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História O garoto do ônibus - Apresentando o garoto do ônibus


Escrita por: RayOfficial

Notas do Autor


Espero que gostem
A ideia seria um capítulo único, mas vou dividir a fanfic em 5/6 capítulos
Qualquer erro informem, por favor
Boa leitura

Capítulo 1 - Apresentando o garoto do ônibus


10 de maio de 2017

Cinco e treze da manhã

 

Sakura estava terrivelmente atrasada. Oh, estava, mas nem o medo do seu chefe a fazia levantar daquela cama. Ela era tão adorável com suas flores em rosa e lilás e seu manto fofinho e quente. Agarrou-se ao travesseiro mais uma vez. Não queria ver pessoas, nem a sua mesa, menos ainda a carranca do seu chefe.

 

- Dia terrível e preguiçoso – murmurou para si

 

Então se lembrou que hoje era segunda-feira, o dia em que ele aparecia no segundo ônibus. De súbito levantou, e foi ao banheiro para um banho, ainda pensando no moreno.

 

O viu pela primeira vez em fevereiro, em um dia chuvoso ela o enxergou. Estava irritado pela chuva, ela supôs. Sua estatura era boa, com mais de um metro e oitenta ela pensou. Seus cabelos negros e olhos de mesma cor eram frios, mas em outros dias eram calorosos e aconchegantes. Seu porte era ideal, sempre usava camisas cinzas, brancas ou pretas. Sim, ela o estudou.

 

Pensou se o seu TCC fosse sobre o moreno teria tirado nota máxima, de tanto era sua dedicação em estudá-lo. Sua observação minuciosa não começou no mesmo dia que o viu. Não, ela não era tão obcecada por garotos-bonitos-que-encontrava-em-ônibus, a ponto de analisá-los com tanta veemência.

 

Foi depois do episódio da bolsa, sendo mais especifica da tentativa de roubo. Foi salva pelo moreno, que a defendeu do moleque que tentou assaltar. O que lhe interessava é que estava afastada das outras pessoas. Então, como ele teria a notado em perigo? O encéfalo da Haruno começou a trabalhar na ideia. Ele a estava observando.

 

A partir desse momento começou a notar o moreno de uma forma mais detalhista. Seu jeito, suas roupas, seu cabelo, sendo solto ou quando estava amarrado, seus tipos de olhares. Mas nunca ouviu sua voz. Queria saber se era rouca e grossa.

 

Sorriu ao lembrar da vez que ficou perto dele, escutou por poucos segundos a música saindo dos fones, era uma de The Script. Enquanto ficava em seu devaneio o celular tocou. Era Karin. Sakura revirou os olhos, sabia que ela já estava cobrando o relatório do simpósio. E tinha razão, Sakura já deveria ter entregue a sua supervisora, e também a Karin, sua colega de trabalho.

 

Retirou-se do jato morno, e se arrumou apressadamente. Reconheceu aquele dia como um dos mais longos da sua vida.

 

Seus passos foram sendo apertados à medida que via o ônibus ir. Suspirou cansada. Sabia que isso ia acontecer. Nesses oito meses, nunca perdeu o primeiro ônibus, e não pensava em fazer isso desde que avistou o moreno.

 

Pegou o celular, com muito cuidado. Vai que alguém tentaria roubá-la novamente? Nunca se sabe.

 

Procurou no santo google, qual ônibus teria que pegar para não chegar tão atrasada no trabalho. O que pareceu para ela mais vantajoso iria passar dali a seis minutos, na frente de uma padaria umas duas quadras de distância.

 

Suspirou novamente.

 

Esperou

 

Esperou

 

Esperou

 

E o bendito ônibus finalmente apareceu, estava atrasada, não chegaria a tempo e Kakashi cortaria seu pescoço.

 

- Oh, Droga -  disse em tom baixo

 

Desanimada subiu

 

Mas levantou a cabeça e reconheceu uma cabeleira escura. Sim, era ele, na sua camisa preta e com um livro pequeno. Estava lindo. Seus cabelos estavam bagunçados da maneira usual, e tinha uma cara muito fofa de sono.

 

Sakura pensou que deveria pegar esse ônibus todo dia. Iria adorar ver ele assim, todos os dias. Seria maravilhoso, pensou  inclinando a cabeça.

 

Aquele ônibus não estava lotado, e logo viu que o assento ao lado do moreno estava vago. Hesitou, mas foi mesmo assim.

 

Com bastante cuidado e vergonha sentou. Seu rosto estava um pouco quente, e percebeu que não estava tão arrumada para a enxergar do jeito que queria. Não percebia, mas o moreno sim.

 

Ele a reconhecia, os fios de cor tão peculiar eram difíceis de esquecer.

 

Ela por outro lado sentia-se acanhada e remexia as mão a toda hora. Isso estava tirando o moreno do sossego, iria mudar de setor hoje. Não precisava de uma menina se remexendo ao seu lado.

 

Mesmo que não admitisse sempre teve curiosidade em tocar no cabelo dela, se eram macios ou não. Curiosidade boba, dizia.

 

O ônibus parou e Sakura não sabia em qual rua deveria seguir para pegar o segundo. Surgiu uma ideia em sua cabeça.

 

- O-oi – falou baixo – Como faço para chegar na parada 456 daqui, dessa rua? Ainda não conheço bem a cidade... – se repreendeu por ter falado tanto.

 

- Hm... estou indo para lá – E Sakura virou o rosto para ele. Seu hálito tinha um cheiro refrescante – Eu te mostro.

 

A voz dele era rouca e grave. Imagine na hora do sexo, a Haruno imediatamente se repreendeu por sua ousadia.

 

Os dois desceram juntos, andando lado a lado, pareciam até um casal de namorados, Sakura ouviu isso de uma senhora que passava ao lado deles.

 

Chegaram na parada 456, tomou mais um pouco de coragem.

 

- Qual o seu nome? – perguntou tímida.

 

O moreno pensou, e a olhou de canto.

 

-Meu nome é Sasuke – disse ainda sonolento.

 

Ela sorriu, percebeu que adorava a voz de Sasuke. Mas se decepcionou ao constatar que ele não perguntaria o nome dela.

 

Se entristeceu e aguardou o ônibus. Sasuke percebeu o estado da garota. Na frente deles uma filial do Starbucks, foi andando até lá e comprou café preto e um cappuccino. O frio estava batendo a porta e também achou um erro não ter levado um casaco, como a Sakura.

 

O ônibus estava virando a esquina, pagou rápido e foi a passos apressados até a parada 456. Estendeu o cappuccino a rosada, que pegou surpresa e sorriu envergonhada.

 

Fizeram o mesmo percurso. Mas desta vez ela não correu para o prédio primeiro, andou atrás do moreno para saber onde ele iria, e não acreditou ao vê-lo se dirigindo ao lado b do prédio, o setor de produção.

 

Ele trabalhava no mesmo lugar que ela, e ela não sabia! Xingou-se por tamanha burrice.

 

Só percebeu que estava agindo de maneira estranha, quando viu que Sasuke estava a olhando com a testa franzida. Sorriu em desculpas pelo seu comportamento. Ele deu de ombros, porém em seguida indagou:

 

- Você está bem? – perguntou um pouco preocupado com a menina de cabelo rosa.

 

- Ah, claro – falou rápido – sim, sim.

 

- Hurrum – continuou a caminhar para a secretaria onde pegaria sua transferência – Até, menina rosa – sorriu de canto.

 

- Covinhas... – Sakura murmurou ao notar que ele possuía covinhas quando sorria.

 

Sasuke levantou a sobrancelha negra, ignorou a atitude e foi pegar sua transferência.

 

- Não acredito! – Karin levantou de sua cadeira – Sua filha da mãe! – Sakura tentava entender toda aquela agitação – Eu te arranjo um bofe daqueles e você fica em casa tomando sorvete?! – sentou indignada – Pelo amor, Sakura.

 

No domingo anterior Karin e Tsunade, sua madrinha, convidaram Sakura para um bar, com muita pressão resolveu aceitar. E imediatamente soube que foi um grande erro. Sim, era agitada até mesmo exagerada, mas somente com pessoas mais próximas, e não considerava um lugar cheio de pessoas bêbadas e suadas ao som de música alta o lugar mais confortável para estar. Não gostou daquilo. Odiou na verdade, mas Karin veio com uma pequena proposta: ela não levaria Sakura para casa a menos que ela conversasse com alguém além das duas.

 

Depois de quarenta minutos sentada em um banco de estofamento barato, foi ao encontro de seu amor “por uma noite”. Por um momento vislumbrou uma cabeleira semelhante a de Sasuke, porém sua felicidade esvaziou-se a medida que o homem de cabelos negros virou o rosto. Seu rosto era parecido com do garoto do ônibus, também era bonito, mas seu cabelo era maior e ele tinha olheiras profundas, quase como duas marcas no rosto.

 

Frustrou-se e Karin veio a sua companhia, trouxe consigo um garoto parecido com uma antiga colega, seus cabelos eram loiros e de olhos azuis. Sakura não o achou ruim, na verdade a conversa foi fluindo bem, na medida do possível até que ele começou a criticar com tanta veemência obras de arte que viu em um museu em Milão. Parecia um louco, achou Sakura. Mas ele poderia levá-la para casa e foi nisso que se apoiou.

 

- Deidara – disse da forma mais carinhosa que conhecia – Você poderia me levar até em casa?

 

O loiro logo pensou que algo mais interessante rolaria. O que não aconteceu, é claro. Ela o deixou na portaria do prédio, tomou banho e foi tomar sorvete. Simples assim.

 

E era isso que estava explicando para Karin, naquele momento.

 

- Hmmm... – murmurou Karin – Você sabia que vão trocar o Sai?

 

- Como assim? – perguntou Sakura

 

- Sai pediu transferência para área operacional e um cara de lá vem para cá!

 

- Como você soube disso? – A Haruno ficou curiosa.

 

- As paredes têm ouvidos, Querida Sakura – Karin falou, fazendo a rosada concordar – Sabe – disse chegando mais perto – Tomara que o outro cara seja um gato!

 

- Você não sabe quem é? – Sakura perguntou espantada, Karin sabia de tudo.

 

- Ah, é um tal de Sasuke – disse despreocupadamente


Notas Finais


Favoritem e comentem
Arigatou


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