História O Grande Desafio de Kim Taehyung - Família

P.O.V.: Taehyung

Chego ao cemitério após a reunião e Irene já aguardava no portão com o ramalhete de flores. As mesmas flores que encomendo em todos aniversários de Yiren. Eu havia decidido seguir sem ela e a deixar no passado, mas essas coisas são mais difíceis do que parecem.

Todos anos no aniversário dela encomendo suas flores favoritas e mando que entreguem aqui. Essa é a primeira vez que consigo vir na data certa com as flores.

Me aproximo de Irene que me entrega o buque. Ela abaixa a cabeça em respeito e eu coloco a mão no ombro dela.

Tae -Acho que você já trabalhou demais hoje. Aproveita e tire esses dois dias de folga. Posso me virar.

Irene - Mas... -interrompo ela.

Tae - Libere o motorista por hoje. Vou andar até a casa de meus amigos. Aqui foi onde cresci e morei parte da minha vida. Sei me virar bem... eu sei que está cansada da viagem então vá e descanse.

Entrego a ela um envelope e ela abre ficando boquiaberta. Ela tenta devolver o dinheiro mas não permito.

Tae - Isso é um bônus pelo seu trabalho sempre eficiente. Quero que aceite de coração.

Irene- Não sei quem foi essa tal de Yiren na sua vida. Mas sempre nessa data faz coisas estranhas Sr. Kim. Acho que gosto dela de certa forma.

Tae - Yiren... você odiaria ela se a conhecesse com vida.

Começo a rir e vejo Irene confusa com meu comentário. Pego as flores e entro no cemitério. Mesmo depois de um ano ainda sabia bem o caminho até seu túmulo.

Assim que vejo a lápide cheia de limo verde e meio suja do tempo começo a limpar com o pano que trouxe junto já esperando por isso. Depois deixo as flores em frente ao túmulo e vejo que havia apenas as minhas flores do ano passado... ninguém visitará ela.

Tae - Deve ser solitário aqui. Tem estado bem? Espero que não pense tanto em nós aqui em cima. É uma loucura tudo, mal paramos respirar. Tô voltando agora só pra dar um oi e daqui dois dias basicamente irei para Ingalterra. Negócios lá. Tenho mais de sete casas pelo mundo, acredita? -dou risada lembrando do passado - as vezes acho engraçado como vivi um vida parada até um tempo atrás e nesses últimos anos não parei um segundo.

"Eu não sei quando virei novamente. Talvez demorei mais dessa vez. Há uma mulher que estou atrás. Ainda não a conheci, mas eu sabia que era certa pra mim sabe? Acho que você entenderia isso melhor do que qualquer pessoa."

"Enfim, espero que fique bem, e não sei se virei novamente aqui... quero seguir de vez agora Yiren. Tá na hora de superar e seguir sabe. Adeus Yiren, desce em paz."

Quando me levanto do chão para ir embora sinto um toque em meu ombro. Aquele perfume forte. Milly.

Tae - Sei que pensou em me assutar Milly. Mas seu perfume velho é sempre o mesmo.

Escuto ela rir e me viro vendo ela. Parecia mais magra, porém mais alegre também.

Milly - Quando Jungkook disse que estava vindo imaginei que iria parar aqui então resolvi vim te buscar.

Tae - Você nunca gostou muito de mim, por que este ato de bondade agora?

Milly -Você é rico. Lógico que serei boa com você! - começamos a rir - Aqui não é mais seguro andar a noite sabe. Vim de carro te Pagar. Vamos?

Tae - Claro. Se será minha motorista particular.

Ela me olha torto e revira os olhos antes de sair andando para fora. Eu corro um pouco pra alcançar ela enquanto ria.

Tae - Como estão as crianças?

Milly - Elas preferem o pai. Principalmente o Henrique. Ele faz tudo com o pai dele.

Tae -Henrique? Ah é o Henri?

Milly -Sim. Jungkook não sabe apresentar seus filhos pelos nomes... descofio que meu excelente marido nem saiba o nome certo deles.

Dou risada e ela revira os olhos indignada com a situação.

Tae - Bem... eu conheci Henri, Emy e Triz, as gêmeas né, e o mais novo Nick.

Milly - Não... isso sao apelidos... Serio que eles apresentou os pequenos assim pra você?

Apenas concordo rindo e ela põe as mãos na cabeça rindo também por fim. Chegamos aí carro e entramos.

Ela me entrega quatro fotos depois que colocamos o cinto.

Milly - Esse primeiro de franja é o Henri, o nome dele é Henrique, mais velho e grudado no pai. Desde que adotamos ele com 4 anos ele viu Jungkook como seu Salvador e o segue por todo lado.

Tae - Ele foi o menino abandonado pelos pais certo?

Milly - Sim. Bem. As gêmeas são as próximas. Emy a morena com mecha laranja no cabelo, ela é a mais inteligente de todos, e mais fria eu diria também. O nome dela é Emilly.

Tae - Ela deve se aparecer com você.

Milly - Na verdade sim. Ela me ama sabe  tipo sou a preferida dela -a mesma ri e eu não consigo evitar, era nítido o prazer dela de um dos seus filhos a preferir do que ao pai.

Tae - Bem. Imagino que os outros dois também prefiram o pai.

Milly -Sim. Bem, Triz, a mais nova das gêmeas, ela é inteligente também, mas é muito agitada então se perde facil. O nome dela é Beatriz e ela ama a natureza sabe. Coleciona flores no quarto.

Tae - Ela tem a mexa verde.

Milly - Sabe, é a cor favorita dela. Nenhum de nossos filho tem uma cor favorita normal. Sabe Jungkook gosta de preto. Eu de rosa. Ok. Mas Henrique gosta de marrom, Emily de laranja, Beatriz de Verde e Nicholas gosta de amarelo queimado. Eu realmente não sei como eles chegaram a isso.

Começo a rir vendo a cara de espanto dela.

Milly - Enfim. Nicholas é o Nick. Ele é o mais novo e mais tagarela. Ele nunca conheceu os pais como os outros três. Nicholas perdeu os pais uma semana depois de nascer. Os dois sofreram um acidente e ele ficou órfã.

Tae - O estrangeiro?

Milly - Sim.

As gêmeas são o caso de negligência pelo que me lembro, Jungkook contou que tiveram dificuldades em adotar elas já que as mesmas não gostavam de adultos devido ao trauma.

O que Milly e Jungkook fizeram foi um ótimo trabalho, adotaram crianças sem futuro e deram a elas a chance de ser felizes e terem uma gamikia amorosa.

Milly cantaroulou a música do rádio. Estava mesmo feliz, mas devia ser cansativo um casa grande para cuidar com mais quatro crianças. E obviamente cada uma com seu próprio gosto e manias.

Tae - Você e Jungkook são ótimos. Acho que invejo vocês um pouco.

Ela faz uma curva mais acentuada e entra no quintal de uam casa mediana para a cidade. Vi Jungkook brincado com dois cachorros grandes e as três crianças, Henri já era maior que eles sendo uma adolescente esbelto, a menina na sacada lendo devia ser Emilly.

Milly -Só pra constar. Zeus gosta de pular no colo e lamber. Se cuide com Afrodite, se ela vier por trás proteja suas canelas.

Milly estaciona e eu tento entender o que ela quis dizer. Assim que abro a porta do carro pra descer um cachorro branco enorme e peludo pula em mim e começa a me lamber enquanto o outro latia ao lado.

Saio do carro o afastando e escuto a risada de Milly e só então faz sentido o que ela disse. Sinto minha canela doer e pulo vendo a cachorro preta balançando o rabo depois de morder de leve minha canela por trás. Fico perplexo e ela se deixa mostrando a barriga.

Olho pra Milly que ria sem parar. Jungkook se aproxima e me cumprimenta com um abraço apartado. Ele leva os cachorros com Henri para a cabana deles.

Quando votla dou apresentado as crianças e elas pareciam tímidas na minha presença. Entramos já para jantar e Emy não tirava os olhos de mim.

Emy - Mamãe, ele é o cara que ainda visita aquela morta que ninguém gosta?

Milly - Emilly!! - A menina abaixa a cabeça e eu apenas sinalizo que tudo bem.

Jungkook - Desculpa. Fomos lá ver os avós de Milly esses dias e Emy focou no túmulo de Yiren... contamos um pouco.

Tae - Sem problemas. Ela estava curiosa. E sim Emilly, eu sou o doidinho que ainda vai naquele túmulo abandonado.

Emy - Você é sem dúvidas um bom homem Sr. Taehyung. Já tem namorada?

Milly - Emilly! Chega!

Emy -O que!? Ele podia se casar com minha professora de biologia mãe. Ela tá procurando alguém com bom coração e na mesma idade!

Sinto o toque de Henri e me surpendo por ele conseguir me chamar. Ele susurra enquanto Milly xingava a filha.

Henri - Emy sofreu bullying na escola por ser nerd, a professora de biologia defendeu ela e se tornaram amigas sabe. Então ela esta procurando um namorado pra professora.

Tae - Entendo.

Começo a rir vendo que a discussão entre mãe e filha se espalhou pela mesa entre toda família.

Era aconchegante isso.