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História O General capturado e o Rei Dragão. - Orquídea azul.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá, este capítulo está revisado, mas caso tenha algum erro espero que relevem. Eu coloquei a imagem das flores de Jade e das trepadeiras de Rosa que eu acho lindas e também da orquídea azul que é mesmo muito rara e linda. Boa leitura.

Capítulo 71 - Orquídea azul.


Fanfic / Fanfiction O General capturado e o Rei Dragão. - Orquídea azul.

O General capturado e o Rei Dragão.

 

 

Capítulo: Orquídea azul.

 

 

A passarela aberta do pátio interno do palácio real era longa, seus pilares feitos de alabastro luzidio negro ganhavam mais cor e vida com as trepadeiras de Jade na sua cor mais delicada de azul mesclado ao verde mar que balançavam de modo exótico do teto alto e caiam em cachos e para completar a beleza magnífica deste espaço a cada pórtico arredondado trepadeiras Rosas pendiam desde de cima até embaixo perfumando todo o ambiente aberto ao suave e delicado vento do norte, os passos de Obito eram lentos ao lado de Sasuke, ele estava tão pensativo que não viu o amigo parar e quase se chocou com ele, no que seria muito impróprio para um general que deveria ser o protetor do segundo rei.

-Desculpe meu rei...Disse Obito fazendo uma reverência.

Sasuke meneou a cabeça contrariado.

-Obito...Já lhe disse que deve me chamar de Sasuke, apenas Sasuke, mas eu percebo que algo o incomoda muito, por isso irei relevar isso.

O general sorriu ao amigo.

Com as mãos ao alto como quem finalmente reconhece sua derrota Obito sorriu e fez um sinal para o segundo rei o acompanhar pelo belo lugar enquanto ele organizava os pensamentos confusos para pedir conselhos ao amigo querido, assim após passar por todo a passarela e sair no jardim interno eles se dirigiram a um banco colocado sobre uma amoreira em flor e se sentaram ali, haviam almofadas macias e limpas já acomodadas ali para receber o segundo rei que sempre visitava esse jardim em particular, embora o palácio contasse com oito jardins grandes e inúmeros jardins pequenos, além de dois jardins fechados que pertenciam ao uso exclusivo de quem habitasse determinados quartos, quando Sasuke chegou em terras nevadas trazido como um general capturado ficou em um destes quartos e várias vezes permaneceu por horas em seu jardim interno, acolhedor e calmo, pois nestes tempos seus pensamentos eram muito infelizes, mas eram tempos a muito passados.

Alguns servos apareceram e trouxeram uma cesta com frutas e uma jarra de água fresca e deixaram sobre uma mesinha baixa de madeira rústica, dali os dois homens podiam ver o treinamento dos príncipes que neste dia era realizado de forma excepcional por dois capelanos, sendo os mesmos Justus e Stefan, uma vez que Itachi estava acompanhando Shisui ao centro médico para realização de mais exames antes do procedimento de implantar o embrião no corpo saudável de Shisui.

Obito analisou o modo como os dois homens mostravam movimentos de espada para dois pequenos meninos que riam e se divertiam com o modo como eram ensinados, aqueles dois enormes homens não demostravam perigo aos jovenzinhos que adoravam sua companhia e certamente lhes davam mais trabalho do que era possível imaginar.

-Eles tem jeito com crianças, embora no reino deles não existissem mais crianças, é triste de certo modo, não acha? Não ter risadas infantis e nem brincadeiras, crianças correndo e rindo, não posso imaginar um mundo assim...Disse Sasuke observando a cena que agora mudou para dois príncipes correndo e rindo e dois homens enormes tentando pega-los sem nenhum sucesso.

-Também não posso imaginar tal coisa, mas é impressionante como os capelanos se adaptaram em nosso meio e eu me sinto ainda estranho sobre isso. Disse Obito olhando para as mãos meio inseguro.

Sasuke se aproximou e o olhou de perto, os lindos olhos negros sorriam do embaraço aparente do amigo que sempre lhe cuidou tanto e lhe deu tão bons conselhos.

-Um amigo me disse para alimentar o deus bom e matar o deus mal de fome e que aquilo que não tem solução já está solucionado, será que eu posso retribuir o favor? Me diga de qual deles você gosta?

Obito corou visivelmente e Sasuke o olhou curioso, não era qualquer coisa que faria aquele homem corar daquele modo, eles lutaram mais batalhas do que era saudável lembrar e em todas elas esse homem foi forte e determinado, sendo assim o que em nome dos deuses poderia deixa-lo constrangido?

-Se eu contar acredito que meu amigo me recrimine.

Sasuke sorriu.

-Esse amigo nunca faria isso, você não me recriminou quando ganhei o inusitado título de rainha e me ajudou a entender que era apenas um nome e que isso não afetava meu valor e nem minha masculinidade.

Obito o encarou e resolveu falar logo de uma vez.

-Mas ter o título de rainha é diferente de ser cortejado por dois capelanos que se dizem apaixonados...e que quase lutaram até a morte por mim ontem!

Sasuke riu divertido.

-Ohhh, realmente? Justus e Stefan? Como os fez parar?

-Bem, eu dei uma chance aos dois...Mas agora estou num grande dilema.

Sasuke conseguia entender qual era o dilema pois era um bom observador e claro que as notícias que corriam pelo meio informal de notícias dos servos e escravos era muito preciso e estava no momento fervendo com a notícia de que o general Obito tinha dois admiradores capelanos.

-Deixe-me adivinhar...Não consegue escolher entre eles?

Obito se sentiu miserável ao dizer a verdade ao amigo.

-Eu gosto dos dois...Sei que é repentino e que é errado e que eu sou um egoísta, mas não consigo escolher porque o que for abandonado irá sofrer!! E de certo modo eu não sei mais viver sem a companhia dos dois embora isso seja irritante, impossível e totalmente recriminável.

Sasuke sorriu e olhou os dois homens que agora foram vencidos em sua disputa de brincadeira e estavam rolando na grama verde com os meninos rindo e fazendo cócegas.

-Você se apaixonou pelos dois não foi?

Obito iria negar é claro! Lógico que iria...Mas sua mente respondeu por ele e seus lábios lhe traíram com as palavras ditas de forma lenta e real.

-Eu me apaixonei pelos dois.

-Isso me deixa numa situação engraçada, eu queria muito retribuir o favor e lhe dar um conselho valioso para se equiparar aos que me deu antes, mas...Já tem sua resposta, então no que eu posso ajudar?

Obito cobriu a boca com as duas mãos corado e embaraçado enquanto Sasuke ria baixinho.

-Meu amigo, o amor nem sempre é como esperamos e nem sempre podemos seguir com as regras que o mundo impôs como verdadeiras, as vezes precisamos quebrar com os tabus e com as regras e dar um salto de fé, se ama os dois e eles te amam, o que eu percebo claramente, apenas aceite que isso é a verdade e seja feliz.

Obito pensou em como seu segundo rei era sábio, aliás quando foi que Sasuke ficou tão sábio assim?

-Mas é muito vergonhoso para mim, entende? Eu sempre estive no comando...e eles me parecem tão fortes! Tão rudes!! E eu acabo me sentindo seguro com eles e me deixo levar e eu acho que não sei como seguir com isso!

Sasuke riu divertido.

-Está com mais medo de ser a esposa do que realmente de ter dois amantes?

Obito queria poder esconder a cabeça no solo como algumas aves que ele já viu nas planícies faziam ao se tornarem tímidas demais.

-Não! Talvez...e eu não estou dizendo que existe algum mal em ser a esposa ou esposo...Só que eu sempre...sempre estive no comando!!

Sasuke que ainda estava achando graça resolveu agir de modo mais adequado, ou pelo menos tentou na medida do possível.

-Ser o ativo ou passivo lhe incomoda tanto? Porque tem que ser assim? Alguns casais tem um papel mais definido no relacionamento, mas alguns são mais flexíveis, entende? Se isso te incomoda converse com eles e deixe tudo as claras, imagino que podem ser criativos neste ponto.

Obito corou até as orelhas diante do comentário do segundo rei.

-Sasuke!!

O segundo rei riu alto e depois encarou o amigo mais sério.

-E sobre amar os dois, ninguém pensará mal de você, pelo que sei na cultura capelana eles não são tão conservadores assim, seus relacionamentos não se pautam em gênero ou coisa do tipo, creio que casamentos diferenciados nem são tão raros assim, pelo que estou sabendo existem alguns casos acontecendo neste momento no nosso reino.

-Mas estamos em terras nevadas e aqui eu nunca vi casais assim!

Sasuke riu de novo.

-Bem, nem todo mundo saí por aí contando sobre sua vida, mas eu conheci na vila dos esquecidos esse tipo de situação, um casal de gêmeos vindos das terras livres visitou a vila para procurar escravos e se encantaram por um lindo rapaz de origem bastarda, filho de um nobre que o desprezava e uma escrava do palácio, este rapaz treinava comigo quando eu ficava ali, eramos amigos, ele foi comprado e eu fiquei muito triste, mas meses depois o achei novamente e os dois homens que o compraram lhe deram a liberdade, porém ele havia se apaixonado pelos dois, haviam se casado em terras livres onde não existem regras definidas além de se amar profundamente e se comprometer a ser leal.

Obito estava pasmo.

-Este rapaz, ele parecia feliz?

Sasuke sorriu de modo verdadeiro.

-Ele me disse que nunca foi tão feliz em toda a sua vida.

Obito suspirou, talvez ele pudesse ao menos tentar...

-Muito bem, já falamos de mim e agora falaremos de como meu rei anda com toda a situação sobre o embrião. Sei que já colheram sangue do rei dragão e que tudo está pronto, além de saber que Haruno e Eleonor estão fascinadas e que a doutora nem saí do complexo médico.

Sasuke olhou sonhador para as nuvens que pairavam no céu, a tonalidade branca delas dava um lindo contraste com o azul profundo e as montanhas ao longe, as mesmas montanhas que os protegiam como sentinelas do gás mortal que estava lentamente descendo e desaparecendo. Suspirou pensando nisso.

-Eu não podia imaginar que tudo isso aconteceria, mas estou feliz que tudo tenha acontecido no final das contas, sem o rapto e tudo que enfrentei lá na cidade dos capelanos nunca teria descoberto sobre meu passado e sobre meu futuro filho, de certa forma sou grato ao líder Darius, mesmo que ele tenha errado sei que no final compreendeu seus erros e ao dar sua vida pelas duas nações salvou também esses três bebezinhos que não tem culpa de nada.

Obito lhe sorriu compreendendo, para ele Sasuke era uma pessoa de coração generoso e alma elevada como mais ninguém neste reino, era impressionante o modo como ele conseguia ver um lado bom em tudo que passou, simplesmente era o modo Sasuke de viver a vida.

-Isso quer dizer que está feliz.

Sasuke abaixou a cabeça e depois a ergueu sorrindo de modo encantador para o amigo.

-Muito...Muito mesmo.

Depois disso os dois amigos permaneceram ouvindo o vento que brincava nas flores da amoreira e que dançava nas folhas verdes e escorria pela grama movendo caminhos de folhas pelo chão, ambos neste momento conseguiam ver a vida de uma nova perspectiva, um novo modo, um jeito deles que os fazia compreender melhor tudo que sentiam.

Após um tempo Sasuke voltou a conversar.

-Orei pelo líder Darius ontem no templo, me pareceu certo fazer isso, afinal ele foi o único que não pode ver seu povo e o nosso de modo unido, ele não viu como tudo deu tão certo e eu orei para que sua alma possa saber disso e que esteja em paz finalmente.

Obito encarava o pico das montanhas, ele soube de cada detalhe do que ouve ali, mesmo da visita dos príncipes em sonhos lúcidos ao local do desastre e por isso sabia do gás venenoso que matou tudo e da explosão terrível que dizimou tudo naquele local, era impressionante que foram poupados, deveriam agradecer muito mesmo aos deuses.

-Meu amigo é mesmo um ser nobre, eu o invejo por isso, não sei se seria tão complacente assim, mas se o pedido da oração foi feito por sua voz tenho certeza de que foi ouvido.

Sasuke ergueu uma sobrancelha.

-Nem tanto assim meu amigo.

Stefan se aproximou dos dois sorrindo, haviam folhas em seu cabelo e grama nas suas roupas e ele estava corado do exercício de correr e brincar de pega pega, ele fez uma reverência ao segundo rei e lançou um sorriso largo e sincero para Obito.

-Majestade, terminamos a aula, mas creio que não fomos capazes de ensinar muita coisa, acho que somente Itachi consegue fazer isso, quando eu o vir de novo renderei homenagens a sua sagacidade...Fui derrotado pelos príncipes.

Sasuke riu divertido ao contemplar o estado lastimável do homem, seus filhos eram de fato crianças ativas.

-Vossa majestade eu faço dele as minhas palavras, acho que sou mais útil caçando nas pradarias do que ensinando vossos filhos, eles me venceram também...Falou Justus cansado, mas havia nele uma felicidade genuína no olhar, era o olhar de alguém feliz.

Sasuke viu seus filhos chegando, ambos sujos, grama, folhas e flores pendiam de seus cabelos e o rostinho lindo de Mitsuki tinha marcas de terra, mas eles estavam corados e satisfeitos e ambos falavam ao mesmo tempo fazendo os homens rirem de suas atitudes.

-Pai Sasu você viu? Corri mais rápido do que Stefan e consegui derrubar Justus com a rasteira que Itachi ensinou no mês passado!! E Mitsuki também se saiu muito bem, você viu?

-Ohhh eu corri muito meu pai, eu corri como Boruto me disse para correr e me escondi atrás da árvore e depois peguei Stefan e a gente acabou rolando na grama, mas eu ganhei porque peguei primeiro!!

Stefan e Justus se abaixaram e cumprimentaram os campeões com afagos em seus cabelos bagunçados.

-Agora devem ir, os dois tem aulas com a arquivadora hoje, sabem que a senhora Mikoto está de folga nestes dias não é? E ela não gosta de alunos sujos em sua sala cheia de livros raros, vão! Um bom banho e quem sabe dê tempo para uns biscoitos? Disse Sasuke e os meninos obedeceram no mesmo instante, mas antes de sair Mitsuki permaneceu por um momento olhando para Sasuke e de súbito o abraçou carinhoso sem se importar em sujar as roupas do pai adotivo no processo e foi acolhido pelos braços do lindo homem sem pestanejar.

-Pai Sasu...Eu estou muito feliz!! Almas muito sofridas vão retornar e terão uma chance de recomeçar, sei que com o seu amor desta vez tudo será diferente!

Ninguém disse nada, eles observavam a pequena criança, cada um deles tinha plena consciência que Mitsuki era muito especial e se ele dizia isso era porque era de fato verdade.

Sasuke beijou seus cabelos revoltos e ele enfim correu pegando a mão de Boruto que lhe segurou os dedinhos macios e ambos correram em direção aos servos que os aguardavam.

-De que almas ele falou? Perguntou Stefan.

-Nunca saberemos...Respondeu Sasuke e se levantou.

-Irei para a ala médica ver meu primo e meu irmão, conversem um pouco e apreciem as frutas frescas.

Obito se prontificou a ficar em pé, era seu dever cuidar da segurança de Sasuke em qualquer ponto do palácio, mas o segundo rei lhe sorriu divertido.

-Eu estou em segurança, apenas conversem, depois nos veremos.

O segundo rei saiu e deixou os três ali, o vento soprando por suas cabeças e derrubando flores perfumadas sobre seus cabelos, olhos negros e olhos castanhos acobreados se entreolhavam.

-Obito...Disse Justus se aproximando lentamente, depois do beijo trocado antes eles não conversaram sobre o assunto, muito embora o próprio Stefan tenha tido quase um enfarte por conta disso depois de tanto que falou no assunto, obrigando o homem mais velho a cala-lo com uma jarra de água fria na cabeça.

Obito suspirou esperando o que viria.

-Eu e Stefan conversamos muito e...

O jovem general esperou e vendo o embaraço de Justus encarou Stefan esperando uma resposta que não veio porque o outro estava pior ainda, ele então jogou os braços para cima irritado com estes dois que eram tão valentes e tudo o mais e naquele momento nem conseguiam articular palavras coerentes.

-Eu sou egoísta e aceito isso, gosto dos dois e minha escolha é simples...Podemos ser algo novo, uma família diferente, mas os dois tem que me respeitar e ser muito, mas muito gentis, entenderam? Também tem que parar de brigar feito cão e gato porque eu não vou me intrometer no meio disso de forma alguma!!

Justus encarou Obito de olhos arregalados e Stefan parecia que ia morrer de tão pálido que estava.

-E aí? Não vão dizer nada? Disse Obito irritado de mãos na cintura observando os dois que após mais meio minuto de paralisia se mexeram correndo até ele e num momento ele era completamente esmagado por braços fortes que o prendiam num abraço de urso.

-Ahhhh!! Eu disse que tem que serem gentis!!!

Um som de risada foi ouvido e num segundo os três olhavam o rei dragão que parecia bem satisfeito parado ali.

-Eu vim buscar meu marido e encontro os guardas pessoais dele se agarrando no meu jardim?

Embora o rei tenha dito isso de forma risonha os três imediatamente se sentiram péssimos e os capelanos logo começaram a explicar mas o rei ergueu a mão os calou indo até mais perto de Obito que abaixou a cabeça esperando ser severamente repreendido.

-Não há desculpas meu rei pelo meu erro...Disse com a voz triste, imaginou que neste momento seria rebaixado e perderia o seu posto recém-conquistado, certamente o rei dragão nunca permitiria que um guarda tão relapso fosse responsável pela segurança do segundo rei, se ele ao menos não fosse expulso de terras nevadas já seria impressionante.

O rei colocou a mão no ombro do general e ele tremeu, temendo que o rei usasse de força com ele, bem se sabe que este rei em outros tempos antes de Sasuke era temido por ser implacável com quem cometesse algum erro e mesmo que ele tenha mudado era possível que hoje ele estivesse realmente muito zangado e voltasse a ser como antes por um momento, mesmo assim o general entendia que merecia e por isso mesmo não se mexeu, apenas aguardou.

-Eu ouvi a conversa e acho que sua decisão foi sábia, mas eu vim até você para convida-lo a ser testemunha no casamento de Shisui e Itachi e de Maeda e Orochimaru, eu pensei que poderia chamar alguém para acompanha-lo, mas posso chamar seus namorados, assim terei três testemunhas ao invés de uma e o conselho ficará satisfeito.

Obito olhou o rei e ficou pasmo, tanto que sua voz não saía, ele se sentia confuso, estava esperando ser repreendido e não convidado a ser uma testemunha de casamento, que era na verdade uma grande honra, ainda mais se o próprio rei vinha para convida-lo.

Stefan que estava o tempo todo parado mas de prontidão no caso de ter que defender seu namorado se adiantou, ele não sabia como tudo tinha mudado assim, mas estava conseguindo respirar mais calmamente agora que percebeu que o rei não iria agredi-los, ele estava vivendo ali naquele reino como um hóspede, não poderia cometer um ato desonroso, mas duvidava que pudesse se conter se o rei batesse em Obito, graças aos Deuses não foi o caso.

-Meu rei quero pedir perdão por meu general, a culpa foi minha de termos ficado aqui enquanto vosso esposo resolveu sair, ele nos disse que deveríamos conversar, mas foi errado o que fizemos e eu peço perdão...

O rei lhe sorriu.

-Não estou zangado, embora eu os tenha convocado a serem guardas pessoais de meu marido ele tem uma personalidade própria e não posso culpa-los por este fato, se estão aqui é porque ele decidiu que deveriam se acertar, sei disso porque eu o amo, além disso ele tem a mesma autoridade que eu mesmo, se ele ordenou está feito.

Justus também pediu desculpas e se adiantou.

-Ainda não me responderam, podem ser testemunhas de casamento?

-Meu rei, o que é uma testemunhas de casamento?

Naruto percebeu que os capelanos não deviam ter os mesmo costumes relacionados ao casamento, em especial Stefan parecia curioso.

-Bem, são as pessoas que estão ali para assinar no livro sagrado e testemunham que o casamento é pautado no amor e na união sincera e somente assim o grande conselho aprova a união e então eu mesmo dou minha benção, os noivos trocam presentes especiais que podem ser jóias, tecidos raros e as vezes até mesmo uma canção.

Justus sorriu.

-Eu aceito.

Stefan concordou também e restou Obito que apenas confirmou com a cabeça ainda atordoado com o rumo da conversa.

O rei bateu palmas satisfeito e depois se virou, mas antes de sair voltou-se para eles.

-Tenho algumas casas realmente belas nos fundos do palácio na ala que dá para a travessia que leva ao templo da memória, algumas foram bem danificadas com o terremoto, mas se gostarem de alguma podem me avisar, darei acesso aos materiais da reforma e podem usar alguns servos na construção se for necessário, pois creio que podem se sentir mais confortáveis lá, podem ser vizinhos de Shisui e Itachi, e por hora tirem o dia de folga pois hoje eu passarei cada minuto do meu dia com meu marido.

Obito queria agradecer mas viu as vestes azuis esvoaçantes do rei sumindo na passarela aberta e se mesclando a beleza das flores de Jade.

-Nossa...um namorado e uma casa no mesmo dia e ainda seremos testemunhas de um casamento! Disse Justus impressionado e levou um cutucão de Stefan.

-Hey, primeiro temos que ver se Obito deseja uma casa! Ele que decide.

Obito viu os dois o encarando, ele internamente sorriu, os dois pareciam impacientes por uma resposta como dois enormes cachorros abanando a cauda a espera de carinho do dono.

-Eu adoraria uma casa.

Justus num rompante de felicidade avançou e pegou Obito nos braços o elevando do solo e rodopiando com ele enquanto ria alto.

-Justus!! Me coloca no chão!! Ahhhh!!!

Stefan veio em seu socorro e o resgatou já meio tonto para tão somente fazer exatamente a mesma coisa.

-Ahhhh!! Gritou Obito até que foi colocado no chão de novo e sentiu braços quentes ao seu redor, num segundo foi beijado e depois estava nos braços de Justus e sentiu seu calor suave e sua mão em sua face corada.

-Juro que te amarei por toda a minha vida...

Obito suspirou, como esse homem podia ser tão romântico? Era embaraçoso!!

Stefan resmungou para chamar a atenção e se aproximou logo parando muito perto do rosto de Obito, seu hálito fresco lhe tocando a face.

-Eu juro te amar por toda a minha vida...

Ok, depois disso Obito sentiu que o embaraço já era demais, ele se desvencilhou dos dois e decidiu que era hora de ver a tal casa.

-Parem com isso!! E-eu estou me acostumando com tudo isso, tenham calma...e agora eu estou indo ver a minha futura casa e espero que os dois sejam bons em reformas porque eu não sou.

Justus rapidamente o cercou e começou a andar ao seu lado tagarelando em como construiu a ala inteira de jogos no complexo capelano antes do problema com a alimentação e logo Stefan o interrompeu para contar em como ele planejou os alojamentos novos quando o frio se tornou forte demais para suas acomodações externas.

-Oh sim, como arquiteto eu não tenho dúvidas de sua habilidade, mas quando se coloca a mão na massa é preciso ter algo a mais, garanto que eu tenho!

Stefan o olhou irritado.

-Oras, qualquer um pode colocar tijolos! Quero ver planejar o interior de uma casa!!

Obito seguiu os ouvindo resmungar e tentar mostrar quem era o melhor em quase tudo, mas ele não se incomodou, na verdade se sentiu muito bem, entendia que essa coisa de querer se mostrar era uma maneira que eles tinham de tentar impressiona-lo e se sentiu satisfeito, para ser bem sincero com ele mesmo não era na casa que pensava, mas em como seria ter dois namorados lindos, briguentos e fortes...

Já era noite quando ambos entraram no quarto que pertencia a Obito, estavam animados pois escolheram uma casa de tamanho médio que comportava muito bem os três, isso porque o jovem general decidiu que queria quartos separados, pelo menos no começo para se adaptar a situação e como os outros dois concordavam com tudo que ele falava ficou fácil, a casa em questão era bonita e tinha sofrido pouco com o terremoto, mas suas vigas seriam reforçadas e sua pintura externa e interna renovada, assim como seriam necessários móveis uma vez que a casa estava vazia a bastante tempo.

-Estou feliz com nossa escolha, mandei um servo comunicar o rei sobre nossa decisão. Disse Obito imaginando se ainda teria alguém na cozinha do palácio para pedir alguma comida.

-Bem, eu vou buscar comida, tenho amigos trabalhando na cozinha e posso conseguir algo saboroso para nosso jantar mesmo a uma hora destas. Disse Justus.

-Já eu vou até meus aposentos buscar roupas para amanhã. Explicou Stefan e ambos se levantaram deixando Obito sozinho no quarto.

Assim que a porta se fechou ele suspirou, ficar sozinho não era mais como antes, ele se sentia realmente só agora e isso era ruim, decidiu tomar um banho rápido e vestir uma túnica leve e macia, dirigiu-se a sala de banhos e se banhou nas águas mornas até se sentir totalmente limpo e perfumado, depois vestiu apenas uma túnica de algodão leve branca e uma capa longa de tecido mais grosso mais igualmente macio de cor oliva, calçou chinelos de seda e matelassê e saiu novamente para o quarto e se deparou com um lindo arranjo de flores azuis sobre a mesinha e comida suficiente para um pequeno exercito.

-O que é tudo isso? Disse se adiantando e vendo tudo ao redor, um banquete na verdade.

-Para nosso general somente o melhor...Disse Justus se adiantando e lhe dando o arranjo de flores azuis que agora o belo jovem viu se tratar de orquídeas azuis.

-Essas orquídeas são azuis, mas como isso é possível?

Stefan lhe sorriu e lhe beijou a testa carinhosamente.

-Em nosso mundo, antes da grande catástrofe toda vez que alguém encontrava o amor de sua vida lhe oferecia uma flor especial e rara, a orquídea azul é muito rara, linda e tem o significado perfeito.

Obito sorriu sentindo o aroma das flores em seus braços.

-Qual é o significado? Perguntou feliz como uma criança.

Justus olhou para Stefan e ambos decidiram contar, juntos, as palavras de um se mesclando a do outro numa sincronia perfeita como se tivessem ensaiado tudo centenas de vezes.

“ Presentear com uma flor rara destas significa lealdade, harmonia e paz e como são exóticas podem significar também um amor puro e intenso que durará a vida toda e em nossa terra antes de tudo que ouve era o simbolo máximo do amor entre as pessoas, uma maneira de se doar a quem quer que fosse por toda a vida...Assim como nós dois nos doamos a você.”

Os olhos negros se encheram de lágrimas que ele tratou de esconder e apesar de fazer isso não escapou aos olhos sagazes dos capelanos que ele realmente se sentiu tocado por isso.

-Deixe-me colocar o vaso perto da cama e sente-se ali. Disse Stefan.

Justus o serviu e eles se olharam calmos por alguns minutos, neste momento Obito soube que sua escolha foi a correta e que sua vida embora nunca mais fosse a mesmo poderia ser muito melhor do que ele jamais imaginou.


Notas Finais


Gostei muito deste capítulo, ele demorou bastante porque eu o revisei algumas vezes antes, como estou com coisas de mais para fazer creio que teremos somente um capítulo por semana, assim eu não me sobrecarrego e não corre o risco de acontecer como no último que teve erros no tempo e na construção dos personagens, que eu ainda não corrigi porque também não deu tempo, mas que devo fazer essa semana se tudo der certo.
Adorando o jeito como Obito está reagindo...
Sinceramente, Akira.


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