em silêncio, e respondeu com os olhos ainda fechados:

— Eu nunca deixei de ser seu.

Ele o beijou por algum tempo, era bom sentir aqueles sábios cheios sob os seus, poder abraça-lo sem o sentimento de que a qualquer momento aquilo teria seu fim. Já não existia nada entre eles e a felicidade.

Jungkook enlaçou firme seu torso com os braços e se levantou com ele.

— Você quer dançar ?

Jimin riu, sentindo suas bochechas corar. Ele sabia o que significava dançar, para eles.

— Mas não tem música... — ele o olhou inocente, tentando segurar o riso.

Jungkook começou a cantar Never Not, enquanto o guiava para o quarto com leves passos de dança. O ruivinho apenas sorria, enquanto se deixava ser levado, e quando chegaram no quarto, ele o segurou com apenas uma mão e Jimin girou, jogando-se de costas na cama.

— Sua cama é tão confortável... — Jungkook sorriu enquanto tirava a camisa.

Ele subiu engatinhando até ficar completamente em cima de Jimin, apoiando-se em seus joelhos e antebraços, e ficou parado apenas observando encantado as feições do mais novo. Jimin estava quieto sob o corpo dele, fitando-o de volta. Suas mãos subiram e ele passou pelo abdômen definido e parou no peito de Jungkook, sentindo seu coração bater forte por ele.

Jimin subiu ainda mais até suas mãos chegarem a nuca dele, e o puxou para um beijo calmo, e que foi ganhando mais vigor, a medida que seus corpos esquentavam. Ele mordeu o lábio inferior do moreno, enquanto sentia as mãos dele entrarem por baixo de sua camisa, explorando seu corpo até chegar em um dos mamilos e beliscá-lo com os dedos.

Ele deixou um gemido arquejante escapar por seus lábios e logo ansiou por mais de seus toques, levando a mão até a bainha de sua camisa e retirando-a, jogou a roupa em algum lugar do quarto.

Arfou novamente ao sentir os lábios quentes e molhados brincar com o mamilo, lambendo e chupando, fazendo-o se agarrar com os dedos nos cabelos do maior, mostrando o quanto estava gostando.

Sentiu uma mão grande adentrar sua calça e massagear seu pau ainda por cima da cueca. Jungkook sentiu o quanto ele o desejava, com aquela doce e firme ereção. Ele encaixou os dedos no cós da calça dele, e deixou os mamilos descendo os beijos, sentindo cada arrepio do corpo menor, conforme passava pela região do umbigo e mais abaixo.

Ele puxou a calça junto da cueca para baixo, despindo-o. Jimin mordeu o lábio e sentindo falta de seus toques, sentou-se e o beijou, enquanto levava as mãos até o sinto de Jungkook, desatando-o e ajudando o mais velho e retirar sua roupa de baixo também.

Jungkook deitou-se sobre o corpo do ruivinho novamente, ele moveu seu quadril roçando suas ereções uma na outra sentindo os beijos molhados do menor pelo seu pescoço, e suas mãozinhas explorando suas costas, pressionando as pontas dos dedos sobre a pele, arranhando-o levemente.

Sentindo mais uma vez os quadris senrem pressionados contra os seus, Jimin abriu as pernas um pouco mais, até ter todo o corpo do moreno encaixado perfeitamente entre elas. Jungkook estimulou seus pênis com apenas uma mão. Ele espalhou as coxas do menor sobre a cama e com apenas um movimento, entrou todo de uma vez no buraquinho ávido, alargando-o e preenchendo cada camada do seu interior.

— Céus... Jungkook-ah... — ele arfou, apertando a cintura do maior com força.

Em contrapartida, Jeon deixava beijinhos por toda sua área cervical. Apenas quando sentiu o menor mover seus quadris abaixo, Jungkook retirou seu falo de dentro dele lentamente, o ruivinho mal teve tempo de protestar, quando novamente foi preenchido.

Jungkook acertava com previsão e força sua área sensível, e a cada investida contra ele, a cama movia-se junto, e os gemidos podiam ser ouvidos juntamente ao bater da cabeceira na parede.

Jimin cruzou os pés nos quadris dele e abraçou o pescoço dele, segurando seus cabelos com firmeza. Ele sentia a respiração pesada e arfante do maior em seu pescoço, e mordidas conforme era invadido com luxúria.

Duro e fundo, forte e bruto, mas muito além das sensações físicas, era sentir o quanto Jungkook estava sedento dele, e Jimin agarrava-se a ele compartilhando da mesma vontade. Por trás daquelas investidas possessivas, estava saudade e um forte desejo de possuí-lo e sentir aquele corpo embaixo do seu, mordendo-o, beijando-o, abraçando-o e tomando o que lhe pertence.

Jimin era dele, e ele também pertencia inteiramente aquele garoto, que transformou sua vida do modo mais incrível que alguém poderia imaginar. O simples sorriso dele, desde a ponta do dedo gordinho até o último fio de cabelo avermelhado, ele o desejava e o sentimento era puro e recíproco.

Investiu firme e fundo dentro dele, quando sentiu o prazer atingir o ruivinho. Jimin continuou gemendo enquanto expelia fluído entre seus corpos, e sentia espasmos percorrer entre sua entrada e a virilha. Quase no mesmo instante Jungkook também chegou ao seu limite. Ele não durou muito tempo, vendo a expressão de prazer no rosto dele. Gemidos baixos saindo de sua boca avermelhada e entreaberta, o rosto corado e suado fitando-o com brilho nos olhos.

Jogou-se ao lado do ruivinho na cama, e o puxou seu corpo para cima dele, abraçando-o. Com os dedos, Jungkook penteou os fios avermelhados e úmidos para trás.

— Eu acho que não vou conseguir andar... — Jimin brincou, arrancando risos do maior velho.

— Desculpa... Você me deixa assim — tomou um suspiro profundo, abraçando-o mais firmemente. — Não consigo me controlar, você me deixa mais vivo do que nunca.

— Não quero que se controle, eu gosto...

— Jimin, você aceitaria vir morar comigo ?

Jimin engasgou com a pergunta repentina.

— Eu quero mas... Eu não sei se minha mãe deixa.

A resposta não deixou o moreno chateado. Ele sorriu, achando adorável. Eles acabaram de transar calorosamente, e ainda assim o ruivinho não deixava de ser um bebê.

— Nesse caso, eu vou falar com a Eunjin. — Jimin o olhou surpreso, por ele não usar mais o “sra. Park”. Jungkook deu de ombros. — Ela é apenas oito anos mais velha.

— As vezes eu esqueço o quanto você já é velho, Jungkookie... — Falou brincando, e riu ainda mais da expressão desacreditada no rosto do moreno.

— Eu sou velho, uh ? — Em um movimento rápido, ele inverteu as posições e prendeu o corpo dele com o seu, atacando-o com cócegas.

— Eu to brincando! — Tentou se a proteger como pôde, enquanto gargalhava alto. — Jungkookie! Para! Eu tô brincando.

Ele inclinou o corpo e beijou as bochechas dele, enquanto o ruivo respirava ofegante, se recuperando do ataque.

— Você tá com fome ?

— Meu deus, o jantar! — Jungkook, que estava deitado sobre ele, ergueu o rosto para fitá-lo.

Jimin curvou as mãos sobre seus ombros e o empurrou levemente para que saísse de cima dele, mas Jungkook permaneceu no mesmo lugar.

— Fica aqui, hoje. — ele pediu baixinho, e deixou um selinho nos lábios dele. — Dorme comigo. — ele seguiu dando beijinhos pela curva da mandíbula e pescoço.

— Hmm, você tá jogando sujo... — sentiu o sorriso do maior se alargando rente a pele e a respiração quente. — Tá bom, eu fico mas você vai ter que fazer algo bem gostoso... — O moreno parou de beijá-lo e o olhou com um sorriso libertino. — Estou falando de comida, Jungkookie!

Jungkook riu e saiu de cima dele. Jimin permaneceu deitado, preguiçosamente largado no colchão confortável.

— Eu entendi, meu coração. — beijou a testa dele uma última vez antes de levantar da cama. — Vou tomar banho, você pode usar uma das minhas roupas.

Jimin abraçou-se aos lençóis macios, enquanto acompanhava com os olhos o mais velho entrar no banheiro. Logo depois ele saiu, vestiu uma roupa confortável e antes de sair do quarto, lançou-lhe um sorriso que quase fez o ruivinho esquecer como respira.

Muito a contragosto e cheio de preguiça, ele se levantou da cama e se arrastou até o banheiro. Ele tomou banho usando os produtos do moreno, e se sentiu quentinho por estar com o mesmo cheiro dele. Foi até o guarda roupas e vestiu uma cueca e escolheu uma camisa grande e confortável, que lhe cobriu pelo menos a bunda.

Ele foi sendo guiado por um cheiro maravilhoso vindo da cozinha,e ficou encostado no ombral, observando o moreno cozinhar enquanto cantarolava. Ele estava mexendo o molho quando percebeu que estava sendo observando. Passou os olhos, subindo pelas pernas e coxas do mais novo e brincou:

— Acho que vou largar essa macarronada aqui e vou comer outra coisa.

Jimin sorriu sentindo o rosto esquentar, esticou a barra da camisa para baixo e se aproximou ele.

— Você tá muito safado. — ele inalou o aroma da comida, o que fez seu estômago roncar. — Tá com um cheiro ótimo. Vou pegar os pratos.

Tudo pronto. O moreno serviu aos dois e ambos começaram a comer.

— Eu tava pensando, bem que agora eu poderia fazer um curso de confeitaria... Eu sempre quis fazer, mas nossa condição não permitia.

— É o que você quer ? — Jimin assentiu. — Então eu acho que você deveria mesmo fazer. Tem todo meu apoio.

O telefone do moreno tocou, e vendo no remetente o nome do sr. Oh, ele o atendeu. Jimin ficou comendo quieto, observando-o com curiosidade até ele encerrar a ligação.

— O sr. Oh quer nos ver ainda essa semana.

— Tem certeza que eu não fiz nenhuma bobagem ?

— Tenho. Eu costumava tratar desses negócios com o banco. Mas acredito que agora será mais fácil e a compensação será melhor sem aqueles juros abusivos.

Jimin tomou um pouco de seu suco e o observou por um tempo.

— Eu tô tão orgulhoso de você. Lembro de quando chegou na sorveteria, confuso, e o quanto se sentia perdido. E olha pra você agora, como conseguiu superar seus medos e limites. Eu te admiro muito.

Jungkook ouviu aquelas palavras em silêncio. Os olhos úmidos, ele tentou se recompor antes de dizer qualquer coisa.

— Você é a razão pra tudo isso ter acontecido. — uma lágrima escorreu e ele secou no mesmo instante. — Ah, eu esqueci da sobremesa...

— Eu faço bolo de caneca pra gente.

Jungkook assentiu e eles voltaram a comer.

🍰

— Estava muito bom Dona Eunjin. — Taehyung agradeceu, enquando a ruiva o acompanhava até a porta. — A senhora cozinha muito bem. Eu quero a receita depois.

— Ah, pode deixar que eu mando pelo Minie. Pena que ele não jantou conosco. Vai dormir no apartamento do Jungkook. Que bom que eles fizeram as pazes, eu sabia que eles ficariam bem, eles se amam tanto.

— Ah, não se preocupe. Jimin con certeza foi muito bem alimentado... — Eunjin franziu as sobrancelhas. — Desculpa, eu falo as coisas e só depois que percebo...

— Tudo bem. — ela riu. — E quanto ao que conversamos, dê uma chance aos seus irmãos.

Ele assentiu mais uma vez, agradecido, e tomou um carro particular até sua casa. Assim que chegou, foi recebido pelo seu irmão mais velho.

— Jin, ele chegou.

Um misto de nervosismo e confusão estampou pela face do mais novo e quando Seokjin se aproximou, ele tomou sua mão e o puxou até um dos sofás.

— Tava na casa do Jimin. — informou.

— Eu sei... Eu quero falar com você sobre outra coisa. — Taehyung permaneceu quieto esperando o mais velho continuar. — Quando nossos pais se foram há quase vinte anos, eu senti tanta dor, que tudo o que eu mais quis foi me jogar em um buraco e ser enterrado junto. Eu só tinha quatorze anos, e o Joonie apenas dezoito, foi tão difícil... Mas sabe o que nos deu forças pra continuar ? Você. Era tão pequeno e frágil, mas era sempre cheio de sorrisos e tão carinhoso.

— Você foi o nosso Norte. — Namjoon acrescentou. — Foi o que nos uniu e fortaleceu. Cuidávamos de você com muito cuidado. Quando você foi crescendo, Seokjin e eu tínhamos muito medo sempre que você saía pra brincar na rua com as outras crianças. E a medida que o tempo foi passando essa proteção só crescia. Mas tivemos medo de você se sentir muito sufocado, e então decidimos que você deveria escolher...

— Sabemos que não foi certo da nossa parte, e você acabou entendendo que o queríamos longe... — Seokjin tomou a fala. Uma mão tocando a face do mais jovem. — Mas eu sinto tanta falta do meu irmãozinho...

Taehyung que já estava com seus olhos cheios por lágrimas, não deixou que ele continuasse e o abraçou forte. Namjoon passou os braços por ambos e os abraçou por cima, sentindo a cabeça do mais moço pender sobre seu ombro.

— Desculpa... — ele sussurrou enquanto soluçava. — Também sinto falta de vocês.

— Quando você saía de casa, eu não conseguia dormir. Ficava acordado a noite toda, com Namjoon. Mas não queríamos prender você...

— E se você quiser seguir seu próprio caminho, seja ele conosco na sorveteria ou em qualquer outro lugar, saiba que lhe daremos todo nosso apoio.

Taehyung olhou para um e depois para o outro, e os abraçou novamente.

— Eu amo vocês.

Continua...



Notas Finais


O próximo capítulo seria o último, mas não sei se tenho coragem pra terminar assim aaaaa eu sempre choro escrevendo essa fanfic ;-;


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