História O garoto do Tumblr - O Yuri? Sério?

 “Não existe momento certo ou hora adequada. Quando tem que acontecer acontece, não precisa programar o dia, porque não irá dar certo, as coisas só acontecem no momento em que estão predestinadas. Não pense no passado querendo que seja presente, porque o futuro amanhã será passado.”            

Senti algo ao me aconchegar mais contra o corpo do Justin. Algo rijo, o que fez abrir os olhos imediatamente. A pequena “monstra” havia chorado a noite quase toda, o que fez nós quase não dormirmos, me remexi na cama sentindo novamente o “algo” rígido, cocei os olhos levemente, notando os braços do Justin ao redor da minha cintura, seu corpo colado ao meu, novamente mexendo meu corpo sinto... OH Jesus! Era a tal ereção matinal?! Senti meu rosto corar em vários tons diferentes de vermelho. Ele está excitado!

Tentei tirar seus braços do redor da minha cintura, o que foi inútil, mesmo adormecido ele ainda é bem forte. Soltei um suspiro, ainda sinto como se estivesse dormindo, e ter tido com uma situação desse nível às... Olhei no relógio notando que já estávamos atrasados para a escola, porra! Acabei pulando com a observação.

— Droga! – exclamei, assustando o Justin.

Agora sem seus braços ao meu redor, eu já podia me sentar na cama, apesar de ainda estar corada, principalmente porque com a pequena “confusão” o edredom que nos cobria estava no chão, me dando uma bela visão do meu namorado apenas de cueca samba canção xadrez, e com uma ereção evidente, oh merda!

— Acordar assim não é legal. – resmungou o Justin, coçando os olhos, logo depois colocando os braços cruzados atrás da cabeça, sexy, sexy, sexy! Era o que gritava em minha mente naquele instante.

— Não vamos chegar a tempo na escola! E isso é fodidamente ruim, baby. – murmurei, tentando inutilmente não olhar para lá. Justin rapidamente sentou-se na cama.

— Como assim? Ainda é cedo e... – sua frase morreu ao olhar o relógio de cabeceira. Eram quase 8h30min da manhã. Não tinha como chegar a tempo, além de que na nossa escola não tem essa de “perdeu o primeiro horário, espera até o segundo”. Se não chegou a tempo não entra e perde todos os horários.

Então nós perdemos um dia de aula. E hoje entregaríamos um trabalho que valia meia média do desse bimestre, e aquela professora matrona com toda e plena certeza não irá aceitar entregarmos em outro momento. Argh! Tudo culpa da monstrinha!

— Droga! Lá vamos nós perder uma boa nota. – disse o Justin se jogando na cama, cobrindo os olhos.

—Culpa da monstra. – murmurei gaga, estar com um namorado excitado que ainda nem percebeu isso é uma coisa bem estranha! Acredite.

—Olha o jeito que fala da minha filha. – ele disse fingindo estar bravo, eu sorri.

— Justin, te cobre. – murmurei, me levantando. Ele pareceu notar então o jeito que o seu... “Amiguinho” estava. E sorriu enquanto coçava a nuca.

— Ahaha. Uma ereção matinal. – ele disse, e depois me olhou. — Nós nunca conversamos sobre sexo. – constatou, me fazendo corar.

— E nem iremos. – murmurei indo em direção ao banheiro, mas rapidamente senti braços rodearem a minha cintura. Me puxando bruscamente, e a coisa seguinte que senti foi a cama macia sob o meu corpo. — JUSTIN! – ralhei, e ele riu ainda mais. — Como você acorda com tanta disposição? – perguntei, de olhos fechados.

— O que eu posso fazer se você me dá um gás a mais? – ele perguntou com a respiração contra o meu pescoço.

— É nojento dar amasso sem antes escovar os dentes... – murmurei ao sentir seus dentes e língua contra o meu pescoço. Filho da Pattie.

—Vou escovar os dentes volto já. – ele disse, e no momento seguinte senti que estava sozinha. Ao abrir os olhos, o vejo no banheiro pela porta aberta do mesmo. Ele sorri na minha direção com a boca cheia de espuma da pasta dental.

— Nojento. – sibilei por entre os dentes.

— Olha que eu vou ali e faço nojeira. – gritou em resposta. Apenas me joguei na cama, ao ouvir o barulho da torneira sendo ligada, me levantei indo na mesma direção que o Bieber, banheiro. Ultimamente o tumblr foi deixado de lado, faz um tempinho que não entro nele. Não mexo muito no notebook, e como não estou logada no celular, aí fode tudo.

—Você está bem? – pergunta uma voz fofinha, o Jax estava assistindo desenho ali.

—Estou sim, baby! Apenas esperando alguém. – murmuro, terminando com uma piscada de olho.

Fiquei esperando, até que finalmente ouvi uma buzina, e logo depois a porta sendo atendida e a Milla passando por ela. Sem falar nada caminho na sua direção, a pego pela mão, puxando-a escada a cima, nós iremos conversar.

[...]

—Agora pode começar a me explicar porque me ignorou como uma ameba. – falei firme, com ela sentada na minha frente, eu acabei a levando para uma sala cheia de sofás. Quero um bom momento a sós com a senhorita.

—Bem... É bem complicado.

—Eu descomplico. Fala!

—É algo entre eu e seu irmão, bem... Não sei...

— Ele fez alguma merda e você está tentando descontar sua raiva em mim? – perguntei direta me aproximando.

—NÃO. – ela gritou, se acalmando em seguida. — Não, ok? É só um assunto constrangedor, e como você é irmã torna isso ainda mais constrangedor.

—Pode falar! Eu sou sua amiga...

—Desculpa pelos furos que dei nos últimos dias, mesmo! Eu sei que errei feio com você, mas... O assunto atinge mais ao seu irmão, e consequentemente a mim. – uma pausa. — Não sei por onde começar, mas tentarei não entrar em muitos detalhes. Bom, eu e o seu irmão estávamos conversando, e o assunto sexo entrou no enredo. Ele perguntou se eu sou virgem... E eu respondi, aí eu perguntei se ele era, e ele respondeu, a partir daí ele começou a ficar estranho comigo, eu pedi o Justin para conversar com ele. Porque o Yuri não falava nada comigo. Surtiu um pouco de efeito, porque ontem conversamos e estamos começando a nos entender novamente.

—Okay! O que teria assim de tão terrível nisso? Quero dizer, tem algo com as repostas que vocês...

—Têm! Bem... A minha resposta a ele foi não, e ele respondeu sim. Entendeu?! – ela disse, fazendo eu ficar pensativa, a pergunta seria aquela de.... “Você é virgem?” Ela respondeu não e ele sim... Oh deus!

— Milla, você não é virgem. – murmurei me sentando ao seu lado, e me sentindo antiquada de repente.

—Você só prestou atenção nessa parte? – ela perguntou, em um tom estranho... Oh! Yuri...

—O Yuri? Sério? – perguntei encarando-a.

—Sim. – ela disse corando.

—Isso não é tão constrangedor assim... Seria constrangedor se vocês falassem o que fazem ou pretendem fazer, isso sim. – murmurei, abraçando-a em seguida. — Nunca mais faça isso comigo, odeio quando eu sinto que tem algo errado e não em deixam ajudar. – murmurei, ela sorriu retribuindo o abraço.

—Desculpa! Mas seu irmão ficou... Inseguro depois que eu disse que já tinha feito sexo, e ficou nesse impasse. E tenho que agradecer muito ao Justin, nós conversamos e as coisas estão se ajeitando. – ela disse e eu sorri junto.

—Que bom, mas tipo... É normal vocês falarem de sexo...? – perguntei me lembrando da minha quase conversa com o Bieber.

—Não muito, mas agora estamos mais... Íntimos, por assim dizer. – ela disse dando de ombros.

—Oh! – exclamei.

—Porque? Você e o Justin não conversam? Quero dizer, eu sei que vocês ainda estão no início do namoro, mas morando junto torna as coisas mais rápidas...

—Na verdade... Eu sou diferente de você, e a minha resposta seria igual à do Yuri, não... – falei como se fosse um enigma, ela ficou em encarando por longos minutos, até enfim sua expressão facial mudar.

—Você é virgem... O Justin sabe?

— Bem, nós não falamos sobre.

—Oh! E você acha que ele é o “cara”?

—Bem... Eu espero que ele seja o primeiro. – murmurei corando.

—Isso é tão fofo. – ela disse me abraçando.

—Ok! Mas tipo... Você perdeu e...

—Eu tinha treze anos, foi na minha casa. Foi um momento de “revolta” contra o Yuri, mas eu gostei, não foi fodástico como nos livros e filmes pornôs demonstram, mas foi legal.

—Ah! Você... Bem... Não posso dizer que não sei nada sobre sexo, na verdade sei bastante, mas sou tímida e o Justin sempre tem aquele ar safado quando quer e eu... Desconcentro-me.

— Ok! Vocês vão completar um mês de namoro, ainda é relativamente cedo, entretanto por precaução é sempre bom estar com a depilação em dia, ser limpinha lá, e essas coisas. Você usa sabonete íntimo?  - ela perguntou, tão naturalmente que me desconcertou.

—Não é assim tão fácil...

— Vamos lá, sem timidez. Sou sua amiga fodida, mas sou sua amiga.

— Depilação... Depilação, você diz geral ou... ? – perguntei corando, nunca raspei completamente lá. Apenas “aparava”, ai Jesus como é vergonhoso isso.

— Oh Deus! Você não tem uma mata lá, tem? – ela perguntou fazendo uma careta.

—Não... Completamente.

—SOS amiga, nesse momento. Nós iremos sair. – ela disse, saindo me puxando, não deu tempo de pegar uma bolsa, nem iPhone.

[...]

A Milla não falou quase nada durante a viagem, eu perguntava “onde estamos indo?” e ela respondia apenas “Espere e verá.” E nisso ficamos todo o caminho, até um shopping. Eu estou com um guarda-roupa novo, e com certeza se comprasse mais roupas iria viver uma vida toda e não conseguiria usá-las. Ela novamente me arrastou até uma loja do segundo andar, ao entrar notei que não era um aloja, mas sim um salão de beleza, com uma placa enorme com o título “Bellezza”.

—Milla? Teria como me falar o que estamos fazendo aqui? – perguntei tensa. Ela sorriu para mim se aproximando.

—Você vai fazer uma depilação, completa. – ela disse, fazendo eu ficar enterrada no mesmo lugar. Eu iria... Bom Deus!

—Eu não vou abrir as pernas para ninguém, porra. – murmurei nervosa.

—Será uma mulher, e eu sempre faço aqui. E sim, você irá abrir essas suas perninhas lindas para o Justin. – ela disse piscando, indo ao local aonde eu supus o atendimento. O local não era enorme, mas ao entrar dava a impressão de que aumentava.

Fiquei olhando um homem cortar o cabelo de uma menina, o cabelo estava enorme, e ela estava cortando ele bem pequeno, estilo de homem, despreocupadamente me vi mexendo no meu cabelo, eles estão com as pontas muito ressecadas, precisavam de um corte... Pensativa me aproximei da Milla, olhei para a atendente.

—Teria uma hora com aquele homem ali? – perguntei apostando para o cabeleireiro em si.

—Bom, na verdade para hoje... Aquela moça é a última, e o expediente dele acaba, gostaria de marcar...?

—Eu preferiria hoje, mas se tiver para amanhã, anote aí Isabella Isis Portieri. – murmurei, e ela ficou me encarando.

—Portieri? Da empresa de publicidade Portieri?

—Sim, Conrado é o meu pai.

—Oh, nesse caso... Nós podemos colocá-la ainda hoje. – Ela disse piscando.

O que um sobrenome não faz? Apenas balancei a cabeça assentindo e indo me sentar, iria primeiro cortar o cabelo e depois a seção tortura. Senhor me dei coragem de ficar nua na frente de uma mulher que nunca vi antes.

[...]

O corte no cabelo foi simples, e bem... Ficar metade nua na frente de uma mulher não foi nem de longe algo que eu gostei fazer, apesar de não ser dolorido como eu imaginava, mas mesmo assim eu fiquei andando um pouco de pernas... Abertas.

E lá estava um pouco vermelho, até mesmo por eu ser branca demais.

Então saímos do “Bellezza”, eu parei e tomamos um sorvete. Maravilhoso.

Não demorou e a Milla foi me deixar na casa do Justin, entrei tirando os sapatos, a tarde foi bem cansativa. Não sou muito do gênero de passar horas andando pelo shopping comprando coisas.

Subi as escadas rapidamente, entrando no quarto que compartilho com a monstra e o Justin, ele estava meio escuro, também, já eram quase 8h00min da noite.

Ao acender a luz, noto a figura do meu namorado sentado na cama, a me ver seus olhos expressavam alivio e raiva.

—Você poderia me dizer onde estava? – ele perguntou sério. Oh droga! Não tinha levado o celular.

— Eu... Desculpa! Eu saí com a Milla, nós conversamos e nos entendemos hoje. – murmurei.

—Onde infernos você deixou seu celular? Eu fiquei preocupado sabia?! Te ligava e chamava, chamava e ninguém atendia, pensei coisas horríveis, até porque você não estava falando com a Milla, se não teria ligado para ela.

—Desculpa mesmo, mas a sua reação está sendo exagerada! Eu já cheguei, e estou... Bem, cortei os cabelos e você nem notou... – falei, completando com voz manhosa.

Ele sorriu, me puxando para os seus braços, passando as mãos por entre os fios da minha cabeleira.

—Eu estou sendo absurdo mesmo, desculpa. E o seu celular?

— Eu acabei deixando dentro da minha bolsa... Ela me arrastou para um shopping. – falei, abraçando-o pelo pescoço, aproximando nossos rostos. — Acho fofo você se preocupar comigo, mas não exagera. – murmurei, dando um selinho em seguida.

—Muito bem, e vocês foram apenas no salão de beleza? – ele perguntou abraçando o meu corpo.

—Sim... Eu fui fazer uma... Bem, umas coisas. E aproveitei para cortar as pontas do cabelo. – murmurei, corando ao notar o que eu estive a um triz de falar à ele.

— Fazer uma... O que? – perguntou de cenho franzido.

—Uma... Uma... Coisa minha, Justin. – murmurei nervosa, me jogando na cama. — Passar a tarde caminhando cansa. – murmurei, e ele gargalhou.

— Você entrou andando estranho mesmo... – ele disse, soltando outra gargalhada em seguida.

— O que?

— Baby... Eu acho que sei o que você foi fazer... – ele disse, vindo se deitar ao meu lado.

— Continue achando que sabe, porque eu nunca irei dizer. – conclui, corando. — E a monstrinha?

— Ficou quietinha, acho que ela não gosta de você... – ele disse, dando um beijo atrás da minha orelha... Hummm... Tão bom.

— Isso eu já imaginava... – murmurei, antes de me apossar dos lábios dele.

Até que o dia foi produtivo, no final das contas!