História O garoto do Tumblr - Família.

“Família não é apenas de laços sanguíneos que se é feita,

mas esse é o ponto de partida.”

Passou-se quase quatro meses desde aquele fatídico dia em que minha vida mudou completamente, agora descobri ter uma família de verdade com direito até a um irmão. Meu pai, segundo ele, nunca desistiu de me encontrar.

Quando o Conrado, que eu já me acostumei a chamar de pai, pelo menos em pensamento, me contou tudo em relação ao que ele descobriu sobre o meu desaparecimento. Fiquei muito bestificada com a maldade que muitas pessoas guardam no seu coração.

Ele me relatou em detalhes, mas como necessitávamos de uma confirmação fizemos o famoso teste de DNA, e como o meu “pai” previa deu positivo.

Segundo o relato da narração dos fatos, a mulher que se dizia uma enfermeira na época e se fez passar por minha tia durante todos esses anos, na verdade não é nem uma coisa nem outra, mas sim uma prostituta (que esta foragida) contratada para se passar pelas duas coisas, por um homem que não se conformou com o casamento de meu pai com a minha mãe.

— Algum problema? –perguntou o meu “pai”. Sorri boba, ainda não havia me acostumado com a ideia de ter uma família.

— Pensando, apenas. –murmurei atualmente meu pai mora no Canadá.

Eu conheci a família toda nas férias de Natal e Final de Ano. Meu irmão Yuri, é muito engraçado, e nos demos muito bem. Ele é um sabe-tudo, tipo nerd. Completa até com todo o modelito, desde óculos fundo de garrafa ao cabelo lambido, ele me contou de alguns garotos idiotas que não o deixam em paz. E combinamos de nos proteger na escola.

Meu irmão já está na casa onde iremos morar, tive que terminar de arrumar umas papeladas com o “Pai” sobre a minha guarda e todo o resto. Mas agora com tudo confirmado e o inicio do ano letivo aí, estamos aqui. Pegamos um avião e depois um carro.

Quando encarei a casa que iremos morar fiquei bestificada, nunca tinha visto uma casa tão grande.

— Vamos entrar? –perguntou o meu pai, o olhei assombrada com tanto luxo.

— O senhor mora aí? –perguntei ainda encarando a casa de dentro do carro.

— Nós iremos morar aqui, filha. –ele disse me puxando pela mão assim que descemos. Olhei ao redor e toda a vizinhança era assim, com casarões exorbitantes e de extremo luxo.

Com a reviravolta que fizeram na minha antiga “casa” que os policiais acham que foi a minha própria “tia”, já que todas as fotos dela ou alguma coisa que me ligasse a ela misteriosamente sumiram. Peguei algumas roupas de estimação, nunca tive chance de pedir nada a ninguém, e queria trazer algo que consegue com o meu suor.

Ao adentrarmos a casa, meus olhos só brilharam ainda mais. Tudo que estava acontecendo comigo era como em um conto de fadas, onde a donzela era protegida em uma fortaleza por um cavaleiro em seu cavalo branco... Esse pensamento me fez chegar a outro... O Justin... Ele anda meio estranho comigo, conversamos como sempre, mas agora ele é sempre evasivo e pouco conversou sempre muito apressado... Passei os dois primeiros meses sem falar com ele, mas depois de uma explicação básica de que eu apenas tinha me mudado, ele não parecia chateado...

— Você está bem? –perguntou-me meu pai, sempre preocupado.

— Estou sim, apenas me lembrando de algumas coisas... –murmurei simplesmente.

Meu pai me mostrava cada canto da casa como se fosse uma criança brincando em sua primeira ida ao parque, tudo era novo e espetacular. Um pensamento me atingiu.

— E o meu irmão?

— Deve de estar no quarto dele. Você sabe como ele é tímido, vamos conhecer o seu quarto e depois você faz o que quiser. –ele disse e saiu me puxando novamente.

Mas ao entrarmos no meu quarto, eu simplesmente surtei... Tinha tantos presentes e embrulhos que eu não sabia se era Natal ou o quê.

— A família decidiu te encher com um pouco mais de mimos, o do seu irmão é aquele roxo e o meu o lilás com brilho. Espero que goste. –ele disse saindo e me deixando sozinha com todo aquele mundo de fantasia para explorar por inteiro.

Resolvi abrir primeiro o do meu irmão, era um tipo de aparelho de ultima geração, coisa de nerd. Mas o do meu pai, me fez simplesmente perder o fôlego, era um álbum da minha mãe quando grávida de mim, e do meu irmão... E nós três e quatro... Eu não segurei as lágrimas, apesar de ter perdido muita coisa, de que a minha vida teria sido completamente diferente se eu não tivesse sido sequestrada, eu não gostaria de voltar no tempo e mudar. Se tudo tinha que ter acontecido e aconteceu na paz, eu simplesmente tenho que agradecer a Deus por ter me dado tantas e tantas chances para seguir em frente e nunca vacilar...

[...]

Falta apenas três dias para o inicio das Aulas no Collegiate School, é a mesma escola onde o meu irmão estuda. E onde tem os mauricinhos idiotas. Mas eles que não se metam a besta, porque a Isabella Isis Portieri, chegou, ressurgiu das cinzas como uma fênix e não pretende voltar para lá nunca mais.